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    Impacto da pandemia do SARS-CoV-2 na ocupação e mobilização de pacientes de uma unidade de terapia intensiva cardiovascular

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    Introdução: a pandemia do SARS-CoV-2 causou impactos econômicos e sociais em todo o mundo, em especial nos sistemas de saúde, repercutindo no número de admissões hospitalares por outras doenças, na rotina dos cuidados, no acesso aos serviços e nos recursos materiais, humanos e financeiros disponibilizados. Objetivo: Analisar o impacto da pandemia SARS-CoV-2 no número de internamentos e mobilização de pacientes críticos de uma unidade de terapia intensiva cardiovascular. Metodologia: trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, realizado na Unidade de Terapia Intensiva Cardiovascular do Hospital Geral Roberto Santos, Salvador-BA. Analisaram-se comparativamente os dados de internamento e mobilização dos pacientes, no período entre março de 2019 e fevereiro de 2020, isto é pré-pandemia, e o primeiro ano de sua ocorrência. Resultados: houve redução (p <0,001) no número de internações no setor, quanto a mobilização, embora impactada nos primeiros meses da pandemia, conseguiu manter dados estáveis, quando avaliada de maneira linear. Discussão: A redução na ocupação coincide com achados de estudos nacionais e internacionais, o que pode ter influência  na orientação de distanciamento social e o receio de contágio pelo vírus. Quanto à mobilização, importante instrumento de atuação fisioterapêutica nas UTI, apresentou dados similares (p= 0,8), quando comparados os dois períodos do estudo. Conclusão: notou-se impacto da pandemia no número de internamentos em uma UTI cardiológica durante a pandemia, o que deve ser futuramente estudado para avaliar as reais consequências dessa redução assistencial. Quanto à mobilização, não foi observada alteração significativa na média, antes e após a pandemia

    Limitação ao fluxo expiratório em tabagistas em diferentes níveis de atividade física

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    Introdução: a verificação da limitação ao fluxo aéreo ocasionado pelo tabagismo, por meio do pico de fluxo expiratório, é uma medida viável para estudos populacionais que permite a sinalização precoce ou prevenção da instalação crônica da doença pulmonar obstrutiva crônica. Objetivo: avaliar o grau de limitação ao fluxo expiratório em tabagistas em diferentes níveis de atividade física. Metodologia: trata-se de um estudo transversal, onde foram selecionados 68 fumantes ativos por mais de um ano, acima de 18 anos, de ambos os sexos.  O pico de fluxo expiratório foi obtido por meio do medidor portátil do modelo Mini-WrightTM® e o nível de atividade física foi avaliado pelo International Physical Activity Questionnaire 8.0. As variáveis estudadas foram descritas pela amplitude de variação das médias, desvios padrão, máximo, mínimo e coeficiente de variação, sendo estabelecido o nível de significância de 5% através do teste Qui-quadrado. Resultados: o percentual de redução dos valores do pico de fluxo expiratório, previsto em relação ao obtido, chegou a uma redução média de 56,87% em maiores de 60 anos e 53,19% em tabagistas com um tempo de prática maior de 30 anos. Houve aumento considerável do percentual médio de redução do pico de fluxo expiratório nos grupos de tabagistas insuficientemente ativos e sedentários. Conclusão: os resultados sugerem que a limitação ao fluxo expiratório foi mais acentuada em tabagistas do sexo feminino, acima de 60 anos, com tempo superior a 30 anos de prática do tabagismo e com baixo nível de atividade física. Os tabagistas considerados muito ativos apresentaram menor nível de limitação ao fluxo expiratório

    Perfil de internações hospitalares e mortalidade por doenças respiratórias obstrutivas crônicas nas regiões brasileiras, entre os anos de 2016 e 2018

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    Introdução: as doenças respiratórias crônicas resultam de uma combinação de fatores genéticos, fisiológicos, ambientais e comportamentais, sendo associadas a um grande número de internamentos e óbitos anualmente em todo o mundo, sendo evidenciado também importante impacto socioeconômico. Objetivo: descrever o número de internações, o tempo de permanências, a taxa de mortalidade e os custos hospitalares por doenças respiratórias obstrutivas crônicas em regiões brasileiras no período compreendido entre os anos de 2016 e 2018. Metodologia: estudo descritivo, de natureza quantitativa, realizado a partir de informações de saúde relativas ao período de 2016 a 2018, obtidas em dados secundários coletados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) do Ministério da Saúde, através do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS). Resultados: entre os anos de 2016 e 2018, houve 345.527 internações por doenças pulmonares obstrutivas crônicas no Brasil. Os pacientes permaneceram em média seis dias internados, sendo registrados gastos hospitalares de R$ 287.168.494,88 e uma taxa de mortalidade de 7,63 por mil habitantes. Houve maior número de internações e quantidade de dias de internamento nas regiões sul e sudeste. Conclusão: as estratégias de proteção contra doenças crônicas não transmissíveis mostram-se como uma necessidade global e envolve grande número de internamentos e óbitos, sendo proposta nesse estudo a discussão também dos impactos socioeconômicos dessa problemática

    Associação entre risco cirúrgico e variáveis clínicas nopós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica

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    Introdução: o escore de risco ajustado para cirurgia cardíaca congênita (RACHS-1) estratifica o risco de mortalidade associado a esse procedimento operatório. Apesar da importância do RACHS, há uma escassez de dados sobre a associação desse escore com outras variáveis relacionadas ao procedimento. O conhecimento da capacidade preditiva do escore de risco cirúrgico pode auxiliar no norteamento de condutas e no prognóstico de crianças no pós- operatório (PO) de cirurgia cardíaca (CC). Objetivo: verificar a associação entre o risco cirúrgico e variáveis clínicas no PO de cirurgia cardíaca pediátrica. Metodologia: trata-se de um estudo transversal, com crianças no PO de CC, de ambos os sexos, de 0 a 18 anos incompletos. Foi utilizado o escore RACHS-1 para classificar o risco cirúrgico de 1 a 6, em que, quanto maior a categoria, maior risco de óbito. As variáveis coletadas foram: tempo de circulação extracorpórea (CEC) e anóxia, quantidade e presença de complicações clínicas no PO, complicações pulmonares, tempo de ventilação mecânica (VM), desmame difícil, falha de extubação, tempo de internação na unidade de terapia intensiva (UTI), tempo de internação hospitalar e óbito. Resultados: a amostra foi composta de 65 crianças, com mediana de idade de 12 (6-72) meses, sendo 58,5% do sexo masculino. Ao avaliar o risco cirúrgico no PO de CC foi observada uma correlação positiva moderada quanto ao tempo de CEC e anóxia e uma correlação positiva fraca com o tempo de VM, tempo de UTI, tempo de internamento hospitalar e quantidade de complicações clínicas. As crianças com complicações clínicas, tempo de VM acima de 24h e desmame difícil apresentaram maior r risco cirúrgico. Conclusão: houve correlação positiva entre o risco cirúrgico e variáveis clínicas, demonstrando algum poder preditivo do RACHS-1 para variáveis que podem impactar no prognóstico de crianças com cardiopatias congênitas submetidas a cirurgia cardíaca

    Perfil clínico-funcional de pacientes pediátricos vítimas de trauma e admitidos na Unidade de Terapia Intensiva

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    Introdução: Trauma é um dano causado por exposição, de maneira exacerbada, a concentrações energéticas que ultrapassam a linha de tolerância, ou a fatores que afetem a energia do indivíduo. Apesar de os traumas infantis acontecerem de forma casual, há, no mundo, um importante crescimento da morbimortalidade envolvendo crianças. A hospitalização de crianças, como resultante de trauma e, principalmente, a gravidade do quadro que levou à necessidade de admissão em terapia intensiva podem gerar uma série de impactos para a manutenção e o desenvolvimento neuropsicomotor desses indivíduos. Objetivo: analisar o perfil clínico-funcional da admissão de pacientes pediátricos vítimas de trauma em unidade de terapia intensiva (UTI). Metodologia: trata-se de um estudo transversal com crianças e adolescentes vítimas de trauma, de ambos os sexos, com idade entre 29 dias e 18 anos incompletos. A investigação das alterações funcionais foi realizada quando da admissão na UTI por meio dos escores da Functional Status Scale (FSS), que é composta por seis domínios: estado mental, sensório, comunicação, função motora, alimentação e respiração. Resultados: um total de 90 crianças e adolescentes internados na UTI, que permaneceram por, no mínimo, 24 horas, foram selecionados. Desses, três pacientes não atenderam aos critérios de inclusão e dois apresentavam distúrbio neuromotor prévio e não foram incluídos, permanecendo 85 pacientes na amostra. O perfil clínico da amostra foi: maioria do sexo masculino, com mediana de idade 7,0 (7,0-11,5) anos, internados predominantemente por politraumatismo contuso com limitação funcional muito grave (40%). Conclusão: a maioria das crianças e adolescentes internados na UTI devido a trauma são do sexo masculino, com idade pré-escolar e com histórico de independência funcional prévia, porém apresentando importantes limitações funcionais na admissão

    Perfil das internações de crianças por malformações congênitas do aparelho circulatório no Brasil de 2010 a 2020

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    Introdução: a malformação congênita do aparelho circulatório é definida como qualquer anormalidade na estrutura e/ou função do coração durante a fase do desenvolvimento embrionário, podendo interferir no fluxo sanguíneo. Suas manifestações ocorrem em qualquer fase do desenvolvimento. No Brasil, essa enfermidade representa a segunda principal causa de mortalidade em crianças menores de um ano, caracterizando-se um problema de saúde pública. Objetivo: descrever o perfil das internações de crianças por malformações congênitas do aparelho circulatório no Brasil, de 2010 a 2020. Metodologia: trata-se de um estudo ecológico, realizado por meio de dados secundários, no período de 2010 a 2020. Analisaram-se as variáveis número de internações, sexo, região, raça/cor, faixa etária, custos hospitalares, óbito e taxa de mortalidade. As informações coletadas foram armazenadas e analisadas no software Microsoft Excel Office, versão de 365. Resultados: entre 2010 e 2020, foram notificadas 118.792 internações por essa comorbidades de crianças por malformação congênita do aparelho circulatório, sendo 51% do sexo masculino, com predomínio da cor branca (36%), tendo a região Sudeste apresentado o maior percentual de internações (43,5%).  Observou-se maior ocorrência em crianças abaixo de um ano (62,7%), gerando um custo de 650 milhões de reais em serviços hospitalares. O maior percentual de internações ocorreu em 2019 (10,9%).  Houve 10.477 óbitos entre 2010 e 2020 (8,8%), sendo 85,8% na população abaixo de um ano e 37,7% na região Sudeste. A taxa de mortalidade de crianças por essa comorbidade foi de 8,82/100 mil habitantes. Conclusão: observou-se que as malformações congênitas do aparelho circulatório, no período analisado, apresentaram uma distribuição homogênea em relação ao sexo, sendo mais frequentes na raça/cor branca, na região Sudeste e na faixa etária menor que um ano, gerando altos custos em serviços hospitalares

    Functional brain asymmetry in motor aphasia during auditory stimulation: report of two cases

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    This study concerns about brain electrical activity during auditory stimulation in 2 aphasic patients, one with classical (left hemisphere lesion) and another with cross aphasia (right hemisphere lesion). Both cases were submitted to dichotic listening test (consonat-vowel-consonant task) and music audition (gregorian chant), during brain mapping examination. We found, in both cases, a great proportion in delta frequency and power in non-lesional hemisphere during dichotic and musical stimulation. Besides, increasing in frequency of alpha activity was observed only in the non-lesional hemisphere restricted to temporal lobe region. Such findings suggest an interesting field of research about measurements of neurophysiologies correlates of auditory stimulation and brain electrical activity in aphasia.Este estudo diz respeito à atividade elétrica cerebral durante estimulação auditiva em dois pacientes afásicos, um com afasia clássica (lesão no hemisfério esquerdo) e outro com afasia cruzada (lesão no hemisfério direito). Ambos foram submetidos ao teste de estimulação auditiva dicótica (consoante-vogal-consoante) e de audição musical (canto gregoriano) durante mapeamento eletrencefalográfico cerebral. Encontramos, em ambos, grande proporção da frequência delta e potência no hemisfério não lesado, durante a estimulação dicótica e musical. Além disso, foi observado aumento na frequência de atividade alfa somente no hemisfério não lesado, restrito à região do lobo temporal. Esses achados sugerem um interessante campo de pesquisa acerca da medida de correlatos neurofisiológicos de estimulação auditiva e de atividade elétrica cerebral na afasia.Escola Paulista de Medicina Setor de Investigação e Tratamento das EpilepsiasUNIFESP, EPM, Setor de Investigação e Tratamento das EpilepsiasSciEL

    Perfil das crianças submetidas à cirurgia cardíaca e abordagem fisioterapêutica em um hospital referência de Salvador

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    Introdução: O número de crianças que nascem com algum tipo de cardiopatia congênita é elevado e a correção cirúrgica é o principal tratamento nesses casos. A fisioterapia atua com técnicas que auxiliam na recuperação e atenuam disfunções decorrentes do internamento. Objetivo: Descrever o perfil clínico de crianças no pós-operatório de cirurgia cardíaca e as principais técnicas fisioterapêuticas utilizadas na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital de referência pediátrico do município de Salvador. Metodologia: Estudo transversal, com 49 pacientes em hospital de referência em pediatria, submetidos à cirurgia cardíaca no período de novembro de 2016 a agosto de 2017, em hospital de referência em Pediatria. Foram coletados dados dos prontuários referentes a gênero, idade, presença de outras malformações associadas, tipo de cardiopatia, tempo de ventilação mecânica, tempo de internamento na unidade de tratamento intensivo e óbito durante a estada nessa unidade. Resultados: Do total da amostra, 53% eram do sexo feminino. A média de idade foi de 13 meses. Quanto ao tipo de cardiopatia, 85,7% foram acianóticas, em relação às doenças associadas, 24,4% eram portadores da Síndrome de Down. Dentre as técnicas fisioterapêuticas mais utilizadas estavam a terapia de higiene brônquica e a cinesioterapia passiva. Conclusão: Este estudo demonstrou o perfil clínico dos pacientes no pós-operatório de cirurgias cardíacas, evidenciando uma média de idade de aproximadamente um ano, com discreto predomínio do sexo feminino. As técnicas fisioterapêuticas mais utilizadas foram a terapia de higiene brônquica e a cinesioterapia

    Número de internações hospitalares, custos hospitalares, média de permanência e mortalidade por insuficiência cardíaca nas regiões brasileiras, no ano de 2017

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    A insuficiência cardíaca (IC) é, hoje, um dos principais problemas de saúde nos países desenvolvidos e provoca importante redução da qualidade de vida, sendo, ainda, uma importante causa de internação em todas as regiões brasileiras. Objetivos: descrever o número de internações por IC por regiões brasileiras no ano de 2017 e o impacto dessas internações nos custos hospitalares. Analisar o número de internações por regiões. Discutir a média de permanência de internações hospitalares por regiões. Comparar a média de permanência e a taxa de mortalidade por regiões. Avaliar o impacto dos custos hospitalares por internação, por regiões. Metodologia: pesquisa de natureza quantitativa, descritiva,  realizada no ano de 2017, baseada em dados se­cundários, constituídos por informações de saúde coletadas no Departamento de Informática do Sistema Úni­co de Saúde (DATASUS), a partir do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS). Resultados: No Brasil, no ano de 2017, foi verificado um total de internações por IC de 208.111, correspondente a um valor total de R$ 339.719.216,50 de custos hospitalares por IC, com uma média de permanência total de 7,5 dias de internamento por IC e uma taxa de mortalidade de 11%. Destaca-se uma forte correlação entre média de permanência e a taxa de mortalidade, tendo como resultado r = 0,871. Conclusão: As internações de indivíduos por IC correspondem a um alto risco, por ser esperada uma taxa de mortalidade elevada nesse perfil de pacientes. Melhoria na qualidade assistencial e maiores ações por parte do governo são necessárias para conscientizar a população sobre os meios de prevenção e o tratamento correto da a insuficiência cardíaca, responsável pela maior taxa de mortalidade no Brasil

    Incidência, fatores associados e impacto de complicações pulmonares no pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica

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    Objetivo: determinar a incidência, os fatores associados e o impacto das complicações pulmonares no pós-operatório de cirurgia cardíaca pediátrica. Metodologia: estudo de coorte, prospectivo, que incluiu lactentes e crianças submetidas à cirurgia cardíaca em um hospital pediátrico, no período de novembro de 2016 a julho de 2019. Foram coletados dados dos prontuários referentes ao sexo, idade, presença de outras malformações associadas, tipo de cardiopatia, ocorrência de complicações pulmonares, tempo de ventilação mecânica (VM) e de internamento na unidade de terapia intensiva (UTI) e óbito. Resultados: a amostra foi constituída por 111 lactentes e crianças, mediana da idade de 13 meses (7-32 meses), 54,1% do sexo feminino. Quanto ao tipo de cardiopatia, 80,2% foram cianogênicas. As complicações pulmonares ocorreram em 44,1% dos casos, sendo a mais frequente a atelectasia. A mediana do tempo de VM foi 8 horas (1-48h) e 45 (40,5%) permaneceram na VM por mais de 24h. A mediana do tempo de internamento na UTI foi de 7 dias (4-12dias). Evoluíram a óbito 7 (14,3%) pacientes. Conclusão: a amostra investigada apresentou incidência elevada de complicações pulmonares no pós-operatório de cirurgia cardíaca.
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