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    Análise microbiológica de amostras de farinhas de mandioca (Manihot esculenta Crantz) comercializadas no município de Coari – AM – Brasil

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    A farinha de mandioca (Manihot esculenta Crantz) é um alimento muito consumido no Brasil, principalmente nas Regiões Norte e Nordeste, sendo que o país é o segundo maior produtor mundial de mandioca, com cerca de 24,2 milhões de toneladas anuais. Objetivou-se nesse trabalho avaliar as condições microbiológicas de amostras de farinhas de mandioca comercializadas na Feira Municipal do Produtor Rural e nos mercadinhos no município de Coari – Amazonas. Para a realização desta pesquisa no ano de 2014, inicialmente foi feito um estudo observacional “in loco” dos estabelecimentos de maior comercialização deste alimento, dentre os quais foram averiguados a feira municipal, mercadinhos e pequenos estabelecimentos de estivas, conhecidos como quiosques. Posteriormente foram coletadas aleatoriamente 10 amostras de farinhas de mandioca, sendo nove amostras oriundas de processos artesanais e uma proveniente de métodos industriais. Dentro de uma câmara de fluxo laminar, estas amostras foram primeiramente pesadas (25 gramas cada) e adicionadas 225 mL de água peptonada estéril, em seguida as amostras foram depositadas em sacos amostradores para posteriormente serem colocadas em um homogeneizador e plaqueadas em meios de cultura. Os resultados indicaram que das amostras artesanais, 3 indicaram valores significativos de heterotróficos totais, quanto a microrganismos do tipo Salmonella sp, Escherichia coli, Coliformes Termotolerantes e Stafilacocus Aureus os resultados foram ausentes. No que tange a amostra industrial foi verificado valores de Coliforme Termotolerante acima do recomendado pela RDC Nº12 de 02/01/2001, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Apesar de serem processadas comercializadas sem condições necessárias de higiene e sanitárias, as amostras de farinha de mandioca produzidas no município de Coari, do tipo artesanal, estão em conformidades com os padrões microbiológicos preconizados pela ANVISA, já a do tipo industrial apresentou valores acima do padrão recomendado, por exceder o número de Coliformes Termotolerantes. Pode-se considerar que a ausência dos microrganismos nas amostras pode ter sido causada por algum composto com efeito inibitório que provavelmente seria cianogênico. Segundo Mundim et al (2014), farinhas são provenientes de variedades que possuem cianeto em diferentes teores na composição das raízes e que após o processamento uma quantidade ainda permanece residual, neste sentido, a interação do cianeto residual potencialmente pode apresentar efeito inibitório sobre o desenvolvimento de fungos micotoxigênicos. Logo, acredita-se que este efeito inibitório se estenda também às bactérias. Portanto, é entendido que a má qualidade e a não prática de higiene e manipulação deste alimento e dos demais, implica negativamente na saúde dos consumidores. Uma vez que, a alimentação saudável também consiste na ingestão de alimentos seguros, livres de qualquer tipo de contaminação Faz-necessário analisar a sujidades presentes neste alimento, provenientes de possíveis contaminações físicas

    Análise microbiológica do gelo comercializado no município de Coari – AM, Brasil

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    A água é a matéria prima exclusiva do gelo, quando não potável, pode causar várias doenças ao ser humano. Daí a grande importância da qualidade e da potabilidade do gelo, traduzida na adoção de rigorosas práticas higiênicas em sua fabricação, manuseio, embalagem, conservação e distribuição (FREIRE et al, 2009). O presente estudo visou analisar microbiologicamente a presença ou ausência de coliformes termotolerantes, especificamente a Escherichia coli em gelos comercializados no Município de Coari – Amazonas, Brasil. Para a realização desta pesquisa, no ano de 2015 foi realizado um estudo observacional, para verificar os estabelecimentos de maior comercialização de gelo em cubos e em escamas no município. Após a constatação, foram coletadas 5 amostras de gelo em cubos e 5 amostras de gelo em escamas. As amostras foram coletadas em sacos próprios, de gelos em cubos em sacos estéreis e as de gelo em escamas foram alocadas em uma caixa térmica para que não descongelassem, e imediatamente transportadas para o laboratório de Microbiologia do Instituto de Saúde e Biotecnologia da Universidade Federal do Amazonas, sendo armazenadas em um freezer até serem analisadas. A análise foi realiza por meio do sistema de filtração com bomba a vácuo, manual da técnica de membrana filtrante, para detectar a presença de microrganismo como a Escherichia coli em amostras de gelo previamente derretidas. De acordo com os resultados, as amostras de gelo em cubos apresentaram ausência de microrganismo termotolerante, no entanto as amostras de gelo em escamas revelaram presença de Escherichia coli em 4 das 5 amostras analisadas, estando os valores acima do preconizado pela Portaria n° 2.914/2011 do Ministério da Saúde. Esta portaria exige ausência em 100 mL de coliformes totais e coliformes termotolerantes na água de consumo, e permite até 500 unidades formadoras de colônias por mL de bactérias mesófilas. Esta contaminação biológica poderá estar relacionada com o fato do gelo em escamas ser produzido com a água do local sem nenhum processo eficiente de filtração, manipulado e conservado de forma inadequada, o que torna o produto impróprio para consumo, além de seus manipuladores trabalharem livremente sem nenhuma proteção para evitar os riscos de contaminação. A Escherichia coli por sua vez, segundo Siqueira et al. (2007), é uma bactéria extremamente preocupante, haja vista que esse microrganismo pode acometer desde uma simples gastroenterite ou evoluir até casos letais principalmente em indivíduos com baixa imunidade. Portanto, a presença de bactérias patogênicas no gelo em escamas constata que este tipo de gelo encontrou-se impróprio para o consumo. Sugere-se treinamento de higiene e sanitária em todo o processo de fabricação de gelo que vai desde a utilização da água potável até a manipulação dos colabores na venda deste produto

    Atuação do profissional farmacêutico no combate do uso irracional de medicamento durante a pandemia da SARS-CoV-2: uma revisão integrativa de literatura

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    Automedicação é um dos principais problemas de saúde mundial, provocando mascaramento dos sinais e sintomas de doenças de baixa e alta gravidade. A falta de profissionais de saúde, erro de prescrição, erro de diagnóstico, prescrição ilegível tornou-se os principais fatores do uso incorreto e inapropriado de medicamentos. O farmacêutico junto com uma equipe multidisciplinar promove o uso correto de medicamentos, diminuindo os efeitos adversos, intoxicação medicamentosa, interação medicamentosa e óbito.  Com a pandemia da Covid-19, a falta de leitos, vagas em hospitais, profissionais de saúde e o isolamento social acentuou aumento na prática da automedicação. As informações ou fake news sobre tratamento precoce, sem embaseamento cientifico, é possível acarretar diversas ocorrências de efeitos colaterais. Objetivo desta pesquisa é mostrar a importância do farmacêutico no combate do uso irracional de medicamentos na pandemia da covid-19. É uma pesquisa de revisão integrativa de literatura, com dados coletados no ano de 2019-2022, na plataforma do Google Acadêmico, BVS e Scielo. A pesquisa demontrou que o farmacêutico é o profissional de saúde com habilidades no comabate a uso incoreto e desnecessário de medicamentos, diminuindo os riscos gerados por medicamentos utilizados de forma inapropriada com acompanhamento farmacoterapêutico

    Brazilian Flora 2020: Leveraging the power of a collaborative scientific network

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    International audienceThe shortage of reliable primary taxonomic data limits the description of biological taxa and the understanding of biodiversity patterns and processes, complicating biogeographical, ecological, and evolutionary studies. This deficit creates a significant taxonomic impediment to biodiversity research and conservation planning. The taxonomic impediment and the biodiversity crisis are widely recognized, highlighting the urgent need for reliable taxonomic data. Over the past decade, numerous countries worldwide have devoted considerable effort to Target 1 of the Global Strategy for Plant Conservation (GSPC), which called for the preparation of a working list of all known plant species by 2010 and an online world Flora by 2020. Brazil is a megadiverse country, home to more of the world's known plant species than any other country. Despite that, Flora Brasiliensis, concluded in 1906, was the last comprehensive treatment of the Brazilian flora. The lack of accurate estimates of the number of species of algae, fungi, and plants occurring in Brazil contributes to the prevailing taxonomic impediment and delays progress towards the GSPC targets. Over the past 12 years, a legion of taxonomists motivated to meet Target 1 of the GSPC, worked together to gather and integrate knowledge on the algal, plant, and fungal diversity of Brazil. Overall, a team of about 980 taxonomists joined efforts in a highly collaborative project that used cybertaxonomy to prepare an updated Flora of Brazil, showing the power of scientific collaboration to reach ambitious goals. This paper presents an overview of the Brazilian Flora 2020 and provides taxonomic and spatial updates on the algae, fungi, and plants found in one of the world's most biodiverse countries. We further identify collection gaps and summarize future goals that extend beyond 2020. Our results show that Brazil is home to 46,975 native species of algae, fungi, and plants, of which 19,669 are endemic to the country. The data compiled to date suggests that the Atlantic Rainforest might be the most diverse Brazilian domain for all plant groups except gymnosperms, which are most diverse in the Amazon. However, scientific knowledge of Brazilian diversity is still unequally distributed, with the Atlantic Rainforest and the Cerrado being the most intensively sampled and studied biomes in the country. In times of “scientific reductionism”, with botanical and mycological sciences suffering pervasive depreciation in recent decades, the first online Flora of Brazil 2020 significantly enhanced the quality and quantity of taxonomic data available for algae, fungi, and plants from Brazil. This project also made all the information freely available online, providing a firm foundation for future research and for the management, conservation, and sustainable use of the Brazilian funga and flora
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