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    Pela Recuperação da Ação e do Senso Comum: para além do platonismo na educação popular.

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    A ideia de senso comum sempre foi vista, na Educação Popular, como sinônimo de alienação ou de ingenuidade. O tema, na verdade, remonta a Platão. Ora, é preciso ressignificar o senso comum e não insistir em contrastá-lo com saber culto ou com ciência, mas com senso privado e entendê-lo como a possibilidade linguística de construção de significados comuns para as nossas experiências. O objetivo desse artigo é mostrar que tal operação pode significar a reintrodução do político na educação como Ação (H. Arendt). Ação, Senso Comum e Educação podem ser rearticulados de forma a permitir, finalmente, uma saída do platonismo de que ainda sofre a teoria e a prática da Educação Popular

    O Clichê: notas para uma derrota do pensamento. Por uma consciência ingênua

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    In which way can the cliché, the ready-made, ceaselesslyrepeatedsentence, the jargon – which have invaded pedagogical vocabularyfor quite some time already – represent a strategy for being reacquainted toa world turned strange, where our concepts are no longer appropriate, andhave become an indication of danger to thought? From Camus’ image ofSisyphe through Arendt’s examination of the Eichmann’s case, where thecliché is associated to a defeat of thought, the article proposes a bizarretask: a return to a naive consciousness, not as a gaping and disarmed relationto the world, but as a production of a new dictionary, capable of livening up,linguistically speaking, a stand of ad-miration before things.Em que sentido o clichê, a frase feita e repisada, o jargão – que já há algum tempo invadiram o vocabulário pedagógico – podem representar uma estratégia de refamiliarização com um mundo tornado estranho,em que nossos conceitos deixaram de ser adequados, e passaram a indicar um perigo para o pensamento? Partindo de uma imagem de Camus (Sísifo) e passando pelo exame de Arendt sobre o caso Eichmann, em que o clichê é associado a uma derrota do pensamento, o artigo propõe uma tarefa insólita: um retorno a uma consciência ingênua, não como relação beata e desarmada diante do mundo, e sim como produção de um novo dicionário capaz de vivificar, linguisticamente, a atitude ad-miração diante das coisas.
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