15 research outputs found
Annual survival rate of tropical stingless bee colonies (Meliponini): variation among habitats at the landscape scale in the Brazilian Atlantic Forest
Stingless social bees live in perennial colonies whose longevity is influenced by various ecological factors. This study analyzed the influence of habitat anthropization and native forest regeneration stage on the longevity of natural colonies at the landscape scale. Random sampling of 25x25m plots, totaling 30ha per habitat type, located and monitored 118 nests of 14 species in the forest and 105 nests of six species in the anthropic habitat. Significant differences in colony longevity were observed between young and long-lived forests and between long-lived forests and anthropized habitat. Shorter longevities have generally been associated with a set of smaller-bodied species residing in anthropized habitats. The greatest longevities were associated with the three abundant and exclusive forest species, and was similar in the two forest regeneration stages: Melipona scutellaris, Scaptotrigona xanthotricha and Scaptotrigona bipunctata had high annual survival rates ranging from 87% to 93%. Another abundant species in the landscape was Tetragonisca angustula, a small habitat-generalist with short longevity (63%) that varied among habitats. Euclidean distance analysis based on this generalist placed young forest closest to anthropic habitat, and grouped the replicates of long-lived forest. Considering spatial variation in the life history traits, we infer that, among prospective landscape habitats, the Atlantic Forest favors stingless bees with high colonial longevity. On the other hand, generalists, such as T. angustula, with shorter colonial longevity and high reproduction rates are being favored by the expansion of anthropized habitats in place of deforested areas
Permeability of matrices of agricultural crops to Euglossina bees (Hymenoptera, Apidae) in the Atlantic Rain Forest
International audienceAbstractWe evaluate the permeability of three matrices of arboreal crops for the Euglossina bees that inhabit the Brazilian Atlantic rainforest hotspot. The comparisons of occurrences and abundances within three mosaics of forest and extensive arboreal crops (piassava palm, oil palm, and rubber tree) showed that all the matrices were permeable to most orchid bees. The piassava palm was the most permeable, where the spatial distribution of all species of Euglossina did not differ between forest fragments and matrix. The oil palm has shown some loss of permeability to Eulaema atleticana, while the rubber tree crop was not so permeable to El. atleticana and Euglossa imperialis. Euglossa iopoecila was sampled only in the forest fragments. At the present scale of forest cover in the three studied mosaics (10 to 40 %), the arboreal matrices are contributing towards the functional connectivity in the Atlantic Rain Forest at both scales: the landscape mosaic and the Brazilian Atlantic Forest corridor
Dinâmica Espacial na Diversidade de Abelhas Centridini: Oferta de Óleos Florais como Medida da Qualidade do Habitat
As abelhas Centridini estão adaptadas a explorar óleos de elaióforos epiteliais de flores de Malpighiaceae, que utilizam na alimentação larval e na construção das células do ninho. Dadas às evidências de longa associação evolutiva conservadora entre Centridini e Malpighiaceae, e registros extensivos de campo, pode-se assumir uma associação ecológica estreita entre ambos. Esta pesquisa pressupõe 5 que variações na
oferta de óleos de Malpighiaceae exercem influência sobre a abundância e riqueza de Centridini, e analisa, em escala regional, a validade dessa premissa. A hipótese do estudo é: há relação entre a oferta de óleos florais e a abundância e riqueza de abelhas Centridini. As abelhas foram amostradas nas flores de Byrsonima sericea DC. em 12 pontos, entre a porção norte do Corredor Central da Mata Atlântica e o litoral norte da Bahia. A oferta de óleos foi mensurada de parcelas aleatórias nas áreas com B. sericea. Foram coletadas 1246 fêmeas de Apoidea, entretanto Centridini foi o grupo dominante (73%) e mais freqüente. Na escala regional, foi sustentada a hipótese de relação ecológica estreita entre B. sericea e Centridini. A oferta de óleos apresentou forte correlação com a riqueza (r = 0.804, p = 0.001) e abundância (r = 0.810, p = 0.001) de Centridini. Argumenta-se que o efeito positivo do aumento na oferta de óleo sobre a riqueza de Centridini se deve à assimetria dos efeitos dependentes da densidade, que se tornam mais fortes dentro das populações das espécies quando esse recurso e, por extensão o hábitat, se torna muito produtivo.Cnpq, Fapesb, Plantações Michelin da BahiaSalvador (BA
Biota Neotropica
p. 93-100.Stylosanthes viscosa é uma herbácea comum nas dunas tropicais da costa brasileira, com distribuição agregada nas dunas urbanas de Salvador, BA. Suas flores de quilha diminutas, com uma pequena quantidade de néctar escondido no tubo da corola, a abertura de uma única flor/inflorescência/dia e a baixa densidade floral, juntos, não deveriam ser atrativos para as abelhas de grande porte. Isso deve ser verdadeiro, principalmente, sob a alta demanda energética para termorregulação em dunas tropicais. Ao contrário do esperado, a grande maioria das espécies de abelhas amostradas nas flores de S. viscosa tem tamanho médio a grande e coletou néctar em visitas legítimas, acionando o mecanismo de polinização da quilha. Entretanto, a quilha sempre ficava inutilizada após as visitas das grandes e frequentes (78%) abelhas Xylocopa. Todas as flores visitadas por essas abelhas (inclusive aquelas com a quilha inutilizada) e as protegidas experimentalmente das visitas das abelhas produziram frutos regularmente (100%). O mecanismo de êmbolo das anteras assegura a autopolinização. Como há autopolinização autônoma e o sistema é autocompatível ainda não foi possível discriminar a importância relativa da autopolinização facilitada e da polinização cruzada por abelhas. Entretanto, as grandes abelhas Xylocopa não limitam a autopolinização. Xylocopa cearensis foi a abelha mais abundante (63%) e visitou várias flores (13,0 ± 4,27) em cada rota de vôo, numa mesma mancha, apesar da baixa densidade floral (5 a 20 flores.m-2). A distância de vôo entre flores sucessivas variou entre um e dois metros (49%), acima do que seria possível (15 a 70 cm) dada a densidade floral nas manchas. As rotas de vôo foram direcionais, isto é, a maioria dos ângulos de mudança de direção entre flores sucessivas foram abaixo de 90°, com alta frequência de ângulos pequenos (<30°). Este padrão geral é explicado com a otimização de forrageio, com ajuste a limiares críticos de oferta de recursos. Paradoxalmente, a biologia floral e o padrão de florescimento de S. viscosa deveriam desestimular a visita dessas grandes abelhas, mas esta estratégia funciona apenas temporariamente. Nesta espécie melitófila, a autopolinização autônoma (assegurada pelo êmbolo) pode ser melhor explicada pela hipótese de seleção automática do que pela hipótese de segurança, considerando a disponibilidade de abelhas grandes como polinizadores nas dunas tropicais.Campina
Apidologie
Texto completo: acesso restrito. p. 669-678It is assumed that oil bees in the tribe Centridini and oil flowers in the family Malpighiaceae have a conservative evolutionary association, and it is postulated that they also have a tight ecological relationship. Here, we test the hypothesis that variations in the availability of Malpighiaceae flowers affect the abundance and richness of centridine bees. We measured oil availability and sampled bees on oil flowers of Byrsonima sericea DC. (Malpighiaceae) in 12 localities (habitats), along the Northeastern Brazilian Atlantic coast. The availability of floral oil was strongly correlated with richness and abundance of centridine bees. In contrast, no significant correlation was observed between abundance and richness of centridine bees after excluding the effect of oil abundance. We proposed that the asymmetry of density dependence is determining the observed pattern of regional diversity for centridine bees
Iheringia Serie Zoologia
p. 131-137.Há evidências de que a temperatura do ar e a umidade relativa afetam a atividade de voo de espécies de abelhas sociais
Meliponini. Em particular, as espécies grandes do gênero Melipona Illiger, 1806 responderiam de maneira mais estreita à variação na
umidade relativa. Neste estudo defende-se o argumento de que a umidade relativa seja uma variável de confusão. Nesta linha de
argumentação, também foi analisado o papel da coleta de pólen sobre o ritmo diário de forrageio. A robusta Melipona scutellaris (Latreille,
1811) foi usada como modelo e a atividade diária de voo e de forrageio de pólen foi medida em 12 colônias (4 colônias/hábitat), em três
tipos de hábitats, que variam principalmente quanto à pluviosidade, na área de distribuição natural desta espécie (Floresta Pluvial, Floresta
Sazonal e Transição Floresta Tropical-Cerrados). A maioria da atividade de voo acontece durante a manhã. A atividade de forrageio das
colônias foi mais elevada nas primeiras horas do alvorecer, quando a umidade relativa também era alta, frequentemente associada a picos
de coleta de pólen. A atividade de voo decresceu abruptamente durante as temperaturas altas ao redor do meio dia. A relação da atividade
de voo com a umidade relativa foi altamente significativa e linear, contrastando com a relação significativa e unimodal com a temperatura.
Na relação com o forrageio de M. scutellaris, a umidade relativa se configura como uma variável contingente, em hábitats tropicais
úmidos, considerando os padrões diários de variação do microclima e de forrageio de pólen. Este último padrão também sustenta a
hipótese de partição temporal de fontes florais de pólen.Porto Alegr