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Telepediatria: normas, legislação e ética: Telepaediatrics: standards, legislation and ethics
A pandemia pela Covid-19 alterou de forma significativa a forma de oferta de cuidados e a atenção à saúde. A telessaúde passou por uma transformação rápida e massiva, com um grande aumento de pacientes e provedores experientes em seu uso. As novas práticas devem considerar modelos de prestação de cuidados nos quais a telessaúde e o atendimento presencial sejam ainda mais integrados, seguindo as legislações e regras de convivência. Este artigo tem como objetivo discutir as legislações atuais para esta nova prática, em especial ao que se refere à telepediatria. No Brasil, novas leis e resoluções foram publicadas. A Sociedade Brasileira de Pediatria elaborou um guia para propiciar dados e orientações sobre estas novas práticas. O padrão ouro é a consulta presencial, mas a telemedicina atualmente ocupa papel de destaque na atenção à saúde. Neste novo modelo é importante auxiliar os profissionais e os pais/responsáveis pelos pacientes a utilizar de forma legal e responsável as ferramentas disponíveis. As legislações que asseguram a confidencialidade, sigilo e segurança dos dados tem sido cada vez mais aprimoradas. A questão ética para a assistência não difere da forma presencial e as boas práticas de publicidade devem ser seguidas
Enfrentamento à pandemia: conhecimento acessível à comunidade / Coping with the pandemic: Knowledge accessible to the community
A pandemia pela COVID-19 altera a saúde global e coloca em risco a comunidade e o grupo de pessoas com deficiência visual e surdas. Docentes e alunos da Universidade Federal de Minas Gerais decidiram ofertar curso via e-mail e via página eletrônica para disseminar conhecimento sobre medidas preventivas e combate às fake News. A divulgação ocorreu dentro da comunidade universitária e em grupos comunitários. O objetivo deste estudo foi avaliar duas metodologias (por e-mail e pela página eletrônica) do curso, com avaliação do perfil dos participantes, da adesão e do desempenho. O curso contou com 1.841 inscritos. O grupo de participantes via e-mail apresentou em relação aos demais: idade superior (p<0,001); maior número de deficientes (p=0,008) e de mulheres (p<0,001); maior escolaridade (p<0,001). Constatou-se associação entre a metodologia do curso e ter ou não recebido o auxílio financeiro emergencial (p=0,001) devido à pandemia e possuir filhos (p<0,001). Ocorreu progressão no conhecimento em ambos os grupos. A persistência até o final do curso foi maior no sexo masculino com correlação positiva (p=0,03; força de associação de 5,1%). Aqueles que não finalizaram o curso apresentaram média de idade superior (37,5 anos) aos que finalizaram (35,6 anos), com p=0,04. Apesar da baixa adesão geral, o curso contribuiu de forma acessível para disseminação do conhecimento científico sobre a COVID-19
Mídia digital na educação em saúde: Uma forma de enfrentamento da pandemia da COVID-19
A pandemia de Covid-19 veio associada à disseminação de grande volume de informações, verdadeiras e falsas, sobre a doença, com potencial impacto no seu controle, por interferir em comportamentos e condutas preventivas e terapêuticas. Motivados pela necessidade de produzir informações confiáveis e combater ‘fakenews’, professores e alunos da Universidade Federal de Minas Gerais desenvolveram projeto de extensão abordando a Covid-19, com o propósito de divulgar materiais educativos para a população em geral, por meio de postagens científicas e realização de webconferências. As plataformas digitais utilizadas foram Instagram e YouTube. O objetivo deste estudo é descrever a ação extensionista e discutir as mídias sociais como estratégia de educação em saúde. As métricas do Instagram foram analisadas de maio a fevereiro de 2022, com média mensal de alcance de 1.928 e engajamento de 552 pessoas. Tivemos um total de 649 seguidores, sendo a maioria mulheres (80,8%) e adultos jovens até 34 anos (38,4%), provenientes da cidade de Belo Horizonte (57,4%). As webconferências abordaram os temas: retorno às atividades escolares presenciais, saúde mental infantil, aspectos bioéticos e direito à vacinação, testagem e atualização sobre vacinas contra Covid-19 para crianças. Em conjunto, houve mais de 6.000 visualizações. A estratégia de educação em saúde por meio de mídias digitais e transmissões on-line constitui importante ferramenta no cenário de distanciamento e do isolamento social imposto pela pandemia, contribuindo para a disseminação do conhecimento científico de qualidade.
Palavras-chave: Educação em saúde, Coronavírus, Redes Sociais, Extensão Universitária
Digital media in health education: A means to face the COVID-19 pandemic
Abstract: The Covid-19 pandemic was associated with disseminating a large volume of true and false information, potentially impacting disease control by interfering with preventive and therapeutic behaviors and conduct. Motivated by the need to produce reliable information and mitigate "fake news," professors and students of the Federal University of Minas Gerais developed an extension project on Covid-19 to disseminate educational materials to the general population through scientific posts and web conferencing. The digital platforms used for this purpose were Instagram and YouTube. This study aimed to describe the extensionist action and discuss social media as a health education strategy. Instagram metrics were analyzed from May to February 2022, with a monthly average reach of 1,928 and an engagement of 552 people. We had a total of 649 followers, most of them women (80.8%) and young adults up to 34 years old (38.4%) from the city of Belo Horizonte (57.4%). The web conferences addressed the topics: of return to face-to-face school activities, child mental health, bioethical aspects, and the right to vaccination, testing, and updating on vaccines against Covid-19 for children. Altogether, there were over 6,000 views. The health education strategy through digital media and online broadcasts is a crucial tool in the scenario of distancing and social isolation imposed by the pandemic, contributing to disseminating reliable scientific knowledge.
Keywords: Health education, Coronavirus, Social Networks, University Extensio
Nutrition, mental health and violence: from pregnancy to postpartum Cohort of women attending primary care units in Southern Brazil - ECCAGE study
<p>Abstract</p> <p>Background</p> <p>Woman's nutritional status, before and during pregnancy, is a strong determinant of health outcomes in the mother and newborn. Gestational weight gain and postpartum weight retention increases risk of overweight or obesity in the future and they depend on the pregestational nutritional status and on food consumption and eating behavior during pregnancy. Eating behavior during pregnancy may be the cause or consequence of mood changes during pregnancy, especially depression, which increases likelihood of postpartum depression. In Brazil, a study carried out in the immediate postpartum period found that one in three women experienced some type of violence during pregnancy. Violence and depression are strongly associated and both exposures during pregnancy are associated with increased maternal stress and subsequent harm to the infant. The main objectives of this study are: to identify food intake and eating behaviors patterns; to estimate the prevalence of common mental disorders and the experience of violence during and after pregnancy; and to estimate the association between these exposures and infant's health and development.</p> <p>Methods/Design</p> <p>This is a cohort study of 780 pregnant women receiving care in 18 primary care units in two cities in Southern Brazil. Pregnant women were first evaluated between the 16<sup>th </sup>and 36<sup>th </sup>week of pregnancy at a prenatal visit. Follow-up included immediate postpartum assessment and around the fifth month postpartum. Information was obtained on sociodemographic characteristics, living circumstances, food intake, eating behaviors, mental health and exposure to violence, and on infant's development and anthropometrics measurements.</p> <p>Discussion</p> <p>This project will bring relevant information for a better understanding of the relationship between exposures during pregnancy and how they might affect child development, which can be useful for a better planning of health actions aiming to enhance available resources in primary health care.</p
COVID-19 in Brazilian children and adolescents: findings from 21 hospitals / COVID-19 em crianças e adolescentes brasileiros: registros de 21 hospitais
Introdução: Crianças e adolescentes com Covid-19 apresentam menor mortalidade e sintomas menos intensos quando comparados aos adultos. Os estudos no Brasil baseiam-se apenas no sistema de notificação compulsória. Objetivo: Analisar as características clínicas, laboratoriais, radiológicas e desfechos de pacientes hospitalizados com menos de 20 anos de idade com Covid-19. Métodos: Série de casos de pacientes internados com Covid-19, confirmado, com idade inferior a 20 anos, obtida em estudo de coorte em 21 hospitais de cinco estados brasileiros. Resultados: Dos 36 pacientes, 20 (55,5%) eram adolescentes, 20 (55,5%) eram do sexo masculino, 18 (50,0%) apresentavam comorbidades, 2 estavam grávidas; e em 7 (19,4%) os sintomas iniciais ocorreram durante a internação por outras causas, dos quais 3 foram possivelmente infectados no hospital. Febre (61,1%), dispneia (33,3%) e sintomas neurológicos (33,0%) foram as queixas mais comuns. A proteína C reativa estava acima de 50mg / L em 16,7% e o dímero-D estava acima do limite de referência em 22,2%. Radiografias de tórax foram realizadas em 20 (55,5%) pacientes, 9 apresentavam anormalidades; e tomografias computadorizadas de tórax em 5. O tempo de internação variou de 1-40 dias (mediana 5 [intervalo interquartil 3-10]), 16 (44,4%) necessitaram de cuidados intensivos, 6 (16,7%) necessitaram de ventilação mecânica e um paciente (2,8%) faleceu. Conclusão: Em uma amostra de pacientes menores de 20 anos, procedentes de hospitais de 5 estados do Brasil, as comorbidades foram frequentes e os sintomas mais comuns foram febre, dispneia e sintomas neurológicos. Quarenta e quatro por cento dos pacientes necessitaram de cuidados intensivos, mostrando que na amostra avaliada a doença não era tão leve quanto o esperado, e um paciente morreu.
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