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    Geologia do derrame Salto do Lontra e gênese dos pegmatitos básicos associados, Província Magmática do Paraná, sudoeste do Estado do Paraná

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    Resumo: O derrame Salto do Lontra localiza-se no sudoeste do Estado do Paraná, a norte do município de Salto do Lontra. O derrame possui 50 m de espessura e apresenta distribuição, arranjo de suas estruturas internas e padrões de fraturas bem definidos. A variação destas estruturas possibilita a divisão do derrame em: nível vesicular de topo, nível maciço central e nível vesicular de base. Estas características sugerem que o derrame foi formado por processos de inflamento e se resfriou como um único corpo de lava, das bordas para o centro. Ocorrem corpos de pegmatito básico, com formas alongadas, alojados no terço superior do derrame. Estes corpos têm assembleia mineral semelhante aos basaltos encaixantes e são diferenciados principalmente pela granulação e presença de amígdalas. Os pegmatitos definem zonas de maior susceptibilidade magnética dentro do derrame, resultado da maior porcentagem modal de magnetita nestas rochas. Os basaltos e pegmatitos possuem assembleia mineral primária constituída principalmente por andesina, augita, magnetita, ilmenita e apatita, e secundária por clorita e hematita. As rochas do derrame têm caráter toleítico com tendência ao enriquecimento em FeO. Diagramas de variação, nos quais o MgO é o índice fracionante, mostram diminuição dos valores de Al2O3 e CaO para as rochas dos pegmatitos, indicando fracionamento de plagioclásio e piroxênio durante processo de cristalização fracionada, e o empobrecimento de Sr e Eu indicam fracionamento de plagioclásio durante este processo. A assinatura geoquímica das rochas dos grupos dos basaltos e dos pegmatitos é muito semelhante, onde a distribuição dos elementos terras raras para os dois grupos segue a mesma tendência, com maior enriquecimento dos pegmatitos nestes elementos. A gênese dos pegmatitos pode estar relacionada a processos de cristalização fracionada de um horizonte em estado de mush dentro da zona de fluxo de lava e ascensão de líquidos residuais enriquecidos em elementos incompatíveis alojados em rupturas da rede cristalina

    ARQUITETURA INTERNA E PETROGRAFIA DO DERRAME SALTO DO LONTRA, SUDOESTE DO ESTADO DO PARANÁ

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    O derrame Salto do Lontra está inserido na Província Magmática do Paraná e localiza-se no sudoeste do Estado do Paraná. O derrame possui 50 m de espessura e apresenta distribuição, arranjo de suas estruturas internas e padrões de fraturas bem definidos. Estas características permitem a divisão do derrame em: nível vesicular de topo, nível maciço central e nível vesicular de base. Estas características definem a arquitetura interna e sugerem que o derrame foi formado por processos de inflamento e se resfriou como um único corpo de lava, das bordas para o centro. Ocorrem corpos de pegmatito básico, com formas alongadas, alojados no terço superior do derrame. Estes corpos têm assembleia mineral semelhante aos basaltos encaixantes e são diferenciados principalmente pela granulação e presença de amígdalas. Os basaltos e pegmatitos possuem assembleia mineral primária constituída principalmente por andesina, augita, magnetita, ilmenita e apatita, e secundária por clorita e hematita

    MORPHOLOGICAL AND PETROGRAPHIC CHARACTERIZATION OF SALTO SEGREDO FLOW – SERRA GERAL FORMATION, PARANÁ STATE, BRAZIL

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    O derrame Salto Segredo localiza-se na localidade homônima, entre os municípios de Mangueirinha e Reserva do Iguaçu – PR, nos arredores da Usina Hidrelétrica Salto Segredo (Gov. Ney Braga). A área onde o derrame foi estudado é delimitada pelas coordenadas geográficas 52º5’ e 52º8’ W e 25º45’ e 25º’48 S. O escopo do trabalho é caracterizar as feições internas de uma parte do derrame Salto Segredo, com base no padrão de fraturas gerado pela contração da rocha durante o resfriamento, e variações estruturais, texturais e mineralógicas. O derrame possui aproximadamente 40 m de espessura e é composto majoritariamente por labradorita, augita, óxidos de Fe e Ti e mesóstase. De acordo com sua estruturação interna foi dividido em três níveis: (1) nível vesicular de base, caracterizado pela textura ofítica e padrão irregular de fraturas; (2) nível maciço central, o mais espesso do derrame, pode ainda ser subdividido em porção mediana-inferior, com fraturas irregulares e descontínuas subverticais; e porção mediana-superior, que apresenta fraturas regulares e contínuas subverticais com traçados retilíneos ou sigmoidais; (3) nível vesicular de topo, com abundante presença de vesículas, amígdalas e geodos e ausência de fraturas marcantes. Um segundo objetivo do trabalho é o reconhecimento de estruturas indicativas de segregação e inflação, como cilindros de vesículas, zonas vesiculares horizontais, lençóis de vesículas e amígdalas e geodos achatados.The Salto Segredo Flow is located in the homonymous locality, between Mangueirinha and Reserva do Iguaçu cities, Paraná State, Brazil, nearby Salto Segredo (Gov. Ney Braga) Hydropower Plant. The area where Salto Segredo flow was studied is delimited by geographic coordinates 52º5’ e 52º8’ W e 25º45’ e 25º’48 S. The work purpose is to characterize the internal structures of a part of the Salto Segredo flow, according to fractures patterns resulting from rock contraction during cooling, structural, textural and mineralogical variations. The flow is approximately 40 m thick and is majorly compound by labradorite, augite, Fe and Ti oxides and mesostasis. According to its internal structures the flow can be divided into three levels: (1) base vesicular level, characterized by the ophitic texture and irregular pattern o fractures; (2) center massive level, the thicker in the flow, can be divided into lower-median portion, with subvertical, irregular and discontinuous fractures; and upper-median portion, which presents subvertical, continuous and regular fractures, with rectilineal or curve tracks; (3) top vesicular level, abundant in vesicle, amygdules and geodes without distinguished fractures. A second aim of the present work is to recognize indicative structures of segregation and inflation process, such as vesicle cylinders, horizontal vesicular zones, vesicle sheets and flat amygdules and geodes
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