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    Intra-abdominal pressure in patients with abdominal trauma

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    Objetivos: Pacientes com trauma abdominal tratados cirurgicamente são muito suscetíveis ao desenvolvimento de hipertensão intra-abdominal e síndrome do compartimento abdominal, cujo diagnóstico é baseado na medição da pressão intraabdominal associada a parâmetros clínicos. Este estudo teve por objetivos avaliar prospectivamente o comportamento da pressão intra-abdominal de pacientes com trauma abdominal cirurgicamente tratados e identificar se há relação entre tal comportamento e parâmetros clínicos destes pacientes. Método: A técnica de Kron foi utilizada para medir a pressão intra-abdominal. A casuística foi composta por 17 homens e três mulheres com média de idade de 36,9 anos (D.P. 12,943). O mecanismo de trauma mais freqüente foi contusão abdominal 12 (60%) contra oito (40%) pacientes com ferimentos penetrantes. Os dados foram coletados em 6 e 18 horas de pós-operatório. Resultados: As médias de pressão intra-abdominal foram 10,4 cmH2O (D.P. 3,939) em 6 horas e 10,263 cmH2O (D.P. 3,445) em 18 horas de pós operatório. A análise dos resultados mostrou correlação estatisticamente significante entre o volume de colóides infundidos e a pressão intra-abdominal em 6 e 18 horas pós-operatórias (p = 0,0380 e p = 0,0033 respectivamente). É provável que tal correlação se deva ao edema visceral causado pelo extravasamento capilar de soluções, aumentando a pressão intra-abdominal. Conclusões: Os achados deste estudo ratificam a idéia de relação entre grandes volumes de infusão venosa, sobretudo colóides, e o aumento da pressão intra-abdominal e destacam a importância da avaliação da pressão intra-abdominal em pacientes com trauma abdominal submetidos a grandes reposições volêmicas, sobretudo as soluções coloidais. _________________________________________________________________________________________ ABSTRACT: Bacjground: Patients with significant abdominal traumatism submitted to surgical treatment are susceptible to develop intra-abdominal hypertension and abdominal compartment syndrome. Those diagnosis are based on intra-abdominal pressure measurement associated with clinical parameters. The aims of this study were: to study prospectively the behavior of intra-abdominal pressure in patients with abdominal trauma submitted to surgical treatment; to identify if there is association between that behavior and clinical parameters. Methods: There were 17 males and three females with an average age of 36.9 years (S.D. 12.9). The data was collected in two times, six and 18 hours in the immediate postoperative period. The averages of intra-abdominal pressures found were 10.4 cmH2O (S.D. 3.9) in the first six hours and 10.3 cmH2O (S.D. 3.5) in 18 hours of postoperative period. Results: There was significant statistical correlation between the volume of infused colloids and intra-abdominal pressure at six and 18 hours of postoperative period (p = 0.0380 and p = 0.0033, respectively). These correlations are probably explained by visceral edema caused by the capillary leak of solutions, increasing intra-abdominal pressure. Conclusions: Our findings confirm the relationship between large volumes of fluid infusion, mainly colloid solutions, and the increase of intra-abdominal pressure and detach the importance of intraabdominal pressure monitorization in patients with abdominal trauma submitted to massive replacement of liquids, mainly when this replacement was done with colloids solutions

    Surgical indication in Schistosomiasis mansoni portal hypertension: follow-up from 1985 to 2001

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    The study had the objective to evaluate the benefits of surgical indication for portal hypertension in schistosomiasis patients followed from 1985 to 2001. Schistosoma mansoni eggs were confirmed by at least six stool examinations or rectal biopsy. Clinical examination, abdominal ultrasonography, and digestive endoscopy confirmed the diagnosis of esophageal varices. A hundred and two patients, 61.3% male (14-53 years old) were studied. Digestive hemorrhage, hypersplenism, left hypochondrial pain, abdominal discomfort, and hypogonadism were, in a decreasing order, the major signs and symptoms determining surgical indication. Among the surgical techniques employed, either splenectomy associated to splenorenal anastomosis or azigoportal desvascularization, esophageal gastric descompression and esophageal sclerosis were used. Follow-up of patients revealed that, independent on the technique utilized, a 9.9% of death occurred, caused mainly by digestive hemorrhage due to the persistence of post-treatment varices. The authors emphasize the benefits of elective surgical indication allowing a normal active life

    Avaliação intra-operatória da pressão portal e resultados imediatos do tratamento cirúrgico da hipertensão portal em pacientes esquistossomóticos submetidos a desconexão ázigo-portal e esplenectomia Intra-operative evaluation of portal pressure and immediate results of surgical treatment of portal hypertension in schistosomotic patients submitted to esophagogastric devascularization with splenectomy

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    RACIONAL: No Brasil a principal causa de hipertensão portal é a esquistossomose mansônica na sua forma hepatoesplênica. Com relação ao seu tratamento, a preferência da maioria dos autores no Brasil recai sobre a desconexão ázigo-portal e esplenectomia geralmente associada à escleroterapia endoscópica pós-operatória para tratamento dessa enfermidade. No entanto, não estão bem estabelecidas as alterações hemodinâmicas portais decorrentes do tratamento cirúrgico da hipertensão portal e sua influência no resultado desse tratamento. OBJETIVOS: Avaliar o impacto imediato da desconexão ázigo-portal e esplenectomia na pressão portal e também os resultados do tratamento cirúrgico da hipertensão portal no que se refere à recidiva hemorrágica e ao calibre das varizes de esôfago. CASUÍSTICA E MÉTODO: Foram estudados 19 pacientes com esquistossomose hepatoesplênica e hipertensão portal, com história de hemorragia digestiva alta por ruptura de varizes esofágicas, com idade média de 37,9 anos. Estes pacientes não haviam sido submetidos a tratamento prévio e foram, eletivamente, tratados cirurgicamente com desconexão ázigo-portal e esplenectomia. Durante a cirurgia, foi avaliada a pressão portal, no início e no final do procedimento, através da cateterização da veia porta por cateter de polietileno introduzido por veia jejunal. Todos os pacientes foram submetidos a endoscopia no pré e no pós-operatório (em torno do 60&ordm; dia do pós-operatório) para avaliar, segundo classificação de Palmer, a variação do calibre das varizes esofagianas após a desconexão ázigo-portal e esplenectomia. RESULTADOS: Todos os pacientes apresentaram queda da pressão portal, sendo a média desta queda, após a desconexão ázigo-portal e esplenectomia, de 31,3%. Na avaliação pós-operatória (endoscopia após cerca de 60 dias) houve redução significativa do calibre das varizes esofagianas quando comparadas ao pré-operatório. CONCLUSÃO: A desconexão ázigo-portal e esplenectomia promoveram queda imediata na pressão portal, com conseqüente diminuição do calibre das varizes esofágicas. Observou-se ainda que não é insignificante o risco de mortalidade e complicações graves relacionados a essa técnica.<br>BACKGROUND: The main cause of portal hypertension in Brazil is the hepato-splenic form of mansonic schistosomiasis and the most employed technique for the surgical approach of this disease is the esophagogastric devascularization with splenectomy, generally associated to postoperative endoscopical esophageal varices sclerotherapy. The hemodynamic alterations after surgical treatment and its possible influence on the outcome are not well established. AIM: To evaluate the immediate impact of esophagogastric devascularization with splenectomy upon portal pressure as well as the results of the surgical treatment on digestive hemorrhage recurrence and on esophageal varices. METHODS: Nineteen patients with mean age of 37.9 years and portal hypertension and previous episodes of digestive hemorrhage caused by esophageal varices rupture due to hepato-splenic schistosomiasis were studied. None of the patients had received any treatment prior to the surgery and underwent to elective esophagogastric devascularization with splenectomy. Portal pressure was assessed at the beginning and at the end of esophagogastric devascularization with splenectomy through portal vein catheterization with a polyethylene catheter introduced through a jejunal branch vein. All patients were submitted to digestive endoscopy before and after the surgery, in order to classify the size of esophageal varices after esophagogastric devascularization with splenectomy according to Palmer’s classification. RESULTS: In all patients the portal pressure had diminished with a mean decrease of 31.3% after esophagogastric devascularization with splenectomy. In the postoperative endoscopic follow-up (1 month), the esophageal varices showed a statistically significant reduction in their size, when compared to the pre-surgical measurements. CONCLUSION: These results have demonstrated that the esophagogastric devascularization with splenectomy promotes immediate decrease in the portal pressure and a consequent reduction in the esophageal varices size. We also observed that the risk of mortality and severe complications related to this technique is not insignificant

    Avaliação experimental da recuperação o do íleo paralítico pós-operatório após colectomia convencional e laparoscopica

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    A cirurgia laparoscópica tem determinado reavaliações de muitos dogmas cirúrgicos. Dentre esses dogmas, está a aparente ausência de íleo paralítico na cirurgia laparoscópica. O objetivo do autor foi avaliar, de maneira experimental, em cães , as diferenças de recuperação da motilidade do cólon após uma colectomia tradicional e uma colectomia videolaparoscópica assistida, determinando ainda as características do íleo paralítico pós-operatório, em cães, após uma cirurgia laparoscópica. Foram utilizados dez cães mestiços, sadios, pesando de 20 a 30 kg, com idade entre 4 e 5 anos. Após uma noite de jejum, os eletrodos foram implantados, através de uma laparotomia, sob condições assépticas e anestesia geral. Cada animal teve implantado oito eletrodos bipolares. Quatro desses eletrodos foram implantados no intestino delgado, e os quatro eletrodos restantes, localizados no cólon, estando o mais distal a 20 cm da reflexão peritoneal do reto. Foi estabelecido um período de dez dias para a total recuperação do íleo paralítico pós-operatório. Após a aquisição de traçados controles, os animais foram randomizados para a realização de uma colectomia laparoscópica ou uma colectomia através de laparotomia. Após uma noite de jejum, a colectomia foi realizada sob condições assépticas e anestesia geral. Após a extubação iniciou-se a aquisição dos dados. A aquisição foi realizada até a completa recuperação do íleo paralítico, de maneira ininterrupta. Nenhum dos animais recebeu analgésicos no período pós-operatório. Não houve diferença entre o final da colectomia e o surgimento do primeiro complexo motor migrante (CMM), no intestino delgado. Com relação ao final das colectomias e o retorno à fase 11, também não houve diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos. Os intervalos de tempo entre as ressecções colônicas e o aparecimento da primeira contração colônica migrante (CCM) não foram estatisticamente diferentes, assim como não foram os intervalos entre o final da colectomia e o surgimento da primeira contração migratória gigante do cólon. Quando relacionamos o final da cirurgia e a primeira evacuação, não houve diferença entre os grupos. O autor concluiu que a colectomia laparoscópica cursa com íleo paralítico, e que não houve diferenças entre os grupos, com relação ao período de recuperação do íleo paralítico pós-operatório, nos cães estudados
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