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Clinical and tomographic aspects of macular microholes
OBJETIVO: Descrever os aspectos clínicos e tomográficos do microburaco macular. MÉTODOS: Estudaram-se pacientes portadores de microburaco macular de forma retrospectiva e observacional. Apurou-se história clínica, medida de acuidade visual, biomicroscopia de polo posterior, retinografia, angiofluoresceinografia retiniana e tomografia de coerência óptica. RESULTADOS: Examinaram-se oito olhos de sete pacientes portadores de microburaco macular. A idade variou entre 26 e 63 anos (média de 48,8 anos). Seis pacientes eram do sexo feminino (85,7%). Cinco pacientes apresentaram o microburaco macular no olho direito (62,5%). Quanto à sintomatologia, cinco indivíduos referiram diminuição da acuidade visual (71,4%), um referiu escotoma central (14,3%) e um não apresentou queixas visuais (14,3%). A angiofluoresceinografia retiniana não mostrou alterações maculares em cinco dos olhos (71,4%). À tomografia de coerência óptica, os oito olhos apresentaram uma lesão foveal hiporrefletiva e menor do que 100 micra, que acometia as camadas mais profundas da retina neurossensorial. CONCLUSÃO: Microburaco macular é um pequeno defeito lamelar presente na camada externa profunda da retina, que é evidente à biomicroscopia macular como uma lesão arredondada avermelhada de tamanho diminuto, levando a pouca repercussão na função visual, sem caráter progressivo. A história clínica, a acuidade visual, a biomicroscopia de fundo e a tomografia de coerência óptica são os principais elementos para a detecção e o estudo dos mecanismos fisiopatológicos responsáveis pela sua origem e evolução.PURPOSE: To describe the clinical aspects and evaluate optical coherence tomography of macular microholes. METHODS: Seven patients were assessed (8 eyes) with microholes of the macula. All patients underwent complete eye examination, fundus photography, fluorescent angiography and OCT-3 imaging. RESULTS: Ages ranged from 26 to 69 years. Six patients were female (85.7%) and five of them had microhole in the right eye. The presenting symptom was decrease in visual acuity (71.3%) and central scotoma in (14.3%). Five eyes (71.4%) had no defects shown by fluorescent angiography. A defect in the outer retina was demonstrated in all eyes on optical coherence tomography. The lesions were nonprogressive. CONCLUSION: Macular microholes are small lamellar defects in the outer retina. The condition is nonprogressive, generally unilateral and compatible with good visual acuity. Fundus biomicroscopy associated with an optical coherence tomography are the main elements in the diagnosis and study of this pathology
Autoantibodies against type I IFNs in patients with critical influenza pneumonia
In an international cohort of 279 patients with hypoxemic influenza pneumonia, we identified 13 patients (4.6%) with autoantibodies neutralizing IFN-alpha and/or -omega, which were previously reported to underlie 15% cases of life-threatening COVID-19 pneumonia and one third of severe adverse reactions to live-attenuated yellow fever vaccine. Autoantibodies neutralizing type I interferons (IFNs) can underlie critical COVID-19 pneumonia and yellow fever vaccine disease. We report here on 13 patients harboring autoantibodies neutralizing IFN-alpha 2 alone (five patients) or with IFN-omega (eight patients) from a cohort of 279 patients (4.7%) aged 6-73 yr with critical influenza pneumonia. Nine and four patients had antibodies neutralizing high and low concentrations, respectively, of IFN-alpha 2, and six and two patients had antibodies neutralizing high and low concentrations, respectively, of IFN-omega. The patients' autoantibodies increased influenza A virus replication in both A549 cells and reconstituted human airway epithelia. The prevalence of these antibodies was significantly higher than that in the general population for patients 70 yr of age (3.1 vs. 4.4%, P = 0.68). The risk of critical influenza was highest in patients with antibodies neutralizing high concentrations of both IFN-alpha 2 and IFN-omega (OR = 11.7, P = 1.3 x 10(-5)), especially those <70 yr old (OR = 139.9, P = 3.1 x 10(-10)). We also identified 10 patients in additional influenza patient cohorts. Autoantibodies neutralizing type I IFNs account for similar to 5% of cases of life-threatening influenza pneumonia in patients <70 yr old
Surgical removal of epiretinal membrane with and without removal of internal limiting membrane: comparative study of visual acuity, metamorphopsia features of optical coherence tomography, and recurrence rate
Objetivo: Estudar e comparar a acuidade visual, metamorfopsia, espessura foveal, camada limitante externa e zona elipsoide por meio da Tomografia de Coerência Óptica (OCT), e a taxa de recorrência dos pacientes operados de remoção de membrana epirretiniana, com e sem a retirada da membrana limitante interna. Métodos: Pacientes com MER operados por um único cirurgião e randomizados, aleatoriamente, em dois grupos. Todos os pacientes tiveram a retirada da membrana epirretiniana: 35 pacientes do Grupo 01, sem a adicional retirada de membrana limitante interna, e 28 pacientes do Grupo 02, com a retirada dessa membrana. Os pacientes foram seguidos e avaliados no primeiro, terceiro e sexto mês. Resultados: Setenta pacientes operados no total, sendo sete excluídos por perda de seguimento. Os pacientes de ambos os grupos evoluíram com melhora gradativa da visão ao longo do tempo. No Grupo 01, a média de acuidade visual inicial foi 0,60 logMAR (±0,3 desvio padrão - DP), no primeiro mês foi 0,49 logMAR (±0,26 DP), no terceiro mês, 0,39 logMAR (±0,30 DP) e no sexto mês, 0,27 logMAR (±0,25 DP). No Grupo 02, a média de acuidade visual inicial foi 0,63 logMAR (±0,25 DP), no primeiro mês foi 0,44 logMAR (±0,26 DP), no terceiro mês, 0,41 logMAR (±0,35 DP), e no sexto mês, 0,43 logMAR (0,44 DP). Não houve diferença estatisticamente significante quanto à melhora da acuidade visual entre os dois grupos. Não foi encontrada diferença estatisticamente significante em relação às alterações na OCT entre os grupos. O Grupo 02 apresentou maior taxa de recidiva (17%) quando comparada com o Grupo 01 (3,6%), embora esta diferença não foi estatisticamente significante (p=0,09). Conclusão: Ambos os grupos apresentaram melhora funcional e anatômica semelhantes, mas o grupo no qual não se removeu a membrana limitante interna mostrou uma possível tendência à maior taxa de recidivaObjective: To study and compare the visual acuity, metamorphosis, foveal thickness, the outer limiting layer and the ellipsoid zone, studied by Optic Coherence Tomography (OCT), and the recurrence rate of patients undergoing removal of epiretinal membrane with and without the removal of the internal limiting membrane. Methods: Seventy patients undergoing removal of epiretinal membrane, by a single surgeon and randomly assigned into two groups. Group 1, without additional removal of internal limiting membrane, 35 patients, and group 2 with the removal of the internal limiting membrane, 28 patients. Both groups were followed and evaluated in the first, third and sixth month. Results: Patients of both groups developed with a gradual improvement of vision over time. In group 1, the mean initial visual acuity was 0.60 logMAR (±0.3 standard deviation - SD), the average visual acuity of the first month was 0.49 logMAR (±0.26 SD), in the third month 0.39 logMAR (±0.30 DP), and in the sixth month logMAR 0.27 (±0.25 SD). In group 2, the mean initial visual acuity was 0.63 logMAR (±0.25 SD), average visual acuity of the first month was 0.44 (±0.26 DP) logMAR, in the third month 0.41 logMAR (±0.35 DP), and in the sixth month 0.43 logMAR (±0.44 DP). There was no statistical difference in improvement in visual acuity between the two groups, there was no statistically significant differences related to tomographic alterations between the groups, but the group 2 showed a higher relapse rate (17%) compared to the group 1 (3.6%). Although the difference is not statistically significant (p=0.09). Conclusion: Both groups showed similar functional and anatomical improvement, but the group which the internal limiting membrane was not removed showed a higher recurrence rat
Combined branch retinal vein and artery occlusion in toxoplasmosis
ABSTRACT A 22-year-old man complained of low visual acuity and pain in his left eye for five days. His ophthalmological examination revealed 2+ anterior chamber reaction and a white, poorly defined retinal lesion at the proximal portion of the inferotemporal vascular arcade. There were retinal hemorrhages in the inferotemporal region extending to the retinal periphery. In addition, venous dilation, increased tortuosity, and ischemic retinal whitening along the inferotemporal vascular arcade were also observed. A proper systemic work-up was performed, and the patient was diagnosed with ocular toxoplasmosis. He was treated with an anti-toxoplasma medication, and his condition slowly improved. Inferior macular inner and middle retinal atrophy could be observed on optical coherence tomography as a sequela of ischemic injury. To our knowledge, this is the first report of combined retinal branch vein and artery occlusion in toxoplasmosis resulting in a striking and unusual macular appearance
Associação de microburaco macular e fosseta de papila
A fosseta de papila do nervo óptico e o microburaco macular são duas patologias raras, cuja probabilidade de coexistência se torna extremamente baixa, embora não haja relação fisiopatológica entre ambas, descreveremos um caso de associação das mesmas, acometendo comumente um olho, a fim de analisar as manifestações clínicas, os exames de OCT, angiografia, retinografia, biomocroscopia, o tratamento e a correlação entre ambas patologias
Condições de adaptação e venda de lentes de contato em óticas do estado de São Paulo Conditions of contact lens fitting and sale by optician stores São Paulo state
Objetivo: Avaliar as condições de adaptação e venda de lentes de contato (LC) em óticas de quatro cidades do Estado de São Paulo, Brasil. Métodos: Realizou-se estudo por meio de respostas a um questionário aplicado por quatro estudantes de Medicina em óticas situadas em várias cidades do Estado de São Paulo. Foram obtidos dados sobre a necessidade da apresentação de receita médica para a compra das LC, os tipos de LC vendidas/adaptadas, o profissional que orienta a venda e/ou adaptação, os equipamentos usados no teste de tolerância, a conduta do cliente diante de complicações quando da adaptação da LC ou durante o uso, orientação quanto a possíveis sinais e sintomas de perigo, as doenças que contra-indiquem o uso e a higiene do usuário, as horas de uso e a possibilidade de pernoite. Resultados: Das 198 óticas pesquisadas, 121 (61,11%) vendem LC. Não foi necessária receita médica para a compra das lentes em 112 óticas (92,56%), sendo que nessas, a graduação era determinada pela medida dos óculos em 69 (61,61%) casos e por relato verbal em 28 (25,00%) casos. Quanto aos equipamentos, 102 (91,07%) óticas possuíam lensômetro; 41 (36,61%) possuíam ceratômetro e 14 (12,50%), lâmpada de fenda. Lentes descartáveis hidrofílicas foram encontradas para venda/adaptação em 66 (54,55%) óticas; lentes hidrofílicas de uso prolongado ou diário em 68 (56,20%) e lentes rígidas, em 54 (44,63%). Em 103 (85,12%) óticas, foram feitos testes de tolerância, sendo os responsáveis pelo atendimento e pela monitorização dos testes os profissionais autodenominados contatólogos em 78 (64,46%) dessas óticas, balconista em 20 (16,53%), óptico em 12 (9,92%) e oftalmologistas em 9 (7,44%). Quanto às complicações na adaptação, em 66 (54,55%) óticas, afirmou-se que elas só ocorreriam, se evidenciadas no teste de tolerância; em 35 (28,93%), aconselhou-se tratamento com oftalmologista e em 20 (16,53%), sugeriu-se o retorno à ótica para indicação de tratamento. Em apenas 15 (13,39%), o profissional orientou quanto à possível sintomatologia de perigo e em 13 (11,61%), preocupou-se com doenças que contra-indicassem o uso de LC. Em 105 (93,75%) óticas, a orientação foi insuficiente em relação à higiene com as LC, às horas de uso e à possibilidade de pernoite. Conclusão: Das 198 óticas pesquisadas, 61,11% vendem lentes de contato, sendo que em 92,56% não foram solicitadas receitas médicas; 14,88% não fizeram qualquer tipo de teste de tolerância e as óticas restantes (85,12%) fizeram testes normalmente insuficientes para detecção de alterações induzidas por LC. Não houve preocupação com contra-indicações, sinais e sintomas de perigo nem avaliação de possíveis complicações pela presença das LC e conduta em caso de sua ocorrência, além dos cuidados mínimos de higiene durante o teste de tolerância. O profissional responsável pela adaptação (autodenominado contatólogo, balconista, ótico; ou oftalmologista) não forneceu orientação adequada sobre o uso e, em muitos casos, não deu orientação em relação à higiene.<br>Purpose: To evaluate contact lens (CL) adaptation and sales in optician stores of 4 cities in São Paulo State, Brazil. Methods: A study was performed in view of the answers to a questionnaire applied by four medical students to optician stores selling contact lenses in four cities of the state of São Paulo. The researchers evaluated the need of medical prescriptions for contact lens sales, the specialist in charge of selling and/or adapting contact lenses, the types of lenses sold/adapted, the equipment used in the contact lens tolerance test, the patient's behavior facing contact lens complications during adaptation or during its use; the information given about possible signs and symptoms of risk and the patient's hygiene, as well as the number of hours of contact lens wear and their wearing during sleep. Results: Of the 198 investigated optician stores, 121 (61.11%) sell contact lenses. In 112 (92.56%) of the stores, medical prescription was not required for the purchase of lenses. In these stores, the contact lens degrees were determined by measuring glass lenses in 69 (61.61%) of the cases and by verbal report in 28 (25.00%) cases. Concerning equipment, 102 (91.07%) of the stores had lensometers, 41 (36.61%) had keratometers and 14 (12.50%) had slit lamp. Soft disposable contact lenses were displayed for sale/adaptation in 66 (54.55%) of the stores, so were soft extended and daily use contact lenses in 68 (56.20%) stores and hard contact lenses, in 54 (44.63%) stores. In 103 (85.12%) stores, tolerance test was done, and the responsible persons for seeing the patient and for monitoring were professionals who called them selves contact lens fitters in 78 (64.46%) of these stores, the shop assistant in 20 (16.53%), the optician in 12 (9.92%) and the ophthalmologist in 9 (7.44%). As to complications due to contact lens adaptation, 66 (54.55%) stores mentioned that they would happen only if they happened on the tolerance test; in 35 (28.93%) stores, an ophthalmologist was advised for treatment and in 20 (16.53%) stores, a return was suggested for information on treatment. Only in 15 (13.39%) stores, professionals warned about possible risk symptoms and in 13 (11.61%) stores, they were concerned about diseases, which contraindicate contact lens wear. In 105 (93.75%) of the stores, professionals did not pay full attention to contact lens hygiene, wearing hours and lens wearing during sleep. Conclusion: Of the 198 investigated stores, 61.11% sell contact lenses, and 92.56% did not require medical prescription; 14.88% did not perform any kind of tolerance test and the remaining 85.12% performed tests which are normally not sufficient to detect alterations induced by contact lenses. There was no concern about contraindications, risk signs and symptoms, evaluation of possible complications resulting from contact lens wear. Neither was there concern about the least hygiene care during the tolerance test. Professionals, who call themselves contact lens fitters, shop assistants, opticians and ophthalmologists, which were responsible for adaptation give no appropriate instructions about contact lens wear and, in many cases, none about contact lens hygiene