11 research outputs found

    Avaliação da efetividade do seguimento farmacoterapêutico associado ao atendimento médico usual de pacientes hipertensos

    Get PDF
    Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a principal responsável por causar eventos cardiovasculares na população. A baixa adesão ao tratamento medicamentoso e, consequentemente, o baixo índice de controle da pressão arterial (PA) a tornam um dos alvos da Atenção Farmacêutica. Prática profissional recente, a Atenção Farmacêutica visa melhorar não só a adesão à terapia medicamentosa, mas também aumentar a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, a limitação metodológica de estudos que avaliam a Atenção Farmacêutica na HAS deixa dúvidas quanto a sua efetividade real. Objetivo: Avaliar a efetividade do Seguimento Farmacoterapêutico, nos pacientes hipertensos que receberam atendimento farmacêutico por, pelo menos, doze meses, desde a implantação do Ambulatório de Atenção Farmacêutica. Métodos: Consiste em uma coorte histórica com população aberta ou dinâmica dos pacientes referenciados ao Ambulatório de Hipertensão do Serviço de Cardiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Os expostos eram pacientes com HAS referenciados pela equipe médica para Seguimento Farmacoterapêutico, a partir de 1º junho de 2005 até 31 de dezembro de 2008, tendo como tempo de Seguimento Farmacoterapêutico 12 meses. Os não expostos foram acompanhados no mesmo período, e receberam apenas tratamento convencional (consultas médicas e de outros profissionais, exceto o farmacêutico). Os desfechos analisados foram delta de PA sistólica e diastólica, taxa de controle de PA (< 140/90mmHg) após 12 meses, taxa de controle na última consulta registrada no ambulatório e a redução de pelo menos 20mmHg de PAS e/ou 10mmHg de PAD. O delta de pressão foi calculado pela diferença da PA aos 12 meses menos PA índice. Para PA índice, tomaram-se os valores da consulta de encaminhamento ao seguimento farmacoterapêutico para o grupo exposto, ou da primeira consulta no período de inclusão para os não expostos. Resultados: Fizeram parte da análise, 993 pacientes, com consultas no período do estudo. Destes, 150 pacientes foram referenciados ao Seguimento Farmacoterapêutico. Os pacientes do Seguimento Farmacoterapêutico tinham mais idade,apesar de não ser estatisticamente significativo , predominando mulheres, com baixo nível de escolaridade, com diagnóstico de HAS há mais tempo. Observou-se diferença estatisticamente significativa nos deltas de PA sistólica e diastólica, maiores no grupo de pacientes que recebeu Seguimento Farmacoterapêutico. Ajustando-se para pressão índice, as diferenças diminuíram perdendo a significância estatística. A proporção de pacientes que obteve redução de pelo menos 20 mmHg de PAS e/ou 10 mmHg PAD foi maior no grupo exposto ao SF (56,1% versus 40%; p<0,001) diferença essa que desapareceu com o ajuste para os potenciais fatores de confusão. Na análise de séries temporais houve redução de 6,9mmHg na PA sistólica (p<0,001) e de 2,2mmHg na PA diastólica atribuíveis ao Seguimento Farmacoterapêutico. Conclusão: O seguimento farmacoterapêutico mostrou-se efetivo no manejo de pacientes hipertensos de difícil controle, que alcançaram redução de pressão arterial semelhante aos pacientes em tratamento convencional e redução significativa em relação aos níveis basais

    Hypothyroidism does not lead to worse prognosis in COVID-19 : findings from the Brazilian COVID-19 registry

    Get PDF
    Background It is not clear whether previous thyroid diseases influence the course and outcomes of COVID-19. Methods The study is a part of a multicentric cohort of patients with confirmed COVID-19 diagnosis from 37 hospitals. Matching for age, sex, number of comorbidities, and hospital was performed for the paired analysis. Results Of 7,762 patients with COVID-19, 526 had previously diagnosed hypothyroidism and 526 were matched controls. The median age was 70 years, and 68.3% were females. The prevalence of comorbidities was similar, except for coronary and chronic kidney diseases that were higher in the hypothyroidism group (p=0.015 and p=0.001). D-dimer levels were lower in patients with hypothyroid (p=0.037). In-hospital management was similar, but hospital length-of-stay (p=0.029) and mechanical ventilation requirement (p=0.006) were lower for patients with hypothyroidism. There was a trend of lower in-hospital mortality in patients with hypothyroidism (22.1% vs 27.0%; p=0.062). Conclusion Patients with hypothyroidism had a lower requirement of mechanical ventilation and showed a trend of lower in-hospital mortality. Therefore, hypothyroidism does not seem to be associated with a worse prognosis

    Chagas disease and SARS-CoV-2 coinfection does not lead to worse in-hospital outcomes

    Get PDF
    Chagas disease (CD) continues to be a major public health burden in Latina America. Information on the interplay between COVID-19 and CD is lacking. Our aim was to assess clinical characteristics and in-hospital outcomes of patients with CD and COVID-19, and to compare it to non-CD patients. Consecutive patients with confrmed COVID-19 were included from March to September 2020. Genetic matching for sex, age, hypertension, diabetes mellitus and hospital was performed in a 4:1 ratio. Of the 7018 patients who had confrmed COVID-19, 31 patients with CD and 124 matched controls were included (median age 72 (64–80) years-old, 44.5% were male). At baseline, heart failure (25.8% vs. 9.7%) and atrial fbrillation (29.0% vs. 5.6%) were more frequent in CD patients than in the controls (p< 0.05). C-reactive protein levels were lower in CD patients compared with the controls (55.5 [35.7, 85.0] vs. 94.3 [50.7, 167.5] mg/dL). In-hospital management, outcomes and complications were similar between the groups. In this large Brazilian COVID-19 Registry, CD patients had a higher prevalence of atrial fbrillation and chronic heart failure compared with non-CD controls, with no diferences in-hospital outcomes. The lower C-reactive protein levels in CD patients require further investigation

    Evaluation of blood pressure control of hypertensive patients in pharmacotherapy follow-up according to the Complexity Index of Pharmacotherapy and costeffectiveness analysis

    No full text
    Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a principal responsável por eventos cardiovasculares na população. A baixa adesão ao tratamento medicamentoso leva ao baixo índice de controle da pressão arterial (PA) e aumenta os riscos de eventos cardiovasculares. A atenção farmacêutica (AF), uma prática profissional farmacêutica, da qual o seguimento farmacoterapêutico (SFT) é parte, visa melhorar não só a adesão à terapia medicamentosa, mas também melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A complexidade da farmacoterapia associada à baixa adesão gera aumento nos custos com saúde e estão relacionados a complicações causadas pela HAS. Objetivos: Avaliar se a complexidade da farmacoterapia influencia os resultados obtidos com o SFT, em pacientes hipertensos de difícil controle, que receberam atendimento farmacêutico por, pelo menos, doze meses, no período de junho de 2005 a junho de 2013, e avaliar o custoefetividade do seguimento farmacoterapêutico dos pacientes do ambulatório de seguimento farmacoterapêutico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), na perspectiva do Sistema Único de Saúde (SUS). Métodos: Consiste em uma coorte histórica com população aberta ou dinâmica dos pacientes referenciados ao Ambulatório de Hipertensão do Serviço de Cardiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Os dados foram coletados dos arquivos do Sistema de Atendimento do Ambulatório de Hipertensão e do seguimento farmacoterapêutico e do sistema de registros informatizado do hospital (AGHWEB). O artigo 1 consiste de uma coorte de pacientes hipertensos referenciados pela equipe médica para o Seguimento Farmacoterapêutico, no período de 1º junho de 2005 a 31 de junho de 2013. Utilizou-se o instrumento denominado índice de complexidade da farmacoterapia (ICFT), para quantificar a complexidade da terapia farmacológica nas prescrições de primeira consulta e na consulta após doze meses de SFT. Foram analisados os valores de pressão arterial na primeira consulta, e após doze meses de acompanhamento. Os desfechos avaliados foram o ICFT, nas duas consultas, categorizado em baixa, média e alta complexidade, a taxa de controle da pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD) e delta de PAS e PAD. O artigo 2 consiste em um estudo de custo-efetividade a partir de dados primários de uma coorte do Ambulatório de Hipertensão do Serviço de Cardiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). O grupo exposto eram pacientes com HAS, referenciados pela equipe médica para SFT, a partir de 1º junho de 2005, tendo como tempo de acompanhamento 12 meses. Os não expostos foram acompanhados no mesmo período, e receberam apenas tratamento usual (consultas médicas e de outros profissionais, exceto o farmacêutico). Os desfechos de efetividade utilizados, redução de PAS e PAD, foram estimados em um estudo prévio dessa mesma coorte de pacientes. A análise econômica considerou os custos diretos ambulatoriais de consultas médicas, consultas com outros profissionais, exames, idas à emergência, procedimentos e internações registradas no sistema eletrônico do hospital (AGHWEB). O custo dos medicamentos levou em conta todos os medicamentos prescritos. Valores de exames, consultas ambulatoriais, internações, visitas à emergência e procedimentos médicos e cirúrgicos foram obtidos através da tabela de preços de serviços do SUS e os medicamentos do Banco de Preço do Ministério da Saúde da base SIASG. O horizonte temporal foi de doze meses. Os dados foram apresentados pela razão de custo-efetividade incremental de custo em reais/ mmHg reduzido de PAS e PAD. Análises de sensibilidade univariadas e multivariadas foram realizadas para avaliar a robustez dos achados em diferentes cenários. Resultados: O artigo 1 avaliou 213 pacientes hipertensos que receberam seguimento farmacoterapêutico. A média de idade foi de 62,0 ±11,8, sendo 72,8% dos pacientes do sexo feminino. O número de medicamentos, por paciente, foi 6,8 ±2,4. O ICFT foi calculado em relação ao tratamento, contabilizando todos os medicamentos utilizados pelos pacientes, sendo que a média foi de 16,8±6,6 na consulta basal e 17,1± 7,1 na consulta após doze meses (P=0,35). Houve redução nos níveis de PAS e PAD e nas taxas de controle da primeira para a segunda consulta, após 12 meses. A PAS variou de 162,8 (±20,1) mmHg para 148,8 (±17,8) mmHg (P <0,001), 169,9 (±24,1)mmHg para 155,8(±26,7) mmHg (P<0,001) e 165,1 (±23,7) mmHg para 152,1(±28,6) mmHg (P= 0,023) nas categorias baixa, média e alta complexidade, respectivamente. A taxa de hipertensão controlada (PA ≤ 140/90mmHg) elevou-se de 7,5% para 26,8% (P<0,001). Observou-se elevação estatisticamente significativa na taxa de controle de hipertensão antes e depois do seguimento farmacoterapêutico, nos grupos de média e alta complexidade e tendência no de baixa complexidade. O artigo 2 avaliou 213 pacientes que receberam SFT e 212 pacientes em tratamento usual. O custo médio anual dos pacientes em SFT foi de R1707,09,enquantonotratamentousualfoideR 1707,09, enquanto no tratamento usual foi de R 1615,49, no horizonte de tempo analisado. O caso-base apresentou uma razão de custo efetividade incremental (RCEI) de R3,46pormmHgreduzido,enquantoparaPADfoiR 3,46 por mmHg reduzido, enquanto para PAD foi R 7,63 por mmHg reduzido. Os gastos com medicamentos e internações foram os parâmetros de custos mais sensíveis nas análises univariadas. Para a análise multivariada, criaram-se cenários com as variáveis medicamentos disponibilizados no SUS, internações e redução de PAS e PAD. Os resultados variaram de dominados pelo SFT até um acréscimo de oito vezes a RCEI do caso base principal para PAS, e acréscimo de até dez vezes para PAD. Conclusão: No primeiro artigo, o seguimento farmacoterapêutico, juntamente com o atendimento médico usual, mostrou que, mesmo mantendo índices de complexidade da farmacoterapia iguais, foi efetivo na redução da PA desses pacientes de forma semelhante nos três grupos. O artigo 2 concluiu que SFT oferecido em serviço de atenção secundária para pacientes com hipertensão arterial de difícil controle e suspeita de baixa adesão ao tratamento mostrou-se custo-efetivo na perspectiva do SUS.Introduction: Hypertension is mainly responsible for cardiovascular events in the population. The low adherence to drug treatment leads to low blood pressure control rate (PA) and increases the risk of cardiovascular events. The Pharmaceutical Care, a pharmaceutical professional practice which includes the pharmacotherapy follow-up, aims to improve not only adherence to drug therapy, but also increase the quality of life of patients. The complexity of pharmacotherapy is associated with low compliance that leads to an increase in healthcare costs associated with complications caused by hypertension. Objectives: To assess the impact of the complexity of pharmacotherapy in the results obtained with the Pharmacotherapy follow-up in difficult-to-control hypertensive patients receiving pharmaceutical care for at least twelve months from June 2005 to June 2013, and to assess the cost-effectiveness of pharmacotherapy follow-up of patients in the pharmacotherapy follow-up clinic of Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), considering the SUS perspective. Methods: The study consists of a historical cohort with open population of patients referred to the Hypertension Clinic of HCPA. Data were collected from the Hypertension Clinic System File, Pharmacotherapeutic Follow-up records and from the hospital's computerized records system (AGHWEB). Article 1 consists of a cohort of hypertensive patients referred by medical staff for pharmacotherapy follow-up, from 1th June 2005 until June 31, 2013. We used the instrument called pharmacotherapy complexity index (PCI) to quantify complexity of drug therapy in the first visit prescription and in the last visit after twelve months of followup. The blood pressure values in the first visit and after twelve months of follow-up were analyzed. The outcome measures were the PCI in each visit (categorized into low, medium and high complexity), the control rate of systolic blood pressure (SBP), diastolic blood pressure (DBP) and SBP and DBP delta. Article 2 consists of a cost-effectiveness study based on primary data from the same cohort. The exposed group were patients with hypertension referenced by the medical team for pharmacotherapy follow-up, from 1th June 2005, with 12 months of pharmacotherapy follow-up. The unexposed group was followed in the same period, and received only usual care (medical appointments and other professionals, except the pharmacist). The effectiveness outcomes were the reduction on SBP and DBP, which had been estimated in a previous study of the same cohort of patients. The economic analysis included the direct costs of outpatient visits with doctors, other professionals, exams, emergency visits, procedures and hospitalizations registered in the hospital electronic system. The drugs cost took into account all prescription drugs. Values of tests, outpatient visits, hospitalizations, visits to emergency and medical and surgical procedures were obtained from SUS services price list, and medicines from the prices bank of the Ministry of Health SIASG base. The time horizon was twelve months. The data were presented as incremental cost ratio in Real by each reduced mmHg in SBP and DBP. Univariate and multivariate sensitivity analyzes were performed to assess the robustness of the findings in different scenarios. Results: In article 1, 213 hypertensive patients who received pharmacotherapy follow-up were evaluated. The average age was 62.0 ± 11.8, and 72.8% were female. The number of drugs per patient was 6.8 ± 2.4. The PCI was calculated considering all medications used by patients, being 16.8 ± 6.6 at baseline and 17.1 ± 7.1 after twelve months (P = 00.35). There was a reduction in SBP and DBP levels and in the rates of controlled hypertension consultation after 12 months. The SBP ranged from 162.8 (± 20.1) mmHg to 148.8 (± 17.8) mmHg (P <0.001) in the low PCI, 169.9 (± 24.1) mmHg to 155.8 (± 26.7) mmHg (P <0.001) in the middle and from 165.1 (± 23.7) mmHg to 152.1 (± 28.6) mmHg (P = 0.023) in the highest complexity group. The rate of controlled hypertension (BP ≤ 140 / 90mmHg) increased from 7.5% to 26.8% (P <0.001). There was a statistically significant increase in hypertension control rates before and after the pharmacotherapeutic follow-up in the media and high complexity groups, and a trend in the low complexity group. In the second article, 213 patients evaluated in pharmacotherapeutic follow-up and 212 in the usual treatment were analyzed. The average annual cost of patients in pharmacotherapeutic follow-up was R 1,707.09whiletheusualtreatmentwasR 1,707.09 while the usual treatment was R 1,615.49 on the horizon of analysis time. The base case presented an incremental cost effectiveness ratio (ICER) of R 3.46permmHgreducedwhileforPAD,itwasR 3.46 per mmHg reduced while for PAD, it was R 7.63 per mm Hg reduced. Spending on medicines and hospital costs were the most sensitive parameters in the univariate analyzes. Different scenarios were created for multivariate analysis regarding medicines available on the NHS, hospital admissions and reducing SBP and DBP. The results ranged from dominated by pharmacotherapeutic follow-up, to an increase of eight times in the main base-case ICER for SBP, and increased up to ten times for DBP. Conclusion: In the first article the pharmacotherapeutic follow-up along with the usual medical care showed that even keeping the same complexity index, it was effective in reducing BP across the three complexity groups. In the article 2, we concluded that pharmacotherapeutic follow-up offered in secundary care service to patients with difficult-tocontrol hypertension and suspected of poor adherence to treatment was cost-effective in the SUS perspective

    Avaliação da efetividade do seguimento farmacoterapêutico associado ao atendimento médico usual de pacientes hipertensos

    Get PDF
    Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a principal responsável por causar eventos cardiovasculares na população. A baixa adesão ao tratamento medicamentoso e, consequentemente, o baixo índice de controle da pressão arterial (PA) a tornam um dos alvos da Atenção Farmacêutica. Prática profissional recente, a Atenção Farmacêutica visa melhorar não só a adesão à terapia medicamentosa, mas também aumentar a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, a limitação metodológica de estudos que avaliam a Atenção Farmacêutica na HAS deixa dúvidas quanto a sua efetividade real. Objetivo: Avaliar a efetividade do Seguimento Farmacoterapêutico, nos pacientes hipertensos que receberam atendimento farmacêutico por, pelo menos, doze meses, desde a implantação do Ambulatório de Atenção Farmacêutica. Métodos: Consiste em uma coorte histórica com população aberta ou dinâmica dos pacientes referenciados ao Ambulatório de Hipertensão do Serviço de Cardiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Os expostos eram pacientes com HAS referenciados pela equipe médica para Seguimento Farmacoterapêutico, a partir de 1º junho de 2005 até 31 de dezembro de 2008, tendo como tempo de Seguimento Farmacoterapêutico 12 meses. Os não expostos foram acompanhados no mesmo período, e receberam apenas tratamento convencional (consultas médicas e de outros profissionais, exceto o farmacêutico). Os desfechos analisados foram delta de PA sistólica e diastólica, taxa de controle de PA (< 140/90mmHg) após 12 meses, taxa de controle na última consulta registrada no ambulatório e a redução de pelo menos 20mmHg de PAS e/ou 10mmHg de PAD. O delta de pressão foi calculado pela diferença da PA aos 12 meses menos PA índice. Para PA índice, tomaram-se os valores da consulta de encaminhamento ao seguimento farmacoterapêutico para o grupo exposto, ou da primeira consulta no período de inclusão para os não expostos. Resultados: Fizeram parte da análise, 993 pacientes, com consultas no período do estudo. Destes, 150 pacientes foram referenciados ao Seguimento Farmacoterapêutico. Os pacientes do Seguimento Farmacoterapêutico tinham mais idade,apesar de não ser estatisticamente significativo , predominando mulheres, com baixo nível de escolaridade, com diagnóstico de HAS há mais tempo. Observou-se diferença estatisticamente significativa nos deltas de PA sistólica e diastólica, maiores no grupo de pacientes que recebeu Seguimento Farmacoterapêutico. Ajustando-se para pressão índice, as diferenças diminuíram perdendo a significância estatística. A proporção de pacientes que obteve redução de pelo menos 20 mmHg de PAS e/ou 10 mmHg PAD foi maior no grupo exposto ao SF (56,1% versus 40%; p<0,001) diferença essa que desapareceu com o ajuste para os potenciais fatores de confusão. Na análise de séries temporais houve redução de 6,9mmHg na PA sistólica (p<0,001) e de 2,2mmHg na PA diastólica atribuíveis ao Seguimento Farmacoterapêutico. Conclusão: O seguimento farmacoterapêutico mostrou-se efetivo no manejo de pacientes hipertensos de difícil controle, que alcançaram redução de pressão arterial semelhante aos pacientes em tratamento convencional e redução significativa em relação aos níveis basais

    Glosses in health establishments under state management and consortium management, in Ceará

    No full text
    As part of its regionalization process, Ceará was divided into five Health Regions, which decentralized health services, actions and agreement processes between municipalities and the state. As coordinator of the Health Regions, it has invested in strengthening the internalization of health through the construction of Regional Polyclinics and Regional Dental Specialty Centres (CEOR), enabling the formation of inter-municipal consortia. This is an exploratory, quantitative and descriptive study with a retrospective approach, analyzing the provision of health care costs through a partial economic evaluation. This study aimed to analyze the disallowances and outpatient production presented/informed, the relationship between them and the value of these disallowances, carried out in the 41 establishments of the five health regions under state management and consortium management in the State of Ceará, whose value in the Unified Health System (SUS) table is different from zero, during the years 2019 and 2020. Secondary databases were used from the SUS Outpatient Information System (SIA/SUS) and the website of the Coordination of Regulation, Control, Evaluation and Audit (CORAC). The results were presented by comparing the value of what was presented to the Ministry of Health (MoH) and the value of the disallowances. It was concluded that these establishments need to be monitored in terms of feeding information into systems, in order to show the Ministry of Health that there are insufficient resources to meet the needs that are increasingly growing in quantity and diversity
    corecore