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    Diverticulite aguda de vesícula biliar – um relato de caso

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    O divertículo da vesícula biliar é um achado incomum durante investigação de doenças relacionadas a esse órgão, de difícil documentação em exames de imagem, geralmente encontrado apenas em peças cirúrgicas após a colecistectomia, e assim, pouco discutido na literatura. O diagnóstico de diverticulite aguda da vesícula biliar chega a ser ainda mais raro.  O presente caso tem como objetivo mostrar o quadro de uma paciente do sexo feminino com diverticulite aguda de vesícula biliar com detalhes clínicos de pré, intra e pós-operatório assim como os exames complementares relacionados. Uma paciente do sexo feminino, deu entrada com história de dor abdominal localizada em hipocôndrio direito há 2 dias da admissão. Durante avaliação do exame físico do abdome, identificado sinal de Murphy positivo. Os exames laboratoriais vieram dentro da normalidade. Realizada ultrassonografia de abdome com um conjunto de achados que favorece a hipótese de diverticulite do fundo da vesícula biliar. Para complementação, foi realizada uma tomografia de abdome superior sem contraste que ratificou a mesma hipótese diagnóstica. A conduta curativa adotada foi a realização da colecistectomia convencional. Após retirada da peça, foi feita sua abertura com achado macroscópico interno de estrutura sacular de paredes espessadas no fundo da vesícula preenchida por cálculos.  A explicação mais aceitável para o surgimento da diverticulose da vesícula biliar consiste na presença de alguma obstrução ao fluxo de saída da bile com consequente aumento da pressão intra-cística. No caso em questão, pode-se observar macro e microscopicamente fatores que podem ser implicados no surgimento do divertículo que foram a presença de inúmeros cálculos no interior do órgão além de um ducto cístico fino e longo. Para a construção deste relato de caso foi feita uma revisão de literatura de casos de diverticulite de vesícula biliar com poucos achados, pouco detalhamento e consequentemente, poucas informações quanto ao seguimento desta patologia cirúrgica. Entretanto com o caso supracitado, foi possível uma boa caracterização clínica e complementar que levou a um alto grau de suspeição diagnóstico já no ambiente pré-operatório, o que pode ser uma vantagem para os cirurgiões durante o planejamento da intervenção. Além disso, o quadro de diverticulite aguda da vesícula biliar, ainda não havia sido descrito com esses achados específicos na literatura.  Os exames de imagem complementares foram essenciais para o levantamento das hipóteses do caso, assim, se mais diagnósticos fossem feitos no pré-operatório, saberíamos a real frequência e a importância clínica desta patologia
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