29 research outputs found

    Diversidade hidrogeomorfológica de nascentes nos domínios dos mares de morros: casos do jardim botânico da UJJF (Juiz de Fora – MG)

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    As nascentes são sistemas ambientais muito heterogêneos, sendo constituídas pelo engendramento de vários elementos. Sua estrutura é condicionada tanto pelas características ambientais regionais, quanto pelas locais, com ênfase no contexto geológico-geomorfológico. Porém, as pesquisas científicas sobre as nascentes ainda são escassas, sobretudo no âmbito da geografia. Nesse ínterim, o presente trabalho tem como objetivo discutir as características fisiográficas e os elementos estruturantes das nascentes encontradas no Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais. Ao todo, foram encontradas 14 nascentes com características distintas e inseridas em diferentes condições ambientais, confirmando a diversidade das nascentes

    ABORDAGEM HIDROGEOGRÁFICA DA OCORRÊNCIA E FORMAÇÃO DE ÁREAS ÚMIDAS NO DOMÍNIO DOS “MARES DE MORRO”

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    Wetlands are hydrogeomorphological systems saturated by water long enough (permanent or temporary) to develop particular ecosystems into specific geomorphological and pedological contexts. Due to their vast environmental relevance, they are subject of several research that usually emphasize large wetlands. Facing the lack of knowledge about small wetlands that are common in the Mares de Morro domain, this work aims to comprehend the spatial distribution and to classify the wetlands from São Pedro Dam watershed, in Juiz de Fora, Minas Gerais state, Brazil. We notice nine wetlands (0,7 per km²), classified as “fluvial” and “depressional”. They are frequent on headwaters with structural control from faults associated with Precambrian rocks. They have hybrid hydrodynamics with influence of pluvial, fluvial, and underground waters, but we can see an increasing human pressure over the studied wetlands, which raises doubts about their systems integrity and ecological functions.As áreas úmidas (AUs) ou wetlands são sistemas hidrogeomorfológicos saturados de água (permanentemente ou temporariamente) durante um período de tempo suficiente para o desenvolvimento de ecossistemas ímpares, em contextos geomorfológicos e pedológicos específicos. Devido à grande relevância ambiental que possuem, são objetos de diversas pesquisas, as quais normalmente preconizam áreas úmidas de grande porte. Diante da necessidade de conhecimento sobre as pequenas áreas úmidas que ocorrem no domínio dos Mares de Morro, o presente trabalho visa compreender a distribuição espacial e classificar tais sistemas no contexto da bacia hidrográfica de contribuição da Represa de São Pedro, em Juiz de Fora-MG. O recorte estudado apresenta nove áreas úmidas (0,7 por km²), classificadas como ‘fluviais” e “de depressão”, com ocorrência frequente em cabeceiras de drenagem com controle estrutural associado a falhamentos em rochas pré-cambrianas. A dinâmica híbrida de alimentação entre águas pluviais, fluviais e subsuperficiais foi notória, estando atualmente em processo de alteração por pressões humanas, o que levanta questionamentos acerca da integridade desses sistemas na manutenção de suas funções ecológicas

    EVOLUÇÃO DA OCUPAÇÃO URBANA DAS ZONAS PREFERENCIAIS DE RECARGA DE AQUÍFEROS DE BELO HORIZONTE-MG

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    A impermeabilização do solo é uma das principais consequências do processo de metropolização. A infi ltração da água no solo é comprometida e afeta a recarga dos aquíferos, processo ímpar para a manutenção do equilíbrio da dinâmica dos recursos hídricos. Belo Horizonte se insere neste contexto por ser uma metrópole de confi guração espacial complexa, com extensa macha urbana. Assim, este trabalho objetiva interpretar a evolução histórica de ocupação urbana nas zonas de recarga de aquíferos de Belo Horizonte. Com o auxílio de técnicas de geoprocessamento, o crescimento da mancha urbana foi sobreposto às áreas de topo. Análises geoestatísticas foram realizadas para o período entre 1918 e 2007, corroboradas por dados demográfi cos. Os resultados indicam uma expressiva ocupação dos topos, comprometendo severamente a dinâmica do ciclo hidrológico

    SISTEMAS AQUÍFEROS DE ORIGEM DE NASCENTES EM LAGOA SANTA E SERRA DO CIPÓ (MG)

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    A origem das nascentes, suas águas e processos formadores, é um tema ainda pouco discutido nas ciências ambientais. Os processos geomorfológicos que provem a exfiltração da água e criam as nascentes são complexos e dependem essencialmente de aspectos hidrogeológicos, climáticos e humanos. Por esse motivo, nas pesquisas em geomorfologia, os aquíferos de origem das nascentes vêm sendo tratados de forma errônea, basicamente por identificação em mapeamentos regionais. Com isso, as múltiplas possibilidades de caminhos e processos da água subterrânea são negligenciadas, ocultando a riqueza de características e dinâmicas das nascentes. Esse trabalho identifica os sistemas aquíferos de origem de nascentes em dois diferentes contextos geológico-geomorfológicos: a depressão carbonática do São Francisco e o planalto metassedimentar da Serra do Cipó. Os resultados mostram que apesar da relativa homogeneidade geológica dos mapeamentos regionais, cinco sistemas aquíferos puderam ser identificados, incluindo um de mistura das águas provenientes dos dois grandes contextos hidrogeológicos. Nesses cinco sistemas, oito subsistemas foram separados por diferenças hidrogeoquímicas secundárias. Os dados confirmam a tese da importância das coberturas pedológicas controlando a mineralização da água e apontam para uma complexidade ainda pouco explorada de interação entre água meteórica, superficial, subsuperficial e subterrânea

    Minas esgotada : antecedentes e impactos do desastre da Vale na Bacia do Paraopeba

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    -A obra oferece um panorama das questões sociais e ambientais ligadas à mineração em Minas Gerais, trazendo os sujeitos e a paisagem como protagonistas da narrativa. Ela reúne autores que assumem a responsabilidade social do fazer científico, analisando a assimetria de poder, o jogo político, os antecedentes e consequências ambientais do rompimento da barragem da Vale S.A no Complexo Paraopeba II, em 2019. Os textos transitam entre esforços teórico-reflexivos e aproximações empíricas; nascem do histórico de engajamento dos pesquisadores com a problemática da mineração e questões socioambientais, adornado por sucessivos trabalhos de campo e contatos com a população atingida

    Caracterização e tipologia de nascentes em Unidades de Conservação de Belo Horizonte-MG com base em variáveis geomorfológicas, hidrológicas e ambientais

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    Exportado OPUSMade available in DSpace on 2019-08-13T22:27:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 miguel_felippe_dissertacao.pdf: 36901431 bytes, checksum: 588ccad3002352f45b328c545581bb15 (MD5) Previous issue date: 20Nascentes são um dos elementos mais importantes do sistema hidrológico, promovendo a passagem da água subterrânea para a superfície. Elas marcam o início dos canais de drenagem e, assim, são responsáveis pela existência da porção dos recursos hídricos mais utilizada pela população, sobretudo nos trópicos úmidos: as águas superficiais. A importância das nascentes é atestada pela legislação ambiental brasileira desde 1965, quando elas foram consideradas áreas de preservação permanente. Todavia, a prática permanece muito distante da teoria. Apesar da evidente necessidade de proteção das nascentes, esses ambientes têm sido degradados pela ação humana. Em espaços urbanos e metropolitanos, essas intervenções são ainda mais claras. As nascentes estão sendo drenadas ou canalizadas para permitir a expansão da infra-estrutura metropolitana. Isso resulta na remoção das nascentes da paisagem das cidades. Por isso, o estudo de nascentes em espaços metropolitanos é complexo e instigante, devido às variações dos processos "naturais" pelas ações do homem. Porém, são poucos os trabalhos que têm as nascentes como foco principal, principalmente em espaços urbanos, caracterizados por extensas alterações nas condições naturais. Esse trabalho tem como objetivo analisar a dinâmica e a tipologia de nascentes em três unidades de conservação do município de Belo Horizonte. As características físicas e humanas das nascentes e suas condições de conservação da água e do ambiente são estudadas. Ademais, após o mapeamento das nascentes e a análise de suas características, é possível propor uma tipologia multivariada no intuito de sistematizar o conhecimento. Primeiramente, é discutido o conceito acadêmico de "nascente". Existem algumas definições distintas para o termo, então, faz-se necessário propor aquela que permeia todo o trabalho. Para tanto, especialistas foram consultados, contribuindo para o desenvolvimento de um novo conceito. Dessa forma, as nascentes estudadas são identificadas em trabalhos de campo e mapeadas. A qualidade de suas águas e ambiente é interpretada, mostrando as vulnerabilidades das unidades de conservação. Além disso, é verificada a magnitude de suas vazões e a concentração de alguns íons nas águas. Contudo, algumas especificidades e generalidades são descritas, na intenção de mostrar como as nascentes são heterogêneas. Por fim, uma proposta de tipologia para nascentes é apresentada, baseada em uma metodologia multivariada. É demonstrado que apesar de serem diversas, as nascentes possuem características comuns que deveriam ser interpretadas para a compreensão dessa complexa dinâmica

    Gênese e dinâmica de nascentes: contribuições a partir da investigação hidrogeomorfológica em região tropical

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    Exportado OPUSMade available in DSpace on 2019-08-10T08:35:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_miguel_fernandes_felippe.pdf: 11348087 bytes, checksum: aa63d86631387aab879bbce02cd1e64c (MD5) Previous issue date: 11As nascentes são sistemas ambientais reconhecidamente singulares e frágeis, responsáveis pela passagem da água subterrânea à superfície. Todavia, uma clara lacuna na compreensão desse tema está relacionada a sua gênese e dinâmica: como as nascentes surgem, evoluem e se comportam ao longo do tempo? Essa questão norteia a pesquisa e pontua a hipótese a ser investigada. Há uma grande heterogeneidade fisiográfica das nascentes, que reflete distintas características geomorfológicas, hidrológicas e hidrogeológicas regionais e locais. Desse modo, espera-se que as origens e dinâmicas das nascentes sejam diversas e complexas, porém, podendo ser explicadas por processos hidrogeomorfológicos superficiais e subterrâneos. A partir desta assertiva, traçam-se dois objetivos: compreender os processos hidrogeomorfológicos que levam à gênese das nascentes e interpretar a dinâmica das nascentes em função das suas variações hidrogeomorfológicas sazonais. Buscando traçar linhas gerais a partir de estudos de caso, 24 nascentes na Serra do Cipó (MG) e em Lagoa Santa (MG) foram monitoradas mensalmente durante um ano hidrológico. Além disso, sazonalmente foram coletadas amostras de água para análises laboratoriais (ICP-OES, Cromatógrafo de Íons e Titulação), utilizadas em modelos hidroquímicos e geomorfológicos. De forma complementar, foi realizada a datação das águas das nascentes a partir da concentração de trítio ambiental. Os resultados mostraram a importância das cobertura superficiais para a dinâmica hidrológica das nascentes, incluindo seu comportamento perene/temporário. A assinatura geoquímica da água identificou cinco principais sistemas aquíferos nas áreas estudadas. Além disso, o TDS e perda geoquímica foram calculados levando à conclusão de que o trabalho geomorfológico de nascentes pode ser mais importante do que pesquisas anteriores mostraram. Como esperado, a datação apontou águas modernas na maioria das nascentes estudadas, mas em alguns casos, foi encontrada a água pré-moderna. Todos esses resultados levaram aos condicionantes espaciais da dinâmica e gênese das nascentes, assim, foi possível elaborar cinco modelos teóricos para a origem das nascentes, com base em cinco principais processos hidrogeomorfológicos, numa perspectiva multiescalar: erosão linear; piping/sapping; seepage erosion; condutos cársticos; cavitação. Por fim, além da importância dos fenômenos hidrogeológicos e hidrológicos, a interpretação dos resultados obtidos reafirma que os processos geomorfológicos controlam a gênese e a dinâmica das nascentes. Espera-se que as reflexões levantadas neste trabalho, possam contribuir para a ampliação dos saberes da hidrogeomorfologia de nascentes, bem como para o gerenciamento e planejamento dos recursos naturais no Brasil.The springs are environmental systems with recognized singularity and fragility, responsible for the passage of underground water to the surface. Nevertheless, a pronounced blank in this subject is related to the river springs geneses and dynamics: how do springs arise, evolve and behave through time? This question guides the research and points the hypothesis to be investigated. There is a great physiographic heterogeneity of river springs, due to its geomorphological, hydrological and hydrogeological characteristics. So, its believed that the origins and the dynamics of springs are diverse and complex, but can be explained by superficial and underground hydrogeomorphological processes. From this affirmative, two main objectives are pointed: to comprehend the hydrogeomorphological processes that leads to the geneses of springs and to interpret the dynamics of springs due to their seasonal hydrogeomorphological variations. Trying to reach general lines from case studies, 24 river springs in Serra do Cipó (MG) and Lagoa Santa (MG) were monthly monitored for one hydrological year, to keep up with their hydrogeomorphological aspects. Besides, water samples were collected to laboratorial analysis (ICP-OES, Ion Chromatography and Titration), used in hydrochemistry and geomorphological models. Further, it was performed the dating of springs water through the environmental tritium concentration. The results showed the importance of the surface coverage to control the hydrological dynamics of springs, including its perennial/temporary behavior. The geochemistry signature of the springs water identified five main aquifer systems in the studied areas. Furthermore, the TDS and geochemical denudation of the springs were calculated leading to the conclusion that the geomorphological work of river springs can be more important than previous researches have shown. As expected, the age dating pointed to modern waters in the majority of studied springs, but in a few cases pre-modern water was found. All these results led to the spatial conditions of river springs dynamics and geneses, so, it was possible to develop five theoretical models for the origin of springs, based in five main hydrogeomorphological processes in a multiscale perspective: rill erosion; piping/sapping; seepage erosion; karst conduits; cavitation. Besides the importance of hydrogeological and hydrological phenomena, the interpretation of the results reaffirmed that the geomorphological processes control the geneses and the dynamics of the springs. However, it is expected that the reflections of this work can contribute to the expansion of the knowledge of the hydrogeomorphology of springs, as well as for the planning and management of natural resources in Brazil

    A GEOMORFOLOGIA DO TECNÓGENO E SUAS RELAÇÕES COM O ROMPIMENTO DA BARRAGEM FUNDÃO (MARIANA, MINAS GERAIS)

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    As significativas alterações provocadas pela ação humana no ambiente resultaram na proposição de um novo período geológico intitulado Tecnógeno ou Quinário. Os depósitos tecnogênicos são criados pela acumulação de material de variadas formas e composições, resultantes do descarte das atividades humanas, e são capazes de modificar a dinâmica geomorfológica e ambiental. O foco deste trabalho consiste na interpretação de imagens de satélite após o rompimento da barragem de Fundão (Mariana-MG), discutindo, com base em uma revisão bibliográfica sobre a Geomorfologia Tecnogênica, as consequências da tragédia.
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