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    Demand for health care services related to traffic accidents at the Pronto Socorro Hospital of Porto Alegre, 1988

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    O artigo descreve a demanda de atendimento de vítimas de acidentes de trânsito no Hospital de Pronto Socorro Municipal de Porto Alegre no ano de 1988. A partir de registros arquivados no setor de Documentação e Estatística do hospital, foi obtida a amostra de 4.629 pacientes atendidos ambulatorialmente e de 1.4 70 pacientes que necessitaram internação. Analisam- se as seguintes variáveis: sexo, faixa etária, horário de atendimento, dia da semana e mês do ano. Dentre os resultados encontrados, salienta-se o predomínio do sexo masculino em relação ao feminino (2:1); maior número de vítimas entre 20 e 39 anos (52%); concentração dos atendimentos nos finais de semana (38,2%) e a realização de 45,6% dos atendimentos entre o período das 16 horas às 23 horas e 59 minutos.This article describes the health care demands related to the care of victims of traffic accidents at the Pronto Socorro Municipal Hospital of Porto Alegre in 1988. In a sample of 4.629 ambulatory patients and 1.4 70 hospitalized patients, as obtained from hospital records, the distribution of victims on the basis of gender, age, hour, day of the week and month of the year was analyzed. Approximately two males were attended for every female. The greatest number of victims (52%) were aged 20 to 39; 38,2% of the victims were treated during the weekend; and 45,6% of the victims were treated between 4 p.m. and midnight

    Correlates of smoking in pregnant women in six Brazilian cities

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    OBJECTIVE: To evaluate sociodemographic and lifestyle correlates of smoking in pregnant women sampled from hospitals. METHODS: A cross-sectional study was conducted in 5,539 pregnant women aged 20 or more who sought medical attention in prenatal clinics of affiliate hospitals of the Brazilian National Health System in the cities of Manaus, Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, and Porto Alegre from 1991 to 1995. Interviews were conducted using a standardized questionnaire that covered sociodemographics and smoking habits before and during pregnancy. Current smoking was defined as smoking at least one cigarette/day, former smoking as reporting having smoked at least one cigarette/day but having quit, and never smoking as never having smoked one cigarette/day.. RESULTS: Smoking during pregnancy was associated with lower education (OR=2.13; CI 95%: 1.76-2.57) and greater parity (OR=1.84; CI 95%: 1.53-2.21). Positive associations were also found with increased gestational age and alcohol consumption. No significant association was found with skin color or occupation status. A protective effect was observed for women married or living with a partner (OR=0.55 CI 95%: 0.42-0.72). Having Manaus' women as a reference, Porto Alegre's women showed the greatest risk for smoking in pregnancy (OR=5.00; CI 95%: 3.35-7.38), followed by São Paulo's (OR=3.42; CI 95%: 2.25-5.20), Rio de Janeiro (OR=2.53; CI 95%: 1.65-3.88) and Fortaleza's (OR=2.56; CI 95%: 1.74-3.78). CONCLUSIONS: The study findings are similar to those described in the literature regarding education, parity, and marital status. However, no association with skin color was seen in the multivariate analysis. Former smokers had sociodemographic characteristics more similar to non-smokers than former smokers.OBJETIVO: Avaliar a correlação dos fatores sociodemográficos e estilo de vida com o hábito de fumar em gestantes atendidas em hospitais. MÉTODOS: O delineamento foi o de um estudo transversal. A amostra foi composta por 5.539 gestantes atendidas em ambulatórios de pré-natal em hospitais públicos credenciados nas cidades de Manaus, Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, entre 1991 e 1995. A seleção foi consecutiva para todas as gestantes com 20 anos ou mais de idade, excetuando-se aquelas com diabetes prévia à gestação. Foram realizadas medidas antropométricas e entrevistas entre a 21ª e a 28ª semanas da gravidez. Por meio de um questionário padronizado, considerou-se como fumante quem informou fumar um ou mais cigarros por dia, como ex-fumante quem informou ter fumado mais de um cigarro por dia e ter cessado, e não fumantes quem informou nunca ter fumado um ou mais cigarros por dia. RESULTADOS: O hábito de fumar na gestação associou-se à baixa escolaridade (RC=2,13; IC 95%: 1,76-2,57) e paridade (RC=1,84; IC 95%: 1,53-2,21). Para o aumento da idade da gestante e uso de bebidas alcóolicas também foram observadas associações positivas com o fumo na gestação. Não foi observada nenhuma associação significativa entre cor da pele e situação ocupacional com fumo na gestação. Um efeito protetor foi observado para mulheres casadas ou com companheiro (RC=0,55; IC 95%: 0,42-0,72). Entre as cidades, tomando Manaus como referência, Porto Alegre apresentou o maior risco para fumo na gestação (RC=5,00; IC 95%: 3,35-7,38), seguida de São Paulo (RC=3,42; IC 95%: 2,25-5,20), Rio de Janeiro (RC=2,53; IC 95%: 1,65-3,88) e Fortaleza (RC=2,56; IC95%: 1,74-3,78). CONCLUSÕES: Os achados são semelhantes àqueles descritos na literatura com relação à escolaridade, paridade e situação conjugal. Entretanto, nenhuma associação com a cor da pele foi observada na análise multivariada. As ex-fumantes mostraram características sociodemográficas mais próximas das não fumantes do que das fumantes

    Smoking cessation and prenatal weight gain

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    Objetivo: Avaliar a influência de mudanças no hábito de fumar sobre o ganho de peso gravídico materno. Métodos: Foram entrevistadas 5.564 gestantes com 20 anos ou mais, sem diabetes mellitus prévio em serviços de pré-natal geral de seis capitais brasileiras, entre 1991 e 1995, e acompanhamos, através de revisão de prontuários, as gestações até o parto, identificando 4.000 gestantes com peso pré-gravídico relatado, peso medido no terceiro trimestre, hábito de fumar e época de sua eventual modificação, quando disponíveis. Resultados: Entre as gestantes ex-fumantes (915, 23% do total), 240 (26%) pararam de fumar durante a gravidez. A mediana de cigarros/dia das que continuaram fumantes (717, 18%) foi reduzida de 10 para 5 após o início da gravidez. Após ajustar para idade, escolaridade, cor da pele, IMC pré-gravídico, paridade e centro clínico, as ex-fumantes ganharam 1.030 g (IC95% 590 a 1.460) a mais que as nunca fumantes, sendo maior a diferença (1.540, IC95% 780 a 2.300 g) nas que pararam após a concepção. O ganho do peso na gravidez se correlacionou, tanto em fumantes quanto em ex-fumantes, com o número de cigarros diminuídos na gravidez. Conclusão: Diminuir ou parar de fumar na gravidez, embora importante para uma gestação saudável, é fator de risco para ganho de peso materno.Objective: Evaluate the association of changes in smoking habit with maternal weight gain. Methods: We interviewed 5564 pregnant women > 20 years, without prior diabetes mellitus, during a second trimester pre-natal visit in general prenatal care clinics in 6 Brazilian cities, from 1991 to 1995, and followed them, through chart review, to term. We now report associations in the 4000 women who had complete information concerning pre-pregnancy and 3rd trimester weight, smoking status and its eventual changes during pregnancy. Results: Of women who stopped smoking (915, 23% do total), 240 (26,2%) stopped during pregnancy. The median number of cigarettes smoked/day among those who continued (717, 18%) decreased from 10 to 5 with pregnancy. In linear regression models adjusting for age, educational level, ethnicity, pre-pregnancy body mass index, parity and clinical center, exsmokers gained 1030 (95%CI 590 – 1460) grams more than never smokers, this difference being greater – 1540 (95%CI 780 – 2300) grams – in those who quit while pregnant. The size of weight gain in both smokers and ex-smokers was proportional to the quantitative reduction in daily number of cigarettes smoked during pregnancy (p=0.007). Conclusion: Stopping to smoke or decreasing the quantity of cigarettes smoked in pregnancy, although important for maternal and child health, is a risk factor for maternal weight gain

    Smoking cessation and prenatal weight gain

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    Objetivo: Avaliar a influência de mudanças no hábito de fumar sobre o ganho de peso gravídico materno. Métodos: Foram entrevistadas 5.564 gestantes com 20 anos ou mais, sem diabetes mellitus prévio em serviços de pré-natal geral de seis capitais brasileiras, entre 1991 e 1995, e acompanhamos, através de revisão de prontuários, as gestações até o parto, identificando 4.000 gestantes com peso pré-gravídico relatado, peso medido no terceiro trimestre, hábito de fumar e época de sua eventual modificação, quando disponíveis. Resultados: Entre as gestantes ex-fumantes (915, 23% do total), 240 (26%) pararam de fumar durante a gravidez. A mediana de cigarros/dia das que continuaram fumantes (717, 18%) foi reduzida de 10 para 5 após o início da gravidez. Após ajustar para idade, escolaridade, cor da pele, IMC pré-gravídico, paridade e centro clínico, as ex-fumantes ganharam 1.030 g (IC95% 590 a 1.460) a mais que as nunca fumantes, sendo maior a diferença (1.540, IC95% 780 a 2.300 g) nas que pararam após a concepção. O ganho do peso na gravidez se correlacionou, tanto em fumantes quanto em ex-fumantes, com o número de cigarros diminuídos na gravidez. Conclusão: Diminuir ou parar de fumar na gravidez, embora importante para uma gestação saudável, é fator de risco para ganho de peso materno.Objective: Evaluate the association of changes in smoking habit with maternal weight gain. Methods: We interviewed 5564 pregnant women > 20 years, without prior diabetes mellitus, during a second trimester pre-natal visit in general prenatal care clinics in 6 Brazilian cities, from 1991 to 1995, and followed them, through chart review, to term. We now report associations in the 4000 women who had complete information concerning pre-pregnancy and 3rd trimester weight, smoking status and its eventual changes during pregnancy. Results: Of women who stopped smoking (915, 23% do total), 240 (26,2%) stopped during pregnancy. The median number of cigarettes smoked/day among those who continued (717, 18%) decreased from 10 to 5 with pregnancy. In linear regression models adjusting for age, educational level, ethnicity, pre-pregnancy body mass index, parity and clinical center, exsmokers gained 1030 (95%CI 590 – 1460) grams more than never smokers, this difference being greater – 1540 (95%CI 780 – 2300) grams – in those who quit while pregnant. The size of weight gain in both smokers and ex-smokers was proportional to the quantitative reduction in daily number of cigarettes smoked during pregnancy (p=0.007). Conclusion: Stopping to smoke or decreasing the quantity of cigarettes smoked in pregnancy, although important for maternal and child health, is a risk factor for maternal weight gain

    Traffic accidents : characterization accidents and lesions in an urban center of southern Brazil

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    Por meio de estudo retrospectivo, descreve-se a casuística referente aos atendimentos prestados a acidentados de trânsito, em 1988, em hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, RS - Brasil. Os dados utilizados foram fornecidos pelo Setor de Documentação e Estatística do hospital estudado (n=6.099). Os resultados encontrados, similares àqueles descritos na literatura, chama especial atenção pela predominância do sexo masculino (69,2% do total de atendimentos), pela concentração dos acidentados na faixa etária dos 20 aos 39 anos (52%) e pela freqüência com que a cabeça é acometida (49,6% dos pacientes). Lesões severas como contusões e fraturas foram encontradas, respectivamente, em 61,5% e 24,2% dos pacientes. Os dados revelam, ainda, o elevado número e a gravidade das lesões resultantes de atropelamentos, os quais foram responsáveis por 32,7% do total de atendimentos por acidentes de trânsito, 57,2% das internações hospitalares, 54,6% dos atendimentos de menores de 9 anos e 42,8% dos acima de 60 anos.Casualties treated in a Emergency Hospital of Porto Alegre, Brazil, during the year 1988, for injuries received as a result of traffic accidents, are described by means of a retrospective study of the data provided by the Documentation and Statistics Sector of the hospital (n=6.099). The results, similar to those described in the literature, dreaw special attention to the predominance of the male sex (69.2%), to the concentration of accidents involving individuals of between 20 and 39 years of age, inclusive, (52%) and to the frequency which the head is injured (49.6%) of the pacients. Severe injuries such as bruises and fractures were found, respectively, in 61.5% and 24.2% of the patients. The data reveal, furthear, the large number and the seriousness of the injuries caused by accidents involving pedestrians which accounted for 32.7% of the total number of attendances related to traffic accidents, 57.2% of hospital internments; 54.6% of the victims of this kind of accident were under 9 years of age and 42.8% were over 60

    Traffic accidents : characterization accidents and lesions in an urban center of southern Brazil

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    Por meio de estudo retrospectivo, descreve-se a casuística referente aos atendimentos prestados a acidentados de trânsito, em 1988, em hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, RS - Brasil. Os dados utilizados foram fornecidos pelo Setor de Documentação e Estatística do hospital estudado (n=6.099). Os resultados encontrados, similares àqueles descritos na literatura, chama especial atenção pela predominância do sexo masculino (69,2% do total de atendimentos), pela concentração dos acidentados na faixa etária dos 20 aos 39 anos (52%) e pela freqüência com que a cabeça é acometida (49,6% dos pacientes). Lesões severas como contusões e fraturas foram encontradas, respectivamente, em 61,5% e 24,2% dos pacientes. Os dados revelam, ainda, o elevado número e a gravidade das lesões resultantes de atropelamentos, os quais foram responsáveis por 32,7% do total de atendimentos por acidentes de trânsito, 57,2% das internações hospitalares, 54,6% dos atendimentos de menores de 9 anos e 42,8% dos acima de 60 anos.Casualties treated in a Emergency Hospital of Porto Alegre, Brazil, during the year 1988, for injuries received as a result of traffic accidents, are described by means of a retrospective study of the data provided by the Documentation and Statistics Sector of the hospital (n=6.099). The results, similar to those described in the literature, dreaw special attention to the predominance of the male sex (69.2%), to the concentration of accidents involving individuals of between 20 and 39 years of age, inclusive, (52%) and to the frequency which the head is injured (49.6%) of the pacients. Severe injuries such as bruises and fractures were found, respectively, in 61.5% and 24.2% of the patients. The data reveal, furthear, the large number and the seriousness of the injuries caused by accidents involving pedestrians which accounted for 32.7% of the total number of attendances related to traffic accidents, 57.2% of hospital internments; 54.6% of the victims of this kind of accident were under 9 years of age and 42.8% were over 60

    Correlates of smoking in pregnant women in six brazilian cities

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    Objetivo: Avaliar a correlação dos fatores sociodemográficos e estilo de vida com o hábito de fumar em gestantes atendidas em hospitais. Métodos: O delineamento foi o de um estudo transversal. A amostra foi composta por 5.539 gestantes atendidas em ambulatórios de pré-natal em hospitais públicos credenciados nas cidades de Manaus, Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, entre 1991 e 1995. A seleção foi consecutiva para todas as gestantes com 20 anos ou mais de idade, excetuando-se aquelas com diabetes prévia à gestação. Foram realizadas medidas antropométricas e entrevistas entre a 21a e a 28a semanas da gravidez. Por meio de um questionário padronizado, considerou-se como fumante quem informou fumar um ou mais cigarros por dia, como ex-fumante quem informou ter fumado mais de um cigarro por dia e ter cessado, e não fumantes quem informou nunca ter fumado um ou mais cigarros por dia. Resultados: O hábito de fumar na gestação associou-se à baixa escolaridade (RC=2,13; IC 95%: 1,76-2,57) e paridade (RC=1,84; IC 95%: 1,53-2,21). Para o aumento da idade da gestante e uso de bebidas alcóolicas também foram observadas associações positivas com o fumo na gestação. Não foi observada nenhuma associação significativa entre cor da pele e situação ocupacional com fumo na gestação. Um efeito protetor foi observado para mulheres casadas ou com companheiro (RC=0,55; IC 95%: 0,42- 0,72). Entre as cidades, tomando Manaus como referência, Porto Alegre apresentou o maior risco para fumo na gestação (RC=5,00; IC 95%: 3,35-7,38), seguida de São Paulo (RC=3,42; IC 95%: 2,25-5,20), Rio de Janeiro (RC=2,53; IC 95%: 1,65-3,88) e Fortaleza (RC=2,56; IC95%: 1,74-3,78). Conclusões: Os achados são semelhantes àqueles descritos na literatura com relação à escolaridade, paridade e situação conjugal. Entretanto, nenhuma associação com a cor da pele foi observada na análise multivariada. As ex-fumantes mostraram características sociodemográficas mais próximas das não fumantes do que das fumantes.Objective: To evaluate sociodemographic and lifestyle correlates of smoking in pregnant women sampled from hospitals. Methods: A cross-sectional study was conducted in 5,539 pregnant women aged 20 or more who sought medical attention in prenatal clinics of affiliate hospitals of the Brazilian National Health System in the cities of Manaus, Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, and Porto Alegre from 1991 to 1995. Interviews were conducted using a standardized questionnaire that covered sociodemographics and smoking habits before and during pregnancy. Current smoking was defined as smoking at least one cigarette/ day, former smoking as reporting having smoked at least one cigarette/day but having quit, and never smoking as never having smoked one cigarette/day. Results: Smoking during pregnancy was associated with lower education (OR=2.13; CI 95%: 1.76-2.57) and greater parity (OR=1.84; CI 95%: 1.53-2.21). Positive associations were also found with increased gestational age and alcohol consumption. No significant association was found with skin color or occupation status. A protective effect was observed for women married or living with a partner (OR=0.55 CI 95%: 0.42-0.72). Having Manaus’ women as a reference, Porto Alegre’s women showed the greatest risk for smoking in pregnancy (OR=5.00; CI 95%: 3.35-7.38), followed by São Paulo’s (OR=3.42; CI 95%: 2.25-5.20), Rio de Janeiro (OR=2.53; CI 95%: 1.65- 3.88) and Fortaleza’s (OR=2.56; CI 95%: 1.74-3.78). Conclusions: The study findings are similar to those described in the literature regarding education, parity, and marital status. However, no association with skin color was seen in the multivariate analysis. Former smokers had sociodemographic characteristics more similar to non-smokers than former smokers

    Correlates of smoking in pregnant women in six brazilian cities

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    Objetivo: Avaliar a correlação dos fatores sociodemográficos e estilo de vida com o hábito de fumar em gestantes atendidas em hospitais. Métodos: O delineamento foi o de um estudo transversal. A amostra foi composta por 5.539 gestantes atendidas em ambulatórios de pré-natal em hospitais públicos credenciados nas cidades de Manaus, Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, entre 1991 e 1995. A seleção foi consecutiva para todas as gestantes com 20 anos ou mais de idade, excetuando-se aquelas com diabetes prévia à gestação. Foram realizadas medidas antropométricas e entrevistas entre a 21a e a 28a semanas da gravidez. Por meio de um questionário padronizado, considerou-se como fumante quem informou fumar um ou mais cigarros por dia, como ex-fumante quem informou ter fumado mais de um cigarro por dia e ter cessado, e não fumantes quem informou nunca ter fumado um ou mais cigarros por dia. Resultados: O hábito de fumar na gestação associou-se à baixa escolaridade (RC=2,13; IC 95%: 1,76-2,57) e paridade (RC=1,84; IC 95%: 1,53-2,21). Para o aumento da idade da gestante e uso de bebidas alcóolicas também foram observadas associações positivas com o fumo na gestação. Não foi observada nenhuma associação significativa entre cor da pele e situação ocupacional com fumo na gestação. Um efeito protetor foi observado para mulheres casadas ou com companheiro (RC=0,55; IC 95%: 0,42- 0,72). Entre as cidades, tomando Manaus como referência, Porto Alegre apresentou o maior risco para fumo na gestação (RC=5,00; IC 95%: 3,35-7,38), seguida de São Paulo (RC=3,42; IC 95%: 2,25-5,20), Rio de Janeiro (RC=2,53; IC 95%: 1,65-3,88) e Fortaleza (RC=2,56; IC95%: 1,74-3,78). Conclusões: Os achados são semelhantes àqueles descritos na literatura com relação à escolaridade, paridade e situação conjugal. Entretanto, nenhuma associação com a cor da pele foi observada na análise multivariada. As ex-fumantes mostraram características sociodemográficas mais próximas das não fumantes do que das fumantes.Objective: To evaluate sociodemographic and lifestyle correlates of smoking in pregnant women sampled from hospitals. Methods: A cross-sectional study was conducted in 5,539 pregnant women aged 20 or more who sought medical attention in prenatal clinics of affiliate hospitals of the Brazilian National Health System in the cities of Manaus, Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, and Porto Alegre from 1991 to 1995. Interviews were conducted using a standardized questionnaire that covered sociodemographics and smoking habits before and during pregnancy. Current smoking was defined as smoking at least one cigarette/ day, former smoking as reporting having smoked at least one cigarette/day but having quit, and never smoking as never having smoked one cigarette/day. Results: Smoking during pregnancy was associated with lower education (OR=2.13; CI 95%: 1.76-2.57) and greater parity (OR=1.84; CI 95%: 1.53-2.21). Positive associations were also found with increased gestational age and alcohol consumption. No significant association was found with skin color or occupation status. A protective effect was observed for women married or living with a partner (OR=0.55 CI 95%: 0.42-0.72). Having Manaus’ women as a reference, Porto Alegre’s women showed the greatest risk for smoking in pregnancy (OR=5.00; CI 95%: 3.35-7.38), followed by São Paulo’s (OR=3.42; CI 95%: 2.25-5.20), Rio de Janeiro (OR=2.53; CI 95%: 1.65- 3.88) and Fortaleza’s (OR=2.56; CI 95%: 1.74-3.78). Conclusions: The study findings are similar to those described in the literature regarding education, parity, and marital status. However, no association with skin color was seen in the multivariate analysis. Former smokers had sociodemographic characteristics more similar to non-smokers than former smokers

    Fatores associados ao fumo em gestantes avaliadas em cidades brasileiras

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    OBJETIVO: Avaliar a correlação dos fatores sociodemográficos e estilo de vida com o hábito de fumar em gestantes atendidas em hospitais. MÉTODOS: O delineamento foi o de um estudo transversal. A amostra foi composta por 5.539 gestantes atendidas em ambulatórios de pré-natal em hospitais públicos credenciados nas cidades de Manaus, Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, entre 1991 e 1995. A seleção foi consecutiva para todas as gestantes com 20 anos ou mais de idade, excetuando-se aquelas com diabetes prévia à gestação. Foram realizadas medidas antropométricas e entrevistas entre a 21ª e a 28ª semanas da gravidez. Por meio de um questionário padronizado, considerou-se como fumante quem informou fumar um ou mais cigarros por dia, como ex-fumante quem informou ter fumado mais de um cigarro por dia e ter cessado, e não fumantes quem informou nunca ter fumado um ou mais cigarros por dia. RESULTADOS: O hábito de fumar na gestação associou-se à baixa escolaridade (RC=2,13; IC 95%: 1,76-2,57) e paridade (RC=1,84; IC 95%: 1,53-2,21). Para o aumento da idade da gestante e uso de bebidas alcóolicas também foram observadas associações positivas com o fumo na gestação. Não foi observada nenhuma associação significativa entre cor da pele e situação ocupacional com fumo na gestação. Um efeito protetor foi observado para mulheres casadas ou com companheiro (RC=0,55; IC 95%: 0,42-0,72). Entre as cidades, tomando Manaus como referência, Porto Alegre apresentou o maior risco para fumo na gestação (RC=5,00; IC 95%: 3,35-7,38), seguida de São Paulo (RC=3,42; IC 95%: 2,25-5,20), Rio de Janeiro (RC=2,53; IC 95%: 1,65-3,88) e Fortaleza (RC=2,56; IC95%: 1,74-3,78). CONCLUSÕES: Os achados são semelhantes àqueles descritos na literatura com relação à escolaridade, paridade e situação conjugal. Entretanto, nenhuma associação com a cor da pele foi observada na análise multivariada. As ex-fumantes mostraram características sociodemográficas mais próximas das não fumantes do que das fumantes
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