25 research outputs found

    Funcionamento das famílias: perceção de funcionamento familiar nas diferentes configurações familiares

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    Objetivo: Este estudo tem como objetivo analisar a perceção do funcionamento familiar em diferentes tipologias familiares – famílias nucleares intactas, monoparentais e reconstituídas. Participantes: Participaram neste estudo 1089 pessoas, adultos e adolescentes num total de 387 famílias. Instrumentos: Escala de Avaliação da Adaptabilidade e Coesão Familiar (FACES IV) e a Escala Familiar de Autorresposta – Versão II (SFI). Resultados: As famílias nucleares intactas percecionam-se como sendo mais coesas, flexíveis, saudáveis/competentes, com uma melhor comunicação e menos desmembradas em comparação com as famílias monoparentais. Os pais percecionam a família como sendo mais coesa, emaranhada, flexível, com uma melhor comunicação e menos desmembrada do que os filhos. Os participantes com um rendimento superior a 600 euros percecionam as suas famílias como sendo mais flexíveis e referem-se mais participantes do que os sujeitos com um rendimento inferior a 600 euros. Existem diferenças nas famílias nucleares intactas e monoparentais, que se encontram nas diferentes etapas do ciclo vital, nas dimensões coesão, flexibilidade, emaranhamento, rigidez, subescala caótica e comunicação. / Purpose: This study aims to analyze the perception of family functioning in different family typologies - intact nuclear families and single parents families as well as reconstituted families. Participants: The study included 1089 people, adults and adolescents in a total of 387 families. Instruments: Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scale (FACES IV) and the Self-Report Family Inventory - Version II (SFI). Results: The intact nuclear families perceive themselves as being more cohesive, flexible, healthy/competent, with better communication and less disengaged when compared to single parent’s families. Parents perceive the family as being more cohesive, enmeshed, flexible, with better communication and less disengaged than their children. Participants with an income higher than 600 euros per month perceive their families as being more flexible and refer being more satisfied than participants with less than 600 euros of income per month. There are differences in intact nuclear and single parent families at different stages of the life cycle in the cohesion, flexibility, enmeshed, rigid, chaotic and communication subscales

    Envolvimento Parental e Nível Sociocultural das Famílias

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    O envolvimento parental refere-se a todas as actividades realizadas pelos pais na educação dos filhos. Os pais desempenham um papel fundamental no processo de escolaridade dos filhos. Um dos aspectos que mais influencia a qualidade do envolvimento parental na escolarização dos filhos é o nível sociocultural dos pais. Entende-se por nível sociocultural todo o tipo de experiências sociais e culturais que a criança tem acesso na família. O objectivo principal deste estudo é avaliar a relação entre o nível sociocultural das famílias e o envolvimento parental na escolaridade dos filhos. São objectivos complementares desta investigação, verificar quais os factores socioculturais que estão mais significativamente associados ao envolvimento parental na escolarização dos filhos e quais as dimensões comportamentais deste envolvimento que mais contribuem para adaptação escolar dos filhos. Para concretizar estes objectivos, foi realizado um estudo epidemiológico descritivo, em corte transversal, a fim de avaliar uma amostra de 92 pais de alunos do 1º Ciclo do ensino básico pertencentes ao agrupamento de escolas do concelho de Coimbra. O protocolo de investigação é constituído pelo questionário de envolvimento parental na escola, versão para pais (QEPE, Pereira, 2002), e a escala de Graffar adaptada à população portuguesa, para avaliar o nível sociocultural das famílias dos alunos. Os resultados obtidos revelam que as famílias com um nível sociocultural mais elevado apresentam um maior envolvimento na escolaridade dos filhos. Verificamos que os factores socioculturais mais significativamente associados à qualidade do envolvimento dos pais são a profissão e o nível de instrução do chefe de família. Verificámos, ainda, que as dimensões comportamentais mais privilegiadas pelos pais na escolaridade dos filhos são as actividades de aprendizagem em casa, comunicação escola-família e actividades na escola e reuniões de pais. Concluímos que o nível sociocultural influencia a qualidade do envolvimento parental. O nível de escolaridade e a profissão dos pais são factores determinantes para a qualidade desse envolvimento. /Parental involvement refers to all activities carried out by parents for the education of children. Parents play a key role in the process of their children schooling. One of the aspects that influence the quality of parental involvement in education of children is the socio-cultural level that the parents present. Sociocultural level regards all sorts of social and cultural experiences that the child has access in the family. The main goal of this study is to evaluate the relationship between the sociocultural level of families and parental involvement in their children schooling. The further objectives of this research regard checking which socio-cultural factors are the most significantly associated with parental involvement in education of children and which are the behavioral dimensions of this involvement that most contribute to school adjustment of children. To achieve these objectives, an epidemiological descriptive study has been conducted in a sample of 92 parents of primary school students from the grouping of schools of Coimbra municipality. The research protocol consisted in the questionnaire for parental involvement in school, parent version (QEPE. Pereira, 2002), and the Graffar scale, adapted to the Portuguese population (in order to evaluate the socio-cultural status of students' families) The results showed that families with a higher social-cultural level have a greater involvement in schooling. We verified that the social-cultural factors most significantly associated with the quality of parental involvement are the profession and educational level of the household head. We note that the behavioral dimensions most privileged by parents in their children’s schooling are the learning activities at home, school-family communication, activities in the school and parent meetings. Therefore, we conclude that social-cultural level influences the quality of parental involvement. The educational level and occupation of parents are crucial to the quality of that involvement

    Dificuldades de Aprendizagem em Período de Latência: um estudo de caso

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    A presente tese irá incidir sobre a problemática das dificuldades de aprendizagem em contexto escolar através de um estudo de caso simples sistemático e faseado conduzido em crianças escolarizadas no primeiro ciclo que são objeto de apoio terapêutico individual. O objectivo deste estudo assenta na análise das mudanças da percepção de si, do relacionamento interpessoal, dos processos ideativos e da capacidade de elaboração secundária em crianças seguidas em psicoterapia individual. A avaliação das variáveis em estudo será realizada pelo teste projetivo (Rorschach, Exner,2000) e por uma grelha de análise do material registado nas sessões individuais de ludoterapia. Este estudo permitiu identificar o impacto do processo psicoterapêutico na mobilização das dificuldades escolares e comportamentais das crianças em idade escolar

    Motivação para Realizar Trabalho Voluntário em Doentes em Desvantagem Social

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    O presente trabalho de investigação tem como objetivo refletir sobre os processos de motivação, em particular a teoria da autodeterminação, que subjazem ao voluntariado, especialmente na área da saúde mental. O estudo, que enquadra um total de 12 participantes, 9 (74,97%) do sexo feminino e 3 (24,99%) do sexo masculino com idades entre os 22 e os 85 anos; no estado civil, 8 são solteiros (66,64%), 2 casados (16,66%), 1 viúvo (8,33%) e 1 separado/divorciado (8,33%); com a escolaridade, 3 (24,99%), ensino secundário e 7 (58,33%) ensino superior; na situação laboral atual, 8 (66,33%) têm atividade laboral, 3 são reformados (24%,99) e 1 é estudante (8,33%), concluiu que indivíduos do sexo feminino, os com maior grau de escolaridade, os solteiros/as, bem como os que são ativas laboralmente, apresentaram maiores taxas. A partir da questão de partida; quais os motivos que levam as pessoas a fazerem voluntariado em doentes de fórum mental, fez-se uma fundamentação teórica pertinente, recorrendo ao método qualitativo com a utilização de uma entrevista semiestruturada, cujo teor do conteúdo foi aperfeiçoado em processo de Focus group, cuja a versão final foi, proposta aos participantes selecionados para o estudo. Os dados recolhidos foram tratados através do método da análise de conteúdo, que incluiu a categorização e a codificação das categorias, subcategorias e das unidades narrativas das subcategorias. Os resultados da análise de conteúdo de Bardin (2000), usada para o tratamento de dados recolhidos nas entrevistas, revelam que, na análise das frequências das 15 subcategorias da categoria “motivos”, a subcategoria “vontade/desejo/querer ajudar o outro/alguém/o próximo” aparece 9 vezes na totalidade dos entrevistados, logo em ¾ , que equivale a 75% das entrevistas: 4 vezes nos voluntários em atividade (33,3%), 3 vezes nos ex-voluntários (25%) e 2 vezes nos que nunca foram voluntários, (16,6%), é mencionado como o motivo principal que leva as pessoas a fazer trabalho voluntario na área da saúde mental e psiquiatria e considerando ainda as respostas dos participantes e as subcategorias que as configuram, dão conta de um continuum em que o processo de autodeterminação é central, nomeadamente, a motivação associada à satisfação das necessidades básicas de autonomia, de competência e de realização. Por isso, são claramente aplicáveis no contexto do voluntariado. / The present research work is developed as a qualitative empirical, whose aim is to reflect on the motivation processes that underline volunteering, particularly the area of mental health and psychiatry. Based on a pertinent theorical foundation, the qualitative empirical study resorted to the use of semi-tructured interviews, whose content was improved in a “focus group” process. The final version of the interview was proposed to the participants selected for the study. The interview data were treated using the content analysis method, which includes the categorization and coding of the categories, subcategories and narrative units of each of the subcategories. The results of the content analysis revealed that the subcategories “reasons”, highlighted by the participants in ¾ of the interviews that represents 75% of the total of the interviewees, which led to the formulation of the hypothesis according to which, the reasons that lead people for the practice of volunteering they relate to “the will to help others”, it is the most important motivation for personal involvement in volunteer work in the área of mental health and psychiatry

    A Perceção da Autoestima e dos Sentimentos de Solidão em Idosos Institucionalizados

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    Esta investigação tem como objetivo comparar a autoestima e o sentimento de solidão entre idosos em contexto habitacional diferente (comunidade vs. instituição). Realizou-se um estudo comparativo entre três grupos de idosos, 40 idosos institucionalizados, 33 em regime de Centro de Dia e 40 residentes na própria casa. Participaram na investigação 114 indivíduos. A análise da distribuição por género apresenta uma clara feminização, (n = 79; 69,3%). A média de idades é de 78,39 anos (DP = ± 7,457), sendo a idade mínima de 65 anos e a máxima de 94 anos. Os instrumentos utilizados para recolher os dados foram o Questionário Sócio Demográfico, a Escala de Solidão da UCLA e a Escala de Auto-Estima de Rosenberg. No que diz respeito aos sentimentos de solidão, os idosos institucionalizados são os que apresentam mais sentimentos de solidão quando comparados com os que residem em casa própria (p = 0,045). Os idosos institucionalizados apresentam ainda níveis mais baixos de autoestima (p = 0,0001). Em conclusão, os sentimentos de solidão estão significativamente presentes nesta faixa etária, especialmente entre os idosos que residem em instituições, sendo também estes que apresentam níveis inferiores de autoestima. / This research aimed to compare self-esteem and the feeling of loneliness among the elderly in a different housing context (community vs. institution). It was conducted a comparative study of three groups of elderly, 40 institutionalized elderly, 33 in day center basis and 40 living at home. 114 individuals participated in the research. The analysis by gender distribution shows a clear feminization (n = 79; 69.3%). The average age is 78.39 years old (SD = ± 7.457), with a minimum age of 65 and maximum of 94 years old. The instruments used to collect the data were the Questionnaire Socio Demographic, the UCLA Loneliness Scale and the Rosenberg Self-Esteem Scale. With regard to the feelings of loneliness, the institutionalized elderly are those with more feelings of loneliness, compared to those living in own home (p = 0.045). The institutionalized elderly have also lower levels of self-esteem (p = 0.0001). In conclusion, the feelings of loneliness are significantly present in this age group, especially among the elderly residing in institutions, and these ones have also lower levels of selfesteem

    Indicadores de Resiliência em Adolescentes Institucionalizados: o papel da vinculação aos pares, aos professores e aos funcionários da instituição

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    Ser resiliente implica ser capaz de adaptar positivamente a contextos de grande adversidade. Esta capacidade depende de múltiplos fatores (individuais, relacionais e contextuais) cuja mobilização se encontra dificultada entre os adolescentes cujo desenvolvimento ficou comprometido pela experiência de maus-tratos. Quando protegidos pelo acolhimento institucional, é nos pares, nos professores e nos funcionários da instituição que estes adolescentes encontram o cuidado, o suporte e o encorajamento de que necessitam, e que tanto pesa sobre o seu bem-estar. Foi, assim, objetivo deste estudo examinar o papel que a qualidade da vinculação aos pares, professores e funcionários da instituição desempenha na promoção da resiliência em adolescentes institucionalizados. Os dados foram recolhidos junto de 45 adolescentes (18 rapazes e 27 raparigas), com idades compreendidas entre os 10 e os 20 anos, em regime de acolhimento institucional prolongado. Para o efeito foram utilizados um breve questionário sociodemográfico, o Child and Youth Resilience Measure – 28 – versão para Jovens (Liebenberg, Ungar & Van de Vijver, 2012; versão portuguesa Ferreira & Nobre-Lima, 2013), o Inventory of Parent and Peer Attachment Revised (Armsden & Greenberg, 1987; versão portuguesa Figueiredo & Machado, 2008) – versão para Pares e Professores – e o Questionário de Ligação aos Professores e Funcionários (Mota & Matos, 2005). Ainda que tenham sido encontradas correlações significativas entre a resiliência e cada uma das variáveis em estudo, a percepção de vinculação aos pares e aos funcionários da instituição sobressaem como as variáveis que melhor explicam a resiliência nestes adolescentes, em particular nos rapazes. Já nas raparigas, a única variável que parece explicar a resiliência é a percepção de vinculação aos funcionários da instituição. A discussão explora estes resultados em termos do seu significado e implicações práticas. / Being resilient implies the ability to positively adapt to contexts of great adversity. This ability depends on a variety of factors (individual, relational and contextual) that are mostly non operative among the adolescents whose development was compromised by maltreatment. When protected by residential care these adolescents rest on peers, teachers and residential caregivers to find the care, support and encouragement they need to improve their sense of wellbeing. Therefore, the aim of this study was to examine how attachment to peers, teachers and residential caregivers can contribute to foster resilience in institutionalized adolescents. Data was collected from a sample of 45 adolescents (18 boys and 27 girls), aged between 10 and 20 years old, under extended placement in an institution. The PI is composed by a brief social-demographic questionnaire, the Child and Youth Resilience Measure – 28 – Youth version (Liebenberg, Ungar & Van de Vijver, 2012, Portuguese version Ferreira & Nobre- Lima, 2013), the Inventory of Parent and Peer Attachment Revised (Armsden & Greenberg, 1987; Portuguese version Figueiredo & Machado, 2008) – Peers and Teacher’s version – and the Questionnaire of the Affective Relationship with Teachers and Employees (Mota & Matos, 2005). Although findings showed significant correlations between resilience and each one of the variables in study, the perception of attachment to peers and residential caregivers stood out as the most correlated variables to resilience among these adolescents, mainly among the boys. Conversely, the only variable that seems to explain resilience among girls is the perception of attachment to residential caregivers. The discussion explores the possible meaning and practical implications of these findings

    Redes sociais: adição, saúde mental e modos de utilização em jovens adultos

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    Objetivo: Ao considerar a posição que as redes sociais passaram a ocupar no quotidiano das pessoas, a presente investigação teve como objetivo explorar o risco de uma situação de adição às redes sociais entre os jovens adultos utilizadores; avaliar se existe uma correlação entre dependência de natureza aditiva às redes sociais e perturbações na saúde mental na amostra; e perceber se as características sociodemográficas, o modo como as redes sociais são utilizadas e a motivação para o uso se relacionam com o comportamento aditivo às redes e de perturbação da saúde mental. Metodologia: Este foi um estudo descritivo correlacional, transversal com amostragem por conveniência não probabilística, realizado via formulário online autoaplicável. O protocolo de investigação foi composto pelos seguintes instrumentos: consentimento informado, secção de recolha de dados sociodemográficos, secção de questões relativas ao modo de utilização das redes sociais, a Escala de Adição as Redes Sociais (EARS) e o Inventário de Saúde Mental (ISM). Amostra: A população deste estudo foi composta por 254 participantes luso falantes, a média de idades foi de 22.7 anos, variando entre um mínimo de 18 e um máximo de 30 anos. A maioria era do género feminino (74,4%), licenciados (48,8%), solteiros (97,6%) e estudantes (55,9%). Um pouco mais de metade encontra-se numa relação de namoro (53,5%). Resultados e Conclusão: Os resultados do presente estudo demonstraram que há adição às redes sociais na amostra e que a adição às redes sociais está negativamente associada à saúde mental. Não houve diferenças significativas dos resultados de adição às redes sociais em função do gênero, de estar ou não em uma relação amorosa e em função das horas de sono dos participantes. Além disso, a adição às redes sociais mostrou-se mais elevada nos utilizadores que passam mais horas diárias nas redes sociais e também naqueles que declararam passar a maior parte de seu tempo livre nas redes sociais. A motivação para utilização “passar tempo/relaxar das preocupações do dia a dia” demonstrou possuir uma relação positiva com a adição às redes socias e negativa com a saúde mental. / Aims: Considering the dimension of the position that social networks have come to occupy in people's daily lives, the present investigation aims to explore the risk of a situation of addiction to social networks among young adult users; assess whether there is a correlation between the dependency of an addictive nature to social networks and mental health disorders; and to understand if sociodemographic characteristics, the way in which social networks are used and the motivation for their use influence are related to dependence and mental health disturbances. Methodology: This was a descriptive-correlational, cross-sectional population-based study with non-probabilistic convenience sampling, carried out through a self-administered online form. The research protocol consisted of the following instruments: informed consent, a sociodemographic questionnaire, with a section on questions related to the use of social networks, the Social Network Addition Scale (EARS), and the Mental Health Inventory (MHI). Sample: The population of this study consisted of 254 Portuguese-speaking participants, the mean age was 22,7 years, ranging from a minimum of 18 to a maximum of 30 years. Most were female (74,4%), graduates (48,8%), single (97,6%) and students (55,9%). A little more than half are in a dating relationship (53,5%). Results and Conclusion: The results of the present study showed that there is an addiction to social networks in the sample and that addiction to social networks is negatively associated with mental health. The results also showed no significant differences in the level of addiction to social networks depending on gender, being in a romantic relationship, and the number of sleeping hours of participants. Furthermore, the addition to social networks was higher in users who spent more hours daily on social networks and also in those who declared to spend most of their free time on social networks. The motivation to use “spending time/relaxing from day-to-day worries” was shown to have a positive relationship with addiction to social networks and a negative relationship with mental health

    A Qualidade da Vinculação e o Comportamento Social em Jovens Institucionalizados

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    A qualidade da vinculação é fundamental para o desenvolvimento das crianças e adolescentes e tem uma enorme importância tanto a nível social como a nível emocional O presente estudo teve como objetivo averiguar a associação entre a qualidade da vinculação e os comportamentos sociais entre adolescentes institucionalizados que constituíram a sua amostra (34 jovens, de ambos os sexos e com idades compreendidas entre os 11 e os 18 anos). O protocolo de investigação incluiu um questionário sociodemográfico e a versão portuguesa do Inventory of parent and peer attachment (IPPA, Armsden & Greenberg, 1987). Os resultados dão conta da perceção normativa dos comportamentos sociais, a despeito de se tratar de uma população de adolescentes institucionalizados. Relativamente à qualidade da vinculação, este estudo dá conta que, apesar da aparente instabilidade da retaguarda familiar, uma parte destes adolescentes tem, ainda assim, a perceção de uma vinculação segura aos pais. / The quality of attachment is essential for the healthy development of children and adolescents, both socially and emotionally. The goal of this study was to analyze the eventual association between the quality of attachment and social behaviors among the institutionalized adolescents in study (34 adolescents from both genders aged 11 to 18 years-old). The research protocol included a social-demographic questionnaire and the Portuguese language version of "Inventory of parent and peer attachment (IPPA, Armsden & Greenberg, 1987). The results show that the perception of social behavior among these adolescents is normative, despite their institutionalization. In what relates to attachment data shows that, regardless of the apparent disorganization of the familial background, these adolescents have the perception of a secure attachment to their parents

    Ansiedade em face da morte em Agentes Funerários

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    Ao pensar na morte há um reconhecimento da vulnerabilidade humana e da própria fragilidade da vida. A morte é universal, mas experienciada de uma forma individualizada por cada um de nós, a partir da personalidade, experiências de vida, variáveis pessoais, idade, sexo, religião. Vivenciar a morte e o morrer poderá conduzir a sensações de medo e ansiedade. Os agentes funerários que lidam diariamente com a morte e com o “luto” (do corpo morto e dos familiares em relação ao ente querido que perderam) poderão estar expostos a sentimentos de ansiedade depressiva pela ativação diária do confronto com a própria morte, ou com a morte de pessoas a quem estão intimamente ligados. É objetivo deste estudo avaliar os níveis de ansiedade em face da morte em agentes funerários, e ainda explorar a eventual associação entre fatores sociodemográficos e profissionais selecionados e esta variável. A amostra é composta por 60 sujeitos de uma empresa funerária em Portugal. Os instrumentos psicométricos utilizados foram a Escala de Ansiedade face à Morte (DAQ), e um questionário sociodemográfico desenhado para o presente estudo. Os resultados globais mostram que os Agentes Funerários apresentam níveis de ansiedade face à morte estatisticamente significativos (M = 35,88; DP = 9,02). O género, a idade, religião, anos de experiência, estado civil, terem filhos, ter morrido alguém próximo ou significativo, especificidade de trabalho: ser comercial ou operacional o número de contatos, não marcam significativamente a forma como os sujeitos em estudo percecionam a sua ansiedade em face da morte. Os níveis de ansiedade aumentam entre aqueles que não tiveram formação específica para lidar com estas situações. / When thinking about death there is recognition of human vulnerability and fragility of life itself. Death is universal but experienced individually by each of us, through personality, life experiences, personal variables, age, sex, religion. Experiencing death and dying can lead to feelings of fear and anxiety. Funeral Agents who daily deal with death and with the "mourning" (the dead body and the family of the deceased) may be exposed to feelings of depressive anxiety activated by the daily confrontation with death itself or death of people who are close to them. The aim of this study is to assess the levels of anxiety in Funeral Agents when facing death, and also explore the eventual association of social-demographic and professional factors with this variable. The sample consisted of 60 subjects of a Portuguese Funeral company. The instruments used were the Death Anxiety Questionnaire (DAQ) and a socialdemographic questionnaire designed for the present study. The overall results show that Funeral Agents present anxiety levels statistically significant when facing death (M = 35.88, SD = 9.02). Gender, age, religion, years of experience, marital status, having children, the death of someone close or important, and the specificity of the job (commercial or operational agent), the number of contacts, show no statistically significant association with anxiety when facing death. However, the levels of anxiety increase among those who had had no specific formation to deal with these situations

    Representações Sociais da Cannabis no Concelho de Góis

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    A cannabis permanece como a substância ilícita mais consumida no mundo. Defendida por uns e “diabolizada” por outros, constitui uma das substâncias psicoactivas mais polémicas. Alguns autores destacaram já, a importância do estudo das representações sociais das substâncias psicoactivas. No entanto, desconhecem-se investigações que abordem a representação social desta substância num espaço rural. São objectivos deste estudo: 1) conhecer as representações sociais da cannabis no que diz respeito à substância, ao consumidor e ao contexto da utilização, 2) identificar as diferenças existentes entre utilizadores e não utilizadores desta substância da amostra em estudo. Para concretizar estes objectivos, foi realizado um estudo qualitativo que recorreu a uma dupla abordagem etno-metodológica e fenomenológica. Foram realizadas 30 entrevistas a indivíduos residentes nas duas maiores freguesias do concelho de Góis que, depois de transcritas, foram objecto de análise de conteúdo. No espaço rural considerado, a cannabis é maioritariamente representada como uma “droga”, indutora de uma sensação de mal-estar e causadora de dependência. Para os participantes o utilizador é percebido como detentor de características de personalidade negativas, que o induzem ao consumo. Relativamente ao eixo espacial, o espaço rural, e mais especificamente o concelho de Góis é representado como local de consumo e de produção da cannabis herbácea. Há uma distinção clara entre a representação social dos participantes que não utilizam a substância e os que utilizam. O último grupo representa-a como uma “droga leve”, e mostra-se esclarecido sobre as possíveis consequências da sua utilização. Neste grupo é ainda evidente a valorização da cannabis herbácea, em detrimento dos seus derivados. /Cannabis is nowadays the most consumed illegal substance in the world. Endorsed by some and criticized by others, its use keeps on being a rather controversial issue. Several authors highlight the importance of studying the social representation of this psychoactive substance. However, to this day there aren’t to our knowledge any studies on this subject conducted in rural communities. This study has a double goal: 1) to understand the social representation of cannabis focusing in 3 categories of analysis - substance, user and context of use; 2) to identify the differences between the users and non users of the studied sample To achieve such goals, a qualitative research with a double phenomenological and ethnomethodological design was undertaken. Semi-structured interviews were applied to 30 participants from Góis selected for the study. After the content analyses carried out on the material, data revealed that cannabis is mainly represented as a “drug” causing dependence. Among the participants, the user is perceived as someone with negative personality characteristics that cause him the urge to use the substance. In what concerns the spatial dimension, the rural space and more specifically Góis, is mainly represented as a place of production and use of the herbaceous form of cannabis. There is also a clear distinction of the social representation between users and non users of cannabis in this community. In fact, the former group sees cannabis as a “soft drug” further considering that they are well aware of the consequences of its use. Also among the subjects of this group there is a distinctive appraisal of the herbaceous form of cannabis, relative to its end products
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