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    Efeitos da administração de progesterona e da hipotermia terapêutica sobre a lesão neural, a reatividade astrocitária e o comportamento em ratos Wistar submetidos à hipóxia-isquemia neonatal

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    A hipóxia-isquemia (HI) neonatal moderada a grave afeta 1–3 a cada 1.000 nascidos a termo e continua sendo uma causa significativa de deficiência do neurodesenvolvimento de longo prazo. A morbidade neurológica nos sobreviventes envolve dificuldades de aprendizado, epilepsia e paralisia cerebral. O uso de hipotermia é a única terapia utilizada na clínica, no entanto, o tratamento deve ser iniciado dentro de uma janela terapêutica de 6h após o evento hipóxico-isquêmico. Os efeitos neuroprotetores da hipotermia terapêutica experimental iniciada em momentos distintos após a HI, bem como a provável influência do dimorfismo sexual sobre tais efeitos ainda não foram elucidados. A eficácia de potenciais agentes neuroprotetores tem sido testada em modelos animais. Há razão para se pensar que a progesterona tem um forte potencial para o tratamento da HI neonatal, já que a sua utilização tem se mostrado benéfica em pesquisas relacionadas à lesão cerebral traumática, lesão cerebral isquêmica e outros modelos de lesão do sistema nervoso central em adultos. Essa Tese tem como objetivos avaliar os efeitos da administração de progesterona e da hipotermia terapêutica sobre a lesão neural, a reatividade astrocitária e o neurodesenvolvimento em ratos Wistar submetidos à hipóxia-isquemia neonatal. No primeiro capítulo da Tese avaliamos o efeito da progesterona em animais machos neonatais submetidos ao modelo de HI neonatal. Os animais foram divididos em cinco grupos experimentais: SHAM, HI, HI+PROG-PRÉ (PRÉ), HI+PROG-PÓS (PÓS), HI+PROG-PRÉ/PÓS (PP). Os termos PRÉ e PÓS referem-se à administração de progesterona (na dose de 5 mg/kg) antes ou após o procedimento de HI neonatal. Dependendo do grupo experimental, os animais foram tratados com progesterona imediatamente antes da isquemia e/ou 6 e 24 horas após o início da hipóxia. Foram analisados volume de lesão do hemisfério e do hipocampo ipsilateral à lesão, além de células degenerativas nas áreas CA1 e hilo do hipocampo, como também a expressão das proteínas Akt, caspase-3 e GFAP. Neste capítulo foi possível observar neuroproteção da administração da progesterona quando administrada 6 e 24h após a lesão, reduzindo todos as propriedades analisadas em comparação ao grupo HI sem tratamento. No segundo capítulo avaliamos os efeitos da hipotermia terapêutica experimental em animais submetidos ao modelo de HI neonatal de ambos os sexos em diferentes janelas terapêuticas. Animais machos e fêmeas foram tratados por hipotermia (32ºC) por 5h, o começo do tratamento foi distinto para cada grupo: 2h, 4h, e 6h após a lesão. Após 7 dias da lesão os animais foram a testes comportamentais e foram avaliados o volume de lesão no hemisfério, hipocampo e córtex cerebral, além de células degenerativas e astrogliose no hipocampo. Neste capítulo foi observado que os efeitos da hipotermia terapêutica podem ser dependentes tanto do momento de início do tratamento como do sexo dos animais. A HT iniciada 2h após a HI causou redução da lesão neural e dos tempos de latência nos testes comportamentais em ratos de ambos os sexos. Também foi possível ver um efeito na astrogliose dependente do sexo, uma vez que apenas fêmeas que iniciaram o tratamento 2h após o início da lesão apresentaram redução dos parâmetros morfológicos de astrogliose. No entanto, quando o tratamento tinha início ao final da janela terapêutica (6h), as fêmeas apresentavam aumento de células degenerativas e do tempo de latência em comparação ao grupo submetido ao modelo, mas sem tratamento. Os resultados na presente tese sugerem que a progesterona é um potencial candidato para o tratamento da HI neonatal, por ter produzido melhoras mesmo quando administrada após 6h da lesão; já os efeitos da hipotermia são dependentes do tempo de início do tratamento e do sexo dos animais.Moderate to severe neonatal hypoxia-ischemia (HI) affects 1–3 per 1,000 full-term births and remains a significant cause of long-term neurodevelopmental deficiency. Neurological morbidity in survivors involves learning disabilities, epilepsy and cerebral palsy. The use of hypothermia is the only therapy used in the clinic, however, treatment must be started within a therapeutic window of 6 hours after the hypoxic-ischemic event. The neuroprotective effects of experimental therapeutic hypothermia initiated at different times after IH, as well as the likely influence of sexual dimorphism on such effects have not yet been elucidated. The effectiveness of potential neuroprotective agents has been tested in animal models. There is reason to think that progesterone has a strong potential for the treatment of neonatal HI, since its use has been shown to be beneficial in research related to traumatic brain injury, ischemic brain injury and other models of central nervous system injury in adults . This Thesis aims to evaluate the effects of progesterone administration and therapeutic hypothermia on neural injury, astrocytic reactivity and neurodevelopment in Wistar rats submitted to neonatal hypoxia-ischemia. In the first chapter of the Thesis we evaluated the effect of progesterone in neonatal male animals submitted to the neonatal HI model. The animals were divided into five experimental groups: SHAM, HI, HI + PROG-PRE (PRE), HI + PROG-POST (POST), HI + PROG-PRE / POST (PP). The terms PRE and POST refer to the administration of progesterone (at a dose of 5 mg / kg) before or after the neonatal HI procedure. Depending on the experimental group, the animals were treated with progesterone immediately before ischemia and / or 6 and 24 hours after the onset of hypoxia. Lesion volume of the hemisphere and hippocampus ipsilateral to the lesion were analyzed, as well as degenerative cells in the CA1 and hilum areas of the hippocampus, as well as the expression of the Akt, caspase-3 and GFAP proteins. In this chapter, it was possible to observe neuroprotection of progesterone administration when administered 6 and 24h after the injury, reducing all the properties analyzed in comparison to the HI group without treatment. In the second chapter, we evaluated the effects of experimental therapeutic hypothermia in animals submitted to the neonatal HI model of both sexes in different therapeutic windows. Male and female animals were treated by hypothermia (32ºC) for 5h, the beginning of treatment was different for each group: 2h, 4h, and 6h after the injury. After 7 days of the injury, the animals underwent behavioral tests and the volume of injury in the hemisphere, hippocampus and cerebral cortex was evaluated, in addition to degenerative cells and astrogliosis in the hippocampus. In this chapter it was observed that the effects of therapeutic hypothermia can be dependent both on the time of initiation of treatment and on the sex of the animals. HT initiated 2h after HI caused a reduction in neural injury and latency times in behavioral tests in rats of both sexes. It was also possible to see an effect on sex-dependent astrogliosis, since only females who started treatment 2h after the beginning of the lesion showed a reduction in the morphological parameters of astrogliosis. However, when treatment started at the end of the therapeutic window (6h), females had increased degenerative cells and latency time compared to the group submitted to the model, but without treatment. The results in the present thesis suggest that progesterone is a potential candidate for the treatment of neonatal HI, as it produced improvements even when administered 6 hours after the injury; the effects of hypothermia, on the other hand, are dependent on the time the treatment started and the sex of the animals

    Presença de partículas virais infecciosas em amostras de água de diferentes tipos e localidades do Rio Grande do Sul, Brasil

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    The parameters for drinking water currently are based only on the analysis of bacteria; nevertheless the absence of coliforms does not exclude viral contamination. Enteric viruses may resist conventional water and sewage treatment methods, due to its physical and chemical stability. Although laborious and time consuming, analysis by viral isolation in cell culture allows to evaluate the viability of viral particles, advantageous feature when compared to molecular biology techniques. Sixty-four water samples from surface and tap water from various Rio Grande do Sul’s locations were collected and inoculated into 24-well microplates containing CER cell line cells. The microplates were stored in 37°C oven, 5% CO2 for seven days and observed daily for possible detection of cytopathic effect (CPE) in inverted microscope. CPE consistent with viral presence was observed in 12 (21.8%) of 55 samples, with higher prevalence in tap water, indicating the need to revise our current legislation on drinking water.Os parâmetros de potabilidade da água atualmente baseiam-se apenas na análise de bactérias; porém a ausência de coliformes não exclui a contaminação viral. Vírus entéricos podem resistir aos métodos convencionais de tratamento de água e esgoto, devido à suas características de estabilidade físico-química. Apesar de laboriosa e demorada, a análise virológica por isolamento em cultivo celular permite avaliar a viabilidade das partículas virais presentes, aspecto vantajoso quando comparado a técnicas de biologia molecular. Sessenta e quatro amostras de água superficial e de torneira de diversas localidades do Rio Grande do Sul foram coletadas e inoculadas em microplacas de 24 poços, contendo células da linhagem CER. As microplacas foram armazenadas em estufa 37ºC, 5% de CO2 por sete dias, sendo observadas diariamente para possível detecção de efeito citopático (ECP) em microscópio invertido. Foi observado ECP condizente com presença viral em 12 (21,8%) das 55 amostras analisadas, com maior prevalência em águas de torneira, indicando a necessidade de revisar a legislação vigente sobre potabilidade da água

    Las Provincias : diario de Valencia: Año LVI Número 16827 - 1921 Febrero 11

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    A encefalopatia hipóxico-isquêmica neonatal, ou simplesmente hipóxia-isquemia (HI) neonatal, é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em neonatos humanos. De 20% a 50% dos recém-nascidos com HI severa morrem no período perinatal. Quando sobrevivem, 25% apresentam deficiências neuropsicológicas, como dificuldade de aprendizado, epilepsia e paralisia cerebral. Devido a isso, a eficácia de possíveis agentes neuroprotetores tem sido testada em modelos animais. Há razão para se pensar que a progesterona tem um forte potencial para o tratamento da HI neonatal, já que a sua utilização tem se mostrado benéfica em pesquisas relacionadas com lesão cerebral traumática, lesão cerebral isquêmica e outros modelos de lesão do sistema nervoso central (SNC) em adultos. Inúmeros estudos têm mostrado que o modelo animal de HI de Rice e Vannucci (1981) em animais neonatos, utilizado no presente trabalho, pode produzir lesões no sistema nervoso central relativamente previsíveis, e que estas lesões encefálicas parecem semelhantes às observadas clinicamente em humanos (SALMASO et al., 2014). Para a realização do modelo de HI foram utilizados ratos Wistar com idade de 7 dias (P7). Após a oclusão da carótida esquerda, os animais foram colocados em câmaras para exposição à atmosfera hipóxica com 8% O2/92% N2 por 90 minutos. Os animais foram divididos em cinco grupos experimentais: SHAM, HI, HI+PROG-PRÉ (PRÉ), HI+PROG-PÓS (PÓS), HI+PROG-PRÉ/PÓS (PP). Os termos PRÉ e PÓS referem-se à administração de progesterona (na dose de 5 mg/kg) antes ou após o procedimento de HI neonatal . Dependendo do grupo experimental, os animais foram tratados com progesterona imediatamente antes da isquemia e/ou 6 e 24 horas após o início da hipóxia. Foram analisados o peso corporal dos animais (imediatamente antes da isquemia e 6, 24 e 48 horas após o início da hipóxia), o volume de lesão cerebral, além da expressão das proteínas p-Akt e caspase-3 pela técnica de Western blotting.Neonatal hypoxic-ischemic encephalopathy or simply neonatal hypoxia-ischemia (HI) is a main cause of morbidity and mortality in human neonates. Moreover, 25% of survivors show neuropsychological dysfunctions such as learning difficulties, epilepsy and cerebral palsy. Because of this, the effectiveness of potential neuroprotective agents has been tested in animal models. There is a reason to suppose that progesterone has a strong potential for the treatment of neonatal HI since its use has been shown to be beneficial in researches related to traumatic brain injury, ischemic brain injury and other central nervous system injury models (CNS) in adults. Several studies have shown that the newborn animal model of HI developed by Rice and Vannucci (1981), and used in the present study, can produce lesions in the central nervous system which are predictable and similar to those observed clinically in humans. In order to perform the HI model we used 7 days old (P7) Wistar rats. After occlusion of the left carotid, the animals were placed in hypoxic chambers and exposed to the hypoxic atmosphere (8% O2/92% N2 for 90 minutes). The animals were divided into five groups: SHAM, HI, HI+PROG-PRÉ (PRÉ), HI+PROG-PÓS (PÓS), HI+PROG-PRÉ/PÓS (PP).The PRÉ and PÓS terms refer to the administration of progesterone (5 mg/kg) before and/or after the HI procedure. Progesterone was administered immediately before ischemia, 6 and 24 hours after the beginning of hypoxia, depending on the experimental group. Body weight was evaluated immediately before ischemia and/or 6 and 24 hours after the start of hypoxia. The volume of brain damage, in addition to the expression of p-Akt and caspase-3 were also evaluated

    Presença de partículas virais infecciosas em amostras de água de diferentes tipos e localidades do Rio Grande do Sul, Brasil

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    The parameters for drinking water currently are based only on the analysis of bacteria; nevertheless the absence of coliforms does not exclude viral contamination. Enteric viruses may resist conventional water and sewage treatment methods, due to its physical and chemical stability. Although laborious and time consuming, analysis by viral isolation in cell culture allows to evaluate the viability of viral particles, advantageous feature when compared to molecular biology techniques. Sixty-four water samples from surface and tap water from various Rio Grande do Sul’s locations were collected and inoculated into 24-well microplates containing CER cell line cells. The microplates were stored in 37°C oven, 5% CO2 for seven days and observed daily for possible detection of cytopathic effect (CPE) in inverted microscope. CPE consistent with viral presence was observed in 12 (21.8%) of 55 samples, with higher prevalence in tap water, indicating the need to revise our current legislation on drinking water.Os parâmetros de potabilidade da água atualmente baseiam-se apenas na análise de bactérias; porém a ausência de coliformes não exclui a contaminação viral. Vírus entéricos podem resistir aos métodos convencionais de tratamento de água e esgoto, devido à suas características de estabilidade físico-química. Apesar de laboriosa e demorada, a análise virológica por isolamento em cultivo celular permite avaliar a viabilidade das partículas virais presentes, aspecto vantajoso quando comparado a técnicas de biologia molecular. Sessenta e quatro amostras de água superficial e de torneira de diversas localidades do Rio Grande do Sul foram coletadas e inoculadas em microplacas de 24 poços, contendo células da linhagem CER. As microplacas foram armazenadas em estufa 37ºC, 5% de CO2 por sete dias, sendo observadas diariamente para possível detecção de efeito citopático (ECP) em microscópio invertido. Foi observado ECP condizente com presença viral em 12 (21,8%) das 55 amostras analisadas, com maior prevalência em águas de torneira, indicando a necessidade de revisar a legislação vigente sobre potabilidade da água

    Contaminação viral e bacteriana em águas subterrâneas na porção aflorante do Aquífero Guaraní, município de Ivoti, RS

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    O abastecimento de água do município de Ivoti provém unicamente de origem subterrânea. A potabilidade da água subterrânea do município foi avaliada através da análise de marcadores bacterianos (Escherichia coli e coliformes totais) e virais (adenovírus, enterovírus e rotavírus) de contaminação. Vinte e sete amostras de água provenientes de poços artesianos, poços cavados e fontes foram coletadas entre fevereiro e abril de 2011. A determinação do número mais provável (NMP) de E. coli e coliformes totais em 100 mL foi realizada pelo método dos tubos múltiplos. Os marcadores virais foram analisados em alíquotas de 500 mL por reação em cadeia da polimerase (PCR). Coliformes totais foram encontrados em 66,6% das amostras. A contaminação encontrada para coliformes termotolerantes foi de 25,9%, 40,7% para adenovírus e 22,2% para rotavírus. Nenhuma amostra apresentou enterovírus. A presença de coliformes e de vírus nas amostras indica contaminação fecal da água subterrânea no local de estudo, situado na porção aflorante do Aquífero Guarani e alerta para a necessidade de precaução quanto ao uso destes mananciais para abastecimento público, captação individual e cultivo de hortaliças
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