12 research outputs found

    Gestão da drenagem urbana na bacia hidrográfica do rio Itajaí-Açu

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    A urbanização, se não planejada, traz diversos impactos à sociedade e ao meio ambiente. O aumento do escoamento superficial contribui na ocorrência de enchentes. A relação com o meio social contribui na ocorrência de desastres. Neste quesito, o Estado de Santa Catarina é frequentemente atingido por eventos chuvosos intensos, que causam inundações em todo território. A bacia hidrográfica do Rio Itajaí-Açu se sobressai, em Santa Catarina, como a mais afetada por desastres relacionados a inundações, com 480 registros em um período de 21 anos. As constantes inundações na bacia demonstram a pouca atenção dedicada à área de drenagem. Desta forma o presente trabalho avaliou a gestão desta componente, integrado com a gestão do saneamento. O principal método utilizado foi à aplicação de questionários nos municípios que possuem sede dentro da bacia. Verificou-se que o abastecimento de água é o item que possui maior cobertura, enquanto a coleta do esgotamento sanitário ainda está em fase de desenvolvimento. Apesar da maioria dos municípios da bacia afirmar possuir sistema de drenagem, verificou-se que não há uma gestão eficiente nem responsáveis qualificados. Este motivo, aliado ao gerenciamento atual, pode contribuir para o incremento das inundações e alagamentos na bacia hidrográfica do Rio Itajaí-Açu

    Simulação de uma taxa para manutenção e operação de drenagem urbana para municípios de pequeno porte

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    Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental, Florianópolis, 2016Nesta dissertação foi desenvolvida uma taxa de drenagem urbana capaz de financiar os serviços públicos de águas pluviais em municípios de pequeno porte. A drenagem urbana é gerenciada pelas prefeituras municipais e, em virtude de outras prioridades da administração aliadas à crescente restrição orçamentária, acabam relegadas pelos gestores. Uma taxa pluvial constitui um instrumento que fornece a independência financeira e gerencial dos setores responsáveis pela drenagem. Neste estudo, desenvolveu-se uma taxa com base em experiências internacionais, a qual foi chamada de Unidade Residencial de Águas Pluviais Equivalente (URAPE). Este método recupera totalmente os custos indiretos (operação e manutenção) da drenagem urbana. A URAPE foi simulada para a área urbana de Santo Amaro da Imperatriz, em Santa Catarina, e foi comparada com as taxas desenvolvidas por estudos brasileiros e de outros países. A URAPE também foi analisada sob o impacto econômico na renda média da população da área de estudo. A URAPE foi simulada para 6.864 lotes situados na área urbana, e equivaleu a 294,32m2. Uma URAPE apresentou a cobrança padrão de R41,13porano(R41,13 por ano (R 0,14/m²), valor inferior às taxas praticadas em nível internacional. As taxas anuais, conforme a área impermeável, variaram de R0,0(lotesvagos)aR0,0 (lotes vagos) a R2.204,09. Os valores apresentaram impacto médio quando comparado à renda média dos setores censitários. Para comparação, foram simulados outras três taxas. Os métodos 1 e 2 mostraram-se exequíveis para a localidade e apresentaram retorno dos custos indiretos de 81% e 71% respectivamente. O método 3 não apresentou bons resultados, recuperando apenas 23% dos custos indiretos dos sistemas de drenagem. A URAPE é uma alternativa para o financiamento da drenagem urbana, a exemplo das outras três modalidades de saneamento no Brasil, que possuem cobrança individualizada pela prestação dos serviços. O financiamento próprio do setor de drenagem urbana é fundamental para permitir a definitiva estruturação e prestação do serviço, visando em última análise, o controle de enchentes e a melhoria da saúde pública. Abstract : In this thesis a stormwater fee to finance public services in small towns was developed. Stormwater is managed by municipal governments. Due to other priorities of the administration and due the increasing budget constraints, stormwater is relegated by managers. A fee is an instrument that provides financial and managerial independence of the sectors responsible for stormwater. In the presente study, a fee denominated Residential Unit of Equivalent Stormwater (URAPE) was developed based on international experiences. This method fully recovered the indirect costs of stormwater systems. The URAPE was simulated for the urban area of Santo Amaro da Imperatriz, Santa Catarina State. It was compared with the fees developed in Brazilian studies and elsewhere in the world. The URAPE was also analyzed in relation to the economic impact on the average income of the population of the study area. The URAPE was simulated to 6.864 urban lots and it is equivalent to 294.32m². A URAPE has the standard charges of R41.13peryear(R41.13 per year (R 0.14 / m²). This value is lower than that prevailing at the international level. The range in annual fees, according to the impervious area, was R0,00(vacantlots)toR 0,00 (vacant lots) to R2.204,09. These values indicated an average impact when compared to the average income of census block. For comparison, three other stormwater fee were simulated. Methods 1 and 2 proved practicable for the municipality. They returned of indirect costs in 81% and 71% respectively. Method 3 does not have good results, recovering only 23% of the indirect costs of drainage systems. The URAPE is an alternative for the financing of stormwater systems, like the other three sanitation modalities in Brazil, which have individualized billing for services. The self-financing of stormwater sector is essential to allow the permanent structure and service provision, in order to, in the final analysis, the floods control and improving public health

    Gestão de drenagem urbana na bacia hidrográfica do Rio Itajaí-Açu

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    TCC(graduação) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Tecnológico. Engenharia Sanitária e Ambiental.A urbanização, se não planejada, traz diversos impactos à sociedade e ao meio ambiente. O aumento do escoamento superficial contribui na ocorrência de enchentes. A relação com o meio social contribui na ocorrência de desastres. Neste quesito, o Estado de Santa Catarina é frequentemente atingido por eventos chuvosos intensos, que causam inundações em todo território. A bacia hidrográfica do Rio Itajaí-Açu se sobressai, em Santa Catarina, como a mais afetada por desastres relacionados a inundações, com 480 registros em um período de 21 anos. As constantes inundações na bacia demonstram a pouca atenção dedicada à área de drenagem. Desta forma o presente trabalho avaliou a gestão desta componente, integrado com a gestão do saneamento. O principal método utilizado foi à aplicação de questionários nos municípios que possuem sede dentro da bacia. Verificou-se que o abastecimento de água é o item que possui maior cobertura, enquanto a coleta do esgotamento sanitário ainda está em fase de desenvolvimento. Apesar da maioria dos municípios da bacia afirmar possuir sistema de drenagem, verificou-se que não há uma gestão eficiente nem responsáveis qualificados. Este motivo, aliado ao gerenciamento atual, pode contribuir para o incremento das inundações e alagamentos na bacia hidrográfica do Rio Itajaí-Açu

    Simulação de uma taxa para manutenção e operação de drenagem urbana para municípios de pequeno porte

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    Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental, Florianópolis, 2016Nesta dissertação foi desenvolvida uma taxa de drenagem urbana capaz de financiar os serviços públicos de águas pluviais em municípios de pequeno porte. A drenagem urbana é gerenciada pelas prefeituras municipais e, em virtude de outras prioridades da administração aliadas à crescente restrição orçamentária, acabam relegadas pelos gestores. Uma taxa pluvial constitui um instrumento que fornece a independência financeira e gerencial dos setores responsáveis pela drenagem. Neste estudo, desenvolveu-se uma taxa com base em experiências internacionais, a qual foi chamada de Unidade Residencial de Águas Pluviais Equivalente (URAPE). Este método recupera totalmente os custos indiretos (operação e manutenção) da drenagem urbana. A URAPE foi simulada para a área urbana de Santo Amaro da Imperatriz, em Santa Catarina, e foi comparada com as taxas desenvolvidas por estudos brasileiros e de outros países. A URAPE também foi analisada sob o impacto econômico na renda média da população da área de estudo. A URAPE foi simulada para 6.864 lotes situados na área urbana, e equivaleu a 294,32m2. Uma URAPE apresentou a cobrança padrão de R41,13porano(R41,13 por ano (R 0,14/m²), valor inferior às taxas praticadas em nível internacional. As taxas anuais, conforme a área impermeável, variaram de R0,0(lotesvagos)aR0,0 (lotes vagos) a R2.204,09. Os valores apresentaram impacto médio quando comparado à renda média dos setores censitários. Para comparação, foram simulados outras três taxas. Os métodos 1 e 2 mostraram-se exequíveis para a localidade e apresentaram retorno dos custos indiretos de 81% e 71% respectivamente. O método 3 não apresentou bons resultados, recuperando apenas 23% dos custos indiretos dos sistemas de drenagem. A URAPE é uma alternativa para o financiamento da drenagem urbana, a exemplo das outras três modalidades de saneamento no Brasil, que possuem cobrança individualizada pela prestação dos serviços. O financiamento próprio do setor de drenagem urbana é fundamental para permitir a definitiva estruturação e prestação do serviço, visando em última análise, o controle de enchentes e a melhoria da saúde pública. Abstract : In this thesis a stormwater fee to finance public services in small towns was developed. Stormwater is managed by municipal governments. Due to other priorities of the administration and due the increasing budget constraints, stormwater is relegated by managers. A fee is an instrument that provides financial and managerial independence of the sectors responsible for stormwater. In the presente study, a fee denominated Residential Unit of Equivalent Stormwater (URAPE) was developed based on international experiences. This method fully recovered the indirect costs of stormwater systems. The URAPE was simulated for the urban area of Santo Amaro da Imperatriz, Santa Catarina State. It was compared with the fees developed in Brazilian studies and elsewhere in the world. The URAPE was also analyzed in relation to the economic impact on the average income of the population of the study area. The URAPE was simulated to 6.864 urban lots and it is equivalent to 294.32m². A URAPE has the standard charges of R41.13peryear(R41.13 per year (R 0.14 / m²). This value is lower than that prevailing at the international level. The range in annual fees, according to the impervious area, was R0,00(vacantlots)toR 0,00 (vacant lots) to R2.204,09. These values indicated an average impact when compared to the average income of census block. For comparison, three other stormwater fee were simulated. Methods 1 and 2 proved practicable for the municipality. They returned of indirect costs in 81% and 71% respectively. Method 3 does not have good results, recovering only 23% of the indirect costs of drainage systems. The URAPE is an alternative for the financing of stormwater systems, like the other three sanitation modalities in Brazil, which have individualized billing for services. The self-financing of stormwater sector is essential to allow the permanent structure and service provision, in order to, in the final analysis, the floods control and improving public health

    Evolução da Gestão da Drenagem Urbana na Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí-Açu

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    Os sistemas de drenagem urbana destinam-se a evitar ou reduzir a ocorrência das inundações e alagamentos. Contudo, a gestão deste instrumento é complexa junto às prefeituras, realidade encontrada na bacia hidrográfica do rio Itajaí, a região mais afetada por desastres hidrológicos no Estado de Santa Catarina. Realizou-se uma pesquisa em 27 municípios da bacia em 2012 e comparou-se a um estudo semelhante desenvolvido em 1998. Observou-se que a drenagem urbana encontra-se geralmente atrelada ao setor de obras, com intervenções de natureza eminentemente estrutural e pontual, desvinculada de um planejamento  abrangente. Em 2012, os gestores não consideraram a ausência de um Plano Diretor de Drenagem Urbana um problema, contrariando frontalmente o que prevê a literatura técnica do Brasil e do mundo. A maioria dos municípios possui assoreamento nos cursos d´água, mas a manutenção e o desassoreamento destes sistemas não  são realizados com periodicidade. De modo geral, os principais problemas das prefeituras relacionam-se com a falta de recursos, o que inviabiliza uma gestão eficiente da drenagem e da presença de corpo técnico qualificado. O panorama encontrado foi semelhante em ambos os anos da pesquisa, ou seja, a evolução na gestão da drenagem urbana não foi significativa em um horizonte de 14 anos. A drenagem urbana permanece com um papel secundário dentro do saneamento ambiental, mesmo em uma das principais bacias hidrográficas brasileiras afetadas por desastres naturais, demonstrando que a falta de noção técnica do problema é um dos principais entraves à sua adequada gestão.Os sistemas de drenagem urbana destinam-se a evitar ou reduzir a ocorrência das inundações e alagamentos. Contudo, a gestão deste instrumento é complexa junto às prefeituras, realidade encontrada na bacia hidrográfica do rio Itajaí, a região mais afetada por desastres hidrológicos no Estado de Santa Catarina. Realizou-se uma pesquisa em 27 municípios da bacia em 2012 e comparou-se a um estudo semelhante desenvolvido em 1998. Observou-se que a drenagem urbana encontra-se geralmente atrelada ao setor de obras, com intervenções de natureza eminentemente estrutural e pontual, desvinculada de um planejamento  abrangente. Em 2012, os gestores não consideraram a ausência de um Plano Diretor de Drenagem Urbana um problema, contrariando frontalmente o que prevê a literatura técnica do Brasil e do mundo. A maioria dos municípios possui assoreamento nos cursos d´água, mas a manutenção e o desassoreamento destes sistemas não  são realizados com periodicidade. De modo geral, os principais problemas das prefeituras relacionam-se com a falta de recursos, o que inviabiliza uma gestão eficiente da drenagem e da presença de corpo técnico qualificado. O panorama encontrado foi semelhante em ambos os anos da pesquisa, ou seja, a evolução na gestão da drenagem urbana não foi significativa em um horizonte de 14 anos. A drenagem urbana permanece com um papel secundário dentro do saneamento ambiental, mesmo em uma das principais bacias hidrográficas brasileiras afetadas por desastres naturais, demonstrando que a falta de noção técnica do problema é um dos principais entraves à sua adequada gestão.Os sistemas de drenagem urbana destinam-se a evitar ou reduzir a ocorrência das inundações e alagamentos. Contudo, a gestão deste instrumento é complexa junto às prefeituras, realidade encontrada na bacia hidrográfica do rio Itajaí, a região mais afetada por desastres hidrológicos no Estado de Santa Catarina. Realizou-se uma pesquisa em 27 municípios da bacia em 2012 e comparou-se a um estudo semelhante desenvolvido em 1998. Observou-se que a drenagem urbana encontra-se geralmente atrelada ao setor de obras, com intervenções de natureza eminentemente estrutural e pontual, desvinculada de um planejamento  abrangente. Em 2012, os gestores não consideraram a ausência de um Plano Diretor de Drenagem Urbana um problema, contrariando frontalmente o que prevê a literatura técnica do Brasil e do mundo. A maioria dos municípios possui assoreamento nos cursos d´água, mas a manutenção e o desassoreamento destes sistemas não  são realizados com periodicidade. De modo geral, os principais problemas das prefeituras relacionam-se com a falta de recursos, o que inviabiliza uma gestão eficiente da drenagem e da presença de corpo técnico qualificado. O panorama encontrado foi semelhante em ambos os anos da pesquisa, ou seja, a evolução na gestão da drenagem urbana não foi significativa em um horizonte de 14 anos. A drenagem urbana permanece com um papel secundário dentro do saneamento ambiental, mesmo em uma das principais bacias hidrográficas brasileiras afetadas por desastres naturais, demonstrando que a falta de noção técnica do problema é um dos principais entraves à sua adequada gestão

    Socio-environmental indicators of Aedes aegypti breeding sites in the southern extremity of Santa Catarina state

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    This research analyzed the spatial distribution of Aedes aegypti breeding sites found in 2016 in the fifteen cities of the Municipalities Association of the Extreme South of Santa Catarina (AMESC). These data were compared with socioenvironmental indicators (rainfall, temperature, basic sanitation and population). All data are secondary, available by different government agencies. A total of 44 mosquitoes breeding sites were observed throughout 6 cities, and the Passos de Torres city concentrated 61% of them. This city has a frontier with Rio Grande do Sul State, an affected region, and it is crossed longitudinally by the BR-101 highway, as well as other cities with a high rate of infestation. This may indicate that BR-101 is the main means of vector dispersion.  A higher occurrence vector in the warmer seasons (summer and autumn) was observed, there was no correlation to precipitation, although it rained more in 2016 than the historical average to the study area. Despite the good coverage of the water supply, there is no data about solid waste for the cities most affected, nor about the sanitary sewage in the region. So, the unavailability of specific data on sanitation impaired a detailed analysis about this indicator. This information can be used by public managers for the definition of Aedes aegypti control guidelines, but more complementarities are needed at the local level

    Proposição de uma taxa de manejo de águas pluviais urbanas para bacias hidrográficas

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    Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental, Florianópolis, 2023.Nesta pesquisa foi desenvolvida uma taxa de manejo de águas pluviais urbanas para financiar estes serviços em bacias hidrográficas. A drenagem urbana é gerenciada pelas prefeituras municipais e, em virtude de outras prioridades da administração aliadas à crescente restrição orçamentária, acabam relegadas pelos gestores. Uma taxa pluvial constitui um instrumento que fornece a independência financeira e gerencial dos setores responsáveis por ela, contribuindo para que o serviço seja priorizado e aplicado. A cobrança proposta possui dois componentes, uma taxa de cobrança de operação e manutenção (O&M) dos sistemas e uma taxa relacionada aos investimentos em ações de Plano de Drenagem na bacia. Para a cobrança de O&M, adaptou-se o método da Unidade Residencial Equivalente (ERU), principal método utilizado nos Estados Unidos, no qual se substituiu as Áreas Impermeáveis Totais (AIT) pelas estimativas das Áreas Impermeáveis Diretamente Conectadas (AIDC). Estas áreas são aquelas que, de fato, drenam para o sistema público, carreando poluição para as águas receptoras. Assim, a cobrança considera a conectividade hidráulica urbana em nível de bacia aplicada na escala de lote. Não existe um método preciso para determinação da AIDC, sendo o seu estudo uma das principais lacunas da ciência hidrológica. Apesar disso, o seu uso no lugar da AIT, parâmetro que é comumente usado nas taxas de drenagem, torna a cobrança mais justa, utilizando a estimativa do volume que é demandado para o sistema público. Já a taxa de investimentos constitui-se em um método já existente, o de Tucci (2002), que consiste em um rateio para implementação das obras de plano de drenagem. Ambas cobranças foram simuladas para a sub-bacia hidrográfica do Córrego Grande, localizada na cidade de Florianópolis/Santa Catarina. Esta bacia possui uma grande população flutuante e considerável urbanização, exercendo uma forte pressão nos recursos hídricos existentes. A taxa de O&M foi simulada para todos os 474 lotes considerados conectados ao sistema público e a AIDC foi analisada por estratos de ocupação, prevendo-se comportamento hidrológico semelhante. Acrescentou-se um estrato ao Poder Público, caracterizado por estradas e calçadas, também simulando uma taxa para esta classe. Para estimativa da AIDC, fez-se uma junção de técnicas SIG, por meio do Google Street View e Google Earth, e por visitação in loco, para validar as suposições utilizadas por SIG. A relação final da AIDC compõe uma média estimada a partir da junção de ambos os métodos. Como resultado, observou-se que as AIDCs residenciais diminuíram à medida que o tamanho do lote aumentava, mas a maior contribuição provém de estradas e calçadas com meio fio, representando 32,8% da AIDC total. A média global da relação AIDC/AIT para a área de estudo correspondeu a 51% por meio de técnicas SIG e 47% após os ajustes de campo. O método SIG tendeu a superestimar a AIDC em apenas 4%. Os resultados denotam que, para estratos com poucos lotes, todos os lotes devem ser vistoriados in loco. Para os demais, as diferenças percentuais foram baixas, mostrando que a junção de técnicas SIG pode ser uma boa alternativa às vistorias in loco, reduzindo-se tempo, recursos humanos e financeiros. A Unidade Residencial Conectada (URC) foi equivalente a 172,46m², o que equivale a R139,07poranoparaoslotescomessamedidadeconectividade.EstevalorequivaleaR 139,07 por ano para os lotes com essa medida de conectividade. Este valor equivale a R0,81 por m², valor inferior aos praticados em nível internacional (que utilizam a AIT como base da cobrança). Na comparação com outras equações empíricas, os resultados foram mais próximos das equações de Laenen (1983), com uma diferença de 10%. Contudo, nenhuma relação direta pode ser ainda estabelecida entre ambos os métodos. Estas comparações mostraram que a AIDC não pode ser prevista com precisão a partir de relações empíricas existentes. Com o método de O&M proposto, todos os custos são recuperados. Já a outra parcela da taxa, o custo de investimento, cobre 79% dos custos. Para os lotes com algum tipo de ocupação, a taxa média de investimento é de R2,68porm2deaˊreadolote,enquantooslotesvagospossuemumataxameˊdiadeR 2,68 por m² de área do lote, enquanto os lotes vagos possuem uma taxa média de R 0,88 por m² de área. O peso maior desta cobrança recai na parcela de investimento, sendo responsável por 94% do total da taxa. As taxas de investimento foram consideradas inacessíves (> 0,75% da renda mensal domiciliar). Para torna-las acessíveis, as ações do Plano de drenagem devem ser divididas em um período maior de execução, cobradas em momentos distintos ou ter um aporte inicial maior por parte do Poder Público. Nesta pesquisa considerou-se todas as ações em um único ano de execução. As taxas de O&M, em geral, mostraram-se acessíveis à população. Os gestores podem optar por aplicar apenas um tipo de cobrança, a depender do impacto financeiro aos contribuintes e de sua realidade local. A aplicação das duas parcelas de cobrança de uma taxa de drenagem mostraram-se factíveis, sendo a parcela de O&M com valores considerados acessíveis e de baixo custo, além do método ser considerado justo, enquanto a parcela de investimento precisa ser melhor planejada para ser também acessível. O método pode ser replicado para qualquer bacia hidrográfica, contribuindo na resolução dos problemas causados pela ausência de gestão financeira dos serviços de águas pluviais.Abstract: In this research, an urban stormwater management fee was developed to finance these services in watersheds. Urban stormwater is managed by municipal governments and, due to other priorities of the administration combined with growing budget restrictions, they end up being relegated by managers. A stormwater fee constitutes an instrument that provides financial and managerial independence of the sectors responsible for it, contributing for this service to be prioritized and applied. The proposed charge has two components, a fee for operation and maintenance (O&M) of the systems and a fee for investments in Stormwater Management Action Plan in the basin. For the O&M collection, the Equivalent Residential Unit (ERU) method was adapted, which is the main method used in the United States. The total impervious area (AIT) were replaced by Directly Connected Impervious Areas (AIDC). These areas are those that, in fact, drain into the public system, carrying pollution to the receiving waters. Thus, the billing considers the urban hydraulic connectivity at the basin level applied at the lot scale. There is no precise method for determining AIDC, and its study is one of the main gaps in hydrological science. Despite this, its use instead of the AIT, a parameter that is commonly used in stormwater fees, makes the collection fairer, because it uses the estimated volume that is demanded by the public system. The investment fee used, on the other hand, is an existing method: Tucci (2002). This method consists of an apportionment for the implementation of the Stormwater Management Action Plan. Both collections were simulated for the Córrego Grande hydrographic sub-basin, located in the city of Florianópolis/Santa Catarina. This basin has a large floating population created by the fast urbanization, exerting strong pressure on water resources. The O&M fee was simulated for all 474 lots connected to the public system and the AIDC was analyzed by occupancy strata, predicting similar hydrological behavior. The Public Power stratum was added, characterized by roads and sidewalks, also simulating a fee for this class. To estimate the AIDC, a combination of GIS techniques was performed, using Google Street View and Google Earth, and by on-site visitation to validate assumptions previously used in GIS. The final AIDC ratio composes an average estimated from the combination of both methods. As a result, it was observed that residential AIDCs decreased as the lot size increased, but the biggest contribution comes from roads and sidewalks with curbs, representing 32.8% of the total AIDC. The global average of the AIDC/AIT ratio for the study area corresponded to 51% with GIS techniques and 47% after field adjustments. The GIS method tended to overestimate AIDC by only 4%. The results denote that, for strata with few lots, all lots must be inspected in loco. For the others, the percentage differences were low, showing that the combination of GIS techniques can be a good alternative to on-site surveys, reducing time, human and financial resources. The Connected Residential Unit (URC) was equivalent to 172.46m², which is equivalent to R139.07peryearforlotswiththismeasureofconnectivity.ThisvalueisequivalenttoR 139.07 per year for lots with this measure of connectivity. This value is equivalent to R0.81 per m², a value lower than those practiced internationally (which use the AIT as the basis for charging). In comparison with other empirical equations, the results were closer to Laenen's (1983) equations, with a difference of 10%. However, no direct relationship can yet be established between both methods. These comparisons showed that AIDC cannot be accurately predicted from existing empirical relationships. With the proposed O&M method, all costs are recovered. The other portion of the fee, the investment cost, covers 79% of the costs. For lots with some type of occupation, the average investment fee is R2.68perm2oflotarea,whilevacantlotshaveanaveragerateofR 2.68 per m² of lot area, while vacant lots have an average rate of R 0.88 per m² of area. The greater weight of this charge falls on the investment portion, accounting for 94% of the total fee. Investment rates were considered unaffordable (> 0.75% of household monthly income). To make them accessible, the Stormwater Management Action Plan must be divided into a longer period of execution, charged at different times or have a greater initial contribution by the Public Power. In this research, a period of one year was considered for the execution of all the actions included in the plan. O&M fees, in general, were accessible to the population. Managers can choose to apply only one type of charge, depending on the financial impact on taxpayers and their local reality. The application of two installments of collection of a drainage fee proved to be feasible, with the O&M portion having values considered accessible and low cost, in addition to the method being considered fair. On the other hand, the investment portion needs to be better planned to become affordable. The method can be replicated for any river basin, contributing to the resolution of problems caused by the lack of financial management of stormwater services

    Evolução da Gestão da Drenagem Urbana na Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí-Açu

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    Os sistemas de drenagem urbana destinam-se a evitar ou reduzir a ocorrência das inundações e alagamentos. Contudo, a gestão deste instrumento é complexa junto às prefeituras, realidade encontrada na bacia hidrográfica do rio Itajaí, a região mais afetada por desastres hidrológicos no Estado de Santa Catarina. Realizou-se uma pesquisa em 27 municípios da bacia em 2012 e comparou-se a um estudo semelhante desenvolvido em 1998. Observou-se que a drenagem urbana encontra-se geralmente atrelada ao setor de obras, com intervenções de natureza eminentemente estrutural e pontual, desvinculada de um planejamento  abrangente. Em 2012, os gestores não consideraram a ausência de um Plano Diretor de Drenagem Urbana um problema, contrariando frontalmente o que prevê a literatura técnica do Brasil e do mundo. A maioria dos municípios possui assoreamento nos cursos d´água, mas a manutenção e o desassoreamento destes sistemas não  são realizados com periodicidade. De modo geral, os principais problemas das prefeituras relacionam-se com a falta de recursos, o que inviabiliza uma gestão eficiente da drenagem e da presença de corpo técnico qualificado. O panorama encontrado foi semelhante em ambos os anos da pesquisa, ou seja, a evolução na gestão da drenagem urbana não foi significativa em um horizonte de 14 anos. A drenagem urbana permanece com um papel secundário dentro do saneamento ambiental, mesmo em uma das principais bacias hidrográficas brasileiras afetadas por desastres naturais, demonstrando que a falta de noção técnica do problema é um dos principais entraves à sua adequada gestão

    Performance of different types of ecological tiles

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    O desenvolvimento sustentável tornou-se uma prática essencial nos diferentes tipos de edificações. As utilizações de telhas ecológicas surgiram como material alternativo às telhas convencionais, influenciada pela economia circular e vêm ganhando espaço no mercado brasileiro. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi identificar os principais materiais reaproveitados e que são utilizados para a fabricação das telhas ecológicas, bem como avaliar o desempenho dessas telhas quando comparadas às telhas convencionais. Para isso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica no banco de dados da Scopus, Scielo, Web of Science sites de buscas, bem como no portal acadêmico da CAPES. Os resultados mostraram que as telhas ecológicas, na maioria dos casos avaliadas, apresentaram melhores características mecânicas associadas com a absorção de água, desempenho térmico, carga de ruptura à flexão e impacto de corpo duro. O mercado das telhas ecológicas apresenta um amplo potencial para ser explorado no Brasil, contribuindo assim para o desenvolvimento sustentável.Sustainable development has become an essential practice in different types of buildings. The uses of ecological tiles emerged as an alternative material to conventional tiles, influenced by the circular economy and have been gaining ground in the Brazilian market. In this sense, the aim of this study was to identify the main materials that are used for the manufacture of ecological tiles, as well as to evaluate the performance of these tiles when compared to conventional tiles. For this, a bibliographic search was carried out in the database of Scopus, Scielo, Web of Since, search engines, as well as in the academic portal of CAPES. The results showed that the ecological tiles, in most of the evaluated cases, presented better mechanical characteristics associated with water absorption, thermal performance, flexural breaking load and hard body impact. The market for ecological tiles has ample potential to be explored in Brazil, thus contributing to sustainable development
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