15 research outputs found

    Novos corpos em cena: um ensaio sobre a postura do espectador

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    Artistas contemporâneos estão propondo um novo papel para o espectador. A proposição não se materializa somente no que diz respeito ao corpo do artista, como também, em relação aos corpos da platéia. Identifica-se o surgimento de insólitas confrontações no contexto das artes. No presente ensaio, descrevo, primeiramente, algumas experiências estéticas, pelo modo que se apresentam, desafiam a atitude passiva do observador. No segundo momento, problematizo a perspectiva de tratar o diferente como não-belo. Finalmente, discuto o olhar do espectador na esfera da pluralidade humana, refletindo sobre uma estética da existência, na perspectiva arendtiana, ou seja, a vida como processo criativo

    DANÇA E CEGUEIRA: A CRIAÇÃO NO LUGAR DA FALTA

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    A leitura do presente texto sugere uma fenomenologia da dança ao mostrar como o corpo vivido é o sentido através do qual compreendemos o que é ser humano. Com isso, apresento a cegueira como experiência perceptiva. Proponho as Jornadas, um processo criativo para apreciação da dança, fundamentadas em uma experiência intuitiva e estética. Descrevo a experiência de composição coreográfica de uma dançarina com cegueira congênita. Explicito, através da vivência das jornadas e da experiência com a cegueira,  como o corpo, ao ser apreendido como casa da memória, revela-se como fluxo temporal.  Finalizo tecendo considerações acerca da aprendizagem e da apreciação da dança na formação de professores

    Novos corpos em cena: um ensaio sobre a postura do espectador

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    Artistas contemporâneos estão propondo um novo papel para o espectador. A proposição não se materializa somente no que diz respeito ao corpo do artista, como também, em relação aos corpos da platéia. Identifica-se o surgimento de insólitas confrontações no contexto das artes. No presente ensaio, descrevo, primeiramente, algumas experiências estéticas, pelo modo que se apresentam, desafiam a atitude passiva do observador. No segundo momento, problematizo a perspectiva de tratar o diferente como não-belo. Finalmente, discuto o olhar do espectador na esfera da pluralidade humana, refletindo sobre uma estética da existência, na perspectiva arendtiana, ou seja, a vida como processo criativo

    Dança-educação: o corpo e o movimento no espaço do conhecimento

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    O presente artigo tem como objetivo refletir sobre a Dança-Educação, tendo como cenário uma experiência intercultural envolvendo professores e pesquisadores do Brasil e da Inglaterra. Apresentamos a dança como área de conhecimento, comparando o ensino e a formação de professores nos dois países, respectivamente. Explicitamos a relação entre criar, executar e observar como meta para apreciação da dança. Discutimos o uso do vídeo como uma estratégia para ensino de Dança-Educação. Reconhecemos seus espaços de aprendizagem como possibilidades de trocas culturais e resignificação do corpo singular e múltiplo, a partir de abordagens da dança contemporânea

    Tecelãs da existência

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    Neste ensaio, entrelaço fios de vidas das mulheres negras que estão atadas ao fio da minha vida. Com os fios soltos das canções de Zezé Motta e dos escritos da filósofa Hannah Arendt, teço este texto-existência. Na leitura dos ensaios e poemas de Marlene Nourbese Philip, escritora afro-caribenha, me inspiro não só para resistir às amarras culturais hegemônicas, mas também para transcendê-las, criando possibilidades de escrita que vincule a dinâmica da fala com a dinâmica da ação, compondo um texto que se movimenta ora como dança, através do espaço, ora como uma canção, ritmada pelo tempo, pois criar e dançar uma coreografia é uma forma de fazer história. Como investiga Selma Treviños, trata-se de uma ferramenta para animar o passado ou uma “escrita” acerca de algo que já foi feito, se concordamos que cada corpo carrega sua própria história e individualidade, memória, sentimentos e emoções. Na busca do entendimento desta minha breve existência, danço, escrevo, teço palavras com fios desfiados da flor do útero das minhas ancestrais. Vasculho minhas lembranças e, na memória corporal, decifro a dor, encontro a raiz da violência, observo o medo, destilo a alegria, enfeito a doçura, mergulho na paz e conheço a liberdade

    O professor face ao aluno com cegueira: uma pesquisa sobre representações sociais

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    Esse estudo buscou investigar as cognições sociais dos professores acerca da categoria definida de alunos com cegueira, pautando-se num referencial teórico-metodológico das Representações Sociais, que tem sido utilizada nos estudos de atitudes, estereótipos e percepções. Os participantes da pesquisa foram 97 professores atuantes no ensino regular e especial, subdivididos em dois grupos respectivamente. O procedimento para coletar os dados constituiu-se de um instrumento contendo itens de identificação dos sujeitos, palavras indutoras para associação livre. Os resultados apontam como a cegueira parece associada à noção de dificuldade pelos dois grupos de professores

    Entre o pensar e o conhecer: um lugar para a diferença na formação de professores

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    Na tentativa de distinguir o pensar e o conhecer, o artigo apresenta um exercício de pensamento como possibilidade de atividade acadêmica na formação de professores. O texto se pauta no exame crítico de algumas noções e conceitos que gravitam em torno da igualdade de direito à educação, a saber, estigma, diferença, direitos humanos, igualdade, e igualdade de oportunidades e ação a% rmativa em diálogo com alguns % lósofos contemporâneos, a saber, Hannah Arendt, Jacques Derrida, John Rawls e Peter Singer. Trilha-se um caminho que parte do juízo perceptivo e chega-se ao juízo ético, que atribui a igual consideração de interesses

    Dança-educação: o corpo e o movimento no espaço do conhecimento

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    O presente artigo tem como objetivo refletir sobre a Dança-Educação, tendo como cenário uma experiência intercultural envolvendo professores e pesquisadores do Brasil e da Inglaterra. Apresentamos a dança como área de conhecimento, comparando o ensino e a formação de professores nos dois países, respectivamente. Explicitamos a relação entre criar, executar e observar como meta para apreciação da dança. Discutimos o uso do vídeo como uma estratégia para ensino de Dança-Educação. Reconhecemos seus espaços de aprendizagem como possibilidades de trocas culturais e resignificação do corpo singular e múltiplo, a partir de abordagens da dança contemporânea
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