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    ADSORÇÃO DE ATRAZINA EM SOLO TROPICAL SOB PLANTIO DIRETO E CONVENCIONAL

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    O objetivo deste trabalho foi estudar a influência do tipo de sistema de manejo sobre o potencial de adsorção do herbicida atrazina no solo. Os resultados de coeficiente de adsorção mostram que as isotermas de adsorção de atrazina nos solos sob sistema convencional (SC), mata (SN) e solo subsuperficial (SUB) ajustaram-se ao modelo de Freundlich. Já para o plantio direto (PD), o modelo não correspondeu ao comportamento do herbicida. A adsorção aumentou em função do tempo de contado da atrazina com os solos sob PD e SN, diminuindo os riscos de lixiviação com o tempo. O fator que promoveu maior potencial de adsorção no solo sob PD não foi exclusivamente o teor de matéria orgânica (MO), mas a qualidade desse componente no solo. O maior potencial de adsorção e a dessorção nula no sistema PD indicaram maior potencial na redução da lixiviação e da contaminação dos lençóis d’água. Esses resultados recomendam o PD como tecnologia capaz de reduzir o impacto ambiental de atrazina e provavelmente de outros pesticidas.

    Indicadores Geoquímicos e Biodisponibilidade de Elementos-traço em Sedimentos do Estuário do Rio Cachoeira, Ilhéus - BA, Brasil

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    O estuário do rio Cachoeira (ERC) é maior estuário do sul da Bahia e recebe efluentes domésticos, agrícolas e industriais de treze municípios nos quais são potenciais fontes de matéria orgânica (MO) e de elementos-traço. Os estudos de caracterização ambiental realizados do ERC não contemplam a avaliação e caracterização de elementos-traços biodisponíveis no sedimento e sua relação com parâmetros ambientais e hidrodinâmicos. Este estudo teve como objetivo fazer a primeira avaliação da distribuição da fração biodisponível de elementos-traço no sedimento de fundo do ERC, a fim de reconhecer compartimentos ambientais e sedimentológicos associados ao grau de poluição e/ou de degradação ambiental. A amostragem foi realizada em novembro de 2016 ao longo de 30 estações pré-estabelecidas onde foram medidos em campo os parâmetros físico-químicos da coluna d’água e separado amostras destinadas as análises granulométrica e geoquímica. O estuário do Rio Cachoeira mostrou grande heterogeneidade espacial das variáveis ambientais que é resultado tanto de ordem natural quanto antrópica. A influência marinha foi evidenciada por alto valores de salinidade e pH que se estende até 11 km da foz. A influência antrópica foi perceptível no aumento expressivo do percentual de MO nas estações próximas a estação de tratamento de esgoto e nas proximidades aos rios Itacanoeira e Santana. Altas concentrações de elementos-traço biodisponíveis foram encontradas no sedimento, com destaque para o As, Cu, Hg, Ni, Pb e Zn que estavam em concentrações superiores aos limites estabelecidos por agência de proteção ambiental. A alta concentração de elementos-traço na fase biodisponível no ERC é resultado da alta hidrodinâmica local que é a característica de estuários de meso-maré bem misturados

    Dinâmica da distribuição e degradação de atrazina em argissolo vermelho-amarelo sob condições de clima tropical úmido

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    A biodegradabilidade e a distribuição dos agrotóxicos no ambiente determinam o seu potencial poluidor. O risco de contaminação do herbicida atrazina, em Argissolo Vermelho-Amarelo, foi estudado em experimentos de campo complementados com a utilização do sistema de microcosmo. O microcosmo permitiu utilizar 14C-atrazina em condições controladas e determinar a volatilização (0,33 %), mineralização (0,25 %) e lixiviação (4 a 11 %), parâmetros difíceis de determinar no campo. Verificou-se que 90 % da radioatividade ficou no solo, encontrando-se cerca de 75 % nos primeiros 5 cm. O experimento de campo foi feito na época seca, permitindo a simulação de chuvas de verão. Os resultados mostraram que, 90 dias após a aplicação, a atrazina foi encontrada a 50 cm de profundidade, podendo ter atingido as águas do subsolo. A atrazina deslocada pelo escoamento do excesso de água encontrava-se principalmente na fase líquida, 1,6 % do valor aplicado, enquanto 0,4 % foi adsorvido nas partículas erodidas. Os valores de atrazina na água do escorrimento foram maiores dois dias após aplicação, decrescendo a menos de um décimo após 15 dias. Os resultados evidenciam que a aplicação do herbicida deve ser evitada quando houver previsão de chuvas, considerando o potencial poluidor de águas superficiais e subterrâneas neste tipo de solo
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