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Validity and test-retest reliability of the Brazilian version of the Return-to-work self-efficacy questionnaire
OBJETIVO: Analisar a validade e a confiabilidade teste-reteste da versão brasileira do questionário holandês “Expectativas sobre o trabalho”. MÉTODOS: Foram utilizados os dados de um estudo longitudinal conduzido na cidade de São Paulo, SP, entre 2014 e 2016. Participaram 411 trabalhadores afastados do trabalho por mais de 15 dias devido a transtornos mentais. Uma subamostra de 126 participantes respondeu ao questionário pela segunda vez, com intervalo de sete a 21 dias. Foram analisadas a validade fatorial e concorrente, e a confiabilidade teste-reteste. RESULTADOS: A maioria dos participantes era do sexo feminino (71,5%), com média de idade de 36,7 anos; 83,1% tinham escolaridade igual ou superior a 12 anos de estudo e o tempo médio de afastamento foi de 84 dias. O valor de autoeficácia médio inclinava-se para valores abaixo do ponto médio da escala. A estrutura fatorial apresentou-se como bidimensional e a validade concorrente confirmou o constructo original. A confiabilidade teste-reteste de cada item, ajustada pela prevalência, variou de boa (0,70) a quase perfeita (0,83). CONCLUSÕES: Embora a estrutura bidimensional fosse diferente da original, outros parâmetros mostraram-se adequados. O uso do questionário “Expectativa sobre o trabalho” entre trabalhadores do Brasil pode auxiliar no planejamento de processos de retorno ao trabalho. Novos estudos devem ser desenvolvidos para complementar a análise do uso da ferramenta no Brasil.OBJECTIVE: To investigate the validity and test-retest reliability of the Brazilian version of the Dutch questionnaire “Verwachtingen over werken”. METHODS: We analyzed data from a longitudinal study conducted in the city of São Paulo, Brazil, from 2014 to 2016. Participants were 411 workers on sick leave for more than 15 days due to mental disorders. A subsample of 126 participants responded the questionnaire a second time, seven to 21 days later. Factorial and concurrent validities and the test-retest reliability were analyzed. RESULTS: Most participants were female (71.5%), the average age was 36.7 years; 83.1% had attended 12 or more years of formal schooling; the average length of sick leave was 84 days. The average self-efficacy score tended to be below the scale midpoint. The construct had a two-dimensional structure and the concurrent validity confirmed the original construct. For all items, the test-retest reliability adjusted for prevalence ranged from good (0.70) to almost perfect (0.83). CONCLUSIONS: While the two-dimensional structure diverges from the original, other parameters were adequate. Application of the Return-to-work self-efficacy questionnaire to Brazilian workers might contribute to the planning of return-to-work process. Additional studies are needed to complement the analysis of the use of this instrument in Brazil
Cochilo durante o plantão noturno e a recuperação após o trabalho entre enfermeiros de hospitais
OBJETIVO: analisar a associação entre duração do cochilo durante o plantão noturno e recuperação após o trabalho, entre enfermeiros. MÉTODO: estudo epidemiológico seccional com 1940 enfermeiros, de 18 hospitais públicos, do Município do Rio de Janeiro. Utilizou-se questionário multidimensional e autopreenchível com informações sobre saúde, características sociodemográficas, ocupacionais, comportamentos relacionados à saúde e trabalho doméstico. Utilizou-se a regressão logística múltipla, buscando identificar a associação ajustada por variáveis de confundimento. RESULTADOS: as análises brutas mostraram chances 44%, 127% e 66% mais elevadas de alta recuperação após o trabalho, para aqueles que dormem até 2 horas, de 2,1 a 3 horas e de 3,1 horas ou mais, respectivamente, comparados aos que não dormem. Após o ajuste por variáveis de confundimento, a associação permanece significativa apenas para o grupo que dorme de 2,1 a 3 horas durante o plantão noturno (OR=1,79; IC95%=1,33-2,41). CONCLUSÃO: a associação entre tempo de cochilo e alta recuperação após o trabalho, confirmada nos resultados, pode compor os estudos que buscam subsidiar políticas mais adequadas voltadas à melhoria das condições de trabalho, de vida e saúde dos trabalhadores, não apenas da enfermagem, mas trabalhadores noturnos de forma geral.OBJETIVO: Analizar la asociación entre la duración de la siesta durante la guardia nocturna y la recuperación tras el trabajo entre enfermeros. MÉTODO: Estudio epidemiológico seccional con 1940 enfermeros de dieciocho hospitales públicos del Municipio de Rio de Janeiro. Fue utilizado cuestionario tipo multidimensional y autollenado con informaciones sobre salud, características sociodemográficas, ocupacionales, comportamientos relacionados a la salud y trabajo doméstico. Fue utilizada la regresión logística múltipla, buscando identificar la asociación ajustada por variables de confusión. RESULTADOS: Los análisis brutos mostraron posibilidades 44%, 127% y 66% más elevadas de alta recuperación tras el trabajo, para aquellos que duermen hasta 2 horas, de 2,1 a 3 horas y de 3,1 horas o más, respectivamente, comparados a aquellos que no duermen. Tras el ajuste por variables de confusión, la asociación sigue significativa solamente para el grupo que duerme de 2,1 a 3 horas durante la guardia nocturna (OR=1,79; IC95%=1,33-2,41). CONCLUSIÓN: La asociación entre el tiempo de siesta y la alta recuperación tras el trabajo, confirmada en nuestros resultados, puede componer los estudios con objeto de subsidiar políticas más adecuadas dirigidas a la mejora de las condiciones de trabajo, de vida y salud de los trabajadores, no solamente enfermeros, pero trabajadores nocturnos de manera general.OBJECTIVE: To analyze the association between the length of napping during the night shift and the recovery after work among nurses. METHOD: Cross-sectional epidemiological study involving 1940 nurses from 18 public hospitals in the City of Rio de Janeiro. A multidimensional and self-applied questionnaire was used with information about health, sociodemographic and occupational characteristics, health-related behaviors and housework. Multiple logistic regression was applied to identify the association, adjusted for confounding variables. RESULTS: The gross analyses showed 44%, 127% and 66% higher chances of a high level of recovery after work for nurses who sleep up to two hours, between 2.1 and 3 hours and 3.1 hours or more, respectively, when compared to the nurses who do not sleep. After adjusting for confounding variables, the association only continues significant for the group that sleeps 2.1 to 3 hours during the night shift (OR=1.79; 95%CI=1.33-2.41). CONCLUSION: The association between the length of napping and the high level of recovery after work, confirmed in the present results, can be included in the studies that aim to support more appropriate policies aimed at improving the workers' work, life and health conditions, not only in nursing, but night-shift workers in general
Social capital in ELSA-Brasil: test-retest reliability of the Resource Generator scale
OBJETIVO: Estimar a confiabilidade teste-reteste dos itens do Resource Generator scale para avaliação de capital social no Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). MÉTODOS: A escala de capital social foi aplicada em subamostra de 281 participantes dos seis Centros de Investigação do ELSA, em duas oportunidades, com intervalo de sete a 14 dias. O instrumento é constituído por 31 itens que representam situações concretas para avaliar o acesso a diferentes tipos de recursos, além de avaliar a fonte dos recursos disponíveis (familiares, amigos ou conhecidos). A análise estatística foi realizada por meio de estatísticas kappa (k) e kappa ajustado pela prevalência (ka). RESULTADOS: Os recursos sociais investigados foram encontrados com grande frequência (acima de 50%). Em relação à presença ou ausência dos recursos, as estimativas de confiabilidade ajustadas pela prevalência (ka) variaram de 0,54 a 0,97. No que se refere à fonte de recurso, essas estimativas variaram de ka = 0,45 (alguém que tenha bons contatos com a mídia) a ka = 0,86 (alguém que se formou no Ensino Médio). CONCLUSÕES: A escala apresentou níveis adequados de confiabilidade, que variaram de acordo com o tipo de recurso.OBJECTIVE: To estimate the test-retest reliability of items of the Resource Generator scale for assessing social capital in the Brazilian Longitudinal Study for Adult Health (ELSA-Brasil). METHODS: The social capital was applied in a subsample of 281 participants from six ELSA investigation centers, on two occasions with an interval of seven to 14 days. The instrument consists of 31 items that represent concrete situations to evaluate the access to different types of resources. In addition, it evaluates the strength of ties (family, friends or acquaintances) for the available resources. Statistical analyses were performed through use of the kappa statistic (k) and prevalence-adjusted kappa (ka). RESULTS: A high frequency was found for social resources (above 50%). Regarding the presence or absence of resources, prevalence-adjusted reliability (ka) varied from 0.54 to 0.97. With regard to the source for the resource, the reliability estimates ranged from ka = 0.45 ("someone who has good contacts with the media") to ka = 0.86 ("someone who completed secondary education"). CONCLUSIONS: The scale presentedadequate levels of reliability, which varied according to the type of resource
Validade da estrutura fatorial da escala de capital social utilizada na linha de base no ELSA-Brasil
Perception of the availability of social capital and its association with common mental disorders and depression: ELSA-Brazil results
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Previous issue date: 2018Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Os transtornos mentais comuns (TMC), caracterizados em suas duas categorias diagnósticas, os transtornos depressivos e ansiosos, possuem alta prevalência no mundo todo. Apesar de evidências sugerirem sua associação com o capital social, poucos estudos se dedicam a explorá-la. Estas evidências ainda são limitadas no Brasil, especialmente se comparadas a outros países da Europa e América do Norte. Dados do ELSA-Brasil (n= 15.105), uma grande coorte brasileira, foram utilizados na linha de base (2008-2010) e no primeiro seguimento (2012-2014) para explorar a relação entre o capital social e a saúde mental, apresentados em
dois artigos científicos. Instrumentos válidos e confiáveis foram utilizados para captar a disponibilidade de capital social (a escala Resource Generator) e as variáveis de saúde mental (o instrumento Clinical Interview Schedule Revised - CIS-R). No primeiro artigo, apenas os dados da linha de base foram utilizados para investigar a associação entre as duas dimensões do capital social (apoio social / prestígio e educação) com os TMC e a depressão. Nesse artigo, utilizando modelos de regressão logística, após ajustes por idade, escolaridade e situação conjugal, as mulheres com capital social baixo na dimensão apoio social tiveram maior chance de apresentar TMC (OR = 1,36; IC 95%: 1,16-1,60) e depressão
(OR = 2,07; IC95%: 1,57-2,72) comparadas às mulheres com capital social alto. Entre os homens não foi observada associação. No segundo artigo, a partir dos dados do primeiro seguimento, foram investigadas a incidência e a manutenção de episódios depressivos entre homens mulheres. De maneira semelhante ao primeiro artigo, encontramos associações apenas na dimensão "apoio social" entre as mulheres. Utilizando modelos de regressão multinomiais, controlando por idade, escolaridade e situação conjugal, observamos que comparadas às mulheres com capital social alto, o risco de manutenção de episódios depressivos é maior entre as mulheres de capital social baixo (RRR = 2,66; IC 95%: 1,61-4,41). Entretanto a incidência de depressão não se apresentou associada com o capital social entre as mulheres. Diferentemente da análise transversal, no segundo artigo encontramos resultados entre os homens. Comparados aos homens de capital social alto, o capital social baixo representou um fator de risco para os homens na dimensão de apoio social apenas na incidência de episódios depressivos (RRR = 1,66; IC 95%: 1,01-2,72). Em todas as análises, nos dois artigos, entre homens e mulheres, a dimensão de prestígio e educação não esteve associada à saúde mental. Os achados dos artigos corroboraram a multidimensionalidade (e a importância da
dimensão "apoio social") do capital social na investigação dos TMC e de episódios depressivos, assim como o seu comportamento diferenciado entre os sexos. Ratificaram também a necessidade de considerar o capital social baixo como um fator de risco dos distúrbios mentais, colocando-o como uma variável importante na agenda da saúde pública brasileira.The common mental disorders (CMD), characterized by their two diagnostic categories, the depressive and anxiety disorders, have high prevalence all over the world. Despite some evidence suggesting their association with the social capital, only a few studies have been dedicated to explore it. These evidences are still limited in Brazil, especially if compared to other countries in Europe and North America. Data of ELSA-Brasil (n=15,105), a large
Brazilian cohort study, was used in the baseline (2008-2010) and in the second measurement (2012-2014) to explore the relationship between social capital and mental health, presented in two scientific papers. Valid and reliable instruments were used to assess the availability of social capital (the Resource Generator scale) and the mental health variables (the instrument Clinical Interview Schedule Revised - CIS-R). In the first article, only the baseline data was used to investigate the association between
the two dimensions of the social capital ("social support" / "prestige and education") and CMD and depression. In this article, using logistic regression models, after adjusting by age, education and marital status, women with lower social capital in the social support dimension
had a greater chance of presenting CMD (OR = 1,36; CI 95%:1,16-1,60) and depression (OR = 2,07; CI 95%:1,57- 2,72) when compared to women with higher social capital. Among men no association was observed.
In the second article, we analyzed data from the second wave the incidence and the maintenance of depressive episodes among men and women. Similarly to the first article, we found associations in the "social support" dimension among women. Using multinomial regression models, adjusting by age, education and marital status, we observe that, when compared to women with higher social capital, the risk of maintenance of depressive episodes is greater among women with lower social capital (RRR = 2,66; CI95%: 1,61-4,41). Nevertheless, the incidence of depression was not associated to social capital among women. Unlike the transversal analysis, in the second article we found results among men. When compared to men with higher social capital, lower social capital presented a risk factor for men
in the social support dimension only the incidence of depressive episodes (RRR = 1,66; CI95%: 1,01-2,72). In all the analyses, in both articles, among men and women, the dimension of prestige and education was not associated with the mental health. The findings of the articles support the multidimensionality (and the importance of the "social support" dimension) of the social capital in the investigation of the CMD and the depressive episodes, as well as the gender-based differences. They also supported the need to consider the lower social capital as a risk factor for mental disorders, positioning it as an important variable in the Brazilian public health agenda
Validity of the dimensional structure of the rating scale access to capital used in Elsa-Brazil
Submitted by Gilvan Almeida ([email protected]) on 2016-08-10T18:28:29Z
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Previous issue date: 2013Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.O capital social tem sido pesquisado em várias áreas do conhecimento e abordagens distintas em sua conceituação são apresentadas na literatura. Há concordância por parte de importantes pesquisadores de que o capital social refere-se a um conceito multidimensional, relacionado com a estrutura das redes sociais e com os recursos nela inseridos.Na pesquisa do capital social ainda há pouca padronização nos instrumentos de medida utilizados nos diferentes países. O presente estudo busca um conjunto de indicadores que qualifiquem a escala de mensuração de capital social Resource Generator desenvolvida por pesquisadores da Holanda e aplicada pioneiramente em uma população brasileira no Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Portanto, o objetivo da presente dissertação foi avaliar aspectos da validade da estrutura dimensional da versão brasileira da escala Resource Generator, utilizada para medir o acesso ao capital social.Foram utilizados dados da linha de base do ELSA-Brasil, realizada entre 2008 e 2010, quando entrevistas, medidas e exames clínicos foram realizados em 15.105 servidores de seis instituições públicas. Os procedimentos metodológicos incluíram a validade cruzada, estudando-se três subamostras selecionadas de forma aleatória. Diversas etapas de análise foram realizadas, sendo que para a primeira e para a segunda subamostra a metodologia foi idêntica: realizou-se análise fatorial exploratória (AFE) seguida de análise fatorial confirmatória (AFC). Na terceira subamostra, procedimentos de AFC foram utilizados para testar quais dos modelos gerados nas análises anteriores teriam melhor adequação, sugerindo a escolha de um modelo final. Para os procedimentos da análise fatorial utilizou-se a rotação Geomin e o estimador WLSMV, disponíveis no pacote estatístico Mplus versão 7.1.O modelo que apresentou melhores indicadores de ajuste (...) e foi escolhido como aquele que melhor reproduz a estrutura dimensional da escala Resource Generator foi aquele que excluiu quatro itens e apresentou três fatores. O primeiro fator, denominado habilidades simples , com dois itens, o segundo, prestígio e educação , com 15 itens e o terceiro, apoio social , com 10 itens. A validade convergente foi satisfatória, apresentando valores acima de 0,50 para a variância extraída e acima de 0,70 para a confiabilidade composta em todas as dimensões. Entretanto duas dimensões apresentaram validade discriminante limítrofe entre si ( prestígio e educação e apoio social ). O aprofundamento em análises futuras acerca do desempenho do instrumento em diferentes características no contexto do ELSA-Brasil, tais como entre homens e mulheres ou diferentes níveis socioeconômicos, ou mesmo seu uso em populações gerais contribuirá para o desenvolvimento do programa de pesquisa da escala no contexto brasileiro
Adaptação transcultural para o português brasileiro da Escala de Ruminação Relacionada ao Trabalho (B-WRRS)
Resumo Introdução A ruminação relacionada ao trabalho se refere aos pensamentos relativos aos diversos aspectos do trabalho que ocorrem nos períodos de folga. Objetivo Descrever o processo de adaptação transcultural da escala de ruminação relacionada ao trabalho para o contexto brasileiro (B-WRRS) e analisar suas propriedades psicométricas. Método Foi realizada a tradução, retrotradução e avaliação psicométrica inicial de uma escala composta por 15 itens e três dimensões, onde a B-WRRS foi testada em 173 trabalhadores de cargos administrativos de uma instituição pública. Para a avaliação da validade dimensional, iniciou-se com a análise fatorial confirmatória, tendo como base o modelo original proposto pelos autores da escala. Foi realizada também a análise fatorial exploratória, utilizando o Mplus. Resultados A adaptação da escala cumpriu as etapas de avaliação da equivalência conceitual, de itens, semântica e operacional, apresentando grande aceitabilidade e compreensão por parte dos respondentes. A avaliação da estrutura fatorial da B-WRRS corroborou a tridimensionalidade da escala. Conclusão Por ser simples e rápido, o preenchimento da B-WRRS se destaca como promissor para o uso no ambiente de trabalho. O processo de adaptação transcultural do instrumento não apresentou divergências conceituais nem semânticas. Entretanto, as diferenças observadas na composição das dimensões indicam a necessidade de novas avaliações psicométricas para estabelecer a equivalência funcional da B-WRRS
Hesitação vacinal infantil e COVID-19: uma análise a partir da percepção dos profissionais de saúde
Resumo: Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa sobre a percepção dos profissionais de saúde sobre a hesitação vacinal infantil relacionada à COVID-19. Baseado no constructo teórico da hesitação vacinal, foi realizada uma pesquisa qualitativa com 86 trabalhadores da atenção primária à saúde (APS) em quatro municípios de quatro estados brasileiros e no Distrito Federal. A análise temática foi realizada e obtiveram-se três categorias: medo, desinformação em vacina e papel dos profissionais de saúde. O medo como motivo de hesitação vacinal gerou reflexões sobre a condução da pandemia pelo Governo Federal, principalmente no que tange à governabilidade por meio desse afeto, e sobre as consequências do uso das plataformas digitais na população. O medo relacionou-se ao fato de a vacina ainda ser percebida como experimental; às possíveis reações adversas; à ausência de estudos de longo prazo; à falsa percepção de risco reduzido da COVID-19 em crianças; e às condutas do Governo Federal geradoras de insegurança nos efeitos da vacina. A desinformação em vacina relacionou-se às fake news sobre a vacina e suas reações; ao fenômeno da infodemia e desinformação; e à ausência de orientação e conhecimento sobre vacinas. Por fim, o trabalho discute o papel fundamental dos profissionais de saúde da APS no aumento da cobertura vacinal devido à confiabilidade perante a população e à proximidade com os territórios, fatores que possibilitam reverter o medo e a desinformação diante das vacinas. Ao longo do trabalho, buscou-se apresentar as convergências entre o conteúdo dos temas delineados e os determinantes da hesitação vacinal e refletir sobre possibilidades para a reconstrução da alta adesão às vacinas infantis