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    SISTEMA DE COTAS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA: AÇÃO AFIRMATIVA PARA PROMOÇÃO DO ACESSO À UNIVERSIDADE

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    A efetiva inclusão das pessoas com deficiência na sociedade e, mais especificamente, no sistema regular de ensino tem sido amplamente discutida, bem como as estratégias e adaptações que se fazem necessárias para garantir a esses estudantes o pleno acesso ao conhecimento. Dentre os trabalhos desenvolvidos atualmente nessa temática, muitos estão voltando seus olhares para o ensino superior, que começa a receber pessoas com deficiência, embora ainda em número pouco significativo. Este artigo teve como objetivo fazer uma reflexão e discutir sobre o acesso de pessoas com deficiência às Instituições de Ensino Superior (IES) no Brasil, através de um breve histórico da deficiência no Brasil, os movimentos sociais em defesa dos direitos das pessoas com deficiência e as principais leis e políticas públicas nacionais na área da educação especial, focando principalmente, a implantação do sistema de cotas para pessoas com deficiência em algumas Universidades brasileiras. Pretendeu-se analisar de que maneira a implementação do sistema de cotas para pessoas com deficiência vem contribuindo para promover o acesso aos cursos de graduação, fornecendo subsídios para gestores universitários em processos decisórios relacionados à adoção desse sistema. O estudo evidenciou que a adoção do sistema de cotas, embora represente uma conquista, não garante o ingresso das pessoas com deficiência nos cursos de graduação, mostrando que a inclusão dessa população nas Instituições de Ensino Superior é bastante complexa e não se resolve somente através de leis que estabeleçam um percentual de reserva de vagas. Foi possível perceber que não só o vestibular, mas também o ensino básico constitui barreira de acesso ao ensino superior, sendo urgente a adoção de políticas públicas que alterem esse quadro

    Prevalência de defeitos de desenvolvimento de esmalte na dentição decídua e fatores materno - infantis associados

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    Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública.Os defeitos de desenvolvimento do esmalte dental (D.D.E.) são utilizados em antropologia para revelar informações sobre distúrbios ocorridos durante o período neonatal. Prematuridade e baixo peso ao nascer são os melhores preditores das condições de saúde na infância, compreendendo aproximadamente 10 por cento de todos os nascimentos no Brasil e em muitos outros países. Os DDE são preditores de cárie dental sendo, portanto, importantes estudá-los numa perspectiva de saúde pública. O objetivo desse estudo foi estimar a prevalência de DDE na dentição decídua de pré-escolares de Itajaí, Santa Catarina. Além disso, procurou-se verificar se a prematuridade e baixo peso ao nascer foram associados aos DDE. Este estudo foi desenvolvido em duas etapas. Na primeira estimou-se a prevalência de D.D.E. na dentição decídua de 431 pré-escolares de 3 a 5 anos de idade de Itajaí, Santa Catarina. Na segunda etapa foram testadas associações entre DDE na dentição decídua e crianças nascidas de baixo peso e prematuras através de um estudo de caso-controle. Casos (n=102) foram àquelas crianças que apresentaram pelo menos uma superfície dentária com D.D.E. segundo o Índice Modificado de Defeitos de Desenvolvimento de Esmalte (FDI, 1992), no estudo transversal. Controles (n= 113) foram selecionados entre àquelas sem D.D.E., pareadas por sexo, idade e creche. Todos os dentes foram examinados clinicamente por uma única cirurgiã-dentista calibrada. Um questionário foi aplicado para obter informações sócio-demográficas e de saúde das mães e crianças. Além disso, a idade gestacional e o peso da criança ao nascimento foram coletados de registros oficiais. Variáveis explanatórias foram prematuridade (< 37 semanas de idade gestacional), baixo peso ao nascimento (< 2.500 g.) e amamentação. Fatores de confusão, tais como: escolaridade da mãe, problemas de saúde da mãe durante a gravidez e da criança durante o primeiro ano de vida, foram controlados. Análises de regressão logística condicional simples e múltipla foram realizadas. Foi encontrado uma prevalência de D.D.E. de 24,4% (IC(95%)= 20,3-28,5). Crianças prematuras foram associadas com D.D.E. (OR= 2,6, IC(95%)= 1,0-6,4) após o ajuste por possíveis fatores de confusão. Um achado não esperado foi a associação entre D.D.E. e crianças que não foram amamentadas (OR=3,2, IC(95%)=1,2-8,4). Interações entre prematuridade e baixo peso ao nascimento e entre prematuridade e amamentação não foram identificadas. Uma alta prevalência de D.D.E. foi encontrada na população estudada. Crianças nascidas prematuramente e aquelas que não foram amamentadas foram mais acometidas por D.D.E

    UNIVERSIDADE: IMPACTO SOCIAL E O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

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    O presente artigo tem por objetivo refletir sobre o impacto social do papel da universidade, no processo de desenvolvimento da educação inclusiva. A universidade pública, tem se deparado com um grupo, cada vez mais heterogêneo de estudantes, que dela exige flexibilizações e adequações que tornam sua gestão cada vez mais complexa. Essa necessidade urgente de atender novas demandas, democratizando o acesso ao conhecimento, exige a reorganização dos espaços acadêmicos e das práticas pedagógicas baseadas em pesquisas e estudos que possibilitem a compreensão do novo quadro que se apresenta, com a inclusão de alunos com deficiência. Entendemos por educação inclusiva, um processo por meio de políticas públicas e institucionais que reconheça a diversidade e busque suprir as necessidades de todos e de cada um que compõem os espaços educacionais, com vistas a possibilitar a essência da concepção de incluir, negando a exclusão social. Concebemos que o real impacto social do processo da educação inclusiva perpassa essencialmente pela política institucional de inclusão educacional, ou seja, pelo repensar de não apenas inserir o aluno com deficiência, mas criar mecanismos para sua permanência na Instituição, em condições de igualdade aos demais

    The Influence of the First Thousand Days of Life on Establishing Determinant Behaviors for Dental Caries in Childhood

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    Objective: To study the influence of the first thousand days of life on establishing determinant behaviors for dental caries in childhood. Material and Methods: Longitudinal retrospective study involving 664 children born in 2009 living in a southern Brazilian municipality was carried out. Data was collected through interviews with mothers and through child’s health card. Dependent variables were 1) tooth brushing onset after two years of age; 2) absent tooth brushing or once a day; 3) tooth brushing without adult supervision; 4) not having gone to the dentist until the age of 6; and 5) seek for dental services due to toothache at 6 years of age, over the last 30 days. Bivariate and multivariate analyses were performed using Poisson Regression to estimate relative risks (RR) and respective confidence intervals at the 95% accuracy level. Results: Mothers with lower schooling at child’s birth presented a higher risk of “child’s tooth brushing onset only after two years of age”, “brushing the teeth once a day only or not brushing” and with “child not having gone to the dentist until the age of 6”. Mothers who did not have a job when the child was born were associated with “not having gone to the dentist until the age 6”. Children with gastroesophageal reflux who underwent hospitalization for more than 2 days under age 2 were associated with “seeking dental services because of pain at 6 years of age over the last 30 days”. Conclusion: Higher risks of some determinant behaviors related to dental caries were associated with variables of the period of the first thousand days of life

    MAPEAMENTO DE SENSIBILIDADE AMBIENTAL EM MICROBACIAS

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    A adoção de bacias hidrográficas como unidades de planejamento vem sendo defendida por diversos autores como a divisão mais lógica e funcional para a gestão de recursos hídricos. Nesta unidade, informações ambientais, sociais e econômicos estruturadas em um sistema de informação geográfica permitem o mapeamento da sensibilidade ambiental (MSA) das bacias, um importante instrumento de apoio ao planejamento. Neste trabalho foram levantadas metodologias e critérios utilizados/aplicáveis no MSA de bacias hidrográficas, seguido de sua adaptação para aplicação em bacias de pequeno porte. Um teste de viabilidade com dados oficiais foi realizado na bacia do Rio dos Cedros, município de Rio dos Cedros/SC/Brasil. Como resultado do estudo, o tema mostrou-se árido, com poucas referências e vieses metodológicos orientados para critérios morfodinâmicos de mapeamento de sensibilidade. A disponibilidade de dados oficiais na escala apropriada ao estudo de bacias de pequeno porte dificultou o teste da metodologia adaptada. Aspecto minimizado pela facilidade com que o MSA pode ser adaptado aos dados disponíveis e a inclusão de dados relacionados às características, percepções e necessidades das comunidades locais

    FAMÍLIAS E POLITICAS PÚBLICAS

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    First Thousand Days of Child Life and the Development of Risk Factors for Malocclusions

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    Objective: To identify the association between individual and socioeconomic factors during the first thousand days of the child\u27s life and the occurrence of risk behaviors for the development of malocclusions. Material and Methods: Cross-sectional study. A sample of 655 6-year-old schoolchildren and families was included. Interviews with mothers were performed at home. The dependent variables were risk behaviors to the development of malocclusions. Independent variables were socioeconomic conditions, aspects of gestation, birth and health of the child up to two years of age. Bivariate and multivariate analyzes were performed through Poisson regression. Results: Maternal education of less than eight years was independently associated with the interruption of exclusive breastfeeding until the fourth month (PR=1.58 CI 95%; 1.07; 2.37). Occupation of the mother with income [PR=1.26; 1.02; 1.56)], occupation of the father without income [PR=1.46 (1.01; 2.14)] were associated fwith interruption of breastfeeding until the sixth month. Pregnancy in adolescence [PR=0.83 (0.70; 0.98)] and nursery attendance [PR=1.15 (1.02; 1.28)] were associated with bottle use. Nursery attendance [PR=1.27 (1.01; 1.59)], hospitalization in the first 29 days of life [PR=1.34 (1.01; 1.80)], occurrence of reflux [PR=1.30 (1.01; 1.70)] were associated with pacifier using. Conclusion: Variables related to the period of the first thousand days of life are associated with higher risk behaviors for the occurrence of malocclusions

    Prevalence and Associated Factors of Dental Trauma in Six-Year-Old School-Children

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    Objective: To estimate the prevalence and associated factors of dental trauma in 6-year-old school children in the city of Palhoça, Brazil. Material and Methods: Cross-sectional study nested in a cohort study. It involved a representative sample of school children born in 2009, residing in the municipality and regularly enrolled in public and private schools (n = 1,102). Clinical data were obtained through oral exams. To evaluate the incisal overjet, the distance in millimeters was measured horizontally from the labial surface of the lower central incisor to the labial surface of the upper incisor. Bivariate analyses were performed using the Chi-square test, with a p-value &lt;0.05 considered statistically significant. Multivariate analyses using Poisson Regression were performed to identify independent associations between the prevalence and the independent variables studied. Results: Prevalence of dental trauma was 4.2% (95% CI 3.0-5.4). Dental trauma was statistically associated with studying in a private school (PR = 1.03; 95% CI 1.01-1.06) (p=0.016) and with inadequate lip coverage (PR = 1.08; 95% CI 1.01-1.14) (p=0.016). Conclusion: The prevalence of 4.2% of dental trauma in six-year-old children, associated with inadequate and greater lip coverage in children from private schools should be taken into account, since most teeth at this stage are newly erupted

    Prevalence and Associated Factors of Dental Trauma in Six-Year-Old School-Children

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    Objective: To estimate the prevalence and associated factors of dental trauma in 6-year-old school children in the city of Palhoça, Brazil. Material and Methods: Cross-sectional study nested in a cohort study. It involved a representative sample of school children born in 2009, residing in the municipality and regularly enrolled in public and private schools (n = 1,102). Clinical data were obtained through oral exams. To evaluate the incisal overjet, the distance in millimeters was measured horizontally from the labial surface of the lower central incisor to the labial surface of the upper incisor. Bivariate analyses were performed using the Chi-square test, with a p-value &lt;0.05 considered statistically significant. Multivariate analyses using Poisson Regression were performed to identify independent associations between the prevalence and the independent variables studied. Results: Prevalence of dental trauma was 4.2% (95% CI 3.0-5.4). Dental trauma was statistically associated with studying in a private school (PR = 1.03; 95% CI 1.01-1.06) (p=0.016) and with inadequate lip coverage (PR = 1.08; 95% CI 1.01-1.14) (p=0.016). Conclusion: The prevalence of 4.2% of dental trauma in six-year-old children, associated with inadequate and greater lip coverage in children from private schools should be taken into account, since most teeth at this stage are newly erupted

    The approach to the elderly in the family health strategy and the implications for nursing practice

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    Objetivo: identificar as ações de cuidado do enfermeiro da APS em relação ao idoso. Método: pesquisa de campo, descritiva de abordagem qualitativa. Os sujeitos foram sete enfermeiros da APS. Os dados empíricos foram coletados mediante entrevistas semiestruturada e analisados na perspectiva da Análise Temática. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da universidade, CAEE 09233312.8.0000.5353. Resultados: a abordagem acontece por intermédio da participação dos idosos nos programas do Ministério da Saúde ou através da consulta de enfermagem, nenhum desses contemplando as particularidades existentes na velhice. A visita domiciliária não foi citada como instrumento de abordagem a esses sujeitos. Conclusões: as ações deveriam contemplar a longevidade e qualidade de vida de quem envelhece e sua família e, para isso, implica em uma otimização dos serviços de saúde e a reestruturação de programas de saúde. Descritores: Papel do profissional de enfermagem, Idoso, Atenção primária à saúde, Programa saúde da família
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