14 research outputs found

    Tempo de recorrĂȘncia e diferenças entre crises epilĂ©ticas precoces ou tardias apĂłs cirurgia para epilepsia do lobo temporal

    No full text
    Introdução: A recorrĂȘncia de crises epilĂ©ticas pĂłs cirurgia para tratamento da epilepsia do lobo temporal tem sido classificada como precoce ou tardia dependendo do tempo da primeira crise depois do procedimento. Contudo, este tempo de recorrĂȘncia Ă© variado, sendo arbitrariamente definido nos artigos cientĂ­ficos. Objetivos: NĂłs desenvolvemos um modelo matemĂĄtico que pode identificar pacientes com chance de recorrĂȘncia de crises pĂłs-operatĂłrias precoces ou tardias. ApĂłs, analisamos os dois grupos para identificar as diferenças clĂ­nicas, eletrofisiolĂłgicas e de neuroimagem entre estes pacientes. MĂ©todos: Uma coorte histĂłrica com 247 pacientes tratados com cirurgia para epilepsia do lobo temporal foi estudada. Dentre os paciente onde as crises epilĂ©ticas retornaram, utilizamos o tempo de recorrĂȘncia em uma curva ROC para avaliar com maior acurĂĄcia o melhor perĂ­odo para predizer o prognĂłstico cirĂșrgico a longo prazo. Com isto, dividimos os pacientes em dois grupos: os de recorrĂȘncia precoce e os de recorrĂȘncia tardia. ApĂłs, nĂłs analisamos as diferenças clĂ­nicas e radiolĂłgicas entre estes pacientes. Resultados: As crises epilĂ©ticas retornaram em 107 (48.9%) pacientes. A curva ROC mostrou que 6 meses era o tempo onde o prognĂłstico a longo prazo poderia ser determinado com maior acurĂĄcia (AUC = 0.761; sensibilidade = 78.8%; especificidade = 72.1%). NĂłs observamos que nos pacientes onde a recorrĂȘncia ocorreu nos primeiros 6 meses apĂłs a cirurgia, a epilepsia começou mais precocemente (OR: 6.034; CI95%: 1.056–11.013; p=0.018), estes pacientes possuĂ­am um pior prognĂłstico (6.849;2.538–18.518;p=0.001), necessitaram de maior nĂșmero de medicação anti-epilĂ©tica apĂłs o procedimento (2.07;1.162–9.345;p=0.013) e mais freqĂŒentemente foram submetidos a uma nova cirurgia para controle de crises (9.592;1.181–77.877;p=0.021). Nos pacientes com recorrĂȘncia tardia, as crises epilĂ©ticas eram mais comumente associadas a fatores desencadeantes (9.615;3.521–26.315;p<001). ConclusĂŁo: Pacientes com recorrĂȘncias de crises epilĂ©ticas precoces ou tardias possuem diferentes caracterĂ­sticas que podem estar relacionadas a diferenças entre os tipos de zonas epileptogĂȘnicas, eficĂĄcia dos procedimentos cirĂșrgicos ou mesmo Ă  prĂłpria epileptogenicidade. A existĂȘncia de tais disparidades podem ajudar a explicar os diferentes padrĂ”es de recorrĂȘncia de crises pĂłs cirurgia para epilepsia, auxiliando no planejamento do tratamento destes pacientes a longo prazo.Background: Recurrence of seizures after surgery for epilepsy has been generally classified as either early or late depending on the time between surgery and seizure recurrence. However, the time of seizure recurrence is variable and it has been arbitrarily defined in the literatures. Objective: Here we establish a statistical-based model for discriminating patients with early or late seizure recurrence and examine the clinical, electrophysiological, and neuroimaging differences between these two groups of patients. Methods: A historical cohort of 247 patients treated surgically for temporal lobe epilepsy was identified. In those patients who recurred, the post-operative time until seizure recurrence was examined using an ROC curve to discriminate with greater accuracy the best period for predicting the long-term prognosis of patients. This approach divided patients in two groups, those with early and those with late seizure recurrence. Following this division, we compared differences between these groups in terms of a number of clinical and radiological variables. Results: Seizures recurred in 107 (48.9%) patients. The ROC curve showed that 6 months was the time when long-term surgical outcome could be determined with best accuracy, (AUC = 0.761; sensitivity = 78.8%; specificity = 72.1%). We observed that patients with seizure recurrence during first 6 months after surgery started seizing at younger age (OR: 6.034; CI95%: 1.056–11.013; p=0.018), had a worse outcome (6.849;2.538–18.518;p=0.001), needed a higher number of antiepileptic medications after surgery (2.07;1.162–9.345;p=0.013) and were more frequently submitted to reoperations (9.592;1.181–77.877;p=0.021). Patients with late relapse more frequently had seizures associated with trigger events (9.615;3.521–26.315;p<001). Conclusion: Patients with early or late recurrence of seizures have different characteristics that might reflect diversity in the epileptogenic zone and epileptogenicity itself. These disparities might help to explain variable patterns of seizures recurrence after epilepsy surgery

    Tempo de recorrĂȘncia e diferenças entre crises epilĂ©ticas precoces ou tardias apĂłs cirurgia para epilepsia do lobo temporal

    No full text
    Introdução: A recorrĂȘncia de crises epilĂ©ticas pĂłs cirurgia para tratamento da epilepsia do lobo temporal tem sido classificada como precoce ou tardia dependendo do tempo da primeira crise depois do procedimento. Contudo, este tempo de recorrĂȘncia Ă© variado, sendo arbitrariamente definido nos artigos cientĂ­ficos. Objetivos: NĂłs desenvolvemos um modelo matemĂĄtico que pode identificar pacientes com chance de recorrĂȘncia de crises pĂłs-operatĂłrias precoces ou tardias. ApĂłs, analisamos os dois grupos para identificar as diferenças clĂ­nicas, eletrofisiolĂłgicas e de neuroimagem entre estes pacientes. MĂ©todos: Uma coorte histĂłrica com 247 pacientes tratados com cirurgia para epilepsia do lobo temporal foi estudada. Dentre os paciente onde as crises epilĂ©ticas retornaram, utilizamos o tempo de recorrĂȘncia em uma curva ROC para avaliar com maior acurĂĄcia o melhor perĂ­odo para predizer o prognĂłstico cirĂșrgico a longo prazo. Com isto, dividimos os pacientes em dois grupos: os de recorrĂȘncia precoce e os de recorrĂȘncia tardia. ApĂłs, nĂłs analisamos as diferenças clĂ­nicas e radiolĂłgicas entre estes pacientes. Resultados: As crises epilĂ©ticas retornaram em 107 (48.9%) pacientes. A curva ROC mostrou que 6 meses era o tempo onde o prognĂłstico a longo prazo poderia ser determinado com maior acurĂĄcia (AUC = 0.761; sensibilidade = 78.8%; especificidade = 72.1%). NĂłs observamos que nos pacientes onde a recorrĂȘncia ocorreu nos primeiros 6 meses apĂłs a cirurgia, a epilepsia começou mais precocemente (OR: 6.034; CI95%: 1.056–11.013; p=0.018), estes pacientes possuĂ­am um pior prognĂłstico (6.849;2.538–18.518;p=0.001), necessitaram de maior nĂșmero de medicação anti-epilĂ©tica apĂłs o procedimento (2.07;1.162–9.345;p=0.013) e mais freqĂŒentemente foram submetidos a uma nova cirurgia para controle de crises (9.592;1.181–77.877;p=0.021). Nos pacientes com recorrĂȘncia tardia, as crises epilĂ©ticas eram mais comumente associadas a fatores desencadeantes (9.615;3.521–26.315;p<001). ConclusĂŁo: Pacientes com recorrĂȘncias de crises epilĂ©ticas precoces ou tardias possuem diferentes caracterĂ­sticas que podem estar relacionadas a diferenças entre os tipos de zonas epileptogĂȘnicas, eficĂĄcia dos procedimentos cirĂșrgicos ou mesmo Ă  prĂłpria epileptogenicidade. A existĂȘncia de tais disparidades podem ajudar a explicar os diferentes padrĂ”es de recorrĂȘncia de crises pĂłs cirurgia para epilepsia, auxiliando no planejamento do tratamento destes pacientes a longo prazo.Background: Recurrence of seizures after surgery for epilepsy has been generally classified as either early or late depending on the time between surgery and seizure recurrence. However, the time of seizure recurrence is variable and it has been arbitrarily defined in the literatures. Objective: Here we establish a statistical-based model for discriminating patients with early or late seizure recurrence and examine the clinical, electrophysiological, and neuroimaging differences between these two groups of patients. Methods: A historical cohort of 247 patients treated surgically for temporal lobe epilepsy was identified. In those patients who recurred, the post-operative time until seizure recurrence was examined using an ROC curve to discriminate with greater accuracy the best period for predicting the long-term prognosis of patients. This approach divided patients in two groups, those with early and those with late seizure recurrence. Following this division, we compared differences between these groups in terms of a number of clinical and radiological variables. Results: Seizures recurred in 107 (48.9%) patients. The ROC curve showed that 6 months was the time when long-term surgical outcome could be determined with best accuracy, (AUC = 0.761; sensitivity = 78.8%; specificity = 72.1%). We observed that patients with seizure recurrence during first 6 months after surgery started seizing at younger age (OR: 6.034; CI95%: 1.056–11.013; p=0.018), had a worse outcome (6.849;2.538–18.518;p=0.001), needed a higher number of antiepileptic medications after surgery (2.07;1.162–9.345;p=0.013) and were more frequently submitted to reoperations (9.592;1.181–77.877;p=0.021). Patients with late relapse more frequently had seizures associated with trigger events (9.615;3.521–26.315;p<001). Conclusion: Patients with early or late recurrence of seizures have different characteristics that might reflect diversity in the epileptogenic zone and epileptogenicity itself. These disparities might help to explain variable patterns of seizures recurrence after epilepsy surgery

    Endovascular treatment of a basilar artery dissecting aneurysm FasciculaçÔes benignas responsivas à gabapentina

    No full text
    Fasciculations are symptoms present in a broad spectrum of conditions, ranging from normal manifestations to motor neuron diseases. They also represent the main picture of benign fasciculation syndrome. We report a case of such syndrome: a 48-years-old woman complaining about fasciculations for three decades who remained with the symptoms even after the compensation of a disclosed hyperthyroidism. The introduction of gabapentin rendered control of her fasciculations. The available data in the literature about the therapeutic approaches for fasciculations are revised, as long as the rare reports of evolution from patients with "benign" fasciculations to cases of amyotrophic lateral sclerosis, underlining the importance of following the patients with fasciculations.FasciculaçÔes sĂŁo sintomas presentes em um amplo espectro de condiçÔes, desde manifestaçÔes normais atĂ© doenças do neurĂŽnio motor. Elas representam tambĂ©m o principal aspecto da sĂ­ndrome de fasciculaçÔes benignas. Relatamos um caso desta sĂ­ndrome: uma paciente de 48 anos com queixas de fasciculaçÔes por trĂȘs dĂ©cadas que, mesmo apĂłs a compensação de um quadro de hipertireoidismo, permaneceu com os sintomas. A introdução de gabapentina levou a controle das fasciculaçÔes. Os dados disponĂ­veis na literatura sobre as abordagens terapĂȘuticas para fasciculaçÔes sĂŁo revisados, assim como os raros relatos de evolução de pacientes com fasciculaçÔes "benignas" para casos de esclerose lateral amiotrĂłfica, salientando a importĂąncia do seguimento dos pacientes com fasciculaçÔes
    corecore