14 research outputs found

    Individuação e Informação em Gilbert Simondon

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    Nesse artigo a teoria da individuação de Gilbert Simondon é apresentada como uma das estratégias de superação de uma visão substancialista que ao longo dos séculos tem concebido os seres como formas estáveis e idênticas a si próprias, menosprezando os processos, o devir, a diferença, a irreversibilidade temporal. Tomando como eixo de análise o conceito de Informação, tal como formulado na Simondom, o de individuação, metaestabilidade, transdução, intensidade, numa articulação com conceitos de outros autores como Guattari, Prigogine, Stengers, Serres e Bydens, realiza-se da uma problematização de teorias que sustentam a supremacia da Forma, da substância e dos seres individuados, e propõem-se uma visão ontogenética na qual privilegia-se o processo de engendramento dos seres - o processo de individuação

    A invenção técnica: transindividualidade e agenciamento coletivo

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    A partir de uma rede de pensadores, dentre os quais se destacam Gilbert Simondon, Gilles Deleuze e Félix Guatarri, a invenção técnica é definida como resultado de uma relação transindividual e como efeito de agenciamentos coletivos entre homem e matéria, ou, entre homem e mundo. Trata-se de uma concepção de invenção que se afasta totalmente da idéia de uma operação intelectual ou uma construção mental projetada fora de qualquer relação com o meio

    Problematizando Conceitos em Saúde Pública, Vitalizando Cuidado de Pessoas com Necessidades Relacionadas ao Uso de Álcool e Outros Drogas / Problematising Concepts in Public Health, Vitalising Care for People with Needs Relative to the Use of Alcohol and Other Drugs

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    A partir de discussões desenvolvidas no interior de processos de pesquisa, formação, trabalho e intervenção com políticas públicas no Estado de Sergipe, este artigo tem por objetivo analisar/problematizar/vitalizar conceitos e noções que figuram no campo das práticas de saúde voltadas para o cuidado em álcool e outras drogas: saúde, droga, vulnerabilidade, inclusão/exclusão, redução de danos, cidadania, território. A intenção de analisar e problematizar conceitos tem o intuito, por um lado, de desencaminhar formas naturalizadas de planejar e produzir cuidado em álcool e outras drogas e, por outro, de vitalizar tal campo, na medida em que tais problematizações podem trazer consigo a força de ampliar sentidos e qualificar modos de intervenção, em vez de se traduzirem em práticas, discursivas e não discursivas, de ajuste, desqualificação e homogeneização do social.Palavras-chave: Políticas Públicas; Saúde Pública; Política Conceitual; Álcool e Outras Drogas

    O conceito de coletivo como superação da dicotomia indivíduo-sociedade A concept of collective for overcoming the individual-society dichotomy

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    Em conformidade com o projeto da modernidade, o indivíduo e a sociedade têm sido definidos como entidades naturais e pólos que preexistem a sua interação. De acordo com tal perspectiva, onde prevalece uma lógica dicotômica, o coletivo é identificado com o social. Através da referência aos conceitos de prática de Paul Veyne, de molar e molecular de Gilles Deleuze e Félix Guattari e de rede de Bruno Latour, Michel Callon e Jonh Law, o artigo propõe um novo conceito de coletivo, definido como plano de co-engendramento do indivíduo e da sociedade.According to the modernistic project, the individual and society have been defined as natural and polarizing entities pre-existing their own interaction. From this perspective, with its implied dichotomizing logic, the collective is identified as the social. Drawing on the concepts of practice by Paul Veyne, of molar and molecular by Gilles Deleuze and Félix Guattari, and of actor-network by Bruno Latour, Michael Callon and John Law, this article proposes a new concept of the collective, defined as a plane of co-engenderment of the individual and society

    Simondon, o meio de um pensamento processual

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    O número Simondon, o meio de um pensamento processual, da revista Informática na Educação: teoria & prática traz, em uma abordagem transdisciplinar, as contribuições do pensamento do filósofo francês Gilbert Simondon, cuja obra permanece pouco difundida no Brasil. Mais conhecido como filósofo da técnica e da individuação, pelas obras Du mode d’existence des objets techniques, L’individu e sa genèse physico-biologique e L’individuation psychique et collective, e outras publicações mais recentes que vem ampliando estas contribuições para diversos campos do saber na contemporaneidade. Alguns princípios e formulações marcam o pensamento processual de Simondon: o privilégio concedido ao devir, ao tempo e à relação. O conceito de relação ocupa aí um lugar de gênese e de transformação, de plano constitutivo situado aquém e além dos termos, dos sujeitos e objetos, fazendo coincidir a atividade relacional com o próprio processo de individuação. Processo que se apresenta como a principal base para a sua análise sobre os objetos técnicos, sobre as relações entre o humano e a técnica, ou antes, entre o humano e a matéria, relações não mais de dominação, mas de composição entre duas formas

    Simondon, o meio de um pensamento processual

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    O número Simondon, o meio de um pensamento processual, da revista Informática na Educação: teoria & prática traz, em uma abordagem transdisciplinar, as contribuições do pensamento do filósofo francês Gilbert Simondon, cuja obra permanece pouco difundida no Brasil. Mais conhecido como filósofo da técnica e da individuação, pelas obras Du mode d’existence des objets techniques, L’individu e sa genèse physico-biologique e L’individuation psychique et collective, e outras publicações mais recentes que vem ampliando estas contribuições para diversos campos do saber na contemporaneidade. Alguns princípios e formulações marcam o pensamento processual de Simondon: o privilégio concedido ao devir, ao tempo e à relação. O conceito de relação ocupa aí um lugar de gênese e de transformação, de plano constitutivo situado aquém e além dos termos, dos sujeitos e objetos, fazendo coincidir a atividade relacional com o próprio processo de individuação. Processo que se apresenta como a principal base para a sua análise sobre os objetos técnicos, sobre as relações entre o humano e a técnica, ou antes, entre o humano e a matéria, relações não mais de dominação, mas de composição entre duas formas
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