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    Precariedade no emprego em Portugal e desigualdades sociais: alguns contributos

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    Observatório da Desigualdades (Estudos-Análises 2012)."Os debates políticos e mediáticos sobre a precariedade no emprego são omnipresentes, contudo, não têm por base informações factuais aprofundadas, dado que os estudos sistemáticos sobre a temática não abundam. Este texto pretende ser, portanto, uma contribuição para a problematização deste tema em Portugal. […]." (da Introdução

    O que sabemos sobre a pobreza nos Açores?

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    A secção UAciência é coordenada pelo Professor Universitário Armindo Rodrigues.Na realidade sabemos muito pouco sobre a pobreza nos Açores, a primeira razão e a forma como os dados são recolhidos. A principal fonte é um inquérito feito pelo Instituto Nacional de Estatística, INE, o IDEF. A sua periodicidade é um problema, por um lado os dados só existem de cinco em cinco anos e, por outro, os últimos são de 2009, pois a edição de 2010/11 (última disponível) trabalha com informação desse ano. Ora, é precisamente a partir de 2009 que a maior parte das consequências da crise se tem feito sentir pelo que basicamente não conhecemos o impacto desta na pobreza nos Açores. Só devemos ter novos dados no IDEF 2015/2016, respeitantes ao ano de 2014 e publicados em meados de 2016. Existe uma segunda razão pela qual sabemos muito pouco sobre a pobreza nos Açores, e isso tem a ver com o tipo de dados disponíveis no IDEF: por um lado, são sobretudo de cariz económico, abordando basicamente a chamada taxa de risco de pobreza e pouco mais. Por outro lado, a diversidade de perfis de pessoas em situação de pobreza passível de ser obtida através da análise multivariada não é abordada, como também não são feitos trabalhos complementares, de natureza qualitativa, que permitam perceber como as pessoas vivem a sua situação de pobreza, nem se procura perceber quais são as determinantes estruturais que explicam o nível e o tipo de pobreza existentes. […].info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    A infância na crise : notas sobre os desafios ao bem-estar infantil na atual conjuntura a partir da perspetiva da pobreza infantil

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    Neste texto discute-se o conceito de pobreza infantil, como ponto de partida para uma reflexão sobre alguns dos principais impactos da crise na pobreza. Estes impactos da crise são vistos através de alguns indicadores estatísticos centrais para os aferir. De seguida, analisam-se alguns dados sobre a pobreza infantil em Portugal disponibilizados pelo INE. Neste último caso, mostra-se a sua centralidade no contexto da pobreza em Portugal e os limites que os indicadores disponíveis apresentam. Termina-se com uma reflexão sobre os resultados alcançados e o possível impacto da crise nos contextos da pobreza infantil no país.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Algumas notas sobre juventude e emprego em Portugal

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    Pretendemos neste breve ensaio abordar os processos de construção da relação com o trabalho e o emprego por parte dos jovens, aos quais se associa uma dicotomia de base que os distingue, referimo-nos ao facto de, para alguns, serem processos projectados no futuro dado que são estudantes, enquanto para outros são processos que reflectem uma inserção mais ou menos prolongada no mundo do trabalh

    O crescimento da pobreza: limites das fontes estatísticas em Portugal e resultados possíveis

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    Comunicação apresentada ao IV colóquio "Ação Pública e Problemas Sociais em Cidades Intermédias", Lisboa, CESNOVA - FCSH, 23 a 25 de Janeiro de 2013.A rapidez e a profundidade das transformações sociais por que está a passar a sociedade portuguesa colocam desafios e agudizam tensões no desenvolvimento das políticas públicas, especialmente nas que têm como objetivo a redução da pobreza ou a minimização dos seus efeitos. Coloca-se a questão da fiabilidade dos instrumentos de informação estatística disponíveis para conceber e monitorizar essas políticas, face à rapidez e profundidade do agravamento dos indicadores indiretos de pobreza e de degradação da situação social em geral. A partir da recente publicação dos dados do IDEF 2010/2011, explora-se as limitações das fontes estatísticas para medir a pobreza em Portugal. Para realizar este trabalho, mobilizam-se dados estatísticos do IDEF 2005/2006 e 2010/2011, do ICOR (2003-2010), assim como outras estatísticas. As conclusões vão no sentido da manutenção do essencial das principais categorias sociais afetadas pela pobreza, embora com um aumento do seu volume e da sua intensidade. Discute-se as condições para a emergência, pela primeira vez em Portugal, de uma nova categoria social de indivíduos em situação de pobreza, os novos pobres

    Some peculiarities of poverty in the Azores

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    Os Açores são a região portuguesa que apresenta a maior taxa de pobreza e, ao mesmo tempo, um maior número de beneficiários do RSI em função da sua população residente. Neste texto mostra-se que a pobreza, medida através do RSI, não se distribui de forma homogénea pelo território regional, dado que tende a concentrar-se na ilha de S. Miguel (a mais populosa). A questão que se coloca é o que é que justifica o lugar ocupado pelos Açores no contexto nacional e o que é que pode explicar a maior incidência do RSI. Neste artigo procura-se mobilizar indicadores para equacionar essa questão e esboçar algumas ideias para fazer uma primeira tentativa de resposta. Assim, conclui-se que a taxa de pobreza nos Açores é muito influenciada pelo facto de ser nesta ilha que habita a maioria da população do arquipélago.ABSTRACT: The Azores are the Portuguese region with the highest poverty rate and, at the same time, with the largest number of RSI beneficiaries according to their resident population. This text shows that poverty, as measured by the RSI, is not homogeneously distributed throughout the regional territory, since it tends to be concentrated on the island of S. Miguel (the most populated). The question that arises is what justifies the place occupied by the Azores in the national context and what may explain the higher incidence of RSI beneficiaries. This paper seeks to mobilizes indicators to address this issue and outline some ideas to make a first attempt at an answer. Thus, it is concluded that the poverty rate in the Azores is highly influenced by the fact that it is on this island that the majority of the population of the archipelago lives.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    A pobreza infantil e o rendimento social de inserção em Portugal: o mesmo problema tendências distintas

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    Este artigo centra-se na constatação de que a proporção de crianças (0-17 anos) entre os beneficiários do Rendimento de Inserção (RSI) está a descer consistentemente desde há alguns anos, em contraste com uma taxa de pobreza infantil persistentemente do INE referentes à pobreza infantil (ICOR-EU-SILC), medida com base na pobreza monetária. É desenvolvida uma hipótese para explicar esta contradição, assente nas transformações legais do RSI e na dificuldade do estado em desenvolver medidas de apoio social com impacto na pobreza infantil.ABSTRACT: This paper focuses on the finding that the proportion of children (0-17 years) among the recipientes of Social Integration Income (RSI) has been consistently declining for several years in contrast to a persistently high child poverty rate. This contradiction is demonstrated thru the use of RSI data cross-referenced with INE statistics on child poverty (ICOR-EU-SILC), measured by monetary poverty. A hypothesis is developed to explain this contradiction based on the legal transformations of the RSI and the difficulty of the state to develop measures of social support with impact on child poverty.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Precariedade laboral em situação de pobreza: contributos para uma tipologia

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    VII Congresso Português de Sociologia, "Sociedade, Crise e Reconfigurações", 19 a 22 de Junho de 2012 na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (Comunicação).Os dados estatísticos disponíveis permitem perceber que a precariedade no emprego afecta um número crescente de indivíduos. Concomitantemente, os discursos políticos e mediáticos sobre este processo social são omnipresentes. Contudo, os estudos sistemáticos sobre a temática não abundam, quer a nível nacional, quer a nível internacional, pelo que discursos e decisões políticas sobre o assunto não têm por base informações factuais aprofundadas. Nesta comunicação, propomo-nos contribuir para a caracterização sistemática deste processo social, recorrendo a um inquérito por questionário aos beneficiários do Rendimento Social de Inserção que trabalham, e à reflexão enquadradora de Beck e Castels relativamente às transformações do mercado de trabalho e à definição de precariedade no emprego. Os indivíduos em situação de pobreza que trabalham constituem uma população particularmente adequada para estudar a precariedade no emprego, quer por ser entre eles que se encontram todas as formas de precariedade, incluindo as mais extremas, quer porque se trata de uma categoria social em que a questão se coloca de forma persistente no tempo. Na análise a apresentar, confrontam-se as diferentes formas de vinculação em relação ao emprego com as principais características sócio-demográficas dos inquiridos construindo-se diferentes perfis de ser precário. Com efeito, a precariedade no emprego não é um processo social homogéneo. Apesar da incerteza em relação ao futuro como denominador comum, existem formas de precariedade com diferentes graus de intensidade, porque mais ou menos afastadas da norma do emprego sem termo, havendo mesmo trabalhadores pobres caracterizados pela condição de efectivo. Os métodos de pesquisa de dados, compreendem as análises univariada, bivariada e multivariada (análise factorial das correspondências múltiplas). O inquérito aos beneficiários do RSI que trabalham tem como âmbito (e representatividade) os Açores e recorrer-se-á a dados nacionais (INE) e europeus (Eurostat) para contextualizar e aprofundar as questões abordadas. Neste sentido, partindo da análise de um estudo de caso, através da construção de tipos a utilizar em contexto mais vasto (quer sociológico,quer geográfico), esta comunicação é uma contribuição para a compreensão aprofundada deste processo social.ABSTRACT: The available Statistical data allow us to understand that the precariousness in the employment affects a growing number of individuals. Concomitantly, the political and media discourses on this social process are ever-present. However, systematic studies on the subject are scarce, either domestically or internationally, so speeches and policy decisions on the subject are not based on in-depth factual information. In this communication, we will contribute to the systematic characterization of this social process, using a survey to the recipients of the Social Inclusion Income (RSI) that work, (the Portuguese Support Income Program), and the framework of Beck and Castels in what relates to the changes in the labor market and to the definition of precariousness in employment. Individuals in poverty that work are a population particularly suitable for studying the precariousness in employment, either because it is among them that we can find all forms of precariousness, including the most extreme, either because it is a social category where that question arises in a persistent way in time. In the presented analysis, we confront the different forms of employment contrats with the main socio-demographic characteristics of respondents, building up different profiles to be precarious. Indeed, the precariousness in the employment isn’t a homogenous social process. Despite the uncertainty about the future as a common denominator, there are forms of precariousness with different degrees of intensity, because more or less away from the norm of employment without a limited duration. Furthermore, there are working poor characterized by the condition of a stable job. The data research methods include univariate, bivariate and multivariate analysis (factor analysis of multiple correspondences). The survey of recipients of the RSI that work has as scope (and representation) the Azores islands and we will resort to national data (INE) and European (Eurostat) to contextualize and explore the issues addressed. In this sense, with the analysis of a case study as starting point, by building types to be used in a wider context (whether sociological or geographical), this comunication is a contribution to a broader understanding of this social process

    Validation studies of the clock drawing test in mild cognitive impairment

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    Introduction: Mild Cognitive Impairment (MCI) is a transitional entity between normal aging and Alzheimer’s disease. It is assumed that an early identification and intervention in MCI may delay or slow its progression to dementia and several neuropsychological brief-tests have been investigated in this context. The Clock Drawing Test (CDT) is a widely used instrument in this field; however, its application needs further validation in specific clinical populations, mainly in milder forms of cognitive decline and in the distinction between MCI subtypes. Objectives: To validate three scoring systems of the CDT for the detection of cognitive impairment in a cohort of MCI-patients previously classified in amnestic single-domain (aMCI) and amnestic multidomain (mdMCI) subtypes; to test inter-rater reliability and to compare different subtypes of MCI, attempting to define performance profiles according to qualitative analyses of errors. Methods: The study includes two clinical groups: aMCI and mdMCI, each with 90 subjects, recruited at the Neurology Department of the Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Their performance was compared with a cohort of 90 community-dwelling controls matched according to gender, age and education. All participants were assessed with Mini Mental State Examination, Montreal Cognitive Assessment (MoCA) and CDT. Clock drawings of MCI patients were scored by a neuropsychologist and an inexperienced rater using three scoring systems - Rouleau, Cahn and Babins. Data were analysed with the Statistical Package for the Social Sciences. Results: There was high inter-rater reliability in CDT scoring systems (p<0,001). Significant correlations were found between the cognitive screening instruments and CDT scoring systems as well as a consistent relationship with performance in visuospatial and executive domains of the MoCA. We also observed qualitative differences between both forms of DCL, with higher error rate of “Conceptual deficit” and “Perseveration” in mdMCI, and “Nonspecific spatial error” regarding the aMCI group. There was only sufficient (60%) discriminatory capacity of total scores of the CDT, comparing control and MCI subjects. Conclusions: Our study showed that CDT scoring systems have high inter-rater reliability to screen for MCI and can be applied in large scale studies and primary health care. Although in this context CDT revealed only sufficient discriminatory capacity and should be used with other cognitive screening tests in order to increase the diagnostic accuracy
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