46 research outputs found
The will in Vygotsky:: contributions to the understanding of the “craving” in drug addiction
A fissura (craving) é questão central no cuidado a pessoas com problemas decorrentes do uso de álcool e outras drogas, sendo considerada uma incapacidade de controlar o desejo pelo consumo. Contudo, não há definição unívoca desse fenômeno. Investigou-se o conceito de vontade em Lev S. Vygotski (1896-1934), considerando-se que sua abordagem poderia contribuir para a compreensão da fissura. Realizou-se uma revisão da literatura acerca do craving e uma análise focal do conceito de vontade em textos selecionados de Vygotski. Não obstante as controvérsias sobre a definição do fenômeno da fissura, a proposição de Vygotski acerca da vontade como função psicológica superior mediada por motivos auxiliares possibilita ampliar a compreensão do craving. O manejo da fissura, assim, depende não somente de uma iniciativa individual, mas também de questionamentos sobre a lógica social, política e histórica que preside os significados sobre o uso de drogas.Craving is a central issue in the care of people with problems due to the use of alcohol and other drugs, and is considered an inability to control the desire for consumption. However, there is no clear definition of this phenomenon. We investigated the concept of will in the works of Lev S. Vygotsky (1896-1934), considering that his approach could contribute to understanding the craving. We reviewed the literature on craving and performed a focal analysis of the concept of will in selected texts by Vygotsky. Despite the controversies over the definition of the craving phenomenon, Vygotsky’s proposition that the will is a superior psychological function mediated by auxiliary motives makes it possible to deepen the understanding of the craving. Craving management thus depends not only on individual initiative, but also on questions about the social, political, and historical logic that presides over the meanings of drug use
FUNDAMENTOS DA CONCEPÇÃO ESTRATOMÉTRICA DA ATIVIDADE GRUPAL: UMA ANÁLISE IMANENTE DE TEORIA PSICOLOGICA DEL COLECTIVO, DE ARTHUR V. PETROVSKI
The work of the Russian psychologist Arthur Vladimirovich Petrovsky (1924-2006) is little known in contemporary Social Psychology, especially his studies on the collective and the personality. Petrovsky proposes the collective as a group at a higher level of development, demanding a specific approach, given the impropriety of using the results of research with artificial small groups to approach collectives. The author proposes the theory of the mediation of interpersonal relationships through socially significant joint activity, which structures the stratometric conception of group activity. The essay provides a brief history of the origin of studies on groups and collectives in Soviet social psychology, the moments in which the stratometric conception was developed, and the structure of this conception. To this end, a theoretical-conceptual study was developed that closely analyzed selected parts of the work ‘Teoria Psicologica del Colectivo’, by A. V. Petrovski. Relevant methodological rigor, epistemological coherence and theoretical consistency were observed in the development of the stratometric conception of group activity. Strong critics is made of studies on small groups in traditional social psychology, especially methodological. The contribution that stands out, however, is the elaboration of a psychological theory of the collective, which is the basis for the stratometric conception, whose conceptual structure is based on the results of formative experiments. The theory proposed by Petrovsky makes it possible to approach the groups based upon activity theory, considering the necessary differentiation between groups and collectives, and encouraging debate about the place of collectives in society.La obra del psicólogo ruso Arthur Vladimirovich Petrovsky (1924-2006) es poco conocida en la Psicología Social contemporánea, especialmente sus estudios sobre el colectivo y la personalidad. Petrovsky propone el colectivo como un grupo de mayor nivel de desarrollo, exigiendo un enfoque específico, dada la impropiedad de utilizar los resultados de investigaciones con grupos difusos para abordar colectivos. El autor propone la teoría de la mediación de las relaciones interpersonales a través de la actividad conjunta socialmente significativa, que estructura la concepción estratométrica de la actividad grupal. El ensayo que aquí se presenta ofrece una breve historia del origen de los estudios sobre grupos y colectivos en la psicología social soviética, los momentos en que se desarrolló la concepción estratométrica y la estructura de esta concepción. Para ello, se desarrolló un estudio teórico-conceptual que analizó partes seleccionadas de la obra ‘Teoria Psicologica del Colectivo’, de A. V. Petrovski. Se observó relevante rigor metodológico, coherencia epistemológica y consistencia teórica. Se hace una fuerte crítica, especialmente metodológica, a los estudios sobre grupos pequeños en la psicología social tradicional. El aporte que destaca es la elaboración de una teoría psicológica del colectivo, que es la base de la concepción estratométrica, cuya estructura conceptual se sustenta en los resultados de experimentos formativos. La teoría propuesta por Petrovsky permite el abordaje de los grupos basados en la teoría de la actividad, considerando la diferenciación entre grupos y colectivos, y fomentando el debate sobre el lugar de los colectivos en la sociedad.A obra do psicólogo russo Arthur Vladimirovich Petrovski (1924-2006) é pouco conhecida na Psicologia Social contemporânea, especialmente seus estudos sobre o coletivo e a personalidade. Petrovski propõe o coletivo como grupo de nível superior de desenvolvimento, demandando abordagem específica, dada a impropriedade de se recorrer aos resultados de pesquisas com grupos difusos para abordar coletivos. O autor propõe a teoria da mediação das relações interpessoais pela atividade conjunta socialmente significativa, a qual estrutura a concepção estratométrica da atividade grupal. O ensaio ora apresentado faz um breve histórico da origem dos estudos sobre grupos e coletivos na psicologia social soviética, os momentos da elaboração da concepção estratométrica, e a estrutura desta concepção. Para este fim, foi desenvolvido um estudo teórico-conceitual que fez análise imamente de partes selecionadas da obra ‘Teoria Psicologica del Colectivo’, de A. V. Petrovski. Observou-se relevante rigor metodológico, coerência epistemológica e consistência teórica no desenvolvimento da concepção estratométrica da atividade grupal. É realizada uma contundente crítica, especialmente metodológica, aos estudos sobre os pequenos grupos da psicologia social tradicional. A contribuição que ressalta, porém, é a elaboração de uma teoria psicológica do coletivo, que é base para a concepção estratométrica, cuja estrutura conceitual é fundamentada por resultados de experimentos formativos. A teoria proposta por Petrovski oportuniza abordar os grupos sob a base da teoria da atividade, considerando a diferenciação necessária entre grupos e coletivos, e fomentando o debate sobre o lugar dos coletivos na sociedade
“We are the UPA ourselves”: social support networks on the health care for the homeless in a smalltown
A população em situação de rua (PSR) constitui-se como um público crescente nas cidades, refletindo processos sociais desiguais e excludentes. Entre as barreiras para o acesso aos direitos sociais básicos, destaca-se a negação do direito à saúde a essas pessoas. Poucos estudos buscam conhecer as estratégias desenvolvidas pela PSR diante da carência de serviços públicos e das barreiras de acesso aos existentes. Diante disso, buscouse identificar e analisar os itinerários terapêuticos da PSR em um município de pequeno porte. Foi utilizada a triangulação de métodos qualitativos para a coleta de informações por meio de observações participantes e entrevistas semiestruturadas. Foram entrevistados sete homens e uma mulher, e o conjunto de dados foi analisado com base na análise temática. Ressaltase, nos relatos, a utilização de redes de apoio social como fonte prioritária de cuidado, por intermédio do autocuidado, da automedicação, do uso da medicina popular e da mudança na rotina da vida nas ruas para recuperação da saúde. Tais redes também são alternativos à garantia de acesso aos serviços públicos. Evidencia-se a negação do direito à saúde decorrente do processo de exclusão social a que estão submetidos. Destaca-se o compartilhamento de uma visão de saúde ampliada, relacionada aos determinantes sociais do processo saúde-doença. Diante desse panorama, é fundamental que o setor profissional de cuidado à saúde promova ações que permitam o cuidado contínuo e integral da PSR.The homeless is a growing public in cities, which reflects unequal and excluding social processes. Among the obstacles to access basic social rights is the denial of this public’s right to health care. Few studies seek to identify the strategies developed by the homeless due to the lack of public services and the barrier to access existing ones. Therefore, we sought to identify and analyze the therapeutic itineraries of this population in a small city. Triangulation of qualitative methods was used to collect research data through participant observations and semi-structured interviews. Seven men and one woman were interviewed, and the data set was analyzed through thematic analysis. The reports highlight the use of social support networks as a central source of health care through self-care, self-medication, use of popular medicine and day-by-day routine adjustments in the streets for health recovery. Such networks are also alternatives to the guarantee to access public services. The denial of the right to health, due to the process of social exclusion to which they are submitted, is evidenced. We emphasize the sharing of an expanded health vision, related to the social determinants of the health-disease process. Given this scenario, it is fundamental that the professional health care sector promote actions to allow the continuous and integral care of the homeless
Programa Bem Viver: saúde mental, atenção básica e seus analisadores em pequenos municípios
Este artigo discute dilemas da articulação entre saúde mental e atenção básica por meio da interlocução com psicólogas/os que atuam no Programa Bem Viver, que abarca municípios de pequeno porte da microrregião de saúde de São João del-Rei, MG, Brasil. Foram realizados grupos focais como dispositivos para a análise institucional das práticas e discursos presentes no campo pesquisado. No processo de análise foram constituídos três analisadores: (1) Espaço, que destaca o lugar ambíguo do Programa Bem Viver na rede de atenção psicossocial, (2) Demanda, que ressalta a predominância do atendimento clínico individual na atuação das/os psicólogas/os e (3) Especialismo, que se refere ao incipiente trabalho interdisciplinar e intersetorial. Nota-se que o Programa Bem Viver, mesmo inserido no território e realizando acolhimento inicial do cuidado em saúde mental, funciona predominantemente como um serviço ambulatorial, em detrimento da integralidade de ações requeridas na atenção básica
A escola diante do aluno que faz uso de álcool e drogas: O que dizem os professores?
A forma como o assunto drogas é tratado na escola interfere nas ações de prevenção, o que pode afetar as trajetórias escolares dos estudantes. O artigo busca compreender como o tema é tratado por professores de duas escolas públicas de um município da macrorregião administrativa do Campo das Vertentes, Minas Gerais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, na qual se realizaram grupos focais precedidos da aplicação de um questionário sociodemográfico. Após os grupos, realizou-se análise do conteúdo das falas, o que gerou os seguintes núcleos: a) os professores percebem-se em desvantagem com relação aos deveres do Estado, família e sociedade para com a questão; b) os professores sentem-se incapazes de lidar com o problema, vendo-o como tendo sido banalizado nas escolas; e c) os professores lidam com o problema de modo compatível com a visão que a escola tem do aluno e da comunidade. Nota-se a necessidade de um trabalho intersetorial e a inclusão dessa temática na formação dos professores.Palavras-chave: Álcool e drogas; Redução de danos; Escola; Professores; Grupo focal.
A escola diante do aluno que faz uso de álcool e drogas: O que dizem os professores?
A forma como o assunto drogas é tratado na escola interfere nas ações de prevenção, o que pode afetar as trajetórias escolares dos estudantes. O artigo busca compreender como o tema é tratado por professores de duas escolas públicas de um município da macrorregião administrativa do Campo das Vertentes, Minas Gerais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, na qual se realizaram grupos focais precedidos da aplicação de um questionário sociodemográfico. Após os grupos, realizou-se análise do conteúdo das falas, o que gerou os seguintes núcleos: a) os professores percebem-se em desvantagem com relação aos deveres do Estado, família e sociedade para com a questão; b) os professores sentem-se incapazes de lidar com o problema, vendo-o como tendo sido banalizado nas escolas; e c) os professores lidam com o problema de modo compatível com a visão que a escola tem do aluno e da comunidade. Nota-se a necessidade de um trabalho intersetorial e a inclusão dessa temática na formação dos professores.Palavras-chave: Álcool e drogas; Redução de danos; Escola; Professores; Grupo focal
A escola diante do aluno que faz uso de álcool e drogas: O que dizem os professores?
A forma como o assunto drogas é tratado na escola interfere nas ações de prevenção, o que pode afetar as trajetórias escolares dos estudantes. O artigo busca compreender como o tema é tratado por professores de duas escolas públicas de um município da macrorregião administrativa do Campo das Vertentes, Minas Gerais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, na qual se realizaram grupos focais precedidos da aplicação de um questionário sociodemográfico. Após os grupos, realizou-se análise do conteúdo das falas, o que gerou os seguintes núcleos: a) os professores percebem-se em desvantagem com relação aos deveres do Estado, família e sociedade para com a questão; b) os professores sentem-se incapazes de lidar com o problema, vendo-o como tendo sido banalizado nas escolas; e c) os professores lidam com o problema de modo compatível com a visão que a escola tem do aluno e da comunidade. Nota-se a necessidade de um trabalho intersetorial e a inclusão dessa temática na formação dos professores.Palavras-chave: Álcool e drogas; Redução de danos; Escola; Professores; Grupo focal.
A escola diante do aluno que faz uso de álcool e drogas: O que dizem os professores?
A forma como o assunto drogas é tratado na escola interfere nas ações de prevenção, o que pode afetar as trajetórias escolares dos estudantes. O artigo busca compreender como o tema é tratado por professores de duas escolas públicas de um município da macrorregião administrativa do Campo das Vertentes, Minas Gerais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, na qual se realizaram grupos focais precedidos da aplicação de um questionário sociodemográfico. Após os grupos, realizou-se análise do conteúdo das falas, o que gerou os seguintes núcleos: a) os professores percebem-se em desvantagem com relação aos deveres do Estado, família e sociedade para com a questão; b) os professores sentem-se incapazes de lidar com o problema, vendo-o como tendo sido banalizado nas escolas; e c) os professores lidam com o problema de modo compatível com a visão que a escola tem do aluno e da comunidade. Nota-se a necessidade de um trabalho intersetorial e a inclusão dessa temática na formação dos professores.Palavras-chave: Álcool e drogas; Redução de danos; Escola; Professores; Grupo focal.