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    ANÁLISE INSTITUCIONAL E APOIO INSTITUCIONAL: COLETIVIZAÇÃO COMO PRÁTICA DE RESISTÊNCIA

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    Introduction: This article stems from the analysis of the political, ethical, and ideological crisis fueled by the advancement of neoliberal logic and its effects on the weakening of the Unified Health System (SUS). The legitimation of practices that undermine social guarantees raises questions about the existence of a health system that aspires to be universal, comprehensive, and equitable. Objective: Seeking to highlight strategies of resistance against the dismantling of SUS, this article presents Institutional Analysis and Institutional Support as mechanisms capable of mobilizing counter-forces to the neoliberal logic in health management and care practices. Method: This is a conceptual review that brings together the tools of Institutional Analysis and Institutional Support as resources for counter-practices within SUS. Result: The work to be carried out using these tools, in the context of crisis and neoliberal advance, involves activating collective action to critically examine work and institutional implications. Conclusion: Supporting collectives, therefore, emerges as a supportive action to contribute to the production of a healthcare system that serves as a stronghold of resistance against the dismantling of public policies.Introdução: O presente artigo parte da análise da crise política, ética e ideológica promovida pelo avanço da lógica neoliberal e seus efeitos de fragilização do Sistema Único de Saúde (SUS). A legitimação de práticas de devastação de garantias sociais, coloca em xeque a existência de um sistema de saúde que se quer universal, integral e com equidade. Objetivo: Buscando evidenciar estratégias de resistência ao desmonte do SUS, apresenta a Análise Institucional e o Apoio Institucional como dispositivos capazes de mobilizar forças destituintes da lógica neoliberal nas práticas de gestão e de cuidado no campo da saúde. Método: Trata-se de uma revisão conceitual que aproxima as ferramentas da Análise Institucional e Apoio Institucional como recursos de práticas destituintes no SUS. Resultado: O trabalho a ser realizado a partir destas ferramentas, no contexto de crise e avanço neoliberal, é o de acionar a ação coletiva para colocar o trabalho e as implicações institucionais em análise. Conclusão: Apoiar coletivos, portanto, se apresenta como uma ação de suporte para a produção de uma saúde que seja trincheira de resistência ao desmonte das políticas públicas

    Mental health, human rights and penal system: reinventing extension in desmedited pandemic times

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    Partindo de uma problematização acerca da noção de periculosidade e do dispositivo da medida de segurança, este relato tem como objetivo trazer ao debate experiências de um programa de extensão pautado nas relações entre saúde mental, direitos humanos e sistema penal. Com a pandemia do novo coronavírus, as ações do programa foram reestruturadas e passaram a ter como foco a formação-intervenção de estudantes e profissionais. Com base na perspectiva metodológica da pesquisaintervenção, a extensão promoveu um ciclo de diálogos com entrevistas de profissionais que trabalham o tema-foco do programa. Além disso, realizou a construção de um observatório, com um repositório on-line dispondo de materiais sobre o tema e ações do programa. Por fim, organizou um curso, na modalidade a distância, sobre saúde mental, direitos humanos e sistema penal. O fluxo de acessos aos conteúdos publicados e, principalmente, a quantidade de inscritos no curso, que atraiu profissionais e estudantes majoritariamente das áreas de direito, psicologia e serviço social, indicam o interesse e a pertinência de ações que visam a desinstitucionalização das medidas de segurança, um tema necessário para a sustentação do processo de reforma psiquiátrica e defesa dos direitos humanos no país.From a problematization of the notion of dangerousness and the security measure device, this manuscript aims to bring to light experiences of an extension program based on the association between mental health, human rights, and the penal system. With the novel coronavirus pandemic, the program actions were restructured, now focusing on the training-intervention of students and professionals. Based on the methodological perspective of research-intervention, the extension promoted a cycle of dialogues with interviews of professionals who work with the Program’s focus. Moreover, it also developed an observatory with an online repository including materials on the Program’s theme and actions and organized an online learning course on mental health, human rights, and the penal system. The access to the published content and the number of students and professionals enrolled in the course, mostly from the fields of law, psychology, and social work, indicate the interest and pertinence of actions aimed at the deinstitutionalization of security measures as a necessary theme to sustain psychiatric reform and human rights defense in the country

    Cinco anos da política nacional de humanização: trajetória de uma política pública

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    O artigo apresenta o cenário de emergência e a trajetória da Política Nacional de Humanização HumanizaSUS, que como política pública foi construída para enfrentar e superar os desafios enunciados pela sociedade brasileira quanto à qualidade e à dignidade no cuidado em saúde; redesenhar e articular iniciativas de humanização do SUS e enfrentar problemas no campo da gestão e da organização do trabalho em saúde. Destacando-a como política pública, os autores analisam suas principais apostas e ofertas teórico-metodológicas para o enfrentamento de problemas na gestão e nas práticas de atenção em saúde, apontando para a necessidade de se combinar estratégias nos planos macro e micropolítico, sem dissociá-las. A análise enfoca mudanças na composição e nas estratégias de ação, as quais incluem a mobilização social, o apoio a instâncias de gestão, os serviços e as equipes de saúde e o desenvolvimento de processos de formação de apoiadores institucionais. Apresenta alguns resultados obtidos nos seus primeiros cinco anos de existência, bem como limites e perspectivas, considerando o desafio da Política de Humanização do SUS se constituir efetivamente em política pública, o que não pode ser alcançado sem a mobilização das forças sociais que se agenciam para além do Estado
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