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    DIVERSIDADE DE ARANHAS DE SOLO EM TRÊS ÁREAS: MATA NATIVA, MONOCULTURA DE PINUS SPP. E A REGIÃO DE ECÓTONO, NO MUNICÍPIO DE CATANDUVAS, SC – BRASIL

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    A ordem Araneae é o segundo maior grupo entre os aracnídeos, sendo considerado o sétimo maior grupo de artrópodes. Apesar de sua ampla distribuição e dispersão, as aranhas são sensíveis a diversos fatores físicos e biológicos, destacando-se o desmatamento e a plantação de monoculturas. O objetivo neste estudo foi realizar um inventário da diversidade de famílias de aranhas de solo em três áreas distintas, uma área de mata com predominância de araucária, uma área com influência de Pinus spp., e a transição entre as duas áreas, localizadas no Município de Catanduvas, Santa Catarina. Para estimar a diversidade de aranhas de solo, foram instaladas 15 armadilhas do tipo pitfall, cinco delas alocadas em cada área, dispostas em três linhas com 10 metros de distância entre cada armadilha e cada linha, de uma área a outra, sendo revisadas a cada 15 dias. As amostragens foram realizadas do mês de fevereiro de 2014 até o mês de outubro de 2014, totalizando 14 coletas em 6.840 horas/armadilhas, resultando em 494 espécimes, distribuídas em 23 famílias, e estas, divididas em 10 guildas. Entre os adultos, foram identificadas 152 fêmeas e 127 machos; os indivíduos juvenis totalizaram 215. As famílias mais abundantes foram Linyphiidae (n=119; 24,09%), Ctenidae (n=63; 12,75%), seguida por Theridiidae (n=52; 10,53%), Caponiidae (n=49; 9,92%), Salticidae (n=32; 6,48%), Phrurolithidae (n=31; 6,28%) e Pholcidae (n=27; 5,47%). No mês de março, foi coletado o maior número de aranhas (158 indivíduos), e a menor taxa de captura ocorreu nos meses de julho e outubro (24 indivíduos cada mês). Neste estudo foi possível ver uma diferença entre as três áreas estudadas, visto que a Monocultura de Pinus spp. foi a que apresentou maior diversidade, com a presença de 22 famílias.Palavras-chave: Inventário. Araneae. Pitfall

    PESQUISA DE SALMONELLA SPP. E LISTERIA MONOCYTOGENES EM MANIPULADORES DE ALIMENTOS ASSINTOMÁTICOS DE EMPRESA PROCESSADORA DE ALIMENTOS

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    L. monocytogenes tem sido considerada um importante patógeno emergente que acomete principalmente indivíduos imunocomprometidos, mulheres grávidas e neonatos, enquanto Salmonella é o principal micro-organismo envolvido com surtos de infecção alimentar. Ambos micro-organismos são amplamente distribuídos na natureza e a principal rota de infecção ocorre pela ingestão de água ou alimentos contaminados, o que aumenta significativamente a vigilância dos diversos fatores que envolvem a produção de alimentos. Este estudo avaliou a presença de L. monocytogenes e Salmonella em amostras de fezes de manipuladores de alimentos assintomáticos de uma empresa processadora de alimentos. As metodologias de detecção empregadas foram adaptadas das normas ISO 6579:2002 e ISO 6579:2007 para a detecção de Salmonella e ISO 11290:2004 para a detecção de L. monocytogenes. A escolha por essas metodologias deve-se ao fato de permitirem a detecção em um nível bastante baixo de células dos patógenos, o que caracteriza os indivíduos assintomáticos. A amostra consistiu em 364 indivíduos, em uma população de 4.200 pessoas, sendo 227 mulheres (62,36%), 108 homens (29,67%) e 29 (7,97%) amostras não tinham a identificação do sexo. A idade em ambos os casos variou entre 18 e 57 anos. Foi verificada uma amostra positiva para Salmonella spp. (0,28%) e cinco amostras positivas para L. monocytogenes (1,37%). O presente estudo demonstrou uma baixa prevalência tanto de Salmonella spp. quanto de L. monocytogenes em portadores assintomáticos. Os dados da literatura informam que os pacientes doentes podem apresentar um índice baixo de isolamento dos patógenos, portanto, os indivíduos assintomáticos devem apresentar um índice menor ainda, e, dessa forma, os dados obtidos neste trabalho vão ao encontro dessa premissa. Assim, pode-se inferir que manipuladores de alimentos devem ter uma contribuição muito pequena em possíveis contaminações cruzadas, visto o baixo índice de portadores assintomáticos e que apresentam excreção dos patógenos, sendo esse um fator fundamental para a contaminação cruzada entre manipulador e alimento.Palavras-chave: Listeria monocytogenes. Salmonella. Portadores assintomáticos

    EPIDEMIOLOGIA DOS SURTOS DE SALMONELOSE NO BRASIL: REVISÃO DE LITERATURA

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    A salmonelose está entre as zoonoses mais importantes do mundo, apontada como agente causador de surtos em muitos países apresentando alta endemicidade, elevada morbidade e também é difícil adotar medidas de controle. O objetivo desse trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre os surtos de salmonelose relatados no Brasil nos últimos 18 anos. Através de dados publicados pelo Ministério da Saúde. No Brasil, entre 1999 e 2004 o Ministério da Saúde, através da implantação do programa de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmitidas por Alimentos (VE-DTA), registou 186.776 surtos por Salmonella spp. sendo os estados com maior número de notificações foram São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Segundo o Ministério da Saúde a Salmonella é o agente etiológico com maior frequência, presente em 38,2% dos surtos alimentares de 2000 a 2014. Entre os anos de 2007 e 2016 foram registrados 6.632 surtos com 469.482 pessoas expostas, destas 118.104 adoeceram, 17.186 foram hospitalizadas e 109 (0,09%) vieram a óbito. O Sudoeste registrou 43,8% dos surtos seguido do Sul com 24,8%. Em 38,9% dos surtos, a origem inicial da infecção ocorreu dentro das residências. 7,5% dos surtos Salmonella spp. foi o agente etiológico identificado, 70,3% dos surtos o agente etiológico não foi identificado. Esses dados evidenciam que na maioria dos casos não é realizada a identificação do agente etiológico. Além disso, outros tantos casos não são notificados no SINAN pelos sintomas das DTA’s serem similares a outras patologias

    AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE Salmonella spp. EM PEQUENOS ROEDORES SILVESTRES CAPTURADOS EM FRAGMENTOS DE MATA LOCALIZADOS NO MUNICÍPIO DE JOAÇABA, SC

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    Diversas espécies de animais silvestres são reservatórios de patógenos de interesse na saúde humana e animal, sendo “agentes-chave” na permanência desses micro-organismos no ambiente. Os roedores são animais cosmopolitas e formam colônias nos mais diversos ambientes, podendo ser hospedeiros e vetores de micro-organismos patogênicos. Entre os patógenos de importância para a saúde humana e animal destaca-se o gênero Salmonella. Contaminações e infecções por essa bactéria são comumente descritas em humanos, alimentos, animais domésticos e, mais recentemente, em espécies de animais silvestres. Este estudo buscou avaliar a incidência de Salmonella spp. em roedores silvestres capturados em dois pontos de um fragmento de mata na cidade de Joaçaba, SC. A captura dos animais foi realizada entre março e agosto de 2013, sendo um dos pontos próximo a residências e o segundo no interior da mata, em armadilhas com iscas atrativas, obtendo-se onze roedores: quatro do gênero Oligoryzomys e sete da espécie Mus musculus. Os animais foram transferidos para terrários forrados com papel absorvente estéril, disponibilizando alimento e água estéreis em abundância, e neles foram mantidos até que fosse possível a coleta de suas fezes. As amostras de fezes foram transferidas para recipientes estéreis para análise. Aproximadamente um grama de amostra foi homogeneizado em dez mililitros de água peptonada tamponada e incubado a 36 °C por 16-18 horas para pré-enriquecimento. As culturas pré-enriquecidas foram semeadas por estriamento direto em placas de ágar Xilose Lisina Desoxicolato (incubado a 36 °C/24h) e 100 uL foram transferidos para tubos de Craigie inseridos em tubos de ensaio contendo o Meio Semi-sólido Rappaport Vassiliadis (incubado a 42,5 °C/24-48h). Após a incubação, observou-se o desenvolvimento de colônias características e estas identificadas por meio de kit de identificação bioquímica. Os resultados das análises indicaram ausência de Salmonella spp. em todas as amostras, porém, foram identificadas outras enterobactérias, como Acinetobacter baumannii/calcoaceticus, Citrobacter spp., Enterobacter cloacae, Escherichia coli, Klebsiella spp., Klebsiella pneumoniae, Providencia spp. e Providencia stuartii. Embora o número de roedores tenha sido pequeno, supõe-se que estes tenham pouca importância na veiculação de Salmonella na fauna silvestre do local de estudo. Esse resultado é bastante surpreendente, visto que esses animais, sobretudo os que vivem próximos às residências, são apontados como vetores do patógeno e são geralmente considerados o principal reservatório de Salmonella. O risco de transmissão de patógenos por animais sinantrópicos aos selvagens que se aproximam do ambiente domiciliar deve ser monitorado e, portanto, é imprescindível a realização de estudos sobre esses micro-organismos determinando a ocorrência e a frequência de infecções em animais selvagens, visando garantir que tanto a saúde desses animais quanto a dos humanos que habitam as proximidades das áreas sejam preservadas.Palavras Chave: Enterobactérias. Animais sinantrópicos. Reservatórios silvestres

    PRESENÇA DE SALMONELLA SPP. EM LITHOBATES CATESBEIANUS (RÃ-TOURO) EM AÇUDES DE CRIAÇÃO DE PEIXES

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    Salmonella é um gênero pertencente à família Enterobacteriaceae e compreende duas espécies: S. enterica e S. bongori. A primeira espécie é patogênica para o homem e para praticamente todos os animais domésticos e silvestres. O ciclo de transmissão compreende elementos do ambiente e das diversas fases da produção dos alimentos, principalmente nas etapas de produção primária. Com este estudo teve-se por objetivo a avaliação da contaminação de Lithobates catesbeianus (rã-touro) por Salmonella spp. Esse anfíbio exótico foi introduzido no Brasil com a finalidade de produção de carne, mas em razão do manejo indevido, está amplamente distribuído no ambiente. Foram coletadas 60 amostras de fezes de rãs em seis açudes de criação de peixe (10 amostras em cada açude), sem conexão. Dois açudes apresentavam consórcio com criação de suínos e um com criação de aves. Nos outros três açudes os peixes eram alimentados com ração. O método de análise empregado foi o ISO 6579:2002 Amd. 2007. Não foi detectada presença de Salmonella spp nas amostras fecais coletadas de rãs presentes nos açudes onde os peixes eram alimentados com ração. Em contrapartida, nos açudes onde a forma de alimentação dos peixes era baseada no consócio com animais de criação foi observada a ocorrência do patógeno. A incidência de Salmonella nas amostras dos açudes de consócio com aves foi de 10%, enquanto nas dos açudes de consócio com suínos, foi de 10% e 20%. Conclui-se que ocorre transmissão horizontal na contaminação das rãs pelos animais domésticos, reconhecidos como reservatórios de Salmonella spp, fato que agrava o perigo representado pela rã L. catesbeianus no ambiente natural.Palavras-chave: Piscicultura. Espécies exóticas. Transmissão horizontal. Risco ambiental.

    PRESENÇA DE SALMONELLA SPP. EM AVES SILVESTRES: REVISÃO DE LITERATURA

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    As enterobactérias do gênero Salmonella são reconhecidas como importantes agentes zoonóticos em todo o mundo. As aves possuem um papel importante na disseminação deste patógeno uma vez que podem ser portadoras assintomáticas, excretando continuamente Salmonella pelas fezes. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre a presença de Salmonella spp. em aves silvestres, através da busca de artigos completos publicados em periódicos científicos em português e inglês, utilizando os descritores: Salmonella, aves silvestres, wild birds. Os trabalhos publicados relatam que a salmonelose está causando a morte de aves silvestres na Inglaterra, Suécia e nos Estados Unidos.  Um trablaho publicado no Brasil ao avaliar a presença de Salmonella em aves silvestres encontrou o patógeno com uma frequência de 10% das aves avaliadas. Outro estudo encontrou uma amostra positiva para Salmonella em Psittaciformes em fase de reabilitação para soltura. Em outro artigo, ao avaliar a presença de Salmonella em 12 espécimes de araras-azuis apreendidas no aeroporto, um espécime apresentou Salmonella Typhimurium. No Brasil estudos sobre a presença de Salmonella spp. em aves silvestres ainda são escassos, as pesquisas verificam a presença de Salmonella spp. em aves de criação, com a finalidade de avaliar a sanidade dos plantéis. Em aves silvestres os estudos geralmente são realizados em animais de cativeiro ou apreendidas do tráfico ilegal. Sendo assim, torna-se necessários novos estudos com aves silvestres para verificar a saúde destes animais e do ambiente onde encontram-se

    Salmonella spp. na comunidade de aves silvestres da circunvizinhança de área de produção intensiva de frangos – dados preliminares

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    A bactéria Salmonella é reconhecida como um importante agente zoonótico em todo o mundo. São micro-organismos amplamente distribuídos na natureza, e o trato intestinal dos animais é seu habitat natural. As aves possuem um papel importante na disseminação do patógeno, pois podem ser portadoras assintomáticas e eliminam o patógeno através das fezes. O objetivo neste trabalho foi avaliar a presença de Salmonella spp. em fezes de aves silvestres na circunvizinhança da produção intensiva de aves de corte. Para a coleta do material fecal foram instalados sete poleiros artificiais com alimentos atrativos à ornitofauna para promover o pouso e defecação pelas aves. Os poleiros foram dispostos a distâncias variáveis de um galpão de criação de frangos de corte. A coleta de material fecal foi realizada durante seis meses (primavera e verão). A detecção do patógeno foi realizada por meio da metodologia ISO 6579:2002. Foram obtidas amostras de fezes em apenas cinco dos sete pontos selecionados e não foi detectada a presença de Salmonella spp. em nenhuma das 14 amostras obtidas. O significando da não detecção da bactéria é atribuída à baixa taxa de infecção ou em razão de o patógeno provocar a morte rápida das aves, interrompendo o ciclo de infecção de outras aves. Independentemente da razão dos resultados encontrados, as aves silvestres não consistem em um risco significativo, pois não foi verificada a circulação do patógeno por meio delas.Palavras-chave: Salmonelose. Avicultura. Sanidade animal

    Envenenamento por Colubrídeo Neotropical Boiruna maculata (Boulenger, 1896): registro de um caso

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    This is a case report of a Boiruna maculata snake bite in a child admitted to the Hospital Municipal de Pronto Socorro de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brazil. The patient was bitten on the lower left limb, and exhibited pronounced local manifestations of envenomation. She was treated with Bothrops antivenom and was discharged from the hospital five days later with marked improvement of envenomation.Este trabalho relata o envenenamento por serpente do gênero Boiruna maculata em criança admitida e posteriormente hospitalizada no Hospital Municipal de Pronto Socorro de Porto Alegre, RS, Brasil. A paciente foi mordida no membro inferior esquerdo e apresentou sinais de envenenamento local pronunciado, foi tratada como acidente botrópico e permaneceu no hospital por cinco dias, recebendo alta após melhora
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