62 research outputs found
Low gestational weight gain in obese women and pregnancy outcomes
Obesity during pregnancy and excessive weight gain during this period are associated with several maternal–fetal and neonatal complications. Moreover, a significant percentage of women have weight retention in the postpartum period, especially those with excessive weight gain during pregnancy. The recommendations of the 2009 Institute of Medicine were based on observational studies that have consistently shown that women with weight gain within the recommended range had better outcomes during pregnancy. In patients with obesity, however, there is no recommendation for weight gain, according to the class of obesity. This review, therefore, aims to evaluate the evidence on key maternal and fetal complications related to low weight gain during pregnancy in obese and overweight patients
Higher fiber intake is associated with lower blood pressure levels in patients with type 1 diabetes
Objective: The present investigation sought to evaluate the potential association between dietary fiber intake and blood pressure (BP) in adult patients with type 1 diabetes (T1D). Subjects and methods: A cross-sectional study was carried out in 111 outpatients with T1D from Porto Alegre, Brazil. Patients were predominantly male (56%) and white (88%), with a mean age of 40 ± 10 years, diabetes duration of 18 ± 9 years, BMI 24.8 ± 3.85 kg/m2, and HbA1c 9.0 ± 2.0%. After clinical and laboratory evaluation, dietary intake was evaluated by 3-day weighed-diet records, whose reliability was confirmed by 24-h urinary nitrogen output. Patients were stratified into two groups according to adequacy of fiber intake in relation to American Diabetes Association (ADA) recommendations: below recommended daily intake (< 14g fiber/1000 kcal) or at/above recommended intake (≥ 14g/1000 kcal). Results: Patients in the higher fiber intake group exhibited significantly lower systolic (SBP) (115.9 ± 12.2 vs 125.1 ± 25.0 mmHg, p = 0.016) and diastolic blood pressure (DBP) (72.9 ± 9.2 vs 78.5 ± 9.3 mmHg, p = 0.009), higher energy intake (2164.0 ± 626.0 vs 1632.8 ± 502.0 kcal, p < 0.001), and lower BMI (24.4 ± 3.5 vs 26.2 ± 4.8, p = 0.044). Linear regression modelling, adjusted for age, energy intake, sodium intake, and BMI, indicated that higher fiber intake was associated with lower SBP and DBP levels. No significant between-group differences were observed with regard to duration of diabetes, glycemic control, insulin dosage, or presence of hypertension, nephropathy, or retinopathy. Conclusion: We conclude that fiber consumption meeting or exceeding current ADA recommendations is associated with lower SBP and DBP in patients with T1D
Diabetes Melito e Acromegalia: Interações entre Hormônio de Crescimento e Insulina
Introdução: o hormônio de crescimento humano (GH) possui um importante papel na fisiologia do metabolismo glicêmico, lipídico e protéico. O excesso deste hormônio, como encontrado na acromegalia, induz a um estado de resistência insulínica que pode estar associado à presença de diabetes melito (DM).Objetivos: descrever a frequência de DM e as características dos indivíduos com acromegalia e DM em acompanhamento no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).Métodos: estudo transversal avaliando o perfil clínico e laboratorial de uma coorte de pacientes com acromegalia. Os critérios utilizados para cura da doença foram os sugeridos pelo consenso de 2000 e, para considerar-se sob remissão, presença de IGF-1 normal para sexo e idade em uso de medicação para controle da acromegalia. As dosagens de IGF-1 foram realizadas pelo método imunoradiométrico e as de GH por quimioluminescência.Resultados: cinquenta e nove pacientes com acromegalia foram analisados. Desses, 24% preencheram critérios de cura e 25% estavam em remissão da doença, os restantes apresentando doença ativa. Trinta e sete por cento dos pacientes apresentavam DM, com HbA1c média de 7,3±2,2%. Entre os pacientes com DM, 86% não preencheram critérios de cura e mais frequentemente eram hipertensos [16/22 (73%) vs. 17/37 (46%), P=0,04] e faziam mais uso de estatina [14/22 (64%) vs. 8/37 (21%), P=0,004] em relação aos pacientes sem DM. Após análise de regressão logística múltipla, a presença de DM foi associada à presença de acromegalia ativa [razão de chances: 17,4 (IC 95%: 1,08-28,0), P=0,04] e essa associação foi independente do ajuste para idade, níveis de IGF-1 ou GH, hipertensão arterial e níveis séricos de triglicerídeos.Conclusões: O DM foi frequente entre os pacientes com acromegalia e significativamente relacionado ao controle da doença. 
The performance of basal and DDAVP stimulated acth bilateral simultaneous inferior petrosal sinus sampling (IPSS) for acth dependent secreting tumor diagnosis
Acurácia da ultrassonografia com doppler de artérias uterinas para a definição do estágio puberal em meninas
Estudo do eixo hipotálamo hipófise adrenal no cushing leve através do cortisol sérico no pós-operatório de pacientes com doença de cushing e avaliação da monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas nos pacientes com acromegalia
No capitulo I desta tese estudamos pacientes em remissão cirúrgica da doença de Cushing (DC) e seu comportamento em relação aos nÃveis de cortisol no perÃodo pósoperatório. NÃveis baixos de cortisol no perÃodo pós-operatório estão claramente relacionados com a remissão cirúrgica da DC. Entretanto, alguns pacientes em remissão apresentam elevado pico de cortisol sérico durante as primeiras 48 horas (h) da avaliação após a cirurgia transesfenoidal e muitas vezes apresentam queda mais tardia do cortisol no perÃodo pós-operatório. O objetivo principal deste estudo foi caracterizar este grupo de pacientes para melhor compreensão do comportamento do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal destes casos. Pela possibilidade de pacientes com menor gravidade da DC apresentarem menor supressão dos corticotrofos peritumorais, foram avaliados os critérios clÃnicos e laboratoriais relacionados ao hipercortisolismo no momento do diagnóstico da doença objetivando confirmar a hipótese de que os pacientes com uma forma mais leve da DC teriam maiores picos de cortisol nas primeiras 48 h da avaliação pós-operatória. Foram avaliados 70 pacientes em remissão cirúrgica da DC, acompanhados em média por 6 anos, procedentes de uma coorte em acompanhamento regular no ambulatório de Neuroendocrinologia do Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre. Foi observado que menores nÃveis de cortisol livre urinário de 24 h no perÃodo pré-operatório foram associados a maiores picos do cortisol sérico no perÃodo pós-operatório. O ponto de corte definido para Cushing leve foi o cortisol livre urinário de 24 h abaixo de três vezes o limite superior da normalidade para o método utilizado (n=39). Outros critérios bioquÃmicos envolvidos na avaliação do comprometimento do eixo hipotálamo hipófise adrenal no momento do diagnóstico da sÃndrome de Cushing e da DC foram igualmente avaliados, entre eles: a intensidade de supressão do cortisol sérico após 1 mg de dexametasona overnight ou após 8mg de dexametasona, nÃveis de cortisol sérico à meia-noite, de ACTH plasmático e de sulfato de dehidroepiandrosterona, entretanto nenhum deles foi capaz de identificar diferentes picos de cortisol sérico durante as primeiras 24-48 h do perÃodo pós-operatório. Estes 39 pacientes, também possuÃam menor comprometimento da função sexual e menor prevalência de fragilidade capilar no momento da investigação da DC. Em 10-12 dias ou mesmo em 30 dias após a cirurgia transesfenoidal os nÃveis de cortisol sérico foram semelhantes entre pacientes com ou sem DC leve e foram compatÃveis com remissão da DC. No capitulo II foi estudado o comportamento da pressão arterial (PA) sistêmica de pacientes com acromegalia. O método utilizado foi a monitorização ambulatorial de 24h (MAPA). O artigo retrata 37 pacientes que fazem parte da coorte de pacientes com acromegalia em acompanhamento no ambulatório de Neuroendocrinologia do HCPA. O objetivo foi determinar a homeostase pressórica destes pacientes, sua associação com critérios bioquÃmicos de atividade da acromegalia e parâmetros ecocardiográficos. Os pacientes foram estratificados em doença em remissão, controlada por medicamentos ou ativa. Foi realizada a aferição da PA sistêmica durante as consultas ambulatoriais, a MAPA, e a avaliação de parâmetros metabólicos (perfil lipÃdico, nÃveis glicêmicos, aferição do peso e altura corporal e a medida do Ãndice de massa corporal). Devido à elevada prevalência de sÃndrome de apneia do sono ou hipopneia em pacientes com acromegalia e sua possibilidade de interferência nos nÃveis pressóricos, esta alteração também foi investigada. Foi observado que a medida da PA sistêmica de consultório superestimou a prevalência de hipertensão nesta coorte. A PA aferida pela MAPA classificou 23% dos indivÃduos analisados como hipertensos, enquanto a pressão de consultório classificou 32% deles como portadores de hipertensão. Além disto, as medidas de pressão realizadas pela MAPA foram associadas com os parâmetros de atividade da acromegalia, seja com os nÃveis de fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF1, do inglês Insulin-like growth factor type 1) seja com os nÃveis de hormônio de crescimento humano (GH, do inglês Growth hormone). Os nÃveis pressóricos aferidos pela MAPA, especialmente PA sistólica noturna, foram associados a parâmetros ecocardiográficos de cardiomiopatia. Além disto, a ausência de descenso noturno da PA sistólica foi associada positivamente a maiores nÃveis de GH e à presença de hipertrofia ventricular esquerda. Conclusões: Os dados destes dois estudos acrescentam importantes contribuições para o entendimento destas patologias. No estudo 1, pacientes com nÃveis de cortisolúria de 24 h < 3 x acima do limite superior da normalidade do método utilizado para esta medida, apresentaram maior pico de cortisol nas primeiras 24 h de pós-operatório, demonstrando maior resposta ao estresse cirúrgico dos corticotrofos peri-tumorais. Estes pacientes com cortisolúria de 24 h < 3 x o limite superior da normalidade foram classificados como portadores de DC leve. Estes pacientes podem necessitar aguardar entre 10 dias a 1 mês para a completa definição da remissão da DC após o procedimento cirúrgico. No estudo 2, demonstrou-se que a utilização da MAPA em pacientes com acromegalia é uma ferramenta útil para o entendimento da homeostase pressórica, e ainda observou-se associação de hipertrofia relativa do ventrÃculo esquerdo a nÃveis de PA sistólica noturna, mesmo após o ajuste para fatores de risco classicamente associados com hipertrofia ventricular esquerda
Estudo do eixo hipotálamo hipófise adrenal no cushing leve através do cortisol sérico no pós-operatório de pacientes com doença de cushing e avaliação da monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas nos pacientes com acromegalia
No capitulo I desta tese estudamos pacientes em remissão cirúrgica da doença de Cushing (DC) e seu comportamento em relação aos nÃveis de cortisol no perÃodo pósoperatório. NÃveis baixos de cortisol no perÃodo pós-operatório estão claramente relacionados com a remissão cirúrgica da DC. Entretanto, alguns pacientes em remissão apresentam elevado pico de cortisol sérico durante as primeiras 48 horas (h) da avaliação após a cirurgia transesfenoidal e muitas vezes apresentam queda mais tardia do cortisol no perÃodo pós-operatório. O objetivo principal deste estudo foi caracterizar este grupo de pacientes para melhor compreensão do comportamento do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal destes casos. Pela possibilidade de pacientes com menor gravidade da DC apresentarem menor supressão dos corticotrofos peritumorais, foram avaliados os critérios clÃnicos e laboratoriais relacionados ao hipercortisolismo no momento do diagnóstico da doença objetivando confirmar a hipótese de que os pacientes com uma forma mais leve da DC teriam maiores picos de cortisol nas primeiras 48 h da avaliação pós-operatória. Foram avaliados 70 pacientes em remissão cirúrgica da DC, acompanhados em média por 6 anos, procedentes de uma coorte em acompanhamento regular no ambulatório de Neuroendocrinologia do Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre. Foi observado que menores nÃveis de cortisol livre urinário de 24 h no perÃodo pré-operatório foram associados a maiores picos do cortisol sérico no perÃodo pós-operatório. O ponto de corte definido para Cushing leve foi o cortisol livre urinário de 24 h abaixo de três vezes o limite superior da normalidade para o método utilizado (n=39). Outros critérios bioquÃmicos envolvidos na avaliação do comprometimento do eixo hipotálamo hipófise adrenal no momento do diagnóstico da sÃndrome de Cushing e da DC foram igualmente avaliados, entre eles: a intensidade de supressão do cortisol sérico após 1 mg de dexametasona overnight ou após 8mg de dexametasona, nÃveis de cortisol sérico à meia-noite, de ACTH plasmático e de sulfato de dehidroepiandrosterona, entretanto nenhum deles foi capaz de identificar diferentes picos de cortisol sérico durante as primeiras 24-48 h do perÃodo pós-operatório. Estes 39 pacientes, também possuÃam menor comprometimento da função sexual e menor prevalência de fragilidade capilar no momento da investigação da DC. Em 10-12 dias ou mesmo em 30 dias após a cirurgia transesfenoidal os nÃveis de cortisol sérico foram semelhantes entre pacientes com ou sem DC leve e foram compatÃveis com remissão da DC. No capitulo II foi estudado o comportamento da pressão arterial (PA) sistêmica de pacientes com acromegalia. O método utilizado foi a monitorização ambulatorial de 24h (MAPA). O artigo retrata 37 pacientes que fazem parte da coorte de pacientes com acromegalia em acompanhamento no ambulatório de Neuroendocrinologia do HCPA. O objetivo foi determinar a homeostase pressórica destes pacientes, sua associação com critérios bioquÃmicos de atividade da acromegalia e parâmetros ecocardiográficos. Os pacientes foram estratificados em doença em remissão, controlada por medicamentos ou ativa. Foi realizada a aferição da PA sistêmica durante as consultas ambulatoriais, a MAPA, e a avaliação de parâmetros metabólicos (perfil lipÃdico, nÃveis glicêmicos, aferição do peso e altura corporal e a medida do Ãndice de massa corporal). Devido à elevada prevalência de sÃndrome de apneia do sono ou hipopneia em pacientes com acromegalia e sua possibilidade de interferência nos nÃveis pressóricos, esta alteração também foi investigada. Foi observado que a medida da PA sistêmica de consultório superestimou a prevalência de hipertensão nesta coorte. A PA aferida pela MAPA classificou 23% dos indivÃduos analisados como hipertensos, enquanto a pressão de consultório classificou 32% deles como portadores de hipertensão. Além disto, as medidas de pressão realizadas pela MAPA foram associadas com os parâmetros de atividade da acromegalia, seja com os nÃveis de fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF1, do inglês Insulin-like growth factor type 1) seja com os nÃveis de hormônio de crescimento humano (GH, do inglês Growth hormone). Os nÃveis pressóricos aferidos pela MAPA, especialmente PA sistólica noturna, foram associados a parâmetros ecocardiográficos de cardiomiopatia. Além disto, a ausência de descenso noturno da PA sistólica foi associada positivamente a maiores nÃveis de GH e à presença de hipertrofia ventricular esquerda. Conclusões: Os dados destes dois estudos acrescentam importantes contribuições para o entendimento destas patologias. No estudo 1, pacientes com nÃveis de cortisolúria de 24 h < 3 x acima do limite superior da normalidade do método utilizado para esta medida, apresentaram maior pico de cortisol nas primeiras 24 h de pós-operatório, demonstrando maior resposta ao estresse cirúrgico dos corticotrofos peri-tumorais. Estes pacientes com cortisolúria de 24 h < 3 x o limite superior da normalidade foram classificados como portadores de DC leve. Estes pacientes podem necessitar aguardar entre 10 dias a 1 mês para a completa definição da remissão da DC após o procedimento cirúrgico. No estudo 2, demonstrou-se que a utilização da MAPA em pacientes com acromegalia é uma ferramenta útil para o entendimento da homeostase pressórica, e ainda observou-se associação de hipertrofia relativa do ventrÃculo esquerdo a nÃveis de PA sistólica noturna, mesmo após o ajuste para fatores de risco classicamente associados com hipertrofia ventricular esquerda
Avaliação e seguimento da atividade da Doença de Cushing no pós-operatório da cirurgia transesfenoidal
A doença de Cushing (DC) permanece um desafio médico, com muitas questões ainda não respondidas. O sucesso terapêutico dos pacientes com DC está intimamente ligado à correta investigação diagnóstica sindrômica e etiológica e à escolha da melhor opção terapêutica. Várias são as alternativas terapêuticas, entre elas, as medicações anti-esteroidogênicas e as supressoras dos corticotrofos, a radioterapia, a adrenalectomia e a cirurgia hipofisária. No entanto, a adenomectomia hipofisária transesfenoidal constitui-se no tratamento de escolha para a DC. A avaliação da remissão da doença no pós-operatório e da recorrência em longo prazo constitui um desafio ainda maior, com grande divergência entre os centros médicos especializados sobre qual a melhor maneira de avaliar a atividade da doença e quais são os parâmetros indicadores de remissão e de recidiva ao longo do seguimento. Neste sentido, especial destaque deve ser dado para o papel do cortisol sérico no pós-operatório como um marcador de remissão da DC em longo prazo. Adicionalmente, a utilização de glicorticoide exógeno no pós-operatório apenas em situações de insuficiência adrenal tem sido sugerida por alguns autores, como prática fundamental para permitir a utilização do cortisol sérico neste cenário. Neste artigo, revisamos as formas de avaliação da atividade da DC e os marcadores de remissão e recidiva em longo prazo, após a realização da cirurgia transesfenoidal
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