56 research outputs found

    Improving data management practices in the Portuguese HIV/AIDS surveillance system during a time of public sector austerity

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    In a climate of public sector austerity, the demand for accurate information about disease epidemiology rises as health program managers try to align spending to health needs. A policy of case re-notification to improve HIV information quality resulted in a nine-fold increase in the number of case reports received in 2013 by the Portuguese HIV surveillance office. We used value stream mapping to introduce improvements to data processing practices, identify and reduce waste. Two cycles of improvement were trialled. Before intervention, processing time was nine minutes and 28 seconds (95%CI 8:53-10:58) per report. Two months post intervention, it was six minutes and 34 seconds (95% CI 6:25-6:43). One year after the start of the project, processing time was five minutes and 20 seconds (95% CI 1:46-8:52)

    As características dos indivíduos com idade acima de 50 anos e diagnosticados com infeção VIH em Portugal no período 1983-2013

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    Introdução Nos últimos anos a nível mundial, o número de indivíduos com idade acima de 50 anos e diagnosticados com infecção VIH, tem aumentado. A população portuguesa está a envelhecer e, por este facto, precisamos de compreender as características da epidemia do VIH nesta faixa etária, de modo a prevenir a infeção e facilitar o acesso a cuidados médicos. Material e Métodos Foi realizada uma análise descritiva dos casos de VIH em indivíduos de 50 ou mais anos no momento do diagnóstico e com notificação ao Núcleo de Vigilância Laboratorial de Doenças Infecciosas do INSA, entre 1983 e 31 de Dezembro de 2013. Resultados No período do estudo foram notificados 6782 casos de infeção VIH, dos quais 2653 indivíduos (39%) desenvolveram SIDA. A análise da distribuição por sexo revela um ratio homem: mulher de 2.5. A maioria dos casos (4987;77%) registou-se em indivíduos nativos de Portugal e reportando a categoria de transmissão “heterossexual” (5509; 81%). Em 2013, os indivíduos da faixa etária em estudo foram responsáveis por 26% dos casos de infeção VIH registados neste ano, correspondendo a uma taxa de 8,4 casos de infeção VIH /100.000 indivíduos. Discussão e Conclusões O perfil epidemiológico da infecção VIH evoluiu ao longo dos 30 anos da epidemia e actualmente os indivíduos com idade acima de 50 anos representam um quarto de todos os novos diagnósticos de VIH feitos em Portugal. O conhecimento desta evolução é da maior importância para o desenho e optimização dos programas de prevenção e intervenção

    SIDA à data do diagnóstico de infeção por VIH e por evolução de estádio (2009-2018): características dos casos notificados.

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    Introdução: A utilização de fármacos antirretrovirais altamente eficazes no controlo da infeção por VIH levou à redução da incidência de SIDA em Portugal, contudo esta mantém-se das mais elevadas da União Europeia. Objetivo: Comparar as características dos casos de SIDA concomitantes com o diagnóstico de infeção por VIH, com aqueles resultantes de evolução de estádio (diagnósticos diferidos), na última década. Métodos: Estudo retrospetivo dos casos de SIDA registados na base de dados nacional de vigilância epidemiológica, com diagnóstico de estádio entre 2009 e 2018. Efetuou-se a análise descritiva das características dos casos de acordo com o momento do diagnóstico (concomitante com VIH vs diferido), utilizando o software Epi Info™ (versão 7.2.2.6). Resultados: (ver ficheiro anexo) Conclusão: A maioria dos diagnósticos concomitantes ocorreu em homens heterossexuais reforçando a necessidade de aumentar o diagnóstico precoce neste grupo. A proporção de UDI nos casos com evolução poderá refletir a elevada incidência de VIH neste grupo no passado e uma maior dificuldade de adesão aos cuidados de saúde.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Estimativa de Pessoas que vivem com VIH, Fração não Diagnosticada e Demora Diagnóstica em Portugal, 2017

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    Introdução: Em Portugal, pese embora se registe uma tendência decrescente no número de novos casos de infeção por VIH, as taxas de novos diagnósticos são das mais elevadas da União Europeia. Com vista a acelerar a resposta nacional, Portugal assumiu o compromisso de, até 2020, atingir as metas propostas pela ONUSIDA: diagnosticar 90% das pessoas que vivem com VIH (PVVIH); tratar 90% das PVVIH diagnosticadas e alcançar a supressão viral em 90% das PVVIH em tratamento. Objetivos: Conhecer a estimativa das PVVIH e a dimensão e características da fração da população infetada e não diagnosticada, em Portugal. Material e Métodos: Com recurso aos dados da vigilância epidemiológica da infeção por VIH-1, em maiores de 14 anos, utilizou-se a aplicação informática HIV Modelling Tool do ECDC para efetuar as estimativas de prevalência, incidência, fração não diagnosticada e demora diagnóstica para a infeção por VIH-1. Resultados: Em Portugal, estima-se que 39.820 (39.219-40.485) pessoas viviam com VIH-1 no final de 2017 e que 3.087 (2.759-3.549) não estariam diagnosticadas, correspondendo a uma fração não diagnosticada de 7,8% (7,0%-8,8%). Calculou-se que no ano 2017 ocorreram 631 (410-885) novas infeções e o tempo entre a infeção e o seu diagnóstico, demora diagnóstica, foi estimado em 3,4 anos (3,2-3,7). A estimativa, estratificada para os diferentes modos de transmissão, mostrou que uma fração não diagnosticada mais elevada nos homens heterossexuais, 13,9% (12,0-16,7) e o valor mais baixo observou-se nos utilizadores de drogas injetáveis (UDI): 1,5% (1,4-2,3). Encontraram-se também diferenças ao nível da demora diagnóstica, que nos homens heterossexuais foi de 5,4 anos (5,1-5,6), mais do dobro da estimada para os homens que têm sexo com outros homens (HSH): 2,5 anos (2,2-2,7). A tendência temporal na proporção de casos diagnosticados anualmente relativamente à pool de casos não diagnosticados, mostra uma evolução favorável, aumentando cerca de 10% na última década. Conclusão: Em Portugal 92,2% das PVVIH estão diagnosticadas e a redução da fração não diagnosticada reforça a importância das medidas implementadas nos últimos anos, tais como a generalização da oferta do rastreio e diagnóstico da infeção em diferentes estruturas formais e informais de saúde. Contudo, a existência de uma fração da população que vive com a infeção e que não está diagnosticada justifica que se reforcem e se diversifiquem essas iniciativas.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Prevalência de Marcadores de Hepatites Víricas numa População Universitária

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    INTRODUÇÃO As hepatites permanecem um problema de saúde pública à escala mundial, apresentando grande impacto económico e social. Existem várias causas de hepatite, sendo as mais conhecidas as provocadas por vírus das hepatites A, B, C e E. Alguns destes vírus partilham formas de transmissão, como o VHB e VHC em que a transmissão sexual e parentérica são as formas mais frequentes, e o VHE e VHA, onde a transmissão fecal-oral é a principal forma de disseminação. A vacina está disponível para o VHA e VHB, mas apenas a vacina contra o VHB integra, desde o ano 2000, o PNV. Este estudo teve como objetivo determinar a prevalência de anticorpos contra as hepatites A, B, C e E num grupo de estudantes universitários e avaliar o seu enquadramento no padrão epidemiológico nacional. MATERIAL E MÉTODOS Entre Janeiro e Abril de 2012, foram recolhidas e estudadas 70 amostras de soro para anticorpos VHA (Total/IgM), VHB (anti-HBs), VHC (Total) e VHE (IgG/IgM), no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. RESULTADOS De entre as 70 amostras estudadas, 12 (17%) foram positivas para VHA total (todas VHA IgM negativas), 63 (90%) apresentavam o marcador serológico anti-HBs, e nenhuma das amostras avaliadas apresentou título de anticorpos detetável contra VHC. Quatro (5.7%) amostras revelaram a presença de VHE IgG mas em nenhuma foi detetada VHE IgM. CONCLUSÕES A prevalência da infeção por VHA foi inferior à descrita em outros estudos, para a mesma faixa etária, reforçando a tendência decrescente desta infeção em Portugal. Em 10% (n=7) das amostras não foi detetado anti-HBs, situação que pode significar uma não resposta à vacina (apesar desta induzir proteção em 95-99% dos casos) ou que a resposta imunológica ficou abaixo do limiar de deteção dos imunoensaios. A ausência de resultados positivos para o VHC está de acordo com os dados epidemiológicos existentes em Portugal, que apontam para uma seroprevalência de 1.5% na população saudável. Em relação à hepatite E, apesar de outros estudos apresentarem uma prevalência de 4.2%, no presente trabalho esta foi superior (5.7%). Estudos envolvendo outros grupos populacionais serão necessários para melhor conhecer a real prevalência destas hepatites em Portugal

    Características da infeção por VIH em dez cidades portuguesas aderentes à iniciativa Fast Track Cities

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    Introdução: A iniciativa Fast Track Cities visa envolver os municípios no cumprimento dos objetivos da estratégia 90-90-90 da ONUSIDA, em colaboração com as estruturas locais. O conhecimento das características das epidemias das suas cidades facilitará a definição das estratégias de intervenção local. Objetivo: Analisar as características da epidemia de VIH em 10 cidades do país que aderiram à iniciativa Fast Track Cities.N/

    Hepatite E: diagnóstico serológico em hepatites de etiologia desconhecida

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    Introdução A infeção por VHE tem maior incidência nos países em desenvolvimento, nomeadamente no sudoeste asiático, como por exemplo a Índia e a China, surgindo nos restantes países como casos importados. Recentemente foram descritos casos de hepatite E em países desenvolvidos sem que estivesse presente o principal fator de risco, viagens recentes a zonas endémicas, sugerindo a existência de reservatórios do VHE nestes países. O crescente número de casos de VHE autóctone alerta para um potencial problema de saúde pública em áreas não endémicas para este agente, no qual Portugal se encontra incluído. Este trabalho teve como objetivo a análise retrospetiva (2000/2011) de infeção por VHE em casos de hepatite de etiologia desconhecida. Material e Métodos Entre Janeiro de 2000 e Dezembro de 2011, foram recebidos no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, 241 amostras de soro de indivíduos com diagnóstico de hepatite de etiologia desconhecida, nos quais foi realizada a pesquisa de anticorpos VHE (IgG/IgM), por ensaio imunoenzimático. Resultados De entre as amostras estudadas, 12.9% (n=31) revelaram a presença de VHE IgM (infeção aguda/recente), 8.3% (n=20) foram positivos apenas para VHE IgG (infeção antiga/convalescença) e 78.8% (n=190) não apresentaram anticorpos VHE. A distribuição de resultados positivos para anticorpos VHE (IgG/IgM) foi a seguinte: n=1 entre 2000 e 2005; n=2 em 2006; n=6 em 2007; n=9 em 2008, 2009 e 2010; n=15 em 2011. Conclusões A relevância da infeção por VHE, como possível causa de hepatite, é evidenciada pelo facto de 51 indivíduos (21.2%) apresentarem anticorpos VHE, dos quais 31 (12.9%) revelaram a presença de VHE IgM, resultado compatível com infeção aguda ou recente. O aumento gradual do número de pedidos, para deteção de anticorpos VHE, bem como de resultados positivos, poderá ser o reflexo não só do aumento real de número de infeções, mas também de uma maior sensibilização dos clínicos para a existência de casos de infeção por VHE, em Portugal. Não foi possível determinar se os casos de infeção encontrados seriam importados ou autóctones, por ausência de informação, evidenciando a necessidade de uma melhor colaboração entre os clínicos e o laboratório, de forma a conhecer o padrão epidemiológico da hepatite E, em Portugal

    Estimating HIV incidence and number of undiagnosed individuals living with HIV in the European Union/European Economic Area, 2015

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    Helena Cortes Martins, Departamento de Doenças Infeciosas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IPSince 2011, human immunodeficiency virus (HIV) incidence appears unchanged in the European Union/European Economic Area with between 29,000 and 33,000 new cases reported annually up to 2015. Despite evidence that HIV diagnosis is occurring earlier post-infection, the estimated number of people living with HIV (PLHIV) who were unaware of being infected in 2015 was 122,000, or 15% of all PLHIV (n=810,000). This is concerning as such individuals cannot benefit from highly effective treatment and may unknowingly sustain transmission.Members of the ECDC HIV/AIDS Surveillance and Dublin Declaration Monitoring Networks: Portugal: Kamal Mansinho, Helena Cortes Martins, Teresa Melo.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
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