200 research outputs found

    O Dono do Trovão Manoel Nunes Pereira (1893-1985)

    Get PDF

    Dona Heloisa e a pesquisa de campo

    Get PDF
    Heloisa Alberto Torres (1895-1977) é uma personagem extensamente citada nas conversas de corredor das instituições nas quais a antropologia vem construindo a sua história e quase nunca citada em notas de pé de página. Qual foi, afinal, a contribuição desta personagem para a nossa história? Tento aqui começar a responder a esta pergunta, num ensaio que pretende ser também um estímulo aos jovens pesquisadores para visitarem nossos arquivos e ampliarem alguns dos indícios de que esta é uma história com um número muito maior de personagens do que estamos acostumados a considerar.Heloisa Alberto Torres (1895-1977) is widely recognized in corridor talk as an important persona in the tradition of the history of our discipline but hardly mentioned in our academic work. Did she really contributed to the building up of Anthropology in Brazil? In an attempt to answer this question, I hope also to persuade young investigators to do research in the few archives we have left and to pursuit many other personae we usually do not take as part of our history

    Revista de Antropologia: 1953-2003 uma revista para muitas histórias

    Get PDF
    As the history of Ethnology in Brazil is yet to be writen, I suggest the importance of Revista de Antropologia for such a history. Ethnological studies were dominant in the first twenty years of this journal and provides an excellent material for such a history: some clues for this endeavor are presented here. I remember also that the jubilee of Revista de Antropologia coincides with what would be the 90th anniversary of his creator, Egon Schaden.A Revista de Antropologia, especialmente em sua primeira fase, publicou predominantemente estudos de etnologia. Faço aqui um rápido levantamento desse período inicial, sugerindo que esses estudos apresentam boas pistas para se escrever uma história da etnologia no Brasil. Lembro também que o jubileu da Revista coincidiria com o 90º aniversário de seu criador, Egon Schaden

    Sobre A Invenção Da Mulata

    Get PDF
    Resumo Boa parte dos autores que trabalham com o sistema de classificações raciais no Brasil subscreve a descrição que Patrícia Birman faz dele: “privilegia-se um certo continuum de relações ao invés de estabelecer campos com fronteiras em domínios excludentes”. Tal sistema, “que permite a seus integrantes possuir posições variadas, referidas a mais de uma dimensão”, tornaria de difícil aplicação a noção de identidade. Exatamente o oposto parece ocorrer com o sistema de classificações de gênero no qual o par masculino/feminina tenta estabelecer com clareza aquelas fronteiras, isto é, desmentir, simbólica ou socialmente, a possibilidade de um continuum entre os dois pólos. Na literatura sobre a questão das relações raciais, a figura do mulato é sempre invocada como prova daquela escala; já a da mulata que pareceria oferecer a resolução cultural dessa incompatibilidade entre o sistema de classificações racial e o de gênero, pouco se fala. Mas como se constituiu historicamente essa figura tão contraditória, que parece ora renegar, ora confirmar um e outro sistema? Figura tão idêntica a si mesmo nos discursos médicos, literários ou carnavalescos que a singularizaram com tanta nitidez que parece não haver nenhuma descontinuidade entre a mulata das lavagens do Bonfim dos tempos de Nina Rodrigues e a “mulata globeleza” dos dias de hoje. Abstract Most of the authors working on the racial classification system in Brazil would subscribe Patricia Birman’s description of it: “rather than establishing fields with excluding thresholds, privilege is given to a continuum of relationships”. Such a system “allows its members to occuppy different positions, each related to different dimensions of it”, therefore making difficult the use of the notion of identity. The opposite seems to hold for the gender classification system, in which the masculine/feminine opposition tries to establish a clear delimitation of those thresholds, that is, to establish that there is no social or simbolic possibility of a continuum here. The mulatto trope is always invoked in the literature as a demonstration that such a continuum does not exist, but almost nothing is said about the mulata – which seemingly could help to resolve this cultural incongruity between national racial and gender classification systems. How was such a contradictory trope (the mulata) – that seems to validate and to invalidate, by turns, both systems of classification – historically invented. She emerges so neatly in medical discourses as in the nineteenth century descriptions of her or in the use/abuse television networks make today of her as a trademark.06/735-50Gêner

    Freud s nanny and other nannies

    Get PDF
    The Freud-Fliess letters attracted attention to Freud s nanny and also to the role played by nannies in the ideal family of psychoanalytic theory. Included in the models that explained the bourgeois family since the nineteenth century, but excluded by analytic theory, the nanny, ever present in Brazilian upper-class families, still poses a question to the father-mother-infant triangle.Depois da publicação das cartas de Freud a Fliess a literatura psicanalítica começou a prestar atenção à babá de Freud e, por consequência, à importância da babá na família ideal dessa literatura. Incluída, na prática, nos modelos explicativos de análise da família burguesa desde o século dezenove, a babá, ainda demasiado presente nas famílias de classe média e alta no Brasil, foi excluída da teoria analítica e continua a por em questão o triângulo papai-mamãe-filho.619

    Raimundo Nina Rodrigues e a "garantia da ordem social"

    Get PDF

    Eugenics in the heat of the moment

    Get PDF
    50951

    Flores do colonialismo: masculinidades numa perspectiva antropológica 

    Get PDF
    In this article, I comment on some difficulties related to the building up of knowledge on human trafficking. I base myself on research experience carried out in Brazil and in Spain which shows the importance of mapping and locating the notions of the different interest groups involved, including those people whom it is expected to protect and help. I analyze methodological problems, discussing the effects of the validity of the different definitions of human trafficking in the production of data and documents. In conclusion, I take into consideration the distinctions between crime and the violation of human rights so as to reflect on one of the aspects present in the material: the distance between the perception of those technically considered to be victims of trafficking and the legal definitions of this crime.Neste artigo comento algumas dificuldades relativas à produção do conhecimento sobre tráfico de pessoas. Tomo como referência experiências de pesquisa realizadas no Brasil e na Espanha que mostram a importância de mapear e situar os pressupostos dos diferentes grupos de interesse envolvidos, incluindo as pessoas que se espera proteger e atender. Analiso problemas metodológicos, discutindo os efeitos da vigência de diferentes definições de tráfico de pessoas na produção de dados e documentos. Finalmente, levo em conta a contribuição das distinções entre crime e violação dos direitos humanos para refletir sobre um dos aspectos presentes no material: a distância entre a percepção de pessoas tecnicamente consideradas vítimas de tráfico e definições legais desse crime11 201216ADAMS, Niki (English Collective of Prostitutes). Anti-trafficking legislation: Protection or deportation? (2003) Feminist Review, 73, pp. 135-139AGUSTÍN, Laura María (2007) Sex at the Margins, migration, labour markets and the rescue industry, , New York, Zed BooksALMEIDA, Luciana Campello Ribeira de e NEDERSTIGT, Frans. Documento sobre critérios e fatores de identificação de supostas vítimas de tráfico de pessoas Brasília, Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crimes, Secretaria Nacional de Justiça, Ministério da Justiça, s/dANDERSON, Bridget & O'CONNEL DAVIDSON, Julia. Trafficking, a demand-led problem? A multy-country pilot study. Part 1 Review of evidence and debates, 2004 (http://www.jagori.org/research_dst.htm)ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DEFESA DA MULHER, DA INFANCIA E DA JUVENTUDE (ASBRAD)SECRETARIA NACIONAL DE JUSTIÇA/ MINISTÉRIO DA JUSTIÇAESCRITÓRIO DAS NAÇÕES UNIDAS CONTRA DROGAS E CRIME. Metodologia de recepção e atendimento a mulheres e trans possíveis vítimas de tráfico de pessoas no universo de deportadas e inadmitidas recebidas pelo Posto de Atendimento Humanizado aos(às) Migrantes, Brasília, 2008AUSSERER, C., (2007) Controle em nome da proteção: Análise crítica dos discursos sobre a tráfico internacional de pessoas, , Dissertação de mestrado, Instituto de Relações Internacionais, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, junho deBARRY, K., Prostitution of sexuality: A cause for new international human rights (1997) Journal of Loss and Trauma, 2 (1), pp. 27-48CANTARERO, J., (2007) Los amos de la prostitución en España, , Barcelona, Ediciones BSACASTILHO, Ela Wiecko de. A legislação penal brasileira sobre tráfico de pessoas e imigração ilegal/irregular frente aos Protocolos Adicionais à convenção de Palermo. Texto apresentado no I Seminário Luso Brasileiro sobre tráfico de pessoas e imigração ilegal, Cascais, 2006O que é que a Bahia tem. O outro lado do turismo em Salvador (1998) Salvador, s/e, , CHAME, Centro Humanitário de Apoio à MulherCHAPKIS, W., (1997) Live Sex Acts, Women performing erotic labour, , Londres, CassellCOLETIVO MULHER VIDA. Sexo Turismo, a que a gente não faz para realizar um sonho?. Olinda, 1996 (Coordenação: Cecy Prestrello e Sandra Dias)CORNELL, D., Introduction (2000) Feminism and Pornography, pp. 1-19. , New York, Oxford University PressCORRÊA, Mariza. Mulher e Família: Um debate sobre a literatura recente. BIB, a que se deve ler em ciências sociais no Brasil, nos 15/19, São Paulo, Cortez, ANPOCS, 1986-1990, 1984CORTES GENERALES - Comisión Mixta de los derechos de la Mujer y de la Igualdad de Oportunidades. Informe de la ponencia sobre la prostitución en nuestro país (154/9) aprobada en sesión de la panencia del 13 de marzo de 2007DEBERT, Guita e GREGORY, Maria Filomena. Violência e Gênero. Novas propostas, velhos dilemas (prelo)DOEZEMA, J., Now you see her, now you don't: Sex Workers at the UN Trafficking Protocol Negotiation (2005) Social Legal Studies, 14, pp. 61-88DOEZEMA, Jo. A crecer! La infantilización de la mujeres em los debates sobre tráfico de mujeres. In: OSBORNE, Raquel. (ed.) Trajadorσ del sexo. Derechos, migraciones y tráfico en el siglo XXI. Barcelona, Edicions Bellaterra, 2004DOEZEMA, J., Forced to Choose. Beyond the Voluntary v. Forced Prostitution Dichotomy (1998) Global Sex Workers, Rights, Resistance and Redefinition, pp. 34-50. , New York/London, RoutledgeFRIESENDORF, C., Pathologies of Security Governance: Efforts Against Human Trafficking in Europe (2007) Security Dialogue, 38, pp. 379-402GLOBAL ALLIANCE AGAINST TRAFFIC IN WOMEN/GATTW. Collateral Damage. The Impact of Anti-Trafficking Measures on Human Rights Around the World. Bangkok, 2007 (http://www.gaatw.org)GOVERNO, D.O., ESTADO DE SÃO PAULO, SECRETARIA DA JUSTIÇA E DA DEFESA DA CIDADANIA, ESCRITÓRIO DE PREVENÇÃO E ENFRENTAMENTO AO TRÁFICO DE PESSOAS. Dossiê - Tráfico de Pessoas: Casos Emblemáticos Mimeo, s/dProstitutas, "traficadas" e pânicos morais: Uma análise da produção de fatos em pesquisas sobre o "tráfico de seres humanos (2005) Cadernos Pagu (25) - Mercado do Sexo -, Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero - Pagu/Unicamp, pp. 153-185. , GRUPO DAVIDAJASMIN, Prostitution is Work (1993) Social Text, (37), pp. 33-37KEMPADOO, Kamala. From Moral Panic to Global Justice: Changing Perspectives on Trafficking. In: KEMPADOO, K., SANGHERA, Jyoti and PATTANAIK, Bandana. Trafficking and prostitution reconsidered, new perspectives on migration, sex work, and human rights. Boulder Paradigm, 2005a, pp.vii-sxxivKEMPADOO, Kamala, Mudando a debate sobre o tráfico de mulheres (2005) Cadernos Pagu, pp. 55-79. , 25, Mercado do Sexo, Campinas-SP, Núcleo de Estudos de Gênero, Pagu/UnicampMCCLINTOCK, A., (1993) Sex Workers and Sex Work, Introduction. Social Text, 37, pp. 1-10MESTRE, Ruth. Las caras de la prostitución en el estado español. In: OSBORNE, Raquel. (ed.) Trabajadorαs del sexo. Derechos migraciones y tráfico em el siglo XXI. Barcelona, Ediciones Bellaterra, 2004(2007) Politica Nacional de Enfrentamento ao tráfico de pessoas, , MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, BrasíliaMORAES, Maria Lygia Quartim. Marxismo e Feminismo no Brasil (1996) Primeira versão, (66)MUNRO, V., Of rights and Rhetoric: Discourses of Degradation and Exploitation in the Context of Sex Trafficking (2008) Journal of Law and Society, 35 (2), pp. 240-264. , JuneMUNRO, V., Stopping Traffic? A comparative Study of Responses to the Trafficking in Women for Prostitution (2006) British Journal of Criminology, 46, pp. 318-333MURRAY, A., Don't believe the Hype In: KEMPADOO, Kamala e DOEZEMA, Jo (1998) Global Sex Workers, Rights, Resistance and Redefinition, pp. 51-65. , New York, RoutledgeNACIONES UNIDAS, (2007) Manual para la lucha contra la trata de personas, , New YorkOLIVEIRA, Marina Pereira Pires de. Análise da estratégia de agendamento do tema tráfico de pessoas na política pública brasileira, projeto de doutorado, Brasília, mimeo, 2008Uma aliança global contra o trabalho forçado (2005) Relatório Global do Seguimento da Declaração da OIT sobre Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho, , ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO, BrasíliaPISCITELLI, Adriana. Sujeição ou subversão? migrantes brasileiras na indústria do sexo na Espanha. Revista História e Perspectivas, no 35, Universidade Federal de Uberlândia, Agosto-Dezembro de 2006 [2007] (http://www.historiaperspectivas.inhis.ufu.br/)PISCITELLI, Adriana. Corporalidades em confronto: Gênero e nacionalidade no marco da indústria transnacional do sexo. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 22, no 64, junho de 2007a, pp.17-33PISCITELLI, direitos humanos e o debate sobre tráfico de pessoas com fins de exploração sexual (2006) Anais da 25a Reunão da Associação Brasileira de Antropologia, , Goiânia, CDJUDICIAL, P., CIVIL, G., (2005) Informe criminológico, trata de seres humanos (con fines de explotación sexual), , MadridRAPPORT, N., OVERING, J., (2000) Social and cultural anthropology. The key concepts, , Londres, RoutledgeSANGHERA, Jyoti. Unpacking the Trafficking Discourse. In: Kempadoo, Kamala, Sanghera, J. and Pattanaik, Bandana. Trafficking and prostitution reconsidered, new perspectives on migration, sex work, and human rights. Boulder, Paradigm, 2005, pp.3-25SARTI, Cynthia Andersen. O feminismo brasileiro desde os anos 1970: Revisitando uma trajetória. Revista Estudos Feministas, 12, no 2, maio/agosto de 2004, p.35-50Workshop prostituição feminina, consolidado dos principais pontos debatidos. Brasília (2008) mimeo, , SECRETARIA ESPECIAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA AS MULHERESSECRETARIA NACIONAL DE JUSTICA. Pesquisas em Tráfico de Pessoas, parte 3. Tráfico internacional de pessoas e tráfico de migrantes entre deportados (as) e não admitidos (as) que regressam ao Brasil via o aeroporto internacional de Guarulhos. Brasília, Secretaria Nacional de Justiça/OIT, 2007, (coord. técnica: Adriana Piscitelli)SECRETARIA NACIONAL DE JUSTICA. Pesquisas em tráfico de pessoas, parte 2. Relatório indícios de tráfico de pessoas no universo de deportadas e não admitidas que regressam ao Brasil via aeroporto de Guarulhos. Brasília, Secretaria Nacional de Justiça. 2006 (coord. técnica: Adriana Piscitelli)SKACKAUSKAS, Andréia. Sexualidade, migração e relações de trabalho - Uma análise do tráfico de mulheres sob a perspectiva das trabalhadoras sexuais, projeto apresentado ao doutorado em Ciências Sociais, Unicamp, mimeo, 2007SODIREITOS/GAATW REDLAC. Pesquisa tri-nacional sobre tráfico de mulheres do Brasil e da República Dominacana para o Suriname, uma intervenção em rede, Belém, 2008 (Redação do Relatório Brasil: Lúcia Isabel da Conceição Silva e Marcel Theodoor Hazeau)TAVARES, Aline Godois de Castro. Relatório sobre a Colóquio Nacional: Os Profissionais do Sexo Contribuindo para a Enfrentamento da Exploração Infanto Juvenil, Goiânia, 13 a 15 de abril de 2005WEITZER, R., The Social Construction of Sex Trafficking: Ideology and Institutionalization of a Moral Cruzade (2007) Politics Society, 35 (3), pp. 447-475In this article, I comment on some difficulties related to the building up of knowledge on human trafficking. I base myself on research experience carried out in Brazil and in Spain which shows the importance of mapping and locating the notions of the different interest groups involved, including those people whom it is expected to protect and help. I analyze methodological problems, discussing the effects of the validity of the different definitions of human trafficking in the production of data and documents. In conclusion, I take into consideration the distinctions between crime and the violation of human rights so as to reflect on one of the aspects present in the material: the distance between the perception of those technically considered to be victims of trafficking and the legal definitions of this crim

    Flores do colonialismo: masculinidades numa perspectiva antropológica 

    Get PDF
    11 20121
    corecore