3 research outputs found

    ANÁLISE MOLECULAR DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DA LISOZIMA

    Get PDF
    Nos últimos anos a procura por novas moléculas vem se intensificando por isso que várias áreas vêm recebendo grandes investimentos que apoiam pesquisas e formação de recursos humanos com capacidade de extrair os mais diferentes princípios ativos de diferentes espécies existentes na flora, na fauna ou em outra parte da biosfera. Alguns princípios ativos importantes são aqueles que estão relacionados com a prevenção de alguma doença através da inibição de algum agente patogênico. O trabalho teve como objetivo uma análise molecular da atividade antimicrobiana da lisozima através de uma revisão bibliográfica. Através de estudos realizados sobre o assunto, constatou-se que A estrutura primária da lisozima consiste numa única cadeia polipeptídica constituída por 129 aminoácidos. Ao longo da cadeia existem 4 pares de cisteínas (aminoácidos hidrofóbicos que contêm um grupo tiol: -SH) ligados por uma ponte dissulfídica (ligações covalentes que unem pontos distantes da estrutura primária da proteína, e que são comuns em proteínas extracelulares). Sua ação antimicrobiana se deve ao fato dela quebras as ligações entre o ácido N- acetilglucosamina (NAM) e N– acetilglucosamina de peptidoglicano (NAG). Sendo assim, a lisozima é uma enzima vulgarmente conhecida como o antibiótico natural, normalmente encontrado em secreções, como as lágrimas, a saliva e a mucosa nasal, bem como em grânulos citoplasmáticos de granulócitos neutrófilos e ainda na clara do ovo, atuando principalmente sobre bactérias gram-positivas. A sua estrutura molecular corresponde a uma estrutura primária que consiste numa única cadeia polipeptídica constituída por 129 aminoácidos com pares cisteinas

    O impacto do ultrassom point-of-care transtorácico no tempo de pausa entre as compressões torácicas durante a reanimação cardiopulmonar: revisão sistemática e metanálise

    Get PDF
    Objective: To value the impact of transthoracic point-of-care ultrasound (POCUS) on pause time between chest compressions during CPR. Methods: Systematic literature review in PubMed, Embase, Scopus, and Biblioteca Virtual em Saúde databases. The primary outcome of the meta-analysis was the difference in pause time between chest compressions in CPR with and without transthoracic POCUS. The secondary outcome was the return of spontaneous circulation of the manual verification and transthoracic POCUS groups. We used software R version 4.1.3 to perform all statistical analyses. Results: The search in the databases resulted in 6177 publications. However, only five met all inclusion criteria. Most of the studies were prospective cohorts. The mean age ranged from 56.5 to 66 years, and males were predominant in all studies. All showed longer pauses in the POCUS group. There was a statistical association between the use of POCUS and longer pauses between chest compressions with an MD of 3.88 (95% CI 2.76; 5.01; p-value < 0.0001). The additional exclusion of any of the five studies did not change the result, i.e., DM between the two groups continued to be statistically significant. Conclusion: The combined analysis of the data suggests that using the POCUS increases the pause time between chest compressions by an average of 3.88 seconds. However, further studies evaluating the impact on return to spontaneous circulation and mortality are necessary.Objetivo: Avaliar o impacto do ultrassom point-of-care (POCUS) transtorácico no tempo de pausa entre as compressões torácicas durante a reanimação cardiopulmonar. Métodos: Revisão sistemática da literatura nas bases de dados PubMed, Embase, Scopus e Biblioteca Virtual em Saúde. O desfecho primário da metanálise foi a diferença no tempo de pausa entre as compressões torácicas. O desfecho secundário foi o retorno da circulação espontânea dos grupos de verificação manual e POCUS transtorácicos. O software R versão 4.1.3 foi utilizado para realizar todas as análises estatísticas. A diferença no tempo de pausa foi expressa por meio da diferença de média (MD) com intervalo de confiança de 95% e o retorno à circulação espontânea por meio do risco relativo. O p-valor foi considerado estatisticamente significativo quando < 0,05. Resultados: A pesquisa nas bases de dados resultou em 6177 publicações, no entanto, apenas cinco foram incluídas. Houve uma associação estatística entre o uso de POCUS e pausas mais longas entre compressões torácicas com uma MD de 3,88 (95% CI 2,76; 5,01; p-valor < 0,0001). A exclusão adicional de qualquer um dos cinco estudos não alterou o resultado, ou seja, o DM entre os dois grupos continuou a ser estatisticamente significativo. Conclusão: A análise combinada dos dados sugere que a utilização do POCUS aumenta o tempo de pausa entre as compressões torácicas numa média de 3,88 segundos. Contudo, são necessários estudos randomizados controlados que avaliem o impacto no retorno à circulação espontânea

    Atividade Biológica de Plantas Medicinais da Caatinga Brasileira e Correlação com a sua Composição Fenólica

    No full text
    Dissertação de Mestrado em Biologia apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra.O Brasil possui grande potencial no que concerne à biodiversidade. O bioma Caatinga representa a quarta maior área coberta por uma única forma vegetacional. Duas espécies nativas deste bioma são amplamente utilizadas como medicinais pela população local, a Myracrodruon urundeuva (Engl.) Allemão conhecida por “aroeira” e a Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan conhecida por “angico”. Estas espécies são tradicionalmente utilizadas como agentes antimicrobianos e anti-inflamatórios e também são eficientes no tratamento de outras doenças. Compostos fenólicos têm sido referenciados como possuidores de muitos efeitos terapêuticos. Vários investigadores referem as atividades destes compostos e correlacionam-os com as suas respectivas características estruturais. Neste sentido, este trabalho teve como propósito avaliar a composição fenólica dos extratos aquosos destas plantas e a correlação com as suas atividades biológicas. Os extratos foram obtidos de acordo com o seu uso popular, por decocção e maceração da casca das plantas. A caracterização fitoquímica, quantitativa e qualitativa, foi realizada, respetivamente, por métodos espectrofotométricos (para os fenóis totais e taninos) e cromatográficos (TLC, HPLC-PDA). A atividade antioxidante foi estimada por recurso a duas metodologias, DPPH e anião superóxido; a atividade antifúngica foi testada frente a três fungos dermatófitos (Epidermophyton floccosum, Trichophyton rubrum e Microsporum gypseum); enquanto a atividade anti-inflamatória foi avaliada pelo teste de Griess e a viabilidade celular foi monitorizada pelo teste do MTT. Os resultados mostraram uma melhor atividade dos extratos da M. urundeuva, nos quais estão presentes, basicamente, os mesmos compostos: ácidos fenólicos (principalmente ácido gálhico e cafeico) e taninos hidrolisáveis e condensados, que constituem os compostos fenólicos maioritários. Estes extratos mostram grande atividade sequestrante para o radical DPPH e anião superóxido; inibição do crescimento fúngico, muito significativa para o E. floccosum (MIC e MLC de 100 μg/mL) e atividade anti-inflamatória, melhor no decocto, na concentração de 100 μg/mL, sendo estas atividades registadas para concentrações destituídas de citotoxicidade. A. colubrina também é rica em taninos, essencialmente taninos condensados e, em menor quantidade, ácido gálhico e protocatéquico. Esta planta também apresentou propriedades antioxidantes, antifúngicas e anti-inflamatórias, embora inferiores à M. urundeuva. Dentre os métodos de extração, a decocção revelou melhores rendimentos e teores de fenóis totais e de taninos, bem como melhores atividades biológicas. Finalmente, a predominância de ácido cafeico, galhotaninos e elagitaninos podem justificar as melhores atividades verificadas para a M. urundeuva, uma vez que, estes compostos, especificamente os taninos hidrolisáveis são, em geral, agentes biológicos mais potentes. Do estudo realizado ressalta a importância das duas plantas estudadas na procura de novos produtos naturais biologicamente ativos e contribuição para comprovar a sua eficácia e segurança nas doenças inflamatórias e da pele, para as quais estas plantas são usadas, na medicina popular da região da Caatinga, no Brasil.Brazil possesses a large potential in what concerns biodiversity. The Caatinga biome represents the fourth largest area covered by a single vegetation form. Two native species from this biome are widely used as medicine by local populations, Myracrodruon urundeuva (Engl.) Allemão known as “aroeira” and Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan known as “angico”. These species appear as antimicrobial and anti-inflammatory agents and are also effective on the treatment of other diseases. Phenolic compounds have been referred as possessing many therapeutic effects. Many researchers point the activities of these compounds and correlate them to their chemical structure. In this sense, this work purposed to evaluate the phenolic composition of aqueous extracts of these plants and the correlation to their biological activity. The extracts were obtained in accordance to their popular use, by decoction and maceration of the plant barks. Phytohemical characterization, quantitative and qualitative, was accomplished throughout spechtrophotometric (total phenols and tannins) and chromatographic methods (TLC, HPLC-PDA), respectively. Antioxidant activity was estimated by two methodologies, DPPH and superoxide anion; antifungal activity was tested for three dermatophyte fungi (Epidermophyton floccosum, Trichophyton rubrum and Microsporum gypseum); while anti-inflammatory activity was evaluated by Griess assay and cell viability was monitored by the MTT test. The results showed a better activity of M.urundeuva extracts, in which, basically, the same compounds are present: phenolic acids (mainly gallic and caffeic acid) and hydrolysable and condensed tannins, which constitute the major phenolic compounds. These extracts showed high sequestrant activity against the DPPH radical and superoxide anion; a strong fungal growth inhibition to E. floccosum (MIC e MLC de 100 μg/mL); anti-inflammatory activity, which was better in the decoct at the 100 μg/mL concentration. These activities were verified for concentrations without cytotoxicity. A. colubrina is also rich in tannins, essencially condensed tannins and, in a less amount, gallic and protocatechuic acid. This plant also showed antioxidant, antifungal and anti-inflammatory properties, although lower than M. urundeuva. Among the extractions methods, the decoction revealed a better yield and total phenols and tannins, as well as better biological activities. Finally, the predominance of caffeic acid, gallotannins and elagitannins may justify the relatively better activity verified to M. urundeuva once, these compounds, specifically the hydrolysable tannins are, in general, more powerful biological agents. This work highlight the importance of these two plants in the search for new natural biological active products and to the contribution it gave to prove the effectiveness and safety in inflammatory and skin diseases, for which these plants are used, in popular medicine in Caatinga area, Brazil
    corecore