9 research outputs found

    Sociação de mulheres na prisão : disciplinaridades, rebeliões e subjetividades

    Get PDF
    Esta tese analisa as mudanças na morfologia das interações sociais na Penitenciária Feminina Madre Pelletier (RS), destacando os aspectos relativos aos controles formais e informais produzidos em meio aos jogos de poder pelos diferentes grupos que habitam a prisão. O estudo contempla o período entre 1990 e 2008 e desconstrói a percepção do encarceramento feminino centrado na singularidade, homogeneização e sujeição feminina frente a um único poder: o do Estado, deixando de considerar o poder disseminado entre indivíduos em suas diferentes posições na configuração prisional. Focamos a relação das mulheres com os delitos de drogas, na medida em que este delito tem redefinido a trajetória criminal feminina. Ao mesmo tempo, essa relação adentra a penitenciária e põe em circulação interesses e uma lógica mercantil sustentada pela violência entre grupos. As interações na sociedade prisional feminina passaram a se caracterizar pela instabilidade, pela presença de um código informal sustentado pelas presas, por ambivalências nos discursos e nas práticas relativas à mulher envolvida em delitos de drogas e, por extensão, à mulher. Rebeldia, micro poderes, sexualidade e ações coletivas definem as relações sociais entre as mulheres aprisionadas, longe dos antigos projetos da reabilitação da sociedade moderna.This thesis analyses the morphological changes of the social institutions in the Women’s Prison of Madre Pelletier (RS), bringing out the aspects related to the formal and informal controls produced amid games of power by the different groups that dwell the prison. The study contemplates the period between 1990 and 2008, and deconstructs the perception of the women’s imprisonment centered on the singularity, homogenization and the women’s subjection against a single power: the State’s, not considering the power scattered among the individuals in their different positions in the prison setting. We focused on the women’s relation with the drug offenses, as they have redefined the women’s criminal trajectory. At the same time, this relation enters the prison and causes the circulation of interest, as well as, merchant logic sustained by the violence between groups. The interactions in the women’s prison society began to be characterized by the instability, by the presence of an informal code sustained by the imprisoned, by ambivalences towards the speeches and the practices related to the woman involved in drug offenses and, by extension, to the woman. Rebelliousness, micro powers, sexuality and collective actions define the social relations between imprisoned women, far from the old projects of the rehabilitation of the modern society

    Mulheres nas so(m)bras: invisibilidade, reciclagem e dominação viril em presídios masculinamente mistos

    No full text
    O incremento do encarceramento feminino tem levado as autoridades a confinarem mulheres dentro dos presídios masculinos. O estudo – oriundo de pesquisa realizada na 5ª Região Penitenciária do Rio Grande do Sul – discute as dinâmicas carcerárias, mostrando que o acesso aos espaços, a distribuição do trabalho, a aplicação dos castigos e a definição das regras disciplinares são referenciados por uma orientação masculina. Nesta, o poder se volta para as mulheres, visando condicionar suas práticas a uma sexualização dirigida para o viril, ao mesmo tempo que positiva, nesse padrão, os comportamentos masculinos. As especificidades da condição feminina em tais espaços conduzem a que se definam esses presídios como “masculinamente mistos”.The increase in women’s imprisonment has pushed authorities to confine them in male prisons. The study of the research undertaken at the 5th Penitentiary Region of Rio Grande do Sul discusses the prison dynamics, showing that the access to areas in common, the task distribution, the punishments and the definition of disciplinary rules are based on male directions. Under these circumstances, the power turns to women aiming at conditioning their practices to sexualization directed to virility, affirming, at the same time, the male behaviors. The characteristics of the female condition in such environments lead to the definition of those prisons as “manly mixed”

    Gênero e mercado de trabalho em Pelotas: balanço dos últimos anos

    No full text
    O estudo trata das mudanças geradas pela reestruturação produtiva sobre o emprego formal no Município de Pelotas sob uma perspectiva de gênero. A partir da base de dados da RAIS, dimensionamos as alterações ocorridas no peso e na composição da força de trabalho mostrando que a reestruturação produtiva recaiu com mais intensidade sobre o emprego feminino na indústria, o que contrastou com os demais setores de atividade econômica nos quais a participação feminina teve comportamento diferenciado. Embora decaia o contingente feminino industrial, as mulheres tiveram avanços em sua participação no mercado de trabalho caracterizando o processo de “feminização” da mão-de-obra. Esse processo, no entanto, não é uniforme. De um lado, tem-se que, a partir de critérios de seletividade, ampliam-se também as diferenças intragênero; de outro, a racionalização gerencial consolida uma certa homogeneização dos ganhos salariais dentro de uma lógica de redução dos custos do trabalho sob um balizamento de gênero

    Women it the shadows: invisibility, recycling and masculine domination in mainly male mixed prisons

    No full text
    Submitted by Bruna Vieira ([email protected]) on 2011-11-15T01:55:49Z No. of bitstreams: 1 Mulheres.pdf: 88745 bytes, checksum: d3dd02d1c43ae5603375b02873e23526 (MD5)Approved for entry into archive by Barbara Milbrath([email protected]) on 2011-11-17T07:11:41Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Mulheres.pdf: 88745 bytes, checksum: d3dd02d1c43ae5603375b02873e23526 (MD5)Made available in DSpace on 2011-11-17T07:11:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Mulheres.pdf: 88745 bytes, checksum: d3dd02d1c43ae5603375b02873e23526 (MD5) Previous issue date: 2010O incremento do encarceramento feminino tem levado as autoridades a confinarem mulheres dentro dos presídios masculinos. O estudo – oriundo de pesquisa realizada na 5ª Região Penitenciária do Rio Grande do Sul – discute as dinâmicas carcerárias, mostrando que o acesso aos espaços, a distribuição do trabalho, a aplicação dos castigos e a definição das regras disciplinares são referenciados por uma orientação masculina. Nesta, o poder se volta para as mulheres, visando condicionar suas práticas a uma sexualização dirigida para o viril, ao mesmo tempo que positiva, nesse padrão, os comportamentos masculinos. As especificidades da condição feminina em tais espaços conduzem a que se definam esses presídios como “masculinamente mistos”.The increase in women’s imprisonment has pushed authorities to confine them in male prisons. The study of the research undertaken at the 5th Penitentiary Region of Rio Grande do Sul discusses the prison dynamics, showing that the access to areas in common, the task distribution, the punishments and the definition of disciplinary rules are based on male directions. Under these circumstances, the power turns to women aiming at conditioning their practices to sexualization directed to virility, affirming, at the same time, the male behaviors. The characteristics of the female condition in such environments lead to the definition of those prisons as “manly mixed”

    Gênero e mercado de trabalho em Pelotas: balanço dos últimos anos

    No full text
    Submitted by Bruna Heller ([email protected]) on 2011-10-31T17:34:42Z No. of bitstreams: 1 gênero e mercado de trabalho.pdf: 79003 bytes, checksum: 3043192410661cf5ff3249193b6e19b5 (MD5)Approved for entry into archive by Barbara Milbrath([email protected]) on 2011-10-31T19:18:30Z (GMT) No. of bitstreams: 1 gênero e mercado de trabalho.pdf: 79003 bytes, checksum: 3043192410661cf5ff3249193b6e19b5 (MD5)Made available in DSpace on 2011-10-31T19:18:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 gênero e mercado de trabalho.pdf: 79003 bytes, checksum: 3043192410661cf5ff3249193b6e19b5 (MD5) Previous issue date: 200

    Criminologia Feminista com Criminologia Crítica: Perspectivas teóricas e teses convergentes

    No full text
    corecore