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    Preservação da fertilidade em pacientes oncológicos

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    Introdução: O câncer se desenvolve através de células que se multiplicam desordenadamente, e que podem ser originárias de diversos tecidos e órgãos. Em mulheres, as neoplasias do sistema reprodutor apresentam elevada incidência, e também um novo desafio na abordagem terapêutica, a preservação da fertilidade das pacientes. Objetivos: Analisar as evidências atuais acerca da perda e preservação de fertilidade em pacientes oncológicas. Metodologia:  Revisão integrativa baseada em artigos científicos encontrados nas bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), SCIELO, MEDLINE e LILACS a partir da combinação dos descritores “Preservação da fertilidade”, “Oncologia”, “Neoplasias ovarianas” e “Neoplasias de mama”. Os critérios de inclusão foram: estudos realizados num período de dez anos (2013 a 2023), em português ou inglês, disponíveis gratuitamente. Foram excluídos artigos publicados anteriormente ou não relacionados ao tema. Por fim, 29 estudos foram selecionados para a realização da revisão. Discussão: O tratamento dos tumores ginecológicos pode envolver a remoção de órgãos reprodutivos e o uso de agentes terapêuticos como a radioterapia e a quimioterapia, que podem gerar disfunção ovariana e toxicidade para as gônadas, culminando em um quadro de infertilidade. A criopreservação é um método muito utilizado para preservar os oócitos ou mesmo embriões já formados, para posterior realização de fertilização in vitro. Para pacientes pediátricos, surge a técnica de preservação de tecido ovariano, que pode ser reimplantado na paciente, mas o método ainda está sob análise. Além disso, existe a opção de transpor os ovários, nos casos da realização de radioterapia pélvica, para outros locais onde não serão atingidos, e também de supressão do estímulo ovariano em casos de uso de terapias gonadotoxicas, objetivando reduzir o efeito destas sobre o órgão. Conclusão: Os avanços na área permitem a preservação da fertilidade em muitas pacientes e corroboram para o investimento em novas pesquisas e desenvolvimento de métodos, para que cada vez mais mulheres em tratamento oncológico possam ter a possibilidade de gerar um filho de forma segura

    Substituição transcateter da valva aórtica: uma revisão integrativa

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    Introdução: A estenose da válvula aórtica (EA) é a cardiopatia valvar mais comum em países desenvolvidos, o que representa um forte impacto na saúde pública. As três causas principais de EA são: valvopatia reumática, esclerose e anomalia congênita. Ao diagnóstico precoce por ecocardiografia, usualmente os pacientes relatam dispnéia e angina aos esforços e pré-síncope. Classicamente, em casos avançados, as manifestações incluem angina, síncope e insuficiência cardíaca (IC). A substituição valvar é a primeira linha de tratamento da EA grave sintomática. Nesse sentido, considerando a crescente evolução técnica e melhoria dos dispositivos implantáveis, destaca-se o implante transcateter de valva aórtica (TAVR) como alternativa à substituição cirúrgica da valva aórtica (SAVR).  Objetivo: Analisar as evidências atuais acerca da TAVR e comparar os desfechos clínicos dos pacientes submetidos a esse procedimento e à SAVR. Métodos: Revisão integrativa de 20 estudos encontrados na base de dados PubMed, a partir dos descritores “aortic stenosis” e “transcatheter aortic valve replacement”, utilizando os filtros idioma inglês, publicação nos últimos 10 anos e estudos dos tipos ensaio clínico, meta-análise e revisão sistemática. Resultados:  Os estudos mostraram, em geral, maior necessidade de implante de marcapasso permanente em pacientes submetidos à TAVR, bem como maior regurgitação paravalvar em comparação com aqueles que passaram pela SAVR. Ambos os grupos apresentaram melhora similar na classe funcional NYHA. Além disso, os dados não mostraram diferença significativa de deterioração estrutural valvar (SVD) a médio prazo nos dois grupos, tampouco de mortalidade e de acidente vascular encefálico (AVE) incapacitante em até 8 anos. Conclusão: Foi possível compreender que, para pacientes de alto e médio risco cirúrgico, as evidências suportam a TAVR como alternativa à SAVR devido ao perfil de segurança e aos desfechos clínicos semelhantes. Contudo, ainda faltam estudos para indicar assertivamente o procedimento aos pacientes de baixo risco. Vale salientar a necessidade de mais pesquisas envolvendo as novas gerações das biopróteses valvares e o seguimento de pacientes a longo prazo a fim de determinar precisamente a SVD

    Divulgação do conhecimento científico na área da saúde pelo Podcast Minuto Saúde

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    Um projeto de extensão universitária proporciona aos discentes o desenvolvimento de habilidades essenciais para a carreira e contribui para a comunidade promovendo impacto e transformação social. Visto que as plataformas de divulgação via áudio estão em destaque, atualmente o Podcast: Minuto Saúde, usufruiu das redes sociais para transmitir conhecimento sobre saúde baseado em evidências científicas utilizando uma linguagem compreensiva e concisa. Descrever a experiência de um projeto de extensão universitária utilizando o Podcast como ferramenta para divulgação de conteúdo na área da saúde. Trata-se de um relato de experiência, resultado de um projeto de extensão de uma instituição de ensino superior, em Belo Horizonte, Minas Gerais. O projeto foi realizado no período entre agosto de 2023 e fevereiro de 2024. A produção do Podcast foi desenvolvida em três etapas, sendo elas: o planejamento e embasamento teórico; a elaboração de roteiros e gravação dos episódios; e, por fim, sua divulgação nas plataformas Spotify e Instagram e pelo aplicativo WhatsApp. No estudo, foram produzidas quatro temporadas de conteúdos na área da saúde, denominadas, Setembro Amarelo, Outubro Rosa, Novembro Azul e Dezembro Vermelho, contendo dois episódios em cada uma delas, totalizando oito episódios. Estabelecer uma relação entre o meio acadêmico e a sociedade por meio de um Podcast, focado em temáticas relacionadas à promoção de saúde, contribui para sanar dúvidas e reduzir a circulação de notícias falsas, além de favorecer aos acadêmicos desenvolvimento de habilidades de comunicação e crescimento pessoal

    Unraveling the genetic background of individuals with a clinical familial hypercholesterolemia phenotype

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    Familial hypercholesterolemia (FH) is a common genetic disorder of lipid metabolism caused by pathogenic/likely pathogenic variants in LDLR, APOB, and PCSK9 genes. Variants in FH-phenocopy genes (LDLRAP1, APOE, LIPA, ABCG5, and ABCG8), polygenic hypercholesterolemia, and hyperlipoprotein (a) [Lp(a)] can also mimic a clinical FH phenotype. We aim to present a new diagnostic tool to unravel the genetic background of clinical FH phenotype. Biochemical and genetic study was performed in 1,005 individuals with clinical diagnosis of FH, referred to the Portuguese FH Study. A next-generation sequencing panel, covering eight genes and eight SNPs to determine LDL-C polygenic risk score and LPA genetic score, was validated, and used in this study. FH was genetically confirmed in 417 index cases: 408 heterozygotes and 9 homozygotes. Cascade screening increased the identification to 1,000 FH individuals, including 11 homozygotes. FH-negative individuals (phenotype positive and genotype negative) have Lp(a) >50 mg/dl (30%), high polygenic risk score (16%), other monogenic lipid metabolism disorders (1%), and heterozygous pathogenic variants in FH-phenocopy genes (2%). Heterozygous variants of uncertain significance were identified in primary genes (12%) and phenocopy genes (7%). Overall, 42% of our cohort was genetically confirmed with FH. In the remaining individuals, other causes for high LDL-C were identified in 68%. Hyper-Lp(a) or polygenic hypercholesterolemia may be the cause of the clinical FH phenotype in almost half of FH-negative individuals. A small part has pathogenic variants in ABCG5/ABCG8 in heterozygosity that can cause hypercholesterolemia and should be further investigated. This extended next-generation sequencing panel identifies individuals with FH and FH-phenocopies, allowing to personalize each person’s treatment according to the affected pathway

    Geoeconomic variations in epidemiology, ventilation management, and outcomes in invasively ventilated intensive care unit patients without acute respiratory distress syndrome: a pooled analysis of four observational studies

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    Background: Geoeconomic variations in epidemiology, the practice of ventilation, and outcome in invasively ventilated intensive care unit (ICU) patients without acute respiratory distress syndrome (ARDS) remain unexplored. In this analysis we aim to address these gaps using individual patient data of four large observational studies. Methods: In this pooled analysis we harmonised individual patient data from the ERICC, LUNG SAFE, PRoVENT, and PRoVENT-iMiC prospective observational studies, which were conducted from June, 2011, to December, 2018, in 534 ICUs in 54 countries. We used the 2016 World Bank classification to define two geoeconomic regions: middle-income countries (MICs) and high-income countries (HICs). ARDS was defined according to the Berlin criteria. Descriptive statistics were used to compare patients in MICs versus HICs. The primary outcome was the use of low tidal volume ventilation (LTVV) for the first 3 days of mechanical ventilation. Secondary outcomes were key ventilation parameters (tidal volume size, positive end-expiratory pressure, fraction of inspired oxygen, peak pressure, plateau pressure, driving pressure, and respiratory rate), patient characteristics, the risk for and actual development of acute respiratory distress syndrome after the first day of ventilation, duration of ventilation, ICU length of stay, and ICU mortality. Findings: Of the 7608 patients included in the original studies, this analysis included 3852 patients without ARDS, of whom 2345 were from MICs and 1507 were from HICs. Patients in MICs were younger, shorter and with a slightly lower body-mass index, more often had diabetes and active cancer, but less often chronic obstructive pulmonary disease and heart failure than patients from HICs. Sequential organ failure assessment scores were similar in MICs and HICs. Use of LTVV in MICs and HICs was comparable (42·4% vs 44·2%; absolute difference -1·69 [-9·58 to 6·11] p=0·67; data available in 3174 [82%] of 3852 patients). The median applied positive end expiratory pressure was lower in MICs than in HICs (5 [IQR 5-8] vs 6 [5-8] cm H2O; p=0·0011). ICU mortality was higher in MICs than in HICs (30·5% vs 19·9%; p=0·0004; adjusted effect 16·41% [95% CI 9·52-23·52]; p<0·0001) and was inversely associated with gross domestic product (adjusted odds ratio for a US$10 000 increase per capita 0·80 [95% CI 0·75-0·86]; p<0·0001). Interpretation: Despite similar disease severity and ventilation management, ICU mortality in patients without ARDS is higher in MICs than in HICs, with a strong association with country-level economic status

    Evaluation of a quality improvement intervention to reduce anastomotic leak following right colectomy (EAGLE): pragmatic, batched stepped-wedge, cluster-randomized trial in 64 countries

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    Background Anastomotic leak affects 8 per cent of patients after right colectomy with a 10-fold increased risk of postoperative death. The EAGLE study aimed to develop and test whether an international, standardized quality improvement intervention could reduce anastomotic leaks. Methods The internationally intended protocol, iteratively co-developed by a multistage Delphi process, comprised an online educational module introducing risk stratification, an intraoperative checklist, and harmonized surgical techniques. Clusters (hospital teams) were randomized to one of three arms with varied sequences of intervention/data collection by a derived stepped-wedge batch design (at least 18 hospital teams per batch). Patients were blinded to the study allocation. Low- and middle-income country enrolment was encouraged. The primary outcome (assessed by intention to treat) was anastomotic leak rate, and subgroup analyses by module completion (at least 80 per cent of surgeons, high engagement; less than 50 per cent, low engagement) were preplanned. Results A total 355 hospital teams registered, with 332 from 64 countries (39.2 per cent low and middle income) included in the final analysis. The online modules were completed by half of the surgeons (2143 of 4411). The primary analysis included 3039 of the 3268 patients recruited (206 patients had no anastomosis and 23 were lost to follow-up), with anastomotic leaks arising before and after the intervention in 10.1 and 9.6 per cent respectively (adjusted OR 0.87, 95 per cent c.i. 0.59 to 1.30; P = 0.498). The proportion of surgeons completing the educational modules was an influence: the leak rate decreased from 12.2 per cent (61 of 500) before intervention to 5.1 per cent (24 of 473) after intervention in high-engagement centres (adjusted OR 0.36, 0.20 to 0.64; P < 0.001), but this was not observed in low-engagement hospitals (8.3 per cent (59 of 714) and 13.8 per cent (61 of 443) respectively; adjusted OR 2.09, 1.31 to 3.31). Conclusion Completion of globally available digital training by engaged teams can alter anastomotic leak rates. Registration number: NCT04270721 (http://www.clinicaltrials.gov)
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