8 research outputs found

    Between the physician's office and the “terreiro”: mediations, noises and silences in the therapeutic itineraries of “candomblé” followers

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    This paper aims to discuss the infocommunicational aspects related to “candomblé” followers in their relation with health services, both public and private. The methodology was focused on eleven semi-structured interviews of initiated and not initiated people (but who takes part in “terreiro”) based on the instrument McGill MINI Narrativa de Adoecimento (McGill Narrative of Illness – MINI). The collected data were submitted to content analysis. It was verified significant value given by the interviewees to the medical services and peculiar modes of appropriation of the specialist discourse, but the search for health care sometimes is characterized by negligence and a double underestimate: of people´s suffering and their religious perspective. This religious dimension must be treated not as a diagnosis, but as an important fact inherent to the suffering experience. So, it is supposed to be recognized by the health professionals

    O poliedro cartoetnográfico: conceitos, noções e saberes conjugados na matriz cartoetnográfica de linhas de pensamento / The polyhedron cartoetnographic: concepts, notions and knowledge conjugated in the cartoetnographic matrix of lines of thought

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    O presente artigo discute a elaboração de uma matriz teórico-conceitual de análise qualitativa que se preste a pesquisas cartoetnográficas (Portugal & Nunes, 2015). Combinando a análise sociocultural à observação da transformação das paisagens socioexistenciais – o que exige contemplar aspectos simbólicos e fenomenológicos, bem como o trânsito entre o subjetivo/ singular e o coletivo –, empreendeu-se o esforço de criação do que aqui se denomina “matriz cartoetnográfica de linhas de pensamento”. A referida matriz conjuga diversos artefatos teóricos, mais precisamente, os conceitos de modos de existência (Latour, 2013), sofrimento social (Kleinman, Das, & Lock, 1997), reconhecimento (Honneth, 2003), atuação (Mol, 2002), agência lateral (Berlant, 2011), táticas e estratégias (De Certeau, 1998) e modos de agir (Marques, 2016). Conclui-se que essa matriz permite acessar os aspectos supracitados, sendo útil a pesquisas que demandem articular a perspectiva socioantropológica a um olhar sobre a subjetividade e o sofrimento humanos, em especial os estudos socioantropológicos em saúde

    Da linguagem dos infortúnios às narrativas de doença:o sofrimento psíquico e a construção de itinerários terapêuticos entre adeptos do candomblé

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    Made available in DSpace on 2014-10-07T19:35:25Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) clarice_portugal_icict_mest.pdf: 1413527 bytes, checksum: 141f845b633d36a819fa65ec4ec5cd0f (MD5) Previous issue date: 2014-09-05Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, BrasilEsta pesquisa visa a investigar as narrativas de doença em torno do sofrimento psíquico \2013 com ênfase em depressão e suicídio \2013 entre adeptos do candomblé, de modo a elucidar como ele é construído, compartilhado e percebido por quem oferece e demanda cuidado no terreiro; as múltiplas inserções sócio-institucionais dos sujeitos entrevistados; e os itinerários de informação e conhecimento envolvidos na construção pessoal e social da doença mental nos Axés. A metodologia centrou-se uma etnografia descritiva aliada à realização de entrevistas semiestruturadas construídas para elicitar narrativas de adoecimento/sofrimento com iniciados e não-iniciados (mas participantes do terreiro). Essas entrevistas foram baseadas na aplicação do instrumento MINI McGill Narrativa de Adoecimento. Foram realizadas 11 (onze) entrevistas e o trabalho de campo envolveu três terreiros de candomblé, dois no Estado do Rio de Janeiro e um na cidade de Salvador, BA. Os dados coletados foram submetidos à análise de conteúdo, tendo sido as entrevistas codificadas individualmente e os códigos obtidos organizados por temáticas A seguir, construíram-se categorias analíticas a partir dos códigos recorrentes e de idiossincrasias, buscando cotejá-los com o conteúdo das entrevistas e o material de coleta primária no campo etnográfico. Obtiveram-se 9 (nove) grandes categorias, que foram combinadas entre si na redação da análise dos resultados, dividida em cinco grandes tópicos: a conexão entre loucura e a busca por cuidado em saúde no candomblé; protótipos e modelos causais de sofrimento; normatividade, itinerários terapêuticos e literacy em saúde (mental); a experiência de suicídio e, por fim, o papel dos terreiros como (re)construtores de identidade e suas possibilidades (e limites) como sítios de cuidadoThis study aims to investigate illness narratives about mental suffering – emphasizing depression and suicide – between Candomblé adepts, in turn to elucidate how it is constructed, shared and perceived by people who offers and demands care in the Candomblé communities; the social and institutional insertions of the subjects; and the knowledge and information itineraries evolved in personal and social construction of mental illness in the Axés. The methodology was focused on a descriptive ethnography research allied to semi-structured interviews constructed to elicit narratives of illness/suffering of initiated and not initiated people (but who takes part in terreiro ). These interviews were based on the instrument McGill MINI Narrative of illness. There were made eleven interviews and the field work was made in three terreiros of Candomblé, two of them in Rio de Janeiro and one in the city of Salvador, BA. The collected data were submitted to content analysis. The interviews were coded individually and the codes organized by themes. After that, there were built analytic categories based on the frequent and awkward codes, in deal with the interviews‘ content and the primary collect of data in the ethnographic field. There were obtained nine general categories, which were combined during the writing of the analysis of the results, divided in big five topics: the connection between insanity and the search for health care in Candomblé; prototypes and causal models of suffering; normativity, therapeutic itineraries and (mental) health literacy; suicide experience and, finishing, the function of the terreiros for the (re)construction of identity and its possibilities (and limits) as places of care

    A(s) casa(s) e a rua: o zelo pela moradia dos deuses e de si-mesmo por parte de candomblecistas em processo de desinstitucionalização em saúde mental

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    O presente artigo aborda, a partir da discussão foucaultiana acerca do cuidado de si, como a imersão no candomblé atua sobre o senso de corporeidade de seus partícipes, sobretudo aqueles que padecem de alguma forma de sofrimento mental e buscam a referida religião no sentido de apaziguar ou dirimir sua experiência de aflição. A abordagem metodológica utilizada – a cartoetnografia (PORTUGAL; NUNES, 2015) - envolveu entrevistas não-estruturadas e observação participante. Os dados foram analisados com base na hermenêutica crítica e no artefato intitulado “matriz cartoetnográfica de linhas de pensamento”. Pudemos verificar que se perceber como candomblecista envolve um aprimoramento do cuidado de si que perpassa duas dimensões centrais: a transformação da expressão e da estética corporal, assim como um esforço de reelaboração do espaço da casa; ambos no sentido de afirmar-se como candomblecista e seu pertencimento a esse grupo religioso. A partir disso, concluímos que o “tornar-se filho de santo” incrementa o cuidado de si e propicia, consequentemente, um adensamento da rede social de apoio, do reconhecimento (HONNETH, 2003) e de elaboração tática do cotidiano (DE CERTEAU, 1998)

    O uso de audiovisual na construção compartilhada de conhecimento em saúde: uma experiência na emergência psiquiátrica

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    Submitted by Erica Netto ([email protected]) on 2012-04-14T18:25:37Z No. of bitstreams: 1 Uso_audiovisual_construcao_compartilhada_conhecimento_saude.pdf: 94956 bytes, checksum: a67b6fff791a79e3604210c42cecf3e7 (MD5)Made available in DSpace on 2012-04-14T18:25:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Uso_audiovisual_construcao_compartilhada_conhecimento_saude.pdf: 94956 bytes, checksum: a67b6fff791a79e3604210c42cecf3e7 (MD5) Previous issue date: 2011FaperjFundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.O presente artigo é produto de um desdobramento da pesquisa: “Abordando a epidemiologia do risco de suicídio na AP1&3 através de um serviço de emergência psiquiátrica”, desenvolvida no ICICT/Fiocruz. Trata-se de pesquisa-ação com apresentação de vídeos em saúde na sala de espera de um dos polos de emergência psiquiátrica do RJ. A exibição de vídeos em saúde deu visibilidade a questões pertinentes à construção compartilhada do conhecimento, ou seja, ao encontro da informação técnica com a experiência cotidiana social. Foi possível observar que a criação desse espaço possibilitou uma discussão sobre outras formas de produzir e organizar as informações sobre saúde, não somente entre a equipe da pesquisa, mas no interior da própria instituição. Fez-se notar, contudo, que há pouco investimento na produção de vídeos em saúde com qualidade, como na utilização de recursos tecnológicos e audiovisuais para ações em saúde mental. A utilização do audiovisual como ferramenta para fomentar a produção de novos tipos de conhecimento que possam democratizar informações no campo da saúde merece maior investigação
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