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    Dermatites digitais em bovinos

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    Na primeira etapa deste estudo descrevem-se a ocorrência da dermatite digital no sul do Brasil, as condições ambientais nas quais tem sido observada e o aspecto macroscópico das lesões. O segundo artigo incluso neste trabalho aborda aspectos comparativos em diferentes lesões da pele digital de bovinos, cujos fragmentos embebidos em parafina foram seccionados e corados com Warthin-Starry, hematoxilina-eosina e, ocasionalmente, Grocott’s methenamine silver. Amostras representativas dessas lesões foram testadas com soros antibacerianos, através do método immunoistoquímico da peroxidase, para identificação específica de bactérias. Os microorganismos observados nas lâminas coradas com prata foram classificados em quatro categorias principais. Enquanto espiroquetas foram os organismos mais prevalentes, outros elementos bacilares e esféricos estiveram também presentes em muitos cortes. Os testes immunoistoquímicos demonstraram que aproximadamente 80, 46 e 41% das amostras de dermatites digitais e interdigitais marcaram positivamente quando coradas com anticorpos policlonais contra Treponema pallidum, ampylobacter jejuni e Fusobacterium necrophorum, respectivamente. Além disso, um organismo ramificado e filamentoso (presumivelmente um actinomiceto) esteve consistentemente presente nas lâminas de amostras de lesões interdigitais leves. A associação destes organismos com as populações microbianas mistas presentes nessas dermatites é indicativa de seu envolvimento na formação das lesões

    Intoxicação experimental por Trema micrantha (Cannabaceae) em equinos

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    O objetivo desse estudo foi confirmar a toxidez e caracterizar os aspectos clínicos e patológicos da intoxicação por Trema micrantha em equinos. Três equinos, pôneis, com idade entre 2 e 7 anos consumiram espontaneamente folhas de T. micrantha em doses únicas de 30g/kg, 25g/ kg e 20g/kg. Os três animais adoeceram e evoluíram para morte. Outro equino recebeu 15 e 25g/kg da planta com intervalo de 30 dias entre as doses e não apresentou alteração clínica. Coletas diárias de sangue foram realizadas para análises bioquímicas. Os principais sinais clínicos apresentados foram apatia, desequilíbrios, dificuldade de deglutição, decúbito esternal, decúbito lateral, movimentos de pedalagem, coma e morte. Os três equinos afetados apresentaram elevação da atividade sérica de gama-glutamil transferase, dos níveis séricos de amônia e diminuição da glicemia. Esses animais foram necropsiados e fragmentos de diversos órgãos foram coletados para análise histopatológica e imuno-histoquímica. Os principais achados patológicos foram encontrados no fígado e no encéfalo dos três animais. O fígado apresentava, macroscopicamente, acentuação do padrão lobular; enquanto que, no encéfalo havia áreas amareladas na superfície de corte, mais evidentes na substância branca do cerebelo. Microscopicamente, o fígado apresentava tumefação hepatocelular, necrose de coagulação predominantemente centrolobular e hemorragia associada. No encéfalo, havia edema perivascular generalizado e astrócitos Alzheimer tipo II na substância cinzenta. Esses astrócitos apresentaram marcação fraca ou negativa na imuno-histoquímica anti-GFAP e marcação positiva do antígeno S-100. A dose letal mínima de folhas de T. micrantha estabelecida nesse experimento foi de 20g/kg. A ampla distribuição e palatabilidade desta planta, associadas à alta sensibilidade da espécie equina, constatada nesse experimento, reforçam a importância da planta em casos acidentais de intoxicação em equinos
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