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    O estudo das patologias cardíacas em casos de necropcia do Instituto Médico Legal de Salvador, Bahia, no período de 2010 a 2011

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    A doença cardiovascular é uma importante causa de morbidade e mortalidade e representam a principal causa de morte no Brasil e o maior gasto entre as internações hospitalares no Sistema Único de Saúde. As principais categorias das doenças cardíacas são divididas em cinco grandes grupos que são: a cardiopatia isquêmica, a cardiopatia hipertensiva, a cardiopatia valvar, as miocardiopatias e a cardiopatia congênita. Objetivos: Realizar o estudo dos laudos anatomopatológicos dos corações das necropsias do Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLNR) de Salvador, no período de 2010 a 2011. Identificar e caracterizar os tipos de patologias cardíacas descritos nos exames anatomopatológicos. Correlacionar as características macroscópicas do coração com as alterações histopatológicas. Correlacionar os tipos de doenças cardíacas com o perfil demográfico. Metodologia: Estudo retrospectivo, de corte transversal, descritivo e observacional com a análise dos laudos anatomopatológicos e cadavéricos de indivíduos que tiveram o coração submetido a exame no laboratório de patologia do IMLNR de 2010 a 2011. Os dados descritivos foram dispostos de acordo com sua frequência absoluta e relativa entre as categorias, os dados numéricos foram descritos em termos de média e desvio padrão. As análises inferenciais foram conduzidas utilizando-se do teste Qui-quadrado e o teste T. Resultados: Foram revisados 1.194 casos, sendo deste 65,9% homens e 34,1% mulheres. A idade média dos indivíduos foi de 50,92 anos, sendo 82,3% faiodermas, 12,6% melanodermas e 5,1% leucodermas. A média do IMC (índice de massa corpórea) foi de 24,47. Em 69,8% dos casos foram observadas uma ou mais das seguintes alterações morfológicas no coração: cardiomegalia, hipertrofia cardíaca, valvopatia, miocardite, infartos do miocárdio e fibrose. Quando se inclui entre as alterações morfológicas, os casos com aterosclerose coronariana este número se elevou para 82,1%. As alterações anatomopatológicas mais prevalentes foram à hipertrofia ventricular esquerda (HVE) observada em 42,3% e a cardiomegalia em 34,5%. As miocardites foram observadas em 9,1% dos casos com a seguinte distribuição (1,6% miocardite crônica, 3,9% de miocardite crônica com fibrose, 1,9% de miocardite linfocítica, 1,7% de miocardite aguda). Nas cardiopatias isquêmicas observou-se 8,9% com infarto antigo e 2,7% dos casos de infarto agudo do miocárdio. A cardiopatia valvar foi diagnosticada em 2,6% dos casos, sendo a valva aórtica a mais comprometida com 46,2% (estenose) e 13,5% (insuficiência), seguida da valva mitral com 25% (estenose) e 7,7% (insuficiência). Discussão: O estudo encontrou alta prevalência de HVE e este dado pode representar falta de estruturação da atenção primária para a população analisada, levando-se em consideração que a principal causa de HVE é hipertensão arterial sistêmica não controlada. Outro dado de relevância para a nossa população, foi à presença de casos de miocardite crônica com fibrose, os quais podem se tratar provavelmente de miocardite chagásica. O baixo percentual de infarto agudo do miocárdio pode ser consequência da dificuldade diagnóstica anatomopatológica desta lesão quando o óbito ocorre em menos de seis horas após o evento isquêmico. Conclusões - O estudo obteve resultados condizentes com a literatura. A hipertrofia ventricular apresentou alta prevalência e teve associação estatisticamente significante com IMC, idade e fibrose do miocárdio. Outro dado de relevância para a nossa população, foi à presença de casos de miocardite crônica com fibrose, os quais podem se tratar provavelmente de miocardite crônica chagásica

    Pulmonary Embolism Mortality in Brazil from 1989 to 2010: Gender and Regional Disparities

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    AbstractBackground:A significant variation in pulmonary embolism (PE) mortality trends have been documented around the world. We investigated the trends in mortality rate from PE in Brazil over a period of 21 years and its regional and gender differences.Methods:Using a nationwide database of death certificate information we searched for all cases with PE as the underlying cause of death between 1989 and 2010. Population data were obtained from the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). We calculated age-, gender- and region-specific mortality rates for each year, using the 2000 Brazilian population for direct standardization.Results:Over 21 years the age-standardized mortality rate (ASMR) fell 31% from 3.04/100,000 to 2.09/100,000. In every year between 1989 and 2010, the ASMR was higher in women than in men, but both showed a significant declining trend, from 3.10/100,000 to 2.36/100,000 and from 2.94/100,000 to 1.80/100,000, respectively. Although all country regions showed a decline in their ASMR, the largest fall in death rates was concentrated in the highest income regions of the South and Southeast Brazil. The North and Northeast regions, the lowest income areas, showed a less marked fall in death rates and no distinct change in the PE mortality rate in women.Conclusions:Our study showed a reduction in the PE mortality rate over two decades in Brazil. However, significant variation in this trend was observed amongst the five country regions and between genders, pointing to possible disparities in health care access and quality in these groups

    Intra-Atrial Dyssynchrony Using Cardiac Magnetic Resonance to Quantify Tissue Remodeling in Patients with Atrial Fibrillation

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    Abstract Background: Recent studies suggest that left atrial (LA) late gadolinium enhancement (LGE) can quantify the underlying tissue remodeling that harbors atrial fibrillation (AF). However, quantification of LA-LGE requires labor-intensive magnetic resonance imaging acquisition and postprocessing at experienced centers. LA intra-atrial dyssynchrony assessment is an emerging imaging technique that predicts AF recurrence after catheter ablation. We hypothesized that 1) LA intra-atrial dyssynchrony is associated with LA-LGE in patients with AF and 2) LA intra-atrial dyssynchrony is greater in patients with persistent AF than in those with paroxysmal AF. Method: We conducted a cross-sectional study comparing LA intra-atrial dyssynchrony and LA-LGE in 146 patients with a history of AF (60.0 ± 10.0 years, 30.1% nonparoxysmal AF) who underwent pre-AF ablation cardiac magnetic resonance (CMR) in sinus rhythm. Using tissue-tracking CMR, we measured the LA longitudinal strain in two- and four-chamber views. We defined intra-atrial dyssynchrony as the standard deviation (SD) of the time to peak longitudinal strain (SD-TPS, in %) and the SD of the time to the peak pre-atrial contraction strain corrected by the cycle length (SD-TPSpreA, in %). We used the image intensity ratio (IIR) to quantify LA-LGE. Results: Intra-atrial dyssynchrony analysis took 5 ± 9 minutes per case. Multivariable analysis showed that LA intra-atrial dyssynchrony was independently associated with LA-LGE. In addition, LA intra-atrial dyssynchrony was significantly greater in patients with persistent AF than those with paroxysmal AF. In contrast, there was no significant difference in LA-LGE between patients with persistent and paroxysmal AF. LA intra-atrial dyssynchrony showed excellent reproducibility and its analysis was less time-consuming (5 ± 9 minutes) than the LA-LGE (60 ± 20 minutes). Conclusion: LA Intra-atrial dyssynchrony is a quick and reproducible index that is independently associated with LA-LGE to reflect the underlying tissue remodeling
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