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Critérios de avaliação. Da fundamentação à operacionalização.
A exigência de certificação das aprendizagens e a sua importância social tem mantido a avaliação sumativa num lugar de destaque na sociedade, arreigada a uma tradição centrada nos produtos da aprendizagem. A avaliação
formativa, por sua vez, e apesar de consagrada nos documentos legais orientadores para o Ensino Básico e Secundário desde os anos noventa do século passado, tem levado tempo a implantar-se de forma sustentada e
fundamentada no sistema educativo português. É por isso fundamental que esta seja entendida como estando ao serviço das aprendizagens e, como tal, valorizada pelos órgãos de gestão pedagógica das escolas e integrada nos projetos curriculares de escola e de turma. O currículo centrado em competências exige, por seu lado, um compromisso com a diversidade de instrumentos de avaliação, pois implica a criação de
tarefas e situações-problema que funcionem ao mesmo tempo como instrumento avaliativo.
O processo avaliativo é, por isso, uma tarefa complexa que exige a definição de critérios claros e transparentes, refletidos e discutidos pelas equipas docentes, para que todos os intervenientes entendam a avaliação como um ato credível e de responsabilidade e utilidade educativa e social
Avaliar para incluir e melhorar as aprendizagens: práticas, obstáculos e possibilidades.
A avaliação, vista como um veículo de melhoria das aprendizagens, traz em si uma aposta na criação de condições efetivas para a aprendizagem de todos, promovendo uma cultura de sucesso. Esta perspetiva configura procedimentos de melhoria dos processos de ensino e de aprendizagem, recriação do currículo e implica incrementar contextos avaliativos que apostem na avaliação como prática reflexiva da ação, prevenindo a segregação e valorizando a aprendizagem
Assessment for learning: perceptions of English and Portuguese science teacher students
Assessment and learning are understood as closely interrelated, assuming that assessment is an integral part of the learning process. Assessment for learning is seen furthermore as serving the purpose of promoting pupils’ learning.
This study examines the perceptions of six science prospective teachers in England and Portugal about assessment by replying to an open self-report questionnaire, constructed for this purpose. The English students were enrolled on a postgraduate certificate in education (PGCE) course, focused on developing their teaching skills. The Portuguese students were attending a master degree in education also aiming the same goals. All the participants already had a degree on science and were in practice at schools (either basic or secondary).
A qualitative analysis of students’ responses was made in order to comprehend their understanding about assessment, assessment strategies they perceive to be the most effective for learning and the relationship between learning and formative assessment.
The results show that despite the difference of contexts assessment is not easy to define and raises many questions when put into practice, leading to a variety of understandings and solutions in the classroom. Nevertheless, they all tend to a summative perspective rather to a really assumed formative assumption
Assessment and classroom learning: discontinuities between theory and practice
Assessment literacy remains a major educational challenge, despite progress in this area. The literature shows the need to improve assessment literacy and the quality of teacher training in order to promote effective assessment knowledge and practice. The idea that assessment can improve students’ learning has gained increasing acceptance but the systematic use of learning-focused assessment seems to be the exception rather than the rule. In our research in the Portuguese context, the use of assessment as a tool for learning is not indicated by the data collected from teachers
Avaliar para aprender na escola: um caminho em aberto
O presente texto pretende ser mais um contributo no sentido de continuarmos a refletir e a pensar a avaliação como parte integrante do processo de ensino e, sobretudo, do processo de aprendizagem, pelo seu importante papel no sucesso escolar dos alunos e pelo impacto significativo que tem demonstrado na melhoria das aprendizagens.
Interessa compreender o que torna a avaliação para a aprendizagem tão decisiva nesse processo, entender os obstáculos que se colocam à sua implementação nas escolas portuguesas, mas também alertar para algumas inércias e dificuldades inerentes a qualquer processo de mudança. Para isso, é determinante não só a aposta numa formação com os professores mas em que a própria escola ajude ao seu desenvolvimento profissional, num contexto de abertura, responsabilidade e de autonomia pedagógica
O ensino da evolução biológica em sala de aula: um estudo de caso
O estudo que se apresenta incide sobre o tema “evolução biológica”, o qual integra o programa curricular da disciplina de Biologia e Geologia do 11.º ano de escolaridade, e é parte de um trabalho de investigação desenvolvido numa escola de Lisboa.
O conceito de evolução constitui um pilar fundamental na construção do conhecimento biológico, uma vez que é considerado por muitos o eixo integrador da Biologia. Nessa medida, uma das questões que se colocou nesta pesquisa foi a seguinte: “Como é abordado pelos professores o ensino da “evolução biológica” na sala de aula?”. Procurou-se, assim, analisar de forma aprofundada as metodologias de ensino a que o docente recorre nas aulas para a leccionação do tema.
A atenção foi aqui dirigida para os métodos de ensino, entendidos como técnicas capazes de ensinar com eficiência e focalizados nos processos de aprendizagem.
Os dados para análise foram recolhidos através dos seguintes instrumentos: questionários aos alunos, entrevista ao professor e observação das aulas correspondentes ao tema
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO - DA FUNDAMENTAÇÃO À OPERACIONALIZAÇÃO
A exigência de certificação das aprendizagens e a sua importância social tem mantido a avaliação sumativa num lugar de destaque na sociedade, arreigada a uma tradição centrada nos produtos da aprendizagem. A avaliação formativa, por sua vez, e apesar de consagrada nos documentos legais orientadores para o Ensino Básico e Secundário desde os anos noventa do século passado, tem levado tempo a implantar-se de forma sustentada e fundamentada no sistema educativo português. É por isso fundamental que esta seja entendida como estando ao serviço das aprendizagens e, como tal, valorizada pelos órgãos de gestão pedagógica das escolas e integrada nos projetos curriculares de escola e de turma.
O currículo centrado em competências exige, por seu lado, um compromisso com a diversidade de instrumentos de avaliação, pois implica a criação de tarefas e situações-problema que funcionem ao mesmo tempo como instrumento avaliativo.
O processo avaliativo é, por isso, uma tarefa complexa que exige a definição de critérios claros e transparentes, refletidos e discutidos pelas equipas docentes, para que todos os intervenientes entendam a avaliação como um ato credível e de responsabilidade e utilidade educativa e social
Políticas educativas, eficácia e melhoria da escola
O movimento das escolas eficazes trouxe importantes contributos ao desenvolvimento da escola e
conduziu à identificação de fatores que ajudam à compreensão dos processos que se desenvolvem no
seu interior lançando pistas de orientação, motivando e implicando professores e atores escolares na
implementação de desafios de superação e melhoria escolar constante.
O conhecimento das práticas que as escolas desenvolvem, a compreensão e análise dos modos como
trabalham e se organizam pedagógica e curricularmente, faz desse conhecimento - um conhecimento
contextualizado -, e da sua gestão um recurso central que não serve apenas para informar mas que é ele
próprio passível de ser usado pelas escolas como instrumento de governação.
No contexto português, são vários os programas e medidas de política educativa onde no quadro de
diferentes iniciativas e parcerias institucionais as questões da equidade, eficiência e qualidade educativas
constituem o foco da ação nas escolas e em que, de algum modo, com maior ou menor grau de
formalização e flexibilidade, a contratualização de metas e objetivos e a fixação de benchmarks
constituem referentes orientadores e estruturantes das dinâmicas escolares pelos desafios que lançam
face a prioridades e resultados, tecnologia organizacional, didática e avaliativa e envolvimento vinculatório
e corresponsabilizante de atores escolares (contratos de autonomia, escolas TEIP2 e TEIP3, programa
Mais Sucesso Escolar, rede de escolas ESCXEL, rede de escolas EPIS).
Os processos de melhoria eficaz das escolas requerem a naturalização de práticas escolares inovadoras
e constituem um dos motores da transformação das organizações escolares e dos espaços em que a
educação se desenvolve. Importa perceber, através da partilha da investigação neste domínio, o que têm
sido e podem ser os contributos da investigação e das vivências escolares experienciadas por dirigentes
escolares, docentes, paradocentes e outros atores na construção de uma visão prospetiva das políticas
educacionais direcionadas ao desenvolvimento e melhoria eficaz da escola
O ensino dos insetos na perspectiva de docentes brasileiros e portugueses
Com o objetivo de determinar e comparar as perspectivas dos
professores de biologia do Brasil e Portugal em relação a esta temática, realizou-se este estudo em duas fases. No Brasil, o estudo contou com a participa-
ção de 17 professores que lecionavam no 2º
.
e 3º
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anos, em 5 escolas da rede
pública de ensino estadual do estado do Ceará. Em Portugal, contou com a
participação de 37 professores que lecionavam no 11º e 12º anos, pertencentes a 11 escolas secundárias do sistema educacional português. Para coleta dos
dados utilizou-se um questionário com questões abertas e fechadas. Observou-se que apesar da importância que o estudo dos insetos representa, o assunto vem sendo negligenciado nos programas curriculares de biologia dos
11º e 12º anos do ensino secundário português. Observou-se ainda que a
maioria dos professores dos dois países se identifica com o estudo dos insetos, porém os docentes portugueses não se dedicam mais a este assunto porque praticamente inexiste nos programas curriculares. Os professores dos dois
países sentem a necessidade de mais atividades práticas no ensino de biologia,
sendo esta apontada com uma das principais dificuldades encontradas para
realização das aulas de biologia, em particular em zoologia
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