10 research outputs found

    Fisiopatologia, diagnóstico e tratamento do linfedema: revisão narrativa / Pathophysiology, diagnosis and treatment of lymphedema: narrative review

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    Linfedema é uma condição clínica debilitante, incurável e progressiva, sendo resultado do acúmulo do fluido extracelular rico em proteína no espaço intersticial. A longo prazo, o acúmulo de linfa desencadeia um processo inflamatório crônico no membro acometido. Com a progressão da doença, os vasos linfáticos tornam-se sobrecarregados, gerando fibrose tecidual e diminuindo consideravelmente a funcionalidade do sistema. Considerando isto, a realização de tratamentos cirúrgicos que visam restabelecer a fisiologia linfática podem não provocar resultados satisfatórios. A implementação de técnicas de supermicro cirurgia amplia as possibilidades terapêuticas e permite a melhora da qualidade de vida de muitas pessoas. No entanto, faz-se necessário estudos longitudinais para melhor compreender a resposta terapêutica a longo prazo

    Completude do sistema de informação de agravos de notificação em tuberculose: um estudo ecológico do período de 2010 a 2019 no Distrito Federal

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    A tuberculose (TB) é uma doença infecto-contagiosa, que afeta prioritariamente os pulmões e está ligada a condições socioeconômicas, como pobreza e crescimento desordenado, além de ser comum a sua co-infecção com o Vìrus da Imunodeficiência Humana (HIV). O Brasil está entre os 30 países de alta carga da doença, e o DF obteve um alto número de casos novos em 2019. Este estudo teve como objetivo avaliar a completude dos dados do SINAN de TB no Distrito Federal em um período de 10 anos (2010-2019), de forma a demonstrar a necessidade de melhoria da qualidade das informações do SINAN, justificando a relevância desse sistema de informação para a tomada de ações em vigilância epidemiológica. Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, transversal, de abordagem ecológica, que utilizou dados dos casos de TB registrados na base de dados do SINAN do Distrito Federal, no período de 2010 a 2019, então foi feita uma análise da completude de variáveis essenciais dos campos da Ficha de Notificação/Investigação e Boletim de Acompanhamento, segundo escore proposto pelo SINAN em: "excelente" (≥ 95%), "boa" (90-95%), "regular" (70-89%), "ruim" (50-69%) e "muito ruim" ( 50%). Foi utilizado o software Tabwin (programa para análise local de base de dados do SINAN Net (versão 3.6b). Os dados encontrados foram organizados em uma planilha eletrônica no software Microsoft Office Excel® 2019, onde foram calculadas a porcentagem de completude por ano (100% - incompletude) e completude dos dados acumulados. Nos anos de 2010 a 2019, a completude acumulada de preenchimento da variável Raça foi considerada "excelente" (90,5%) e da Escolaridade, "ruim" (66,1%). Para Beneficiários do Programa de Transferência de Renda, Teste Rápido Molecular de TB (TRM-TB), Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos (TSA) e Tratamento de HIV, somente foram calculados a partir de 2014, quando foram implementados na Ficha de Notificação e obtiveram uma completude acumulada "regular" (72,5%), "regular" (83,2%), "muito ruim" (24,9%) e "regular" (76,8%), respectivamente. No referente aos anos de 2010 a 2019, tanto Histopatologia, como Radiografia de Tórax foram classificadas como "excelente", com as respectivas taxas de preenchimento: 97,9% e 98,8%. Em acompanhamento, as completudes médias foram analisadas Baciloscopia do 2º mês, com 71,1% (regular); Baciloscopia do 4º mês, com 64,4% (ruim); Baciloscopia do 6º mês, com 62% (ruim); e Tratamento Diretamente Observado, com 80,4% (regular). Os dados encontrados reforçam a necessidade de um preenchimento adequado das Fichas de Notificação, uma vez que a incompletude diminui a qualidade dos dados e informações produzidas, consequentemente, interfere na tomada de decisão referente à vigilância epidemiológica. Dessa forma, recomenda-se que o DF utilize ferramentas que proporcionem a verificação periódica das fichas preenchidas e análise sistemática de sua completude, além da emissão de relatórios de acompanhamento e da capacitação e educação dos profissionais de saúde para o adequado preenchimento e conscientização desses profissionais acerca da importância do SINAN para a vigilância epidemiológica e controle da T

    Análise descritiva do rastreamento do câncer de próstata no contexto assistencial de atuação das Unidades Básicas de Saúde do Distrito Federal / Descriptive analysis of prostate cancer screening in the care context of the Basic Health Units of the Federal District

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    O câncer de próstata é a segunda maior causa de mortalidade por câncer em homens no mundo. A maioria dos pacientes com essa comorbidade é assintomática, vindo a apresentar sintomas apenas na doença localmente avançada ou metastática. Diante disto, é questionada a importância do rastreamento para a prevenção secundária. Contudo, não há consenso sobre a efetividade da aplicação destes rastreios na literatura. A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda o rastreamento de CA de próstata de forma individualizada na população masculina entre 55 e 69 anos. Por outro lado, o Ministério da Saúde (MS) desaconselha esta prática, uma vez que evidências mostram que os danos superam os benefícios, realizando, assim, a prevenção quaternária. Considerando tais divergências, fez-se este estudo com o objetivo de avaliar a aplicabilidade do rastreamento do câncer de próstata realizado pelos médicos da Atenção Primária em Saúde que atuam em Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Distrito Federal. Para isto, foi realizado um estudo transversal quantitativo, por meio de um questionário que identificou a preferência dos profissionais, se pela adoção das recomendações da SBU, a favor da triagem, ou do MS, que não recomenda esse rastreio. Foi encontrada uma amostra total de 12 profissionais. Dentre estes, 66,7% afirmaram que realizam o rastreio do CA de próstata dentro da sua prática médica. Como instrumentos de rastreamento, PSA é utilizado por 87,5% dos médicos, 75% usam anamnese e o exame físico e 25% utilizam o ultrassom de próstata. 33,3% afirmaram que não indicavam o rastreio do CA de próstata na prática clínica com as seguintes justificativas: “Falta de evidência científica”; “Mais evidências de malefícios que benefícios no rastreamento”; “Exames pouco sensíveis”. 16,6% dos pesquisados indicam o início dessa prática a partir de 40 anos, 50% acima de 50 anos e 8,3% afirmam que o rastreamento devia começar a partir de 45 anos. A partir de revisão bibliográfica e coleta de dados da pesquisa foi possível inferir que a falta de consenso entre as recomendações do MS e da SBU quanto ao rastreamento de Câncer de Próstata dificultam a aplicabilidade dessa prática na Atenção Primária em Saúde (APS). A falta de agentes educadores em saúde, o seguimento em periodicidade inadequada dos pacientes, a falta de interesse do paciente no rastreamento e a falta de verba para custeio de exames foram apontados como as principais barreiras enfrentadas pelos profissionais médicos na APS. Para que o cuidado em saúde seja centrado na pessoa, é necessário a prática da Prevenção Quaternária. Com base nesse conceito, o sobrediagnóstico e sobretratamento é evitado. Além disso, o usuário da rede de saúde fica ciente dos riscos e benefícios do rastreamento do CA de próstata e pode decidir, de forma compartilhada com o médico, se deseja ser submetido ao rastreio, tornando-se assim, agente ativo no processo de cuidado

    Análise descritiva do rastreamento do câncer de próstata no contexto assistencial de atuação das unidades básicas de saúde do Distrito Federal

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    O câncer de próstata é a segunda maior causa de mortalidade por câncer em homens nomundo. A maioria dos pacientes com essa comorbidade é assintomática, vindo a apresentarsintomas apenas na doença localmente avançada ou metastática. Diante disto, é questionadaa importância do rastreamento para a prevenção secundária. Contudo, não há consensosobre a efetividade da aplicação destes rastreios na literatura. A Sociedade Brasileira deUrologia (SBU) recomenda o rastreamento de CA de próstata de forma individualizada napopulação masculina entre 55 e 69 anos. Por outro lado, o Ministério da Saúde (MS)desaconselha esta prática, uma vez que evidências mostram que os danos superam osbenefícios, realizando, assim, a prevenção quaternária. Considerando tais divergências,fez-se este estudo com o objetivo de avaliar a aplicabilidade do rastreamento do câncer depróstata realizado pelos médicos da Atenção Primária em Saúde que atuam em UnidadesBásicas de Saúde (UBS) do Distrito Federal. Para isto, foi realizado um estudo transversalquantitativo, por meio de um questionário que identificou a preferência dos profissionais, sepela adoção das recomendações da SBU, a favor da triagem, ou do MS, que não recomendaesse rastreio. Foi encontrada uma amostra total de 12 profissionais. Dentre estes, 66,7%afirmaram que realizam o rastreio do CA de próstata dentro da sua prática médica. Comoinstrumentos de rastreamento, PSA é utilizado por 87,5% dos médicos, 75% usam anamnesee o exame físico e 25% utilizam o ultrassom de próstata. 33,3% afirmaram que nãoindicavam o rastreio do CA de próstata na prática clínica com as seguintes justificativas:“Falta de evidência científica”; “Mais evidências de malefícios que benefícios norastreamento”; “Exames pouco sensíveis”. 16,6% dos pesquisados indicam o início dessaprática a partir de 40 anos, 50% acima de 50 anos e 8,3% afirmam que o rastreamento deviacomeçar a partir de 45 anos. A partir de revisão bibliográfica e coleta de dados da pesquisafoi possível inferir que a falta de consenso entre as recomendações do MS e da SBU quantoao rastreamento de Câncer de Próstata dificultam a aplicabilidade dessa prática na AtençãoPrimária em Saúde (APS). A falta de agentes educadores em saúde, o seguimento emperiodicidade inadequada dos pacientes, a falta de interesse do paciente no rastreamento ea falta de verba para custeio de exames foram apontados como as principais barreirasenfrentadas pelos profissionais médicos na APS. Para que o cuidado em saúde seja centradona pessoa, é necessário a prática da Prevenção Quaternária. Com base nesse conceito, osobrediagnóstico e sobretratamento é evitado. Além disso, o usuário da rede de saúde ficaciente dos riscos e benefícios do rastreamento do CA de próstata e pode decidir, de formacompartilhada com o médico, se deseja ser submetido ao rastreio, tornando-se assim,agente ativo no processo de cuidado

    Determinantes da vulnerabilidade em saúde dos povos indígenas no contexto da pandemia de COVID-19: uma revisão integrativa da literatura / Determinants of health vulnerability of indigenous peoples in the context of the COVID-19 pandemic: an integrative literature review

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    Introdução: O conceito de vulnerabilidade em saúde é complexo e multidimensional e busca contemplar os determinantes sociais do processo de saúde-doença. A vulnerabilidade em saúde dos povos indígenas (PI) do Brasil resulta de complexa trajetória histórica e desigualdade social, evidenciadas e potencializadas pela pandemia de COVID-19. Objetivos: Identificar e reunir as evidências sobre os determinantes da vulnerabilidade dos PI frente à infecção pelo COVID-19. Metodologia: Revisão bibliográfica interpares, com seleção de artigos nas bases de dados LILACS, SciELO e BVS Saúde dos Povos Indígenas, entre de 29 de maio e 22 de julho de 2021, utilizando os descritores “vulnerabilidade”, “saúde”, “indígena”, “infecção por coronavírus”. Incluídas publicações em português e inglês, entre 2011 e 2021 e excluídos estudos de populações indígenas estrangeiras. Após a seleção individual de artigos, as amostras foram agrupadas, excluindo duplicidades, totalizando 7 artigos ao final. Resultados: Identificados 21 elementos de vulnerabilidade, agrupados em 3 dimensões interdependentes: Programática, Social e Individual. Os resultados demonstram vulnerabilidade dos PI e necessidade de ampliar evidências e dados. Conclusões: A descontinuidade de ações de Saúde Indígena, as estratégias ineficazes de participação, a ingerência financeira e a carência histórica de dados dos PI convergem para uma situação de maior vulnerabilidade frente à pandemia de COVID-19, aprofundadas pelas dificuldades de acesso a produtos e serviços que atendam às especificidades indígenas. A literatura acerca da saúde dos povos indígenas no Brasil é escassa e os dados oficiais são muito restritos e por vezes desatualizados, de forma que trabalhos posteriores devem ser realizados

    Percepção dos estudantes de medicina do UniCEUB sobre medicina de família e comunidade

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    Fundamentação: A despeito da crescente demanda por médicos de família e comunidade,estudos nacionais e internacionais demostram pouco interesse dos acadêmicos concluintes poressa especialidade. Diante desse cenário, torna-se necessário implementar e fortalecer medidasque estimulem o interesse pessoal do futuro profissional ainda durante o processo de graduação,visando o aumento do interesse médico pela Atenção Primária à Saúde. Objetivo: Avaliar ainfluência de uma matriz curricular que segue as recomendações das Diretrizes CurricularesNacionais de 2001 e 2014 na percepção dos discentes de medicina sobre medicina de família ecomunidade e na escolha dessa especialidade como carreira. Método: Estudo qualitativoquantitativode cunho exploratório e transversal, realizado por levantamento de dados apósaplicação de questionário semiestruturado contendo três temas: Perfil Socioeconômico;Percepção do Discente; e Aspirações Profissionais. O critério de inclusão foi ser acadêmico doprimeiro ou do décimo-segundo semestres de medicina do Centro Universitário de Brasília.Foram excluídos os participantes que estavam em processo de reprovação em disciplinas dosemestre anterior ou aqueles que não quiseram participar. Realizamos, então, análise descritiva,análise não paramétrica utilizando o teste de qui-quadrado para independência comaproximações do teste de Monte Carlo e o exato de Fisher, utilizando um nível de significânciade 5%. Resultados: A especialidade medicina de família e comunidade é pouco conhecida pordiscentes que estão iniciando o curso, porém muito bem conhecida pelos acadêmicosconcluintes. Dentre os fatores da grade curricular estudados, apenas o contato com um professorou profissional modelo médico de família e comunidade foi estatisticamente significante paraa escolha do egresso pela carreira em medicina de família e comunidade, com p-valor de 0,02.Considerações Finais: Este estudo sugere que o contato com médicos de família e comunidadee a inserção precoce e contínua na atenção básica durante o curso contribuíram para um maiorentendimento sobre a carreira em medicina de família e comunidade e para um maior interessepor essa especialidade. Por outro lado, apenas o contato precoce com a Atenção Primária àSaúde, sem o contato contínuo com médicos de família e comunidade, não parece ter sidosuficiente para estimular uma escolha mais expressiva pela especialização em medicina defamília e comunidade. Uma maior participação de médicos de família e comunidade nasdiversas etapas da formação médica poderia ser uma estratégia para aumentar, de formacontínua, o contato do graduando com a especialidad
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