85 research outputs found

    Perfil sociodemográfico da violência doméstica, sexual e outras, sofrida pelas mulheres em Salvador, no ano de 2014

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    Introdução: a violência traz consequências importantes que desestruturam o equilíbrio biopsicossocial da mulher e se configura como uma causa externa de morbimortalidade, acarretando impactos diretos sobre a saúde, por meio de lesões físicas ou emocionais, traumas e mortes, representando um problema de saúde pública no Brasil e no mundo, que afeta a saúde individual e coletiva. Objetivo: descrever o perfil sociodemográfico de mulheres que foram violentadas, no município de Salvador-BA, em 2014. Metodologia: estudo ecológico com dados secundários do ano de 2014, referentes ao segmento Doenças e Agravos de Notificação, integrante do Departamento de Informações, do Sistema Único de Saúde. Foram calculadas: média, desvio padrão, valor mínimo e máximo e frequências absolutas e relativas. Resultados: encontraram- se 2.959 notificações no SINAN referentes a casos de violência sofrida por mulheres, no município de Salvador-Bahia, no ano de 2014. Quanto à caracterização dessas vítimas, predominaram mulheres de cor parda, com idade entre 15 e 19 anos, que cursaram de forma incompleta o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série. Dos casos registrados, a  grande maioria refere-se ao tipo, violência física, perpetrada em via pública por pessoas conhecidas. Conclusão: a realidade captada ressalta a importância da notificação, pelo fato de essa atividade permitir o reconhecimento do perfil da violência na capital baiana, o que pode direcionar ações preventivas e assistenciais para os casos

    Aquisição dos marcos motores em crianças pós-transplante hepático: estudo piloto

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    Introdução: crianças com hepatopatias estão expostas a fatores biológicos e ambientais que podem acarretar atrasos na aquisição dos marcos motores previstos para a idade. Objetivo: Descrever as aquisições motoras de crianças submetidas a transplante hepático, segundo o relato dos cuidadores principais. Metodologia: trata-se de um estudo transversal, descritivo e exploratório, realizado entre julho e setembro de 2014. Foram incluídas crianças de três a seis anos, submetidas ao transplante hepático (TxH), atendidas no Ambulatório de Gastroenterologia e Hepatologia Pediátrica de Hospital Universitário público de Salvador. Foi aplicado um questionário construído pelos autores, com perguntas sobre o período de aquisição dos principais marcos motores da primeira infância. Foram feitos ainda questionamentos aos cuidadores das crianças sobre o período do TxH. Resultados: oito crianças foram avaliadas, sete possuíam diagnóstico de atresia de vias biliares extra-hepáticas antes do TxH, e cinco realizaram o TxH no primeiro ano de vida. Em relação às aquisições motoras, cinco crianças adquiriram controle cervical nos quatro primeiros meses de idade, apenas uma sentou sem apoio no período preconizado, e seis andaram entre 12 e 18 meses. Conclusão: as crianças realizaram o TxH no primeiro ano de vida e apresentaram maiores prejuízos nas aquisições dos primeiros marcos motores, tais como controle da cabeça, sentar sem apoio. Observou-se que a habilidade do andar foi alcançada pela maioria das crianças da amostra no tempo preconizado, o que pode estar associado ao fato de o TxH ter sido realizado no primeiro ano de vida

    Implicações sistêmicas e conduta clínica da síndrome do respirador bucal: revisão da literatura

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    Introdução: a Síndrome do Respirador Bucal é uma desordem respiratória na qual ocorre a substituição da respiração nasal por respiração predominantemente bucal, que pode estar relacionada a obstruções nasais, hábitos bucais inadequados ou fatores genéticos. Tal alteração no padrão respiratório em crianças requer tratamento multidisciplinar e precoce, em virtude da amplitude dealterações sistêmicas e de desenvolvimento que pode provocar. Objetivo: realizar uma revisão de literatura no intuito de atualizar o conhecimento científico produzido sobre este tema nos últimos dez anos de forma a contribuir para a prática clínica de profissionais de diversas especialidades que estão envolvidos no acompanhamento de pacientes respiradores bucais. Metodologia: os descritores,obstrução das vias respiratórias, respiração bucal e tonsilectomia, foram pesquisados nas bases de dados SciELO e PubMed. Dentre os artigos pesquisados, foram selecionados 24 por abordarem as características clínicas, implicações sistêmicas e condutas terapêuticas relacionadas à Síndrome do respirador bucal. Conclusão: para minimizar os danos sistêmicos decorrente do uso prolongado da via derespiração oral, diversos profissionais de saúde devem atuar em conjunto para que o diagnóstico seja precoce e o tratamento efetivo

    Assistência fisioterapêutica no pós-operatório de dermolipectomia abdominal no paciente portador da Síndrome de Prune Belly: relato de caso

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    Introdução: Síndrome de Prune Belly (SPB) é uma desordem congênita rara, caracterizada pela deficiência dos músculos da parede abdominal, malformação do trato urinário e criptorquidia bilateral. Um grupo particular dessas crianças se beneficia com as cirurgias de orquidopexia e da dermolipectomia abdominal. A fisioterapia, no período pós-operatório, está indicada com o objetivo de reduzir os riscos de complicações pulmonares. Entretanto existem poucos dados na literatura sobre o tratamento fisioterapêutico na SPB. Objetivo: Relatar a assistência fisioterapêutica no pós-operatório de dermolipectomia em uma criança com SPB. Metodologia: Estudo realizado no Hospital Martagão Gesteira, Salvador/BA. Foi realizado como tratamento RPPI e EPAP. Resultados: Após realização do tratamento fisioterapêutico realizando terapia de expansão pulmonar (TEP), no sétimo dia de pós-operatório a criança apresentoumelhora dos parâmetros cardiorrespiratórios, ausculta pulmonar e reversão da atelectasia. Conclusão: O paciente relatado evidenciou resultados positivos dos parâmetros analisados, desta forma a fisioterapia tem se mostrado benéfica nos casos de atelectasia, contribuindo de maneira eficaz para sua reversão

    Misofonia: Quando o som não embala mas abala

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    Introdução: a misofonia é uma condição crônica caracterizada por experiências emocionais desagradáveis em resposta a sons específicos. Existem poucos estudos que podem contribuir para o desenvolvimento de um modelo teórico para entender a misofonia e os fenômenos relativos a ela, bem como o seu tratamento. Objetivo: revisar a literatura sobre a misofonia e suas implicações, diagnóstico e possíveis tratamentos, numa perspectiva atual. Metodologia: foi realizada uma busca na literatura nas principais bases de dados online, utilizando o termo misofonia. Após análise dos resumos, 13 artigos foram selecionados para análise detalhada. Resultados: pouco ainda se sabe sobre os aspectos fisiopatológicos da misofonia e acredita-se que há um envolvimento dos sistemas límbico e autonômico na severidade das respostas aos chamados sons gatilhos. Os principais sons que desencadeiam respostas de aversão no indivíduo misofônico envolvem mastigação, respiração e outros sons de padrão repetitivo. Não há um consenso no melhor método diagnóstico desta condição e o tratamento também não segue uma padronização, podendo envolver terapia de habituação ao som, terapia cognitivo comportamental e utilização de medicamentos. Conclusão: a misofonia é uma condição que se mostra cada vez mais comum e que pode afetar muito a vida do indivíduo que a possui, no entanto, o entendimento sobre o mecanismo neurobiológico, os aspectos fisiopatológicos, a caracterização clínica, o diagnóstico e tratamento desse fenômeno ainda é evasivo

    Evolução da técnica de PCR: sua contribuição no diagnóstico da infecção por HPV

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    Introdução: a reação em cadeia da polimerase (PCR) é a técnica de biologia molecular mais utilizada na detecção viral, principalmente em situações onde a quantidade de DNA disponível é pequena. O papilomavírus humano (HPV) representa um dos mais graves problemas de saúde pública e está associado ao câncer do colo do útero, especialmente em países em desenvolvimento, como o Brasil, que desde 2009 já apresentava 40 mil novos casos por ano. Objetivo: descrever a evolução da PCR e sua contribuição no diagnóstico do HPV. Metodologia: realizou-se uma revisão de literatura a partir de publicações disponíveis em base de dados eletrônicos, como Science Direct, SciELO, Pubmed, Instituto Nacional do Câncer e Ministério da Saúde do Brasil, nos últimos cinco anos. Resultados: dentre as técnicas citadas nesta revisão de literatura, todas têm alta relevância na detecção de genotipagem do HPV, embora a escolha quanto ao melhor desempenho fique a critério do pesquisador. A técnica de Nested PCR demonstra ser a mais vantajosa na detecção do vírus, pelo fato de ter uma maior sensibilidade, em comparação com as demais. Conclusão: a técnica PCR possui alta sensibilidade (90-100%) e apresenta 92,8 a 100% de especificidade, sendo padrão ouro para a detecção de DNA do HPV, em amostras citológicas do câncer de colo do útero. Assim, os dados obtidos permitem constatar que a técnica PCR, utilizada para o rastreamento do HPV, é considerada padrão ouro, tendo maior sensibilidade, especificidade e velocidade de análise, devendo ser o método de escolha para o diagnóstico eficiente do HPV

    Avaliação da força muscular manual em indivíduos frequentadores de um grupo de convivência

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    Introdução: a avaliação da força de preensão manual vem sendo descrita como um marcador do estado de saúde geral do indivíduo além de ser uma ferramenta simples e de baixo custo. Objetivos: avaliar a força muscular manual em indivíduos frequentadores de um grupo de convivência e identificar a correlação entre a força muscular manual e medidas antropométricas como: circunferência abdominal e IMC. Métodos: trata-se de um estudo seccional, em indivíduos de ambos os sexos, com idade até 60 anos, frequentadores de um grupo de convivência, por amostra não probabilística. Foram coletados o peso e a altura para obtenção da medida do índice de massa corpórea (IMC). A medida da circunferência abdominal (CA) foi coletada com uma fita métrica inelástica e, finalmente, avaliada a força de preensão manual na mão direita e esquerda utilizando o dinamômetro. Resultados: foram avaliados 23 indivíduos, sendo a maioria deles do sexo feminino 14/9 (60,9%), de meia-idade, sobrepeso e CA alterada, com média (DP) da força muscular da mão direita e esquerda, respectivamente, 26,5 (5,8) Kjf e 22,9 (6,9) Kjf. Na presença de CA alterada, houve média (DP) de força muscular manual direita, 24,6 (4,6) Kjf e, esquerda, 20,6 (4,9) Kjf mais reduzida do que CA normal. A medida da diferença das médias padronizadas (DMP) foi de 1,22 em relação à força de preensão manual à direita e circunferência abdominal e, à esquerda, foi de 1,29.  Pouca diferença foi observada na força muscular à direita, 26,6 (6,3) Kjf, e à esquerda, 22,3 (7,3) Kjf, quando o IMC esteve alterado ao ser comparado à IMC normal. A DMP foi de 0,14 em relação à força de preensão manual à direita e ao IMC, e, para o lado esquerdo, foi de 0,24. Conclusão: a dinamometria apresenta-se como um importante instrumento de avaliação do estado geral de saúde e, além disso, quando aplicada em conjunto com o IMC e a CA, pode sugerir comprometimento do sistema musculoesquelético e cardiovascular. 

    Perfil estabilométrico de corredores recreacionais no município de Salvador (BA)

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    Introdução: A corrida de rua associada aos benefícios à saúde tem sido a modalidade de escolha para os iniciantes em atividade física. A periodicidade dos treinos, o impacto repetitivo e a presença de terrenos irregulares são características que sobrecarregam o pé e o tornozelo. Para o corredor, uma simples alteração na mecânica do pé repercute no sistema tônico postural e contribui para instabilidade corporal. Dessa forma, os objetivos deste estudo são os de descrever o perfil estabilométrico e de treinamento de corredores recreacionais e verificar se o tempo e o volume de treinamento estão correlacionados com os dados estabilométricos ligados ao controle postural. Metodologia: A amostra foi composta por 50 corredores recreacionais selecionados por conveniência, com idade entre 18 e 65 anos, de ambos os sexos, sem lesão nos últimos três meses e sem histórico de cirurgias nos membros inferiores. Resultados: Referentes ao perfil de treinamento, os resultados mostraram uma mediana de 2 anos e 6 meses do tempo de treinamento e uma mediana de 20 km no volume de treinamento semanal. No que se refere ao perfil estabilométrico, a área de oscilação apresentou mediana de 46,7 mm2, a velocidade de oscilação teve média de 8,1mm/s e o desvio padrão foi de 1,2. Quanto à oscilação, a laterolateral revelou uma mediana de -1,6 mm, e a anteroposterior uma mediana de -1 mm. Conclusão: Não houve correlação entre o perfil de treinamento e o perfil estabilométrico. Concluímos que os dados apresentados no perfil do treinamento não estão associados à estabilidade corporal

    Avaliação da relação entre o ângulo horizontal do côndilo e o desarranjo interno da ATM, por meio de ressonância magnética

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    This research aimed at assessing the relation between the horizontal condylar angle (HCA) and the internal derangement (ID) of the temporomandibular joint (TMJ), as a result of interference by the TMJ disk, in individuals undergoing magnetic resonance (MR) scans. The sample included a total of 144 TMJs (sagittal and coronal views) of 72 subjects, 15 of whom were male and 57 female, with ages ranging from 15 to 70. The scans were made in a Signa system (GE) model at a magnetic field magnitude of 1.5 T. Sixty-eight TMJs were found to be normal, while 46 showed anterior displacement with reduction. Of these, 41 had some kind of adaptive change in the condyle, while 5 showed degenerative changes. Anterior displacement without reduction was found in 29 joints, 12 of which showed adaptative changes in the condyle, while 17 showed degenerative changes. Only one posterior displacement of the articular disk was recorded. For the TMJs in which disk displacement was found, such values achieved 24.69º on the right side, and 22.94º on the left side. Hence, it was possible for us to conclude that the HCA tends to increase in those TMJs where ID is present. For contralateral TMJs, a strong association was observed between HCA values (57.8%), state of normality (69.7%), and ID (66.7%). To corroborate such findings, a correlation between contralateral HCA values (63.31%) and the diagnosis for contralateral TMJs (68.05%) was determined. Thus, we could infer that there is a tendency between contralateral TMJs to share characteristics and conditions.Esta pesquisa teve por objetivo avaliar a relação entre o valor do ângulo horizontal do côndilo (AHC) e o desarranjo interno (DI), por interferência do disco da articulação temporomandibular (ATM), de indivíduos indicados para exame por ressonância magnética (RM). A amostra perfez um total de 144 ATMs (cortes sagital e coronal) de 72 indivíduos, na faixa etária de 15 a 70 anos, 15 do gênero masculino e 57 do gênero feminino. Os exames foram procedidos em um sistema modelo Signa (GE), magnitude de 1,5 T para o campo magnético. Sessenta e oito ATMs apresentaram uma condição de normalidade e 46 apresentaram deslocamento anterior do disco articular com redução. Dessas, 41 expressaram algum tipo de alteração adaptativa no côndilo e cinco, alterações degenerativas. Vinte e nove articulações mostraram deslocamento anterior do disco articular sem redução, sendo que 12 dessas apresentaram alterações adaptativas do côndilo e 17, alterações degenerativas. Foi registrado apenas um caso de deslocamento posterior do disco articular. O valor médio encontrado para o AHC do lado direito foi de 22,09º e para o lado esquerdo foi de 21,47º, para aquelas ATMs que se apresentaram em condições de normalidade. Para as ATMs com deslocamento de disco, esses valores foram de 24,69º para o lado direito e 22,94º para o lado esquerdo. Desse modo, foi-nos possível concluir que existe uma tendência ao aumento do AHC nas ATMs com DI. Observamos forte associação, para as ATMs contralaterais, entre os valores do AHC (57,8%), condição de normalidade (69,7%) e DI (66,7%). E, corroborando esses resultados, registramos correlação para os valores dos AHC contralaterais (63,31%) e o diagnóstico para as ATMs contralaterais (68,05%). Assim, pudemos inferir que existe tendência das ATMs contralaterais apresentarem as mesmas características e condições

    Perfil sociodemográfico de mães provenientes de serviços de triagem auditiva neonatal de maternidades públicas de Salvador, no período de 2007 a 2011

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    Introdução: a perda auditiva é a deficiência congênita mais frequente e mais prevalente dentre aquelas triadas em programas preventivos de saúde. A realização da Triagem Auditiva Neonatal de rotina é a única estratégia capaz de detectar precocemente alterações auditivas que poderão interferir na qualidade de vida do indivíduo. Na implementação desse programa, fatores sociodemográficos devem ser levados em consideração. Objetivo: caracterizar o perfil sociodemográfico das mães, cujos lactentes foram atendidos no Ambulatório de TAN, no Serviço de Fonoaudiologia do Ambulatório Magalhães Neto do Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos, da Universidade Federal da Bahia, no período de 2007 a 2011. Metodologia: estudo seccional descritivo. Resultados: foram atendidas no período 644 pacientes. Das 127 respostas obtidas sobre a residência materna, a maioria pertencia ao Distrito Sanitário Barra/Rio Vermelho, 21 (16,5%), seguida pelo Distrito Sanitário de São Caetano/Valéria e pelo Subúrbio Rodoviário. Os distritos que apresentaram o maior número de partos foram o da Liberdade, 233 (36,5%) e do Centro Histórico, 218 (34,2%). O perfil materno se caracterizou por contar com idade entre 14 e 46 anos (μ = 27; σ = 6,9) anos; a minoria encontrava-se desocupada, 25 (6,0%); quase metade dispunha de renda familiar de até um salário-mínimo, 282 (47%); mais da metade tinha ensino médio, 363 (57,3%); a maioria residia com mais de duas pessoas no domicílio, 596 (95,4%) e a maioria realizou pré-natal, 558 (92,%). Conclusão: durante a implementação desse serviço, conclui-se que a triagem deve ser realizada levando em conta o contexto sociodemográfico da população a ser atendida, a fim de proporcionar-lhe um serviço mais contextualizado e efetivo
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