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    O ensino de enfermagem psiquiátrica nas Universidades Públicas do Estado do Rio de Janeiro

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    RESUMO Pesquisa documental de abordagem qualitativa e natureza exploratória que objetivou analisar programas das disciplinas de enfermagem psiquiátrica e saúde mental dos cursos de graduação em Enfermagem de universidades públicas do Estado do Rio de Janeiro, à luz da Reforma Psiquiátrica. Constatou-se que dois cursos ofertam disciplinas que objetivam o desenvolvimento de competências com vistas a uma formação consoante ao processo de reforma na psiquiatria e no SUS, tais como o trabalho em equipe multiprofissional e a interdisciplinaridade. Um dos cursos, embora aponte indicações de promoção do desenvolvimento de aptidões para o cuidado em saúde mental, foca a deficiência mental e não a doença mental. Conclui-se que mudanças no ensino de enfermagem psiquiátrica e saúde mental no Estado do Rio de Janeiro estão ocorrendo. Descritores: Ensino; Enfermagem Psiquiátrica; Saúde Mental

    Implementation barriers to interprofessional education: an analysis of the Educação pelo Trabalho para a Saúde Program (PET-Saúde)

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    Este estudo analisa as barreiras para a implementação da educação interprofissional de cursos de graduação em saúde do estado do Rio de Janeiro participantes do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PETSaúde). Foi conduzido um estudo de caso exploratório e qualitativo, com 32 participantes do PET-Saúde, que busca promover mudanças curriculares nos cursos da saúde. Dados foram coletados em 2020 mediante entrevistas individuais e submetidos à análise temática. Foram identificadas barreiras sociopolíticas, institucionais e relacionais. As sociopolíticas incluem o sucateamento do sistema público de saúde e a violência nos territórios de atuação das equipes de atenção primária, enquanto as institucionais incluem a rigidez curricular, a rotatividade dos gestores universitários e a incipiência dos processos de avaliação das experiências inovadoras de ensino. Na dimensão relacional, o elemento central é a força dos silos profissionais e das relações de hierarquia e poder entre os diferentes profissionais de saúde. A superação dessas barreiras implica a mobilização de políticas públicas intersetoriais, maior integração entre os sistemas profissionais, de saúde e de educação, e o reconhecimento de que a educação interprofissional é uma rota potencial para melhorar a saúde da população, reduzir os custos da assistência e garantir satisfação e segurança aos profissionais.This study analyzes the barriers undergraduate health courses participating in the Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), in Rio de Janeiro, face to implement interprofessional education. An exploratory and qualitative case study was conducted with 32 participants from PET-Saúde, a program that promotes curricular changes in undergraduate health courses. Data were collected in 2020 by means of individual interviews. Thematic analysis of the data identified sociopolitical, institutional, and relational barriers. Degradation of the health system and the regional violence hindering healthcare activities were the main sociopolitical barriers. In turn, institutional barriers included curriculum rigidity, university administrator turnover, and lack of evaluation methods for innovative interprofessional education. As for relational barriers, professional silos hindering collaborative efforts, top-down power hierarchies resistant to feedback, and unsatisfactory communications among stakeholders were the main complaints. Overcoming these barriers requires intersectoral public policies, greater integration among professionals, healthcare, and education systems, and recognizing that interprofessional education can improve public health, reduce healthcare costs, and ensure professional satisfaction and work safety

    Inserção de profissionais de Educação Física no Sistema Único de Saúde: história, avanços e desafios

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    This essay explores the historical configuration of Physical Education (PE), highlighting its approaches and distances with public health, and discusses the critical aspects of the incorporation of PE professionals in the context of the Unified Health System (SUS). Initially configured as a school component, the PE expanded its field of action to Sports/Leisure and, later, to Health, when body practices/physical activities (BP/PA) were incorporated by public health policies. Numerically insufficient in the SUS, PE professionals are trained based on a model that is anchored in preventive and behaviorist discourses, which disregard the social determination of health-disease processes. The core of PE needs to transcend the practice based on BP/PA prescription under the sole pretext of increasing energy expenditure for the prevention and control of chronic non-communicable diseases, and the training processes need to be directed towards the understanding of health as a right.Este ensayo explora la configuración histórica de la Educación Física (EF), destacando sus proximidades y distancias con la salud pública y discute los aspectos críticos de la incorporación del profesional de EF en el contexto del Sistema Único de Salud (SUS). Configurada inicialmente como componente escolar, la EF amplió su campo de acción al Deporte/Ocio y, posteriormente, a la Salud, cuando las prácticas corporales/actividades físicas (PC/AF) fueron incorporadas a las políticas públicas de salud. Numéricamente insuficientes en el SUS, los profesionales son formados a partir de un modelo anclado en discursos preventivos y conductistas, que no consideran la determinación social de los procesos salud-enfermedad. La EF necesita trascender la práctica basada en la prescripción de PC/AF bajo el pretexto único de aumentar el gasto energético para la prevención y control de enfermedades crónicas no transmisibles, y los procesos de formación deben orientarse hacia la comprensión de la salud como derecho.Este ensaio explora a configuração histórica da Educação Física (EF), destacando as suas aproximações e distanciamentos com a saúde pública, e discute os aspectos críticos da incorporação do profissional de EF no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS). Inicialmente configurada como componente escolar, a EF expandiu seu campo de atuação para o Esporte/Lazer e, mais tardiamente, para a Saúde, quando as práticas corporais/atividades físicas (PC/AF) foram incorporadas por políticas públicas de saúde. Numericamente insuficientes no SUS, os profissionais de EF são formados a partir de um modelo ancorado em discursos preventistas e comportamentalistas, que desconsideram a determinação social dos processos saúde-doença. O núcleo da EF precisa transcender a prática baseada na prescrição de PC/AF sob o pretexto único de aumento do gasto energético para a prevenção e controle de doenças crônicas não transmissíveis, e os processos de formação precisam ser direcionados para a compreensão da saúde enquanto direito

    Atitudes para a colaboração interprofissional de equipes da Atenção Primária participantes do Programa Mais Médicos

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    Objetivos: comparar atitudes em relação à colaboração interprofissional de profissionais de saúde componentes de equipes da Estratégia Saúde da Família, participantes do Programa Mais Médicos, bem como identificar fatores associados a atitudes de colaboração interprofissional. Método: estudo descritivo, transversal e comparativo, desenvolvido com 63 profissionais de saúde que responderam à Escala Jefferson de Atitudes Relacionadas à Colaboração Interprofissional. Os dados foram analisados estatisticamente. Resultados: o somatório dos itens da escala variou de 88 a 139 pontos. A análise do conjunto das equipes de Saúde da Família indicou diferenças estatísticas significantes entre os escores da escala e a categoria profissional e entre os escores e a escolaridade, sugerindo que os enfermeiros e os profissionais com nível superior são mais inclinados para a prática colaborativa. A análise segundo o perfil do médico – brasileiro, intercambista ou cubano – não determinou diferenças estatísticas nos escores dos médicos, tampouco nos escores dos componentes das equipes de diferentes perfis. Conclusão: o perfil não sugeriu maior ou menor inclinação, com significância estatística, dos médicos ou das equipes para o trabalho interprofissional. Este estudo pode constituir subsídio para novas investigações que contribuam para análise sobre a colaboração interprofissional e o impacto do Programa Mais Médicos.Objectives: to compare the attitudes regarding interprofessional collaboration of health professionals that make up the Family Health Strategy teams participating in the ‘More Doctors’ (Mais Médicos) program; and to identify factors associated with attitudes of interprofessional collaboration. Method: a descriptive, transversal and comparative study developed with 63 health professionals who responded to the Jefferson Scale of Attitudes Toward Interprofessional Collaboration. The data were statistically analyzed. Results: the sum of the scale items ranged from 88 to 139 points. The analysis of all the Family Health teams indicated statistically significant differences between the scores of the scale and the professional category and between the scores and the education level, suggesting that nurses and professionals with higher education are more inclined towards collaborative practice. The analysis according to the profile of the doctor - Brazilian, Cuban or foreign exchange doctor - found no statistical differences regarding the physicians’ scores, nor in the scores of the components of teams with different profiles. Conclusion: the profile did not suggest a statistically significant greater or lesser inclination of the doctors or teams toward interprofessional work. This study can support new studies which will contribute to the analysis of inter-professional collaboration and the impact of the Mais Médicos program.Objetivos: comparar las actitudes en relación a la colaboración interprofesional de profesionales de la salud componentes de equipos de la Estrategia Salud de la Familia, participantes del Programa Más Médicos; e identificar los factores asociados a actitudes de colaboración interprofesional. Método: estudio descriptivo, transversal y comparativo, desarrollado con 63 profesionales de la salud que respondieron a la Escala Jefferson de Actitudes Relacionadas a la Colaboración Interprofesional. Los datos fueron analizados estadísticamente. Resultados: la suma de los ítems de la escala varió de 88 a 139 puntos. El análisis del conjunto de los equipos de la ESF indicó diferencias estadísticas significativas entre los puntajes de la escala y la categoría profesional y entre los puntajes y la escolaridad, sugiriendo que los enfermeros y los profesionales con nivel superior son más inclinados para la práctica colaborativa. El análisis según el perfil del médico - brasileño, participante de intercambio o cubano - no determinó diferencias estadísticas en los puntajes de los médicos ni en los puntajes de los componentes de los equipos de diferentes perfiles. Conclusión: el perfil no sugirió mayor o menor inclinación, con significación estadística, de los médicos o de los equipos para el trabajo interprofesional. Este estudio, inédito en Brasil, puede auxiliar nuevas investigaciones que contribuyan para realizar análisis más robustos sobre la colaboración interprofesional y el impacto del Más Médicos

    A gestão da pandemia de covid-19 e as suas repercussões para o gestor do SUS

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    Este artigo discute os desafios enfrentados pelos gestores estaduais do Sistema Único de Saúde (SUS) no contexto da pandemia de covid-19 e as consequências produzidas em suas vidas pessoais. A partir de entrevistas com gestores estaduais, tornou-se evidente que a pandemia demandou o replanejamento das ações e serviços de saúde, a estruturação de novos serviços e leitos hospitalares, o uso de telemedicina e a contratação e capacitação de profissionais. Também emergiu a ausência de políticas integradas e de uma coordenação nacional, que levou à adoção de diferentes estratégias por parte dos estados. Estes fatores, assim como a politização da pandemia, a negação da doença e a tentativa do governo federal de impor tratamentos ineficazes para a covid-19 foram consideradas entre as maiores dificuldades vivenciadas pelos gestores. Fazer a gestão do SUS se tornou um exercício de risco, com repercussões deletérias não apenas para si e para a sua gestão, mas também para suas famílias e amigos. Se, por um lado, o contexto extenuante afetou a saúde física e mental dos gestores, que passaram a lidar com excesso de peso, ansiedade e angústia, de outro, foi fonte de motivação por catalisar solidariedade, empatia e o compartilhamento entre os atores políticos.This article discusses the challenges faced by the state managers of the Brazilian National Health System (SUS) in the context of the COVID-19 pandemic and the consequences produced in their personal life. From interviews with state managers, it became evident that the pandemic implied the re-planning of health actions and services, the structuring of new hospital services and beds, the use of telemedicine and the hiring and training of professionals. It also exposed the lack of integrated policies and national coordination, which led to the adoption of different strategies by the states. These factors, as well as the politicization of the pandemic, the denial of the disease and the attempt of the federal government to impose ineffective treatments for COVID-19 were considered among the greatest difficulties experienced by managers. Managing the SUS has become a risky exercise, with deleterious repercussions not only for themselves and their management, but also for their families and friends. If, on the one hand, the strenuous context affected the managers’ physical and mental health, who began dealing with overweight, anxiety, and anguish, on the other hand, it was a source of motivation for catalyzing solidarity, empathy, and sharing among political actors

    Sequenciamento de infusão de antineoplásicos: contribuições para a prática de enfermagem oncológica baseada em evidência

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    Este estudo objetivou identificar as evidências científicas disponíveis acerca das interações medicamentosas entre antineoplásicos decorrentes da ordem de infusão para, então, descrever a melhor sequência de aplicação e discutir sua aplicabilidade na Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). Revisão integrativa da literatura operacionalizada em 2018 nas bases MEDLINE, LILACS, CINAHL e BVS, a partir dos termos Neoplasms, Drug Therapy, Drug Interactions, Chemotherapy e Sequence Administration. Foram analisados 57 estudos que, em conjunto, estudaram 40 combinações de antineoplásicos, apontando as interações farmacocinéticas e farmacodinâmicas decorrentes da ordem de infusão, as quais subsidiaram a construção de um quadro determinando o melhor sequenciamento para cada uma dessas combinações. Um fluxograma também foi produzido para, junto com o quadro, apoiar a SAE na perspectiva da prática de enfermagem oncológica baseada em evidência. Selecionar as sequências de infusão de antineoplásicos combinados representa nova estratégia conceitual para enfermeiros que administram protocolos de poliquimioterapia

    Dificuldades e estratégias de enfrentamento referentes à gestão do trabalho na Estratégia Saúde da Família, na perspectiva dos gestores locais: a experiência dos municípios do Rio de Janeiro (RJ) e Duque de Caxias (RJ)

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    Objetivou-se identificar as dificuldades e as estratégias de enfrentamento referentes à gestão do trabalho na Estratégia Saúde da Família (ESF). Estudo exploratório, qualitativo, cujos dados foram coletados em 2011, por meio de entrevistas semiestruturadas com gestores dos municípios do Rio de Janeiro (RJ) e Duque de Caxias (RJ), e submetidos à análise de conteúdo. Constituem dificuldades: infraestrutura precária e baixa remuneração. As estratégias para atração e fixação profissional incluem: melhorias em infraestrutura e qualificação. A consolidação da ESF nas metrópoles tem potencialidade de despertar transformações no modelo de atenção que concretizem a saúde como direito social

    Inserção de profissionais de Educação Física no Sistema Único de Saúde: história, avanços e desafios

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    This essay explores the historical configuration of Physical Education (PE), highlighting its approaches and distances with public health, and discusses the critical aspects of the incorporation of PE professionals in the context of the Unified Health System (SUS). Initially configured as a school component, the PE expanded its field of action to Sports/Leisure and, later, to Health, when body practices/physical activities (BP/PA) were incorporated by public health policies. Numerically insufficient in the SUS, PE professionals are trained based on a model that is anchored in preventive and behaviorist discourses, which disregard the social determination of health-disease processes. The core of PE needs to transcend the practice based on BP/PA prescription under the sole pretext of increasing energy expenditure for the prevention and control of chronic non-communicable diseases, and the training processes need to be directed towards the understanding of health as a right.Este ensayo explora la configuración histórica de la Educación Física (EF), destacando sus proximidades y distancias con la salud pública y discute los aspectos críticos de la incorporación del profesional de EF en el contexto del Sistema Único de Salud (SUS). Configurada inicialmente como componente escolar, la EF amplió su campo de acción al Deporte/Ocio y, posteriormente, a la Salud, cuando las prácticas corporales/actividades físicas (PC/AF) fueron incorporadas a las políticas públicas de salud. Numéricamente insuficientes en el SUS, los profesionales son formados a partir de un modelo anclado en discursos preventivos y conductistas, que no consideran la determinación social de los procesos salud-enfermedad. La EF necesita trascender la práctica basada en la prescripción de PC/AF bajo el pretexto único de aumentar el gasto energético para la prevención y control de enfermedades crónicas no transmisibles, y los procesos de formación deben orientarse hacia la comprensión de la salud como derecho.Este ensaio explora a configuração histórica da Educação Física (EF), destacando as suas aproximações e distanciamentos com a saúde pública, e discute os aspectos críticos da incorporação do profissional de EF no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS). Inicialmente configurada como componente escolar, a EF expandiu seu campo de atuação para o Esporte/Lazer e, mais tardiamente, para a Saúde, quando as práticas corporais/atividades físicas (PC/AF) foram incorporadas por políticas públicas de saúde. Numericamente insuficientes no SUS, os profissionais de EF são formados a partir de um modelo ancorado em discursos preventistas e comportamentalistas, que desconsideram a determinação social dos processos saúde-doença. O núcleo da EF precisa transcender a prática baseada na prescrição de PC/AF sob o pretexto único de aumento do gasto energético para a prevenção e controle de doenças crônicas não transmissíveis, e os processos de formação precisam ser direcionados para a compreensão da saúde enquanto direito
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