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    Leonor Teles, uma mulher de poder?

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    Tese de mestrado em História Medieval de Portugal apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 2008Estudar o papel político da Rainha D. Leonor Teles, mulher do Rei D. Fernando de Portugal, foi o objectivo deste trabalho. Avaliar a veracidade do retrato que Fernão Lopes construiu, da Rainha, nas suas crónicas, foi o desafio que espoletou a investigação. O confronto dos seus escritos com a chancelaria activa e passiva do Rei D. Fernando e com outras crónicas (como as de Pero Lopez de Ayala, de Jean Foissart, de Jerónimo Zurara e a Crónica do Condestável ) representou a metodologia pela qual optámos. Apesar do número de doações dadas aos familiares, amigos e criados da Rainha ser 150, num total de 1691 actos de chancelaria, ou seja, 8,87%, Leonor Teles influenciou o governo do marido, nos domínios da graça régia, da diplomacia internacional e da sucessão do Reino, como provam as várias mercês que o Rei emitiu, em conjunto, com a Rainha e, às vezes também com a Infanta, D. Beatriz, e a participação de Leonor nos tratados de casamento da filha com Castela. Esta presença deve ser compreendida tendo em conta, não só o perfil psicológico e emocional do casal, mas, também, a noção de governo conjunto que o Rei defendeu dever ter com a Rainha, por ele achar que ela tinha direito a uma parte desse regimento. O Monarca, porém, não abandonou as prerrogativas de Rei absoluto , pois, mesmo nas terras da Rainha não se coibiu de interferir, apesar dos amplos poderes e liberdades que a carta de arras atribuía a Leonor. A comparação das chancelarias da Rainha, enquanto Consorte e, depois enquanto Regente revelou, que, nesta última e ao contrário da anterior, os privilégios atribuídos foram parcos e precários e que os agraciados passaram a ser os estratos mais baixos da nobreza, do clero e a burguesia. Leonor Teles morreu, provavelmente entre 1390 e 1405/6, em Valladolid. Segundo Antolínez de Burgos, um historiador seiscentista desta cidade, a sepultura da Rainha foi encontrada no claustro do Mosteiro de La Merced de Valladolid, em 1626, quando aí se procediam a obras de restauração.Resumo alargado disponível em inglê

    Political manipulation in the 1385 change of dynasties in Portugal: an Iberian detail named Blanca

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    This article focuses on the role of Blanca (1319–79?) – the granddaughter of monarchs Sancho IV of Castile and Jaume II of Aragon —in the context of the legal process supporting the election of João I of Portugal in the 1385 Coimbra parliament. The topic prompts an inquiry into the different viewpoints on a little known character in the Iberian royal families. First, the methodology employed contrasts the information known about Blanca and the description that Portuguese documents dating from 1385 make of her. These are an inquest and the official election act of João, the first king of the second Portuguese dynasty. After this section, the article seeks to shed light on the impact which the events described in the latter document had on Blanca’s historical context between the end of the 1320s and the 1340s. The article ends with a fresh look at chroniclers’ portrait of Blanca. In short, this article assesses and contrasts several portrayals of reality over several periods in time: the short term in the 1385 parliamentary meeting, Blanca’s lifespan, and finally a long period during which she almost vanished from historiography.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
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