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Modelização de Domínios de Conhecimento: uma investigação de princípios fundamentais
As teorias e metodologias desenvolvidas, tanto no escopo temático da ciência da informação quanto no da ciência da computação, que estão voltadas para a representação do conhecimento, apresentam, de forma mais ou menos abrangente, discussões sobre princípios como contexto de conhecimento, natureza dos conceitos, relações entre conceitos e sistemas de conceito. No campo do quadro teórico, investigam-se os modelos de abstração utilizados nas duas áreas, investigam-se os modelos representacionais associados à modelagem de sistemas de banco de dados, mais especificamente o modelo orientado a objetos. Da ciência da informação, analisam-se teorias ligadas à representação de sistemas de conceitos, como a teoria da classificação facetada e a teoria do conceito. Da teoria da terminologia, utilizam-se princípios estabelecidos para a determinação de conceitos e suas relações. Garantindo a especificidade de cada área, a comparação entre as teorias se dá, tendo em vista quatro pontos relacionados ao processo de modelização, a saber: o método de raciocínio; o objeto de representação; as relações entre os objetos; as formas de representação gráfica
Perspectivas para o estudo da área de representação da informação
Síntese do desenvolvimento das pesquisas que estão sendo realizadas na área de representação/recuperação da informação, visando à elaboração de sistemas de conceitos. Apresenta questões que envolvem o conceito/termo e as relações entre conceitos. Maior ênfase é dada às abordagens que evidenciam os aspectos comuns entre a teoria da classificação facetada, a teoria do conceito e a teoria da terminologia, pois as três teorias estabelecem princípios que permitem a estruturação dos conceitos em um sistema de conceitos
Elaboração de modelos de domínio em ontologias: a abordagem onomasiológica e a função da definição
A captura do conhecimento para a elaboração de modelos de domínios pode adotar uma abordagem semasiológica de perspectiva linguística (partindo do termo para o conceito) ou a abordagem onomasiológica, de perspectiva extralinguística (partindo do conceito para o termo). No que tange às ontologias, a adoção da abordagem semasiológica, na maioria das vezes, no que concerne à atividade de captura de conhecimento, reflete um procedimento de análise de textos eletrônicos, partindo da linguagem natural e do texto escrito em seus diversos formatos. Já a abordagem onomasiológica considera primeiramente que se chega ao termo através do extralinguístico, ou seja, a partir do entendimento do referente no âmbito de um domínio de especialidade; o termo seria o término de uma atividade de conotação sobre o referente. Este artigo aborda a metodologia apoiada na abordagem onomasiológica elaborada por I. Dahlberg, e demonstram-se os papéis que as definições possuem nesta atividade. A definição, neste sentido, é entendida como produto de um acordo estabelecido entre o modelizador/ontologista e o especialista do domínio; ela reflete o modelo pretendido de representação do mundo modelado
Organização de unidades de conhecimento em hiperdocumentos: o modelo conceitual como espaço comunicacional para a realização da autoria
Uma investigação do processo de produção de hiperdocumentos evidencia a falta de metodologias apropriadas para a elaboração de modelos conceituais que possam representar unidades de conhecimento. Esta falta de critérios apropriados faz com que a comunicação entre o autor que desenvolve o conteúdo temático do texto e o analista de sistema fique prejudicada, acarretando problemas na implementação de hiperdocumentos. Nesta proposta, adota-se uma perspectiva interdisciplinar envolvendo as áreas da ciência da informação, da ciência da computação e da terminologia. Pretende-se contribuir para a definição de critérios que venham auxiliar a elaboração de metodologias para modelos conceituais, voltados não somente para sistemas de bases de dados, mas também para sistemas que visam à organização de unidades de conhecimento, como é o caso de hiperdocumentos
Análise da estrutura classificatória dos portfólios de projetos da Embrapa: uma aplicação da Teoria da Classificação Facetada
This paper discusses the applicability of the principles of Ranganathan faceted classification for activities related to building models of fields of knowledge. We examine the research projects of the Brazilian Agricultural Research Corporation, which are organized in portfolios that comprise the corporation’s main fields of operation and that are classified by themes according to strategic goals. We adopt a a qualitative approach and we apply the postulate of categories, proposed by S. R. Ranganathan, to a sample of eleven portfolios (out of 34), which we chose because they linked to the related research projects and because we were able to access and use additional institutional documents related to such projects in our analysis. After categorizing the portfolio into the fundamental categories proposed by Ranganathan, the PMEST categories (Personality, Matter, Energy, Space and Time), we noticted that there was no single guiding principle in the portfolio’s classification basis and that different principles coexisted, although this was not explicit. The analysis showed that there were portfolios related to the Personality, Matter, and Energy categories. We argue that Ranganathan’s faceted classification methods are useful and relevant in a variety of contexts, since they provide a logical basis to the definition of classes and subclasses in a concept system, and that those methods do not depend upon the materiality of the object that is to be categorized, as they deal with what is called the “idea plane”. These methods are deemed essential to the development of knowledge domain models.Este artigo apresenta a aplicabilidade dos fundamentos teóricos provenientes da Teoria da Classificação Facetada para as atividades relacionadas à construção de modelos de domínios de conhecimento. Para tanto, tem como campo empírico os projetos de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa em Agropecuária, organizados por meio de portfólios que abrangem as principais áreas de atuação da empresa a partir de uma classificação temática baseada em objetivos estratégicos. A partir de uma abordagem qualitativa, aplica-se o postulado das categorias numa amostra de onze portfólios – de um total de trinta e quatro –, selecionados a partir da possibilidade de acesso aos projetos de pesquisa vinculados, bem como a um conjunto de documentos institucionais utilizados como fonte de informação na análise. Após um exercício de categorização dos portfólios a partir das categorias fundamentais propostas por Ranganathan – Personalidade, Matéria, Energia, Espaço e Tempo –, pôde-se perceber que não há um princípio norteador único na base classificatória dos portfólios e que coexistem diferentes princípios, embora isso não esteja explicitado. A análise demonstrou que existem portfólios relacionados às categorias Personalidade, Matéria e Energia. Conclui-se que a Teoria da Classificação Facetada se mostra útil e relevante em diferentes contextos, visto que possibilita um raciocínio lógico para a criação de classes e subclasses num sistema de conceitos, o que independe da materialidade do objeto, pois se situa no chamado Plano das Ideias. Logo, mostra-se essencial para a construção de modelos de domínios de conhecimento
Princípios para modelagem de domínio: a posição de Barry Smith e de Ingetraut Dahlberg
Na elaboração de modelos de domínios, é fundamental a determinação da unidade de representação que irá compor a estrutura de classes deste domínio - neste caso a discussão do que se pode determinar como conceito. Para tal, considera-se necessário se ter claro em que corrente filosófica se está apoiando, quando se refere a conceitos em diversos contextos. Apoia-se em dois autores clássicos da área de ciência da informação e da ciência da computação, respectivamente Ingetraut Dahlberg e Barry Smith, para introduzir-se uma discussão sobre o conceito de “conceito”. Além disso, discutem-se questões relacionadas à estruturação/classificação de um domínio, apontando em última análise convergências e divergências na postura teórica de cada um desses autores, propiciando maior entendimento para aqueles que estão preocupados com a modelagem de domínios de conhecimento/atividades. Por último, abordam-se questões relativas às relações semânticas e definições no intuito de evidenciar pontos fundamentais para estruturação de domínios de conhecimento
ONTOLOGIA E WEB SEMÂNTICA: O ESPAÇO DA PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
Discute o atual projeto Web Semântica, em especial as ontologias, a partir de uma trajetória retrospectiva que remota à invenção do computador e da sua influência no imaginário da sociedade contemporânea como uma máquina dotada de inteligência. As tendências, limitações e desafios atuais do projeto e dessa visão, segundo diferentes autores, são apresentados e discutidos. São identificadas possíveis áreas de atuação para a Ciência da Informação, em especial para a construção de ontologias, a partir sua trajetória de pesquisa em áreas como organização/modelização de domínios de conhecimento e processamento semântico de informações por computadores
Evolução tecnológica e os novos espaços de organização e uso da informação:: a importância dos repositórios para a comunicação científica
O processo de produção e comunicação do conhecimento científico requer rapidez e eficiência para facilitar a recuperação da informação pelos pesquisadores. No contexto atual, as tecnologias de informação e comunicação são imprescindíveis para fomentar a geração e a disseminação de novos conhecimentos advindos da atividade científica. A disponibilização desses conteúdos de forma livre e gratuita há muito tem sido desejada pela comunidade acadêmica – científica, realidade que vem se concretizando a partir da evolução das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), especialmente com o surgimento da WEB (SANTOS e ROSA, 2020, SANTOS, 2021). A presente pesquisa tem como tema a importância dos repositórios para a comunicação científica e se propõe a identificar o papel dos repositórios digitais nos novos cenários da comunicação científica, ressaltando suas principais características e funções
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