15 research outputs found

    Percepção de pais de escolares sobre o comportamento de seus filhos como influenciadores de compras familiares de alimentos

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    Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Nutrição.Tem sido cada vez mais evidente a influência das crianças nas compras domésticas de alimentos, principalmente de produtos industrializados ultraprocessados. As solicitações infantis de compra desses tipos de produtos podem decorrer da interação entre diversos fatores inerentes à própria criança e ao ambiente ao qual ela está exposta. Diante da importância da criança no contexto familiar e seu poder de consumo como influenciadora, é pertinente investigar a percepção dos pais acerca dessa temática. Objetivou-se, com esta pesquisa, identificar a percepção de pais de escolares sobre a influência exercida por seus filhos nas compras familiares de alimentos. Para isto foi realizado um estudo qualitativo a partir da Análise de Conteúdo das transcrições de 31 entrevistas semiestruturadas conduzidas com pais e mães de estudantes de 6 a 10 anos de idade de uma escola pública e uma escola particular de Florianópolis (SC), no ano de 2011. Os pais perceberam influência direta e indireta dos filhos nas compras familiares de alimentos, principalmente de industrializados ultraprocessados. A presença da criança no momento das compras foi percebida de forma negativa. As propagandas de alimentos foram consideradas influenciadoras dos desejos de consumo dos filhos, principalmente por novidades, mas os aspectos sensoriais dos alimentos determinavam as solicitações de compra daqueles consumidos regularmente. Os alimentos solicitados, quando adquiridos, eram consumidos também pelos demais membros familiares. Os pais de estudantes da escola pública manifestaram maior preocupação com a qualidade nutricional e a frequência com que os alimentos solicitados eram disponibilizados à criança. Somente os pais de estudantes da escola particular relataram perceber influência dos colegas sobre as solicitações de compras de alimentos por seus filhos. Estes resultados foram atribuídos à procedência do lanche consumido pelas crianças em cada uma das escolas. As regulamentações existentes na escola pública em relação ao lanche escolar possivelmente limitavam a variedade de alimentos consumidos e a troca de informações entre os estudantes em relação aos alimentos consumidos, já que a alimentação era padronizada. Os resultados reforçam a função da escola como espaço promotor de saúde tanto para os estudantes quanto para o restante da comunidade escolar, da qual a própria família faz parte. O fortalecimento do papel da escola na educação para a saúde de forma integral é especialmente importante em escolas particulares, onde não há atuação direta de programas governamentais de estímulo à alimentação saudável. Cabe ressaltar que embora caiba aos pais gerenciar os pedidos de compra de alimentos dos filhos, não se pode atribuir somente a eles a responsabilidade por uma situação à qual também estão vulneráveis, qual seja, a exposição frequente a inúmeros estímulos para o consumo de alimentos pouco nutritivos. Limitar o acesso a tais estímulos e, consequentemente, administrar os pedidos de compra infantil por alimentos industrializados ultraprocessados nem sempre é tarefa fácil para os pais. A regulamentação da publicidade de alimentos direcionada ao público infantil poderia influenciar positivamente tal situação.Children's influence on family food purchases, especially ultra-processed products, has become increasingly evident. Children's requests for such products can result from the interaction of factors inherent to the child and to the environment to which she is exposed. Due to the importance of the child in the family context and her power to influence consumption, it is pertinent to investigate the perception of parents regarding this issue. The aim of this research was to identify the parents' perceptions about their children's influence on family food purchases. A qualitative study was carried out from the Content Analysis of transcriptions from 31 semi-structured interviews conducted with parents of students aged 6-10 years old from one public school and one private school from Florianópolis (SC), in 2011. Parents perceived children's direct and indirect influence on family food purchases, especially ultra-processed foods. The children's presence in the supermarket during shopping was negatively perceived. Television food advertisements were considered influential on children's consumer wishes, but the food's sensory characteristics determined the requests for frequently purchased items. When purchased, the foods requested were also consumed by other family members. The group of parents from the public school students showed greater concern about the nutritional quality and frequency with which the requested foods were made available to the child. Only the parents from the private school students mentioned perceiving peer influence over their children's requests for food. Results were attributed to the origin of snacks ingested by the students in each school. Regulations in the public school regarding the snack consumption possibly limited the variety of foods ingested and the comments among students about certain foods, since the meal served was the same for everyone. Results evidence the school's role as a health promoting institution, not only for the students but also for the community, where the family is an integral part. Strengthening such a role is especially important in private schools where public policies regarding healthy eating practices are absent. Also worth notice, is the fact that parents are in charge of managing their children's requests for foods, but they cannot be held responsible for a situation where they are also vulnerable, that is, frequent exposition to stimuli for the consumption of unhealthy food items. Limiting access to such stimuli and negotiate requests for ultra-processed foods is not always an easy task for parents. Regulation of publicity of foods aimed at children could positively influence such a situation

    Impacto da atualização de profissionais de saúde em alimentação infantil na prevalência de anemia em crianças: Ensaio de Campo Randomizado

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    O objetivo foi avaliar o impacto de atualização de profissionais de saúde em alimentação infantil na prevalência de anemia nos primeiros dois anos de vida. Investigou-se também a frequência da prescrição de suplementação de ferro (SF) e os fatores associados a essa prática. Conduziu-se estudo de campo randomizado por conglomerado em Unidades de Saúde (US) em uma cidade do sul do Brasil. Os profissionais das US-intervenção participaram da capacitação sobre o guia da alimentação saudável para as crianças menores de 2 anos do Ministério da Saúde. Avaliaram-se 533 crianças com idade de 12-15meses. A prevalência de anemia foi 55,7%, sem diferença significativa nos grupos intervenção (GI) e controle (GC) (p=0,34). A prevalência de prescrição do SF (84,2% vs 81,2%, p=0,40) e da adesão materna ao uso SF >180 dias (36,2% vs 35,2%; p=1,00) foi semelhante nos GI e GC. O tempo de uso do SF >180 dias foi associado à menor prevalência de anemia (46,6% vs 56,4%; p=0,03).  O maior número de consultas na puericultura foi associado ao uso do SF por período ≥180 dias (p=0,04). A intervenção não foi efetiva em reduzir a prevalência de anemia entre as crianças, sendo necessário maior incentivo às mães para aderirem ao uso do suplemento de ferro nos primeiros dois anos. 

    Impacto da atualização de profissionais de saúde em alimentação infantil na prevalência de anemia em crianças: Ensaio de Campo Randomizado

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    O objetivo foi avaliar o impacto de atualização de profissionais de saúde em alimentação infantil na prevalência de anemia nos primeiros dois anos de vida. Investigou-se também a frequência da prescrição de suplementação de ferro (SF) e os fatores associados a essa prática. Conduziu-se estudo de campo randomizado por conglomerado em Unidades de Saúde (US) em uma cidade do sul do Brasil. Os profissionais das US-intervenção participaram da capacitação sobre o guia da alimentação saudável para as crianças menores de 2 anos do Ministério da Saúde. Avaliaram-se 533 crianças com idade de 12-15meses. A prevalência de anemia foi 55,7%, sem diferença significativa nos grupos intervenção (GI) e controle (GC) (p=0,34). A prevalência de prescrição do SF (84,2% vs 81,2%, p=0,40) e da adesão materna ao uso SF >180 dias (36,2% vs 35,2%; p=1,00) foi semelhante nos GI e GC. O tempo de uso do SF >180 dias foi associado à menor prevalência de anemia (46,6% vs 56,4%; p=0,03).  O maior número de consultas na puericultura foi associado ao uso do SF por período ≥180 dias (p=0,04). A intervenção não foi efetiva em reduzir a prevalência de anemia entre as crianças, sendo necessário maior incentivo às mães para aderirem ao uso do suplemento de ferro nos primeiros dois anos. 

    Efetividade da suplementação de sulfato ferroso na prevenção da anemia em crianças: revisão sistemática da literatura e metanálise

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    Revisão sistemática e metanálise de estudos que avaliaram a efetividade da suplementação de sulfato ferroso na prevenção da anemia em crianças menores de cinco anos de idade. Foram pesquisadas as bases PubMed, Scopus, SciELO e LILACS e incluídos artigos publicados entre 1980-2011 em espanhol, inglês ou português, utilizando os unitermos: criança, pré-escolar, lactente, anemia, prevenção, suplementação e ferro. Foram selecionados 13 estudos, que mostraram que independentemente da dose e do tempo de suplementação, o esquema diário foi mais consistente na melhoria dos níveis de hemoglobina (efeito combinado 0,56mg/dL, IC95%: 0,31; 0,81, p < 0,001) do que o semanal (efeito combinado 0,28mg/dL, IC95%: -0,22; 0,78, p = 0,273). Não houve efeito da suplementação na redução da prevalência de anemia, mesmo com doses diárias, e a administração conjunta com outros micronutrientes não trouxe benefícios adicionais em comparação com a administração exclusiva do suplemento. A suplementação diária de sulfato ferroso mostrou-se mais efetiva do que doses semanais na melhoria dos níveis de hemoglobina

    Lead evaluation in children's lipsticks through atomic absorption spectrometry

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    Lead is a metal with recognized toxicity and it is known that it may be a contaminant in lipsticks. In Brazil, the Health Regulatory Agency (ANVISA) determines that the maximum limit allowed for the presence of lead in lipsticks is 20 ppm. Children are more vulnerable to lead toxicity. The objective of this study was to evaluate the presence of lead in infant lipsticks. Nineteen samples from four different brands sold in Brazil were evaluated. After sample extraction, analyses were performed by graphite furnace atomic absorption spectrometry. Lead was not detected in any of the tested lipsticks. Considering the presence of lead in adult makeup, the present study reinforces the need to use products intended for children considering kids are more vulnerable to lead toxic effects

    Práticas de alimentação complementar de crianças de seis meses a dois anos de idade assistidas na Atenção Primária à Saúde em uma área rural

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    Objetivo: identificar e analisar as práticas de alimentação complementar de crianças de seis meses a dois anos de idade assistidas na Atenção Primária à Saúde. Métodos: Realizou-se um estudo transversal com 51 crianças com aplicação de questionário sociodemográfico e do Formulário de Marcadores de Consumo Alimentar do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional aos responsáveis. As variáveis foram descritas por meio das frequências relativas e absolutas, médias e desvios-padrão, mediana e intervalo interquartil. A análise dos fatores associados aos desfechos foi realizada por meio de regressão de Poisson com variância robusta, estimando-se as razões de prevalência (RP) bruta e ajustada e os respectivos intervalos de 95% de confiança (IC95%). O nível de significância considerado foi de 5%. Resultados: Identificou-se frequência de aleitamento materno exclusivo (AME) por quatro meses ou mais de 64,7%, alta frequência de consumo de frutas (74,5%), legumes (72,5%), carnes ou ovo (80,4%), feijão (84,3%), bebidas adoçadas (72,5%), macarrão instantâneo, salgadinho de pacote ou biscoito salgado (54,9%) e biscoito recheado, doces ou guloseimas (58,8%). Verificou-se que a ocupação materna não remunerada foi associada à menor oferta de alimentos ultraprocessados salgados (RP = 0,62; IC95%: 0,46-0,84; p = 0,003). Conclusão: O estudo mostrou frequência de AME próxima da meta estabelecida pela OMS e alta frequência do consumo de alimentos recomendados para a idade. Porém, também foi alta a frequência de práticas de alimentação complementar não saudáveis. A ocupação materna não remunerada foi fator de proteção para a oferta de alimentos ultraprocessados salgados. Palavras-chave: Aleitamento Materno. Alimentação complementar. Nutrição do lactente
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