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VISITAS DOMICILIÁRIAS COMO FERRAMENTA PARA QUALIFICAR A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA
Introdução: As visitas domiciliárias (VD) constituem ferramenta importante para a atenção à saúde do indivíduo, família e comunidade, possibilitando o conhecimento da realidade e o fortalecimento de vínculo entre profissional/indivíduo/família. A VD auxilia o enfermeiro em sua atuação na promoção de saúde, prevenção de agravos, tratamento e reabilitação. Objetivo: Descrever a experiência de acadêmicos de Enfermagem na realização de VD durante estágio em uma Estratégia de Saúde da Família (ESF). Método: Relato de experiência de acadêmicos de Enfermagem da UNOESC, Campus de São Miguel do Oeste (SC), sobre sua vivência na realização de VD’s na ESF. A atividade aconteceu durante o Estágio Supervisionado II de Saúde Coletiva, no mês de abril de 2017. Acompanhavam as VD’s as acadêmicas, cirurgiã-dentista e agente comunitária de saúde, sendo realizadas com indivíduos e famílias em maiores vulnerabilidades. Na oportunidade, foi possível fazer orientações sobre a situação de saúde e a escuta ativa dos pacientes. Resultados: A realização da VD contribui para a aprendizagem e criação de vínculo, permitindo a construção de um espaço para o diálogo e esclarecimento de dúvidas existentes, de acordo com a realidade em que cada família vive.Considerações finais: A VD proporcionou maior conforto e vínculo entre profissionais da saúde, acadêmicos e pacientes, além da aproximação com a realidade a qual o paciente se insere, permitindo pensar em ações direcionadas às reais necessidades do mesmo, de modo a buscar a integração e continuidade destas ações desempenhadas na comunidade
A IMPORTÂNCIA DE AÇÕES EDUCATIVAS COM GRUPO DE GESTANTES: POSSIBILIDADE PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE
Introdução: As ações educativas com grupo de gestantes promovem a troca de experiências, conhecimentos e fortalecimento de vínculo entre o enfermeiro e a futura mãe, proporcionado um espaço para as gestantes expressarem suas dúvidas, medos e anseios que permeiam a gestação. Objetivo: Proporcionar às gestantes um espaço para discussão sobre as mudanças no corpo, crenças populares e esclarecimento de dúvidas que ocorrem no período gestacional. Método: Relato de experiência da atividade de educação em saúde com grupo de gestantes, desenvolvida por acadêmicas de Enfermagem da Universidade do Oeste de Santa Catarina, campus São Miguel do Oeste (SC). A atividade aconteceu durante o Estágio Supervisionado I de Saúde Coletiva, em uma Estratégia Saúde da Família, no mês de outubro de 2016. Durante a atividade foi realizada uma roda de conversa sobre os mitos e verdades da gestação, além de uma dinâmica com balões, que guardavam perguntas sobre o assunto, que eram discutidas entre as gestantes e as acadêmicas. Ao final, houve confraternização e distribuição de lembrancinhas às gestantes. Resultados: O grupo de gestantes permitiu a troca de experiências e a discussão sobre assuntos presentes no universo da gestação, que, muitas vezes, geramdúvidas e incertezas sobre o ser mãe. Considerações Finais: É fundamental a aproximação entre o enfermeiro e a gestante, conhecer suas crenças e saberes populares, objetivando uma maior aproximação com a realidade que as gestantes estão inseridas, a fim de promover um cuidado integral e direcionado às suas necessidades
PROMOÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESCOLA: ABORDANDO OS CUIDADOS DE HIGIENE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Introdução: A educação em saúde na escola é uma ferramenta essencial para a promoção da saúde, possibilitando o compartilhamento de saberes e a construção de hábitos saudáveis de vida, proporcionando à criança meios para a realização dos cuidados de higiene. Objetivo: Relatar atividades de educação em saúde realizada junto aos alunos, abordando os cuidados de higiene. Método: Relato de experiência de atividades de educação em saúde com alunos da educação infantil de escolas municipais, desenvolvida por acadêmicas de Enfermagem. As atividades aconteceram durante o Estágio Supervisionado II de Saúde Coletiva, em uma Estratégia Saúde da Família, nos meses de março e abril de 2017. As atividades aconteceram por meio de conversas com os alunos sobre os cuidados de higiene, além de uma dinâmica para um feedback sobre o assunto. Foram utilizadas placas, confeccionadas pelas acadêmicas, em que constava ‘certo’ de um lado da placa e ‘errado’ de outro. Os alunos deveriam responder às perguntas levantando a placa, de acordo com o seu entendimento. Resultados: Houve participação e integração dos alunos nas atividades, principalmente durante a dinâmica, que tem como proposta trazer o aluno para a construção do conhecimento, possibilitando seu protagonismo nasatividades de promoção e educação em saúde. Considerações Finais:Percebe-se a importância de ter a escola como espaço para a promoção eeducação em saúde, firmando compromisso mútuo entre educadores eprofissionais da saúde, a fim de formar crianças conscientes e capazes defazerem escolhas saudáveis em suas atividades diárias
PERCEPÇÕES E AÇÕES DE ENFERMEIROS SOBRE A ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Introdução: A gestação é um momento de grandes transformações na vida da mulher. Ao tornar-se mãe, muitas são as mudanças que se apresentam à mulher em aspectos físicos, psicológicos, familiares e sociais (PICCININI et al., 2012). Neste contexto, o pré-natal constitui um momento de grande perspectiva e preparação para a maternidade, sendo o acompanhamento que a gestante tem desde a concepção do feto até o trabalho de parto. É através dessas consultas que a gestante irá acompanhar o desenvolvimento de sua gravidez e as condições do feto, caracterizando-se como um período de aprendizado, fundamental para o bom desenvolvimento do binômio mãe-filho (DUARTE; ANDRADE, 2008; TEIXEIRA; AMARAL; MAGALHÃES, 2010; MARTINS, 2012). No Brasil, de acordo com a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem, o enfermeiro pode acompanhar integralmente o pré-natal de uma gestante de baixo risco. Em muitas instituições de saúde, na Atenção Básica de Saúde e nas Estratégias de Saúde da Família, é esperado que os enfermeiros se responsabilizem pela assistência pré-natal, objetivando monitorar, prevenir e identificar intercorrências maternas e fetais e, ainda, realizar atividades educativas acerca da gravidez, parto e puerpério (BRASIL, 2006; DOTTO; MOULIN; MAMEDE, 2006). Sendo que o mesmo possui os pré-requisitos que possibilitam o atendimento humanizado e estabelecimento de vínculo, que irão propiciar o desenvolvimento da sensibilidade para visualizar a gestante na sua integralidade. A assistência pré-natal humanizada deve ser realizada com a integração de condutas em que a gestante se sinta acolhida e evitando intervenções desnecessárias, integrando ações de prevenção e promoção da saúde da gestante e do bebê em todos os níveis de atenção à saúde (BRASIL, 2006; REIS; LOPES, 2015). Objetivo: Descrever as percepções de enfermeiros sobre a assistência pré-natal de baixo risco às gestantes no contexto da Estratégia de Saúde da Família. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo descritiva-exploratória. Recorte de um Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação de Enfermagem, desenvolvido no município de São Miguel do Oeste junto aos enfermeiros atuantes nas Estratégias de Saúde da Família pertencentes ao município. Dentre os critérios de inclusão dos participantes, foi considerado: ser graduado em Enfermagem. No que tange aos critérios de exclusão, foram excluídos do estudo os profissionais com algum tipo de afastamento, em virtude de gozo de férias, licença especial, tratamento de saúde ou maternidade. Para a coleta de dados foi utilizada a entrevista semiestruturada. As entrevistas foram de caráter individual, e realizadas em um espaço que garanta a privacidade do participante. Foram gravadas em aparelho digital com o consentimento do participante de modo a registrar integralmente a fala, assegurando material autêntico para a análise. A coleta dos dados foi realizada no mês de maio e junho de 2017. Para análise dos dados foi utilizada a análise de conteúdo do tipo temática, proposta por Minayo. O projeto de pesquisa foi aprovado por meio do Parecer Consubstanciado emitido pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Oeste de Santa Catarina, sob o CAAE número 66358317.0.0000.5367 e Parecer número 2.032.456. Resultados e Discussão: Fizeram parte do estudo onze enfermeiros que atuam nas Estratégias de Saúde da Família do município de São Miguel do Oeste, localizado na região do extremo oeste de Santa Catarina. Entre estes, dez são do sexo feminino e um do sexo masculino, com idade entre 24 e 40 anos e tempo de formação entre dois anos e treze anos. Dos entrevistados, dez não possuem especialização na área de obstetrícia e uma enfermeira está com a especialização na área em andamento. Dentre as percepções e ações do enfermeiro na assistência ao pré-natal na ESF, pode perceber-se que possuem o conhecimento acerca do número de consultas estipuladas e dos benefícios advindos delas. O Ministério da Saúde preconiza que sejam realizadas no mínimo seis consultas durante o pré-natal de baixo risco, com início precoce do acompanhamento já no primeiro trimestre de gravidez, incluindo a realização de algumas ações de prevenção (NUNES et al., 2016). Nisso as gestantes diagnosticadas com alguma patologia ou que necessitem de atendimento mais especializado são encaminhadas prontamente para o atendimento específico de ginecologia e obstetrícia, nestes casos também são incluídas as gestantes em que foram identificados fatores de riscos. Estas são estimuladas a manterem o vínculo com a ESF, onde a equipe de saúde deve ser informada a respeito da evolução da gestação e os tratamentos prescritos. Na primeira consulta torna-se essência o bom recebimento e acolhimento da gestante na unidade, juntamente com a triagem, ou seja, a verificação de sinais vitais, peso, altura e principais sinais e sintomas referidos pela gestante. Com o exame comprobatório da gravidez em mãos, são encaminhadas ao médico para requisitar os exames complementares, portanto o enfermeiro ainda não pode solicitar os primeiros exames à gestante, mesmo estando capacitado para realizar esta função. É realizado o cadastramento nos SISPRENATAL e preenchimento da carteirinha de gestante com todos os dados da gestante. De acordo com o manual do pré-natal e puerpério, um pré-natal qualificado requer atuação de uma equipe multiprofissional, sendo o enfermeiro uma parte desta equipe e que está capacitado para realizar a assistência direta à mulher gestante, cabendo-lhe a realização de diversas atividades relacionadas à gestação, como ações de educação em saúde para as mulheres, seus companheiros e familiares, realização da consulta de Enfermagem no pré-natal de baixo risco, solicitação exames conforme protocolo da instituição, identificação e encaminhamento da gestante de alto risco para atendimento especializado com médico obstetra, realização de grupo de gestante, sala de espera, visitas domiciliares, fornecimento do cartão da gestante, sendo atualizado ao passar pelas consultas, cadastramento no SISPRENATAL e realização de exame preventivo citopatológico de colo de útero. Todas essas ações são privativas do enfermeiro, embasadas pela Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que regulamenta o exercício profissional do enfermeiro. (PRIMO; BOM; SILVA, 2008). Outro ponto importante que surgiu durante as entrevistas foi a vacinação da gestante. Vários são os profissionais que, diante da descoberta da gestação, juntamente com o início do pré-natal, orientam e verificam a situação vacinal da gestante, tendo em vista que os encaminhamentos dependem da situação vacinal em que se encontra. O principal objetivo da vacinação para a gestante é a proteção para a mulher, deixando-a imune a doenças e possíveis complicações associadas à gestação, além de proteger o bebê, fornecendo-lhe anticorpos, já que ao nascer seu sistema imunológico ainda é imaturo (LOUZEIRO et al., 2014). Outra questão é a orientação oferecida pelo enfermeiro, sendo primeiramente esclarecido os direitos das gestantes, observação de sinais e sintomas, mudanças corporais, realização de atividades físicas, mudanças na alimentação, cuidados com higiene e ingestão de drogas e bebidas alcoólicas, vacinação, realizações de consultas, exames solicitados e ultrassom, medicações necessárias, realização do preventivo, esclarecimento de dúvidas e mitos da gestação, tipos de parto e amamentação. As consultas do pré-natal são realizadas intercalando o enfermeiro e o médico, sendo que é de extrema importância a realização de ações educativas em promoção de saúde da gestante, onde ocorre formação de vínculo proporcionando um atendimento humanizado e integral, também assim, agindo de forma que as gestantes tenham maior adesão as consultas. Por meio da promoção de saúde, acolhimento e a formação de vínculo entre gestante e enfermeiro, é possível a conscientização da gestante em relação à necessidade da realização do acompanhamento pré-natal, aumentando assim suas chances de adesão. Dessa forma são realmente realizados os cuidados de forma integral, com todo empenho e dedicação dos profissionais, que devem ser agregadas a partir da formação profissional e da prática diária, para que o pré-natal seja eficaz e seguro para a saúde da mãe e do bebê (COSTA et al., 2013). Conclusão: A realização do pré-natal é de suma importância pois proporciona para a mulher uma assistência integral e humanizada neste período tão importante de sua vida, bem como evidencia as dificuldades vivenciadas no cotidiano para a realização deste acompanhamento. Diante disso, a escuta e o diálogo entre enfermeiro e gestante tornam-se fundamentais para tornar o pré-natal efetivo e qualificado, onde o enfermeiro deve estar preparado para trabalhar, oferecendo suporte técnico-científico, além de passar confiança e segurança à mulher e sua família, amenizando os desafios enfrentados durante o período gestacional e diminuindo, assim, riscos de morbimortalidade materna e neonatal
DESAFIOS DE ENFERMEIROS DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA NA REALIZAÇÃO DO PRÉ-NATAL
Introdução: O pré-natal constitui um momento de grande perspectiva e preparação para a maternidade, sendo o acompanhamento que a gestante tem desde a concepção do feto até o trabalho de parto. É através dessas consultas que a gestante irá acompanhar o desenvolvimento de sua gravidez e as condições do feto, caracterizando-se como um período de aprendizado, fundamental para a construção do binômio mãe-filho (DUARTE; ANDRADE, 2008; TEIXEIRA; AMARAL; MAGALHÃES, 2010; MARTINS, 2012). Uma atenção efetiva no pré-natal exercerá um papel fundamental no desfecho do processo do parto e nascimento, além de contribuir para a redução e prevenção da morbimortalidade materna e perinatal (ANVERSA et al., 2012; CESAR et al., 2012; DOMINGUES et al., 2012). Objetivo: Descrever os desafios dos enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família (ESF) na realização do pré-natal. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo descritiva-exploratória desenvolvida no município do Extremo Oeste de Santa Catarina, junto às dez ESFs que o município dispõe. Participaram do estudo onze enfermeiros. Foram incluídos no estudo profissionais que realizam pré-natal na Atenção Primária de Saúde e foram excluídos os profissionais que se encontravam em afastamento em virtude de gozo de férias, licença especial, tratamento de saúde ou maternidade no período que sucedeu a pesquisa. A coleta de dados foi realizada entre os meses de maio e junho de 2017, sendo empregada uma entrevista semiestruturada. As entrevistas foram de caráter individual, realizadas em um espaço que garantiu a privacidade aos participantes, sendo gravadas em aparelho digital, com o consentimento dos participantes, de modo a registrar integralmente suas falas, assegurando material autêntico para a análise. Os dados foram submetidos a análise de conteúdo do tipo temática, proposta por Minayo. O estudo respeitou os preceitos éticos que regem a pesquisa com seres humanos, em conformidade com a Resolução nº 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde. A pesquisa foi aprovado por meio do Parecer Consubstanciado emitido pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Oeste de Santa Catarina, sob o CAAE número 66358317.0.0000.5367 e Parecer número 2.032.456. Resultados e discussão: Fizeram parte do estudo onze enfermeiros que atuam nas ESF de um município do Extremo Oeste de Santa Catarina. Entre estes, dez são do sexo feminino e um do sexo masculino, com idade entre 24 e 40 anos e tempo de formação variando entre dois e treze anos. Dos entrevistados, somente um possui especialização na área de obstetrícia. Como desafios para a assistência pré-natal, os enfermeiros citaram a falta tempo, em decorrência do excesso de demanda e das atividades internas e burocráticas que ocupam a maioria do tempo. O profissional enfermeiro tem total autonomia para prestar essa assistência e é um direito das gestantes ter esse atendimento com o profissional mas, para que isso ocorra, é preciso que haja planejamento e organização dentro das unidades. O planejamento de atividades complexas, como as atividades do pré-natal, exige multidisciplinaridade de tarefas, pois durante o exercício de suas funções ainda existe a sobrecarga de atendimentos e demandas da unidade. Acrescenta-se a isto, o fato do enfermeiro ser responsável pela organização e todo o funcionamento administrativo da unidade (ASSIS et al., 2011). Outro fator, é a baixa adesão das gestantes em participar dos grupos, em razão de que a maioria trabalha e não tem incentivo e liberação do local em que atua, dificultando a participação e o envolvimento nas atividades. No Brasil, é muito forte a representação social das gestantes sobre os processos gestacionais. É um fenômeno natural que contribui para a falta de cuidado na gravidez e para a não aderência e evasão do programa do pré-natal (SHIMIZU; LIMA, 2009). O acolhimento e as orientações com informações seguras ampliam o interesse das mulheres quanto a importância do pré-natal, com vistas à promoção da saúde e à prevenção de doenças que podem vir a ocorrer durante a gravidez. O interesse é o aprofundamento dos conhecimentos sobre esta fase da vida, possibilitando viverem a gravidez da melhor forma possível (TEIXEIRA; AMARAL; MAGALHÃES, 2010). Outro desafio apontado pelos entrevistados é a falta de profissionais nas unidades, dificultando a assistência pelo excesso de demanda e pela sobrecarga de trabalho. Além disso, é fundamental que os profissionais de saúde estejam preparados e capacitados, sendo um fator indispensável para uma assistência qualificada. Faz-se necessário um processo educativo que favoreça aos profissionais a aquisição de competências práticas e habilidades para a resolução de problemas, pensamento crítico e tomada de decisões (RODRIGUES et al., 2011). Somado ainda, há baixa atuação da equipe multidisciplinar, que cada profissional dentro da sua especialidade estaria contribuindo no cuidado com as gestantes, proporcionando melhor acolhimento, segurança e suporte. A equipe deve estar sensibilizada para a importância dos profissionais disponíveis, criando oportunidades e incluindo-os na assistência pré-natal, contribuindo para colocar em prática a integralidade da atenção (FIGUEIREDO; ROSSONI, 2008). Por fim, outro ponto que pode dificultar a realização de ações educativas é a falta de estrutura física nas ESFs. A infraestrutura adequada, além de equipamentos, insumos e profissionais capacitados são essenciais para a realização de um pré-natal de qualidade. A qualidade do atendimento profissional depende basicamente dos recursos disponíveis para a sua atuação, de modo que a falta destes, compromete fortemente o trabalho dos profissionais. Também a existência destes recursos promove a qualificação do atendimento (PEDROSA; CORREA; MANDÚ, 2011). Considerações finais: O profissional da enfermagem deve sempre estar preparado para prestar uma assistência eficaz, humanizada e qualificada às usuárias que procuram atendimento na ESF, com especial atenção na fase do pré-natal, pois a mulher se encontra em um momento frágil e necessita de orientações e apoio. Para tanto, há necessidade de capacitação e qualificação dos profissionais, melhora da estrutura e criação de ações em saúde, que visem o cuidado holístico, a fim de reduzir os fatores de risco e propiciando maior segurança e integralidade na assistência.
Referências:ANVERSA, E. T. R. et al. Qualidade do processo da assistência pré-natal: unidades básicas de saúde e unidades de Estratégia Saúde da Família em município do Sul do Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 28, n. 4, p. 789-800, abr. 2012.ASSIS, W. D. et al. Processo de trabalho da enfermeira que atua em puericultura nas unidades de saúde da família. Rev Bras Enferm., Brasília, v. 64, n. 1, p. 38-46, jan./fev. 2011.CESAR, J. A. et al. Assistência pré-natal nos serviços públicos e privados de saúde: estudo transversal de base populacional em Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 28, n. 11, p. 2106-2114, nov. 2012.DOMINGUES, R. M. S. M. et al. Avaliação da adequação da assistência pré-natal na rede SUS do Município do Rio de Janeiro, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 28, n. 3, p. 425-437, mar. 2012DUARTE, S. J. H; ANDRADE, S. M. O. O Significado do pré-natal para mulheres grávidas: uma experiência no município de Campo Grande, São Paulo. Saúde Soc., São Paulo, v. 17, n. 2, p. 132-139, jun. 2008.FIGUEIREDO, P. P.; ROSSONI, E. O acesso à assistência pré-natal na atenção básica à saúde sob a ótica das gestantes. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre, v. 29 n. 2, p. 238-245, jun. 2008.MARTINS, J. S. A. et al. A assistência de enfermagem no pré-natal: enfoque na Estratégia da Saúde da Família. Rev. UNIABEU, v. 5, n. 9, p. 278-288, jan./abr. 2012.PEDROSA, I. C. F.; CORREA, A. C. P.; MANDÚ, E. N. T. Influências da infraestrutura de centros de saúde nas práticas profissionais: percepções de enfermeiros. Cienc Cuid Saúde, Cuiabá, v. 10, n. 1, p. 58-65, jan./mar. 2011.RODRIGUES, I. R. et al. Elementos constituintes da consulta de enfermagem no pré-natal na ótica de gestantes. Rev. Rene. v. 17, n. 6, p. 774-781, nov./dez. 2016.TEIXEIRA, I. R.; AMARAL, R. M. S.; MAGALHÃES, S. R. Assistência de enfermagem ao pré-natal: reflexão sobre a atuação do enfermeiro para o processo educativo na saúde gestacional da mulher. e-Scientia, Belo Horizonte, v. 3, n. 2, p. 26-31, 2010
Cross-sectional Survey of Hantavirus Infection, Brazil
A cross-sectional serosurvey was conducted to assess the proportion of persons exposed to hantaviruses in a virus-endemic area of the state of Minas Gerais, Brazil. Findings of this study suggested the presence of >1 hantaviruses circulating in this region causing hantavirus pulmonary syndrome, mild disease, or asymptomatic infection
VISITAS DOMICILIÁRIAS COMO FERRAMENTA PARA QUALIFICAR A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM SAÚDE COLETIVA
Introdução: As visitas domiciliárias (VD) constituem ferramenta importante para a atenção à saúde do indivíduo, família e comunidade, possibilitando o conhecimento da realidade e o fortalecimento de vínculo entre profissional/indivíduo/família. A VD auxilia o enfermeiro em sua atuação na promoção de saúde, prevenção de agravos, tratamento e reabilitação. Objetivo: Descrever a experiência de acadêmicos de Enfermagem na realização de VD durante estágio em uma Estratégia de Saúde da Família (ESF). Método: Relato de experiência de acadêmicos de Enfermagem da UNOESC, Campus de São Miguel do Oeste (SC), sobre sua vivência na realização de VD’s na ESF. A atividade aconteceu durante o Estágio Supervisionado II de Saúde Coletiva, no mês de abril de 2017. Acompanhavam as VD’s as acadêmicas, cirurgiã-dentista e agente comunitária de saúde, sendo realizadas com indivíduos e famílias em maiores vulnerabilidades. Na oportunidade, foi possível fazer orientações sobre a situação de saúde e a escuta ativa dos pacientes. Resultados: A realização da VD contribui para a aprendizagem e criação de vínculo, permitindo a construção de um espaço para o diálogo e esclarecimento de dúvidas existentes, de acordo com a realidade em que cada família vive.Considerações finais: A VD proporcionou maior conforto e vínculo entre profissionais da saúde, acadêmicos e pacientes, além da aproximação com a realidade a qual o paciente se insere, permitindo pensar em ações direcionadas às reais necessidades do mesmo, de modo a buscar a integração e continuidade destas ações desempenhadas na comunidade
A IMPORTÂNCIA DE AÇÕES EDUCATIVAS COM GRUPO DE GESTANTES: POSSIBILIDADE PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE
Introdução: As ações educativas com grupo de gestantes promovem a troca de experiências, conhecimentos e fortalecimento de vínculo entre o enfermeiro e a futura mãe, proporcionado um espaço para as gestantes expressarem suas dúvidas, medos e anseios que permeiam a gestação. Objetivo: Proporcionar às gestantes um espaço para discussão sobre as mudanças no corpo, crenças populares e esclarecimento de dúvidas que ocorrem no período gestacional. Método: Relato de experiência da atividade de educação em saúde com grupo de gestantes, desenvolvida por acadêmicas de Enfermagem da Universidade do Oeste de Santa Catarina, campus São Miguel do Oeste (SC). A atividade aconteceu durante o Estágio Supervisionado I de Saúde Coletiva, em uma Estratégia Saúde da Família, no mês de outubro de 2016. Durante a atividade foi realizada uma roda de conversa sobre os mitos e verdades da gestação, além de uma dinâmica com balões, que guardavam perguntas sobre o assunto, que eram discutidas entre as gestantes e as acadêmicas. Ao final, houve confraternização e distribuição de lembrancinhas às gestantes. Resultados: O grupo de gestantes permitiu a troca de experiências e a discussão sobre assuntos presentes no universo da gestação, que, muitas vezes, geramdúvidas e incertezas sobre o ser mãe. Considerações Finais: É fundamental a aproximação entre o enfermeiro e a gestante, conhecer suas crenças e saberes populares, objetivando uma maior aproximação com a realidade que as gestantes estão inseridas, a fim de promover um cuidado integral e direcionado às suas necessidades
PROMOÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESCOLA: ABORDANDO OS CUIDADOS DE HIGIENE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Introdução: A educação em saúde na escola é uma ferramenta essencial para a promoção da saúde, possibilitando o compartilhamento de saberes e a construção de hábitos saudáveis de vida, proporcionando à criança meios para a realização dos cuidados de higiene. Objetivo: Relatar atividades de educação em saúde realizada junto aos alunos, abordando os cuidados de higiene. Método: Relato de experiência de atividades de educação em saúde com alunos da educação infantil de escolas municipais, desenvolvida por acadêmicas de Enfermagem. As atividades aconteceram durante o Estágio Supervisionado II de Saúde Coletiva, em uma Estratégia Saúde da Família, nos meses de março e abril de 2017. As atividades aconteceram por meio de conversas com os alunos sobre os cuidados de higiene, além de uma dinâmica para um feedback sobre o assunto. Foram utilizadas placas, confeccionadas pelas acadêmicas, em que constava ‘certo’ de um lado da placa e ‘errado’ de outro. Os alunos deveriam responder às perguntas levantando a placa, de acordo com o seu entendimento. Resultados: Houve participação e integração dos alunos nas atividades, principalmente durante a dinâmica, que tem como proposta trazer o aluno para a construção do conhecimento, possibilitando seu protagonismo nasatividades de promoção e educação em saúde. Considerações Finais:Percebe-se a importância de ter a escola como espaço para a promoção eeducação em saúde, firmando compromisso mútuo entre educadores eprofissionais da saúde, a fim de formar crianças conscientes e capazes defazerem escolhas saudáveis em suas atividades diárias
PERCEPÇÕES E AÇÕES DE ENFERMEIROS SOBRE A ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Introdução: A gestação é um momento de grandes transformações na vida da mulher. Ao tornar-se mãe, muitas são as mudanças que se apresentam à mulher em aspectos físicos, psicológicos, familiares e sociais (PICCININI et al., 2012). Neste contexto, o pré-natal constitui um momento de grande perspectiva e preparação para a maternidade, sendo o acompanhamento que a gestante tem desde a concepção do feto até o trabalho de parto. É através dessas consultas que a gestante irá acompanhar o desenvolvimento de sua gravidez e as condições do feto, caracterizando-se como um período de aprendizado, fundamental para o bom desenvolvimento do binômio mãe-filho (DUARTE; ANDRADE, 2008; TEIXEIRA; AMARAL; MAGALHÃES, 2010; MARTINS, 2012). No Brasil, de acordo com a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem, o enfermeiro pode acompanhar integralmente o pré-natal de uma gestante de baixo risco. Em muitas instituições de saúde, na Atenção Básica de Saúde e nas Estratégias de Saúde da Família, é esperado que os enfermeiros se responsabilizem pela assistência pré-natal, objetivando monitorar, prevenir e identificar intercorrências maternas e fetais e, ainda, realizar atividades educativas acerca da gravidez, parto e puerpério (BRASIL, 2006; DOTTO; MOULIN; MAMEDE, 2006). Sendo que o mesmo possui os pré-requisitos que possibilitam o atendimento humanizado e estabelecimento de vínculo, que irão propiciar o desenvolvimento da sensibilidade para visualizar a gestante na sua integralidade. A assistência pré-natal humanizada deve ser realizada com a integração de condutas em que a gestante se sinta acolhida e evitando intervenções desnecessárias, integrando ações de prevenção e promoção da saúde da gestante e do bebê em todos os níveis de atenção à saúde (BRASIL, 2006; REIS; LOPES, 2015). Objetivo: Descrever as percepções de enfermeiros sobre a assistência pré-natal de baixo risco às gestantes no contexto da Estratégia de Saúde da Família. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo descritiva-exploratória. Recorte de um Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação de Enfermagem, desenvolvido no município de São Miguel do Oeste junto aos enfermeiros atuantes nas Estratégias de Saúde da Família pertencentes ao município. Dentre os critérios de inclusão dos participantes, foi considerado: ser graduado em Enfermagem. No que tange aos critérios de exclusão, foram excluídos do estudo os profissionais com algum tipo de afastamento, em virtude de gozo de férias, licença especial, tratamento de saúde ou maternidade. Para a coleta de dados foi utilizada a entrevista semiestruturada. As entrevistas foram de caráter individual, e realizadas em um espaço que garanta a privacidade do participante. Foram gravadas em aparelho digital com o consentimento do participante de modo a registrar integralmente a fala, assegurando material autêntico para a análise. A coleta dos dados foi realizada no mês de maio e junho de 2017. Para análise dos dados foi utilizada a análise de conteúdo do tipo temática, proposta por Minayo. O projeto de pesquisa foi aprovado por meio do Parecer Consubstanciado emitido pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Oeste de Santa Catarina, sob o CAAE número 66358317.0.0000.5367 e Parecer número 2.032.456. Resultados e Discussão: Fizeram parte do estudo onze enfermeiros que atuam nas Estratégias de Saúde da Família do município de São Miguel do Oeste, localizado na região do extremo oeste de Santa Catarina. Entre estes, dez são do sexo feminino e um do sexo masculino, com idade entre 24 e 40 anos e tempo de formação entre dois anos e treze anos. Dos entrevistados, dez não possuem especialização na área de obstetrícia e uma enfermeira está com a especialização na área em andamento. Dentre as percepções e ações do enfermeiro na assistência ao pré-natal na ESF, pode perceber-se que possuem o conhecimento acerca do número de consultas estipuladas e dos benefícios advindos delas. O Ministério da Saúde preconiza que sejam realizadas no mínimo seis consultas durante o pré-natal de baixo risco, com início precoce do acompanhamento já no primeiro trimestre de gravidez, incluindo a realização de algumas ações de prevenção (NUNES et al., 2016). Nisso as gestantes diagnosticadas com alguma patologia ou que necessitem de atendimento mais especializado são encaminhadas prontamente para o atendimento específico de ginecologia e obstetrícia, nestes casos também são incluídas as gestantes em que foram identificados fatores de riscos. Estas são estimuladas a manterem o vínculo com a ESF, onde a equipe de saúde deve ser informada a respeito da evolução da gestação e os tratamentos prescritos. Na primeira consulta torna-se essência o bom recebimento e acolhimento da gestante na unidade, juntamente com a triagem, ou seja, a verificação de sinais vitais, peso, altura e principais sinais e sintomas referidos pela gestante. Com o exame comprobatório da gravidez em mãos, são encaminhadas ao médico para requisitar os exames complementares, portanto o enfermeiro ainda não pode solicitar os primeiros exames à gestante, mesmo estando capacitado para realizar esta função. É realizado o cadastramento nos SISPRENATAL e preenchimento da carteirinha de gestante com todos os dados da gestante. De acordo com o manual do pré-natal e puerpério, um pré-natal qualificado requer atuação de uma equipe multiprofissional, sendo o enfermeiro uma parte desta equipe e que está capacitado para realizar a assistência direta à mulher gestante, cabendo-lhe a realização de diversas atividades relacionadas à gestação, como ações de educação em saúde para as mulheres, seus companheiros e familiares, realização da consulta de Enfermagem no pré-natal de baixo risco, solicitação exames conforme protocolo da instituição, identificação e encaminhamento da gestante de alto risco para atendimento especializado com médico obstetra, realização de grupo de gestante, sala de espera, visitas domiciliares, fornecimento do cartão da gestante, sendo atualizado ao passar pelas consultas, cadastramento no SISPRENATAL e realização de exame preventivo citopatológico de colo de útero. Todas essas ações são privativas do enfermeiro, embasadas pela Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que regulamenta o exercício profissional do enfermeiro. (PRIMO; BOM; SILVA, 2008). Outro ponto importante que surgiu durante as entrevistas foi a vacinação da gestante. Vários são os profissionais que, diante da descoberta da gestação, juntamente com o início do pré-natal, orientam e verificam a situação vacinal da gestante, tendo em vista que os encaminhamentos dependem da situação vacinal em que se encontra. O principal objetivo da vacinação para a gestante é a proteção para a mulher, deixando-a imune a doenças e possíveis complicações associadas à gestação, além de proteger o bebê, fornecendo-lhe anticorpos, já que ao nascer seu sistema imunológico ainda é imaturo (LOUZEIRO et al., 2014). Outra questão é a orientação oferecida pelo enfermeiro, sendo primeiramente esclarecido os direitos das gestantes, observação de sinais e sintomas, mudanças corporais, realização de atividades físicas, mudanças na alimentação, cuidados com higiene e ingestão de drogas e bebidas alcoólicas, vacinação, realizações de consultas, exames solicitados e ultrassom, medicações necessárias, realização do preventivo, esclarecimento de dúvidas e mitos da gestação, tipos de parto e amamentação. As consultas do pré-natal são realizadas intercalando o enfermeiro e o médico, sendo que é de extrema importância a realização de ações educativas em promoção de saúde da gestante, onde ocorre formação de vínculo proporcionando um atendimento humanizado e integral, também assim, agindo de forma que as gestantes tenham maior adesão as consultas. Por meio da promoção de saúde, acolhimento e a formação de vínculo entre gestante e enfermeiro, é possível a conscientização da gestante em relação à necessidade da realização do acompanhamento pré-natal, aumentando assim suas chances de adesão. Dessa forma são realmente realizados os cuidados de forma integral, com todo empenho e dedicação dos profissionais, que devem ser agregadas a partir da formação profissional e da prática diária, para que o pré-natal seja eficaz e seguro para a saúde da mãe e do bebê (COSTA et al., 2013). Conclusão: A realização do pré-natal é de suma importância pois proporciona para a mulher uma assistência integral e humanizada neste período tão importante de sua vida, bem como evidencia as dificuldades vivenciadas no cotidiano para a realização deste acompanhamento. Diante disso, a escuta e o diálogo entre enfermeiro e gestante tornam-se fundamentais para tornar o pré-natal efetivo e qualificado, onde o enfermeiro deve estar preparado para trabalhar, oferecendo suporte técnico-científico, além de passar confiança e segurança à mulher e sua família, amenizando os desafios enfrentados durante o período gestacional e diminuindo, assim, riscos de morbimortalidade materna e neonatal