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    "Plantar pro gasto": a importância do autoconsumo entre famílias de agricultores do Rio Grande do Sul.

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    O artigo discute a valoração e importância da produção para o autoconsumo na reprodução social das unidades familiares e caracteriza os alimentos autoconsumidos. Vale-se da pesquisa "Agricultura Familiar, Desenvolvimento Local e Pluriatividade" (UFRGS/UFPel/ CNPq-2003) que propiciou a formação de um banco de dados com informações sobre a dinâmica da agricultura familiar em quatro regiões distintas da geografia gaúcha, suas fontes e tipos de renda, entre estas o autoconsumo. Trazer este debate significa retomar um tema pouco discutido até então, e que, embora marginalizado ou considerado sem importância, desenvolve importante papel como renda não monetária, fortalece a segurança alimentar e adentra esferas da sociabilidade e identidade social. Além da introdução, apresenta-se o papel do autoconsumo na agricultura familiar, o cálculo da produção para o autoconsumo, discussão dos objetivos e resultados, e considerações finais. Os resultados demonstram que a produção para o autoconsumo é uma estratégia recorrente pelas unidades familiares e se diferencia de acordo com a dinâmica da agricultura familiar. Diferença esta expressa em valores relativos (%) e no número de estabelecimentos pertencentes a estratos diferenciados de autoconsumo, e pouco nos tipos de alimentos produzidos para este fim, observando-se uma homogeneidade dos hábitos alimentares

    Características das Famílias, Estruturação da Produção e Estratégias de Comercialização em um Assentamento de Reforma Agrária

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    Resumo: A estruturação dos estabelecimentos rurais está associada às características das famílias e às suas estratégias de inserção no mercado, em termos de geração de renda e exposição a riscos. Para entender essa associação foram estudados os casos de sete famílias assentadas em Araraquara (SP), região dominada por cana-de-açúcar e citros. Os indicadores foram o valor agregado total, o valor agregado por trabalhador, a estrutura e a dinâmica familiar e a organização do trabalho. Os casos incluíram dois estabelecimentos integrados à agroindústria (cana e frango, leite e frango), três estabelecimentos produtores de hortaliças (venda em atacado, semiatacado e direta ao consumidor), um caso de produção exclusivamente para consumo doméstico e um sem nenhuma produção econômica. As famílias vinculadas à agroindústria obtiveram valores agregados mais elevados, mas precisaram fazer investimentos maiores, o que fragilizou seus sistemas de produção frente a riscos. A crise financeira mundial de 2008 quebrou as agroindústrias integradoras e, com elas, as duas propriedades integradas. Para os produtores de hortaliças, para o mercado local, o valor agregado foi inferior ao do das integradas, como também seus investimentos em infraestrutura. A opção pela via de escoamento das hortaliças foi associada ao tamanho, ao conhecimento tecnológico e do mercado pelas famílias
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