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    RELAÇÕES ENTRE PODER E SUBJETIVIDADE EM UMA ORGANIZAÇÃO FAMILIAR

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    Neste artigo, o objetivo é discutir os vínculos entre indivíduo e organização, que caracterizam a permanência, ou não, de sujeitos indicados como sucessores na empresa da família, tendo como base de análise as categorias inter-relacionadas de subjetividade e poder. Tal propósito originou uma pesquisa qualitativa, na qual o foco foram as histórias de vida dos três filhos do fundador de uma empresa familiar. No tratamento dos dados, foi usada a técnica da análise do discurso para a identificação das estratégias discursivas usadas pelos entrevistados em seus depoimentos, tendo elas sido agrupadas em duas categorias discursivas: histórias sobre o trabalho e histórias sobre a família. Na primeira categoria, a partir do mito do herói fundador, a história sobre o trabalho é romanceada, em um processo que, por meio da socialização primária, esconde o controle por intermédio da inserção de valores do pai na precoce entrada na empresa por parte dos filhos do sexo masculino. Sobre a família, os depoimentos sugerem que a empresa é sua continuação; sendo estendidos, ao negócio, os laços familiares. A empresa liga, simbólica e afetivamente, os fi lhos ao legado do pai, o que a torna um projeto de vida reapropriado e realimentado por eles. As conclusões alertam que as empresas familiares não deixam de ser empreendimentos econômicos mesmo sendo intensas em afetividade, sendo os filhos vítimas dos mesmos estratagemas que diversos autores denunciam em empresas capitalistas por aderirem a um sonho que não lhes pertence, mas que lhes cabe manter vivo

    Organizações familiares por uma lntrodução a sua tradição contemporaneidade e muldisciplinaridade

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    Transformações contemporâneas do trabalho e processos de subjetivação: os jovens face à nova economia e à economia solidária Contemporary work changes and subjectification processes: young workers facing new economy and social economy

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    O mercado de trabalho contemporâneo aprofundou o fosso social que separa a população inserida no mercado daquela que sobrevive de forma precária. A economia solidária surgiu como contraponto à fratura social daí decorrente. Utilizando a abordagem biográfica, discutimos as trajetórias de trabalho de 30 jovens divididos em dois grupos. O primeiro grupo é composto por 15 jovens empregados no setor da nova economia (informática, telecomunicações e Internet) e 5 jovens empregados no setor bancário pós-reestruturação; o segundo grupo é composto por 5 jovens ligados a um projeto de economia solidária e 5 jovens vinculados a um projeto comunitário. As entrevistas dos jovens inseridos no primeiro grupo revelam a adesão ao discurso gerencial e a constituição de uma ética individualista. Para os jovens do segundo grupo, a economia solidária e o associativismo constituem somente uma alternativa ao desemprego. Frente a essa constatação, perguntamos se estes projetos se constituem efetivamente como um contraponto à lógica de adesão ao discurso de gestão contemporâneo.<br>Contemporary labor market increased society's social gap between those inserted in the labor market and those surviving in a precarious way. Social economy emerged in opposition to this social fracture. Using the biographical approach, we discuss work's trajectories of 30 young workers divided in two groups. The first group is formed by 15 workers employed in the new economy sector (telecommunications, Internet and software) and 5 workers employed in reengineered banks. The second group is composed by 5 workers involved in social economy projects and 5 workers involved in a communitarian association. The analysis of the first group's workers' interviews point to the creation/foundation of a highly individualistic ethics and behavior. The workers belonging to the second group seem to explain their experience just as an alternative to unemployment. Due to this conclusion, the question that emerges is if these projects are able to constitute a real opposition to the contemporary management discourse
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