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    Efeito de diferentes concentrações de corante natural de açafrão-da-terra na composição da farinha de mandioca artesanal.

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    Grande parte da farinha de mandioca produzida no Norte do Brasil é artesanal e contém uma pequena quantidade de açafrão-da-terra em pó, o qual é um corante natural produzido pelos próprios produtores familiares e adicionado à farinha em função da preferência dos consumidores locais por um produto de cor amarela intensa, portanto, sendo de interesse a avaliação do efeito da adição de diferentes concentrações de corante natural na composição centesimal da farinha de mandioca produzida artesanalmente. As farinhas foram produzidas com diferentes concentrações de açafrão-da-terra em pó (sem açafrão-da-terra; 0,003% de açafrão-da-terra; 0,03% de açafrão-da-terra e 1% de açafrão-da-terra), coletadas diretamente na casa de farinha, em sacos plásticos transparentes, transportadas via aérea e analisadas quanto aos teores de umidade, cinzas, proteí-na bruta, extrato etéreo, fibra bruta e carboidratos totais, bem como acidez, pH, atividade de água e cor instrumental. O aumento na concentração de açafrão-da-terra interferiu no teor de cinzas da farinha de mandioca artesanal a partir de 0,03%, sendo que na concentração utilizada pelos produtores (0,003%) este teor foi semelhante ao da farinha sem açafrão-da-terra. Além disso, as concentrações a partir de 0,03% promoveram um aumento significativo na intensidade da cor amarela

    Estudo da taxa de degradação de vitamina C em alguns sucos de frutas.

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    A vitamina C é uma vitamina de extrema importância para o ser humano não somente por sua atividade antiescorbútica, mas também pelas inúmeras atividades fisiológicas e antioxidantes que exerce. Este trabalho visa desmistificar o senso comum estabelecido de que a vitamina C é destruída pouco depois que um suco de frutas é preparado. Para isto, um breve estudo utilizando alguns sucos de frutas foi realizado. Tal estudo consistiu de extrações da vitamina C dos sucos preparados inicialmente e também após 2, 4 e 6 horas de exposição destes à temperatura ambiente. Os resultados obtidos mostraram que após seis horas o suco que obteve a maior perda de vitamina C foi o suco de laranja, mas tratou-se de perda inferior a 22% do teor inicial

    Fungos micotoxigênicos e ocratoxina A em cafés com permanência prolongada na planta e no solo, colhidos nas regiões do cerrado mineiro e baiano.

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    No Brasil, as regiões do Cerrado Mineiro e Baiano são destaque pela produtividade e qualidade dos grãos produzidos. A florada desuniforme do café no Brasil implica em frutos com diversos estágios de amadurecimento no período da colheita. Assim, frutos não colhidos oportunamente permanecem na planta ou caem no solo, e quando aproveitados farão parte de uma safra de baixa qualidade. Portanto, foi objetivo deste trabalho estudar frutos de café com exposição prolongada na planta e no solo, avaliando a colonização por fungos micotoxigênicos, a produção de ocratoxina A (OTA) e a dinâmica de umidade e atividade de água nos frutos nessas regiões produtoras. O café com permanência prolongada na planta não apresentou grandes variações nos teores de umidade e atividade de água durante os 120 dias estudados. Entretanto, o café com permanência prolongada no solo, apresentou, após 90 dias, variação drástica nos teores de umidade e atividade de água entre as regiões estudadas. Nesse período, a umidade e atividade de água foram de 14,15% e 0,74, 6,64% e 0,63 para o Cerrado Mineiro e Baiano, respectivamente. Apesar do café com permanência prolongada na planta ter sido intensamente colonizado por Aspergillus ochraceus G. Wilh. (1877), não foi detectada a presença de OTA. No café com permanência prolongada no solo detectaram-se níveis muito elevados, 49,42 e 30,93 ?g.kg-1 de OTA, no Cerrado Mineiro e Baiano, respectivamente. Pode-se constatar que independente da região de interesse, cafés com permanência prolongada na planta ou no solo interferem decisivamente na qualidade do café colhido

    Redução de aflatoxinas em castanha-do-brasil pelo uso de boas práticas de coleta

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    A castanha-do-Brasil (Bertholletia excelsaH.B.K.) ocorre em toda a região norte, além da área do estado de Mato Grosso (MT) que está no bioma Amazônico. A safra da castanha ocorre anualmente, durante o período chuvoso, quando se dá a queda dos frutos (ouriços). Os extrativistas percorrem o castanhal fazendo o ajuntamento dos ouriços em montes, quase que individuais para cada árvore (amontoa), e depois voltam nesses montes para fazer a quebra e coleta das sementes. O maior problema da extração está nas condições sanitárias do produto (principalmente contaminado por aflatoxinas e coliformes totais), sendo indispensável a aplicação de boas práticas em todas as etapas da cadeia produtiva. Visando contribuir para a melhoria das condições de coleta, armazenamento e comercialização da castanha-do-brasil no município de Itaúba, MT, objetivou-se capacitar os coletores de castanhas em boas práticas de coleta e manejo e avaliar o teor de aflatoxinas. Os coletores foram capacitados a partir do documento ?Diretrizes técnicas para adoção de boas práticas de manejo florestal não madeireiro da espécie Bertholletia excelsa? no período de entre safra. Na safra seguinte (2013/2014) foram coletadas e comparadas amostras de um coletor que participou do curso (denominado de capacitado) e de um que não participou. Tais coletas foram feitas mensalmente (novembro de 2013 a março de 2014), e avaliados o teor de aflatoxinas B1 e totais, por HPLC (AOAC 991.31). Os resultados mostraram ausência de aflatoxinas nas amostras obtidas de coletor capacitado, em todos os meses avaliados. Já nas amostras obtidas de coletor não capacitado, foi detectada presença de aflatoxinas naquelas coletadas nos meses de novembro (195,94 mg kg -1 e 227,79 mg kg -1 de aflatoxinas B1 e totais, respectivamente) e dezembro (629,74 mg kg -1 e 642,93 mg kg -1 ) de 2013, além de 6,71 mg kg -1 aflatoxinas totais em janeiro de 2014. A capacitação de coletores quanto ao uso de boas práticas contribui para a melhoria da qualidade da castanha-do-brasil

    Agrobiodiversidade nos quintais agroflorestais em três assentamentos na Amazônia Central.

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    A agrobiodiversidade dos quintais agroflorestais vem sendo destacada como determinante da sustentabilidade das comunidades tradicionais na Amazônia. Contudo, trabalhos voltados para análise desta diversidade de espécies agrícolas e arbóreas, como componentes de quintais agroflorestais, em assentamentos em áreas de terra firme, são pouco discutidos, bem como, as razões do seu estabelecimento. O objetivo deste trabalho foi avaliar a agrobiodiversidade nos quintais de três projetos de assentamentos mo Estado do Amazonas

    Pollen and seed dispersal of Brazil nut trees in the southwestern Brazilian Amazon.

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    Pollen and seed dispersal patterns greatly influence the spatial distribution of plant genetic diversity. Microsatellite-based parentage analysis provides accurate estimates of contemporary gene dispersal. Although most tropical trees have been shown to exhibit widespread pollen dispersal, few studies have estimated contemporary gene dispersal after seedling establishment. Bertholletia excelsa (Lecythidaceae) is pollinated by large-bodied bees, while previous seed-tracking experiments suggest their seeds are mainly dispersed across very short distances by scatter-hoarding rodents, who primarily act as seed predators. Here we used parentage analysis to provide contemporary estimates of pollen and seed dispersal in B. excelsa recruits. We examined six 25-ha plots located in two natural stands in the Acre River valley, in the southwestern Brazilian Amazon. We used 11 microsatellite markers to estimate genetic diversity and fixation index parameters in adults, seedlings and saplings. Genetic diversity was moderate and did not differ across size classes or sampling locations. We assigned pollen and seed parents for <20% of the recruits, indicating that most events of realized gene flow occurred beyond our 25-ha plots. Only 10 parentage assignments were confirmed with 80% confidence. Pollen distance ranged from 33 to 372 m and seed dispersal from 58 to 655 m. Actual seed-dispersal distances were far greater than the estimates obtained in previous seed-tracking experiments. Thus, studies encompassing larger sampling areas are necessary to determine a more representative spatial scale of B. excelsa?s pollen and seed dispersal capacity in natural stands. Os padrões de dispersão de pólen e sementes influenciam a distribuição espacial da diversidade genética. Muitas espécies arbóreas tropicais apresentam ampla dispersão de pólen, mas poucos estudos avaliaram fluxo gênico a partir de plântulas. Bertholletia excelsa (Lecythidaceae) é polinizada por abelhas e as sementes são dispersas por roedores do tipo scatter-hoarders (que estocam recursos em diferentes pontos de sua área de vida), que atuam primariamente como predadores de sementes. Experimentos de remoção de sementes tem mostrado que a dispersão de sementes por esses roedores é espacialmente limitada. Nosso objetivo foi obter estimativas de dispersão de pólen e sementes em B. excelsa a partir da análise de parentesco de regenerantes. Nós estudamos seis parcelas de 25 ha, em duas áreas de floresta nativa no vale do Rio Acre, no sudoeste da Amazônia brasileira. Parâmetros de diversidade genética e índice de fixação foram estimados em adultos, varetas e plântulas com 11 marcadores microssatélites. A diversidade genética foi moderada e não diferiu entre classes de tamanho ou entre localidades. A paternidade foi determinada em menos de 20% dos regenerantes, indicando que a maioria dos eventos de fluxo gênico ocorreu em distâncias maiores que as encontradas nas parcelas de 25 ha. As distâncias de pólen variaram de 33 a 372 m e as de dispersão de sementes variaram de 58 a 655 m. As distâncias de dispersão obtidas neste estudo excedem em muito as estimativas obtidas em experimentos de remoção de sementes. Estudos envolvendo áreas maiores são necessários para que possamos aprofundar nosso conhecimento sobre capacidade de dispersão de pólen e sementes em populações naturais de B. excelsa
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