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Células-tronco pluripotentes e doenças neurológicas
Grande parte do conhecimento atual dos fenótipos celulares relacionados a doenças neurológicas foi obtida a partir de estudos de tecidos cerebrais coletados após a morte do indivÃduo. Essas amostras geralmente representam os estágios finais da doença e, portanto, não servem como fiel representação de como os sintomas aparecem. Além disso, nessas circunstâncias, a patologia observada pode muito bem ser um efeito secundário do processo patológico ou mesmo da deterioração do tecido em vez de um fenótipo celular autêntico. Da mesma forma, modelos animais nem sempre recapitulam exatamente a patologia das doenças em humanos. Neste artigo, pretendo apresentar uma visão crÃtica dos recentes avanços obtidos a partir da modelagem de doenças neurológicas humanas, utilizando células-tronco pluripotentes. O foco na reprogramação celular de células somáticas, gerando células-tronco pluripotentes induzidas, justifica-se em razão do grande potencial experimental não só para a modelagem de doenças humanas, mas também como ferramenta biotecnológica para triagem de novas drogas, contribuindo para uma futura medicina personalizada.Most of our current knowledge about cellular phenotypes related to neurological diseases was gathered from studies performed in brain tissue collected postmortem. These samples often represent the end-stage of the disease process and may not represent a fair picture of how the disease developed over time. Futhermore, under these conditions, the pathology may as well be a secundary effect of the disease process or even due to the poor tissue condition and may not represent an authentic cellular phenotype. Likewise, animal models not always recapitulate the pathology from human disorders. In this article, I will present a critical view on the recent advances obtained from disease modeling using human pluripotent stem cells. The focus on cellular reprogramming as tool to generate patient-specific induced pluripotent stem cells is justified by the great experimental potential, not only for disease modeling, but also as a biotecnological tool for future drug-screening platforms and personalized medicine
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