7 research outputs found

    NORDSTROM, Carolyn. 2007. Global outlaws: crime, money, and power in the contemporary world. Berkeley: University of California Press. 256 p.

    Get PDF
    Em Global Outlaws, Carolyn Nordstrom segue o fluxo das atividades extralegais no mundo global, procurando compreender quem faz o quê, como e por quê. Mais do que uma obra sobre criminalidade, como sugeriria o título, trata-se de um estudo antropológico sobre o comércio praticado no século XXI. A autora fundamenta seu estudo em uma fascinante pesquisa desenvolvida ao longo de três anos, durante os quais ela passou por quatro continentes ”“ África, Europa, Ásia e América (Estados Unidos) ”“ realizando centenas de entrevistas. Assim, é no conhecimento e nas experiências de seus interlocutores que ela encontra elucidações acerca da dinâmica, das realidades e das ilusões sobre o comércio que é realizado nas sombras da economia mundial ”“ nas fronteiras entre o legal e o extralegal, o estatal e o extraestatal, o visível e o invisível, o ordenado e o desordenado

    Fronteira materiais e espirituais: exibindo a coexistência entre deus e outros parentes afro-caribenhos em Old Bank, Panamá

    Get PDF
    A análise se inspira em uma exibição museológica sobre as tradições fúnebres da vila afro-panamenha de Old Bank (localmente chamadas de “nain nait”), a qual foi projetada por meus interlocutores e por mim em 2016. Com base nessa experiência e em quinze meses de etnografia, argumento que é impossível traçar uma fronteira entre parentesco e religião ali. De fato, as práticas e ideias locais de relatedness focam, não em pertencimentos exclusivos relativos ao sangue e ao sobrenome (no caso do parentesco) ou à filiação a uma doutrina específica (no caso da religião), mas sim na atualização de ritos extraordinários e atos de cuidado ordinários resumidos como “liv laik fámili”. Isto é, focam no “viver como família” junto com agências não/humanas e i/materiais, cuja coexistência foi herdada dos próprios antepassados afro-caribenhos e dos próprios parentes Bíblicos (entre os quais, Deus e Diabo), que literalmente habitam os corpos das pessoas

    Para aprender e ensinar antropologias

    Get PDF
    Este artigo explora relatos sobre experiências acadêmicas das autoras para refletir sobre formas de aprender e ensinar antropologias capazes de incorporar seu potencial reflexivo à prática docente. Em diálogo com autores e autoras que analisam criticamente as raízes coloniais da disciplina,argumentamos que o método de ensino ancorado na dualidade Nós versus Outros tende a produzir antropólogas e antropólogos identificadas com o Nós nessa dualidade e isso é politicamente perigoso. Realizada sobre o pano de fundo da democratização do acesso ao Ensino Superior no Brasil e do fenômeno do “renascimento indígena”, a análise enfatiza o crescente protagonismo das populações originárias nos debates globais e argumenta pela necessidade de recusar o método hegemônico de ensinarantropologia. Por fim, sugerimos orientar os cursos introdutórios para a pluralidade de antropologias que compõem este campo de conhecimentos e suas condições de produção

    NORDSTROM, Carolyn. 2007. Global outlaws: crime, money, and power in the contemporary world. Berkeley: University of California Press. 256 p.

    No full text
    Em Global Outlaws, Carolyn Nordstrom segue o fluxo das atividades extralegais no mundo global, procurando compreender quem faz o quê, como e por quê. Mais do que uma obra sobre criminalidade, como sugeriria o título, trata-se de um estudo antropológico sobre o comércio praticado no século XXI. A autora fundamenta seu estudo em uma fascinante pesquisa desenvolvida ao longo de três anos, durante os quais ela passou por quatro continentes – África, Europa, Ásia e América (Estados Unidos) – realizando centenas de entrevistas. Assim, é no conhecimento e nas experiências de seus interlocutores que ela encontra elucidações acerca da dinâmica, das realidades e das ilusões sobre o comércio que é realizado nas sombras da economia mundial – nas fronteiras entre o legal e o extralegal, o estatal e o extraestatal, o visível e o invisível, o ordenado e o desordenado

    Tornar-se afro-caribenho - Ensaio bibliográfico sobre família e mobilidade no Caribe

    Get PDF
    Este paper visa refletir sobre os temas da família e da mobilidade no Caribe, tomando como material de análise a obra de Karen Fog Olwig. Como ponto de partida, a análise situa a maneira como a autora se apropria do conceito de relatedness e, na segunda parte do texto, o eventual rendimento desse conceito nos estudos sobre família e mobilidade no Caribe é explorado.  Em particular, o artigo focaliza três processos de “torna-se” [becoming] que estão implicados no vocabulário de relatedness (os quais eu proponho denominar de fazer comunidade, fazer lugar e fazer família). Com base neles, a análise atenta para o efeito do material empírico da autora sobre sua argumentação e para a maneira como o conceito de ‘redes de relações’ advém de características específicas do contexto etnográfico caribenho estudado. A análise proposta procura mostrar como esse foco permite à autora explorar o processo de tornar-se afro caribenho, aportando contribuições significativas para os estudos antropológicos sobre Caribe, sobre parentesco, e sobre migração, assim como para a teoria antropológica em geral

    Feminino Sagrado, Profano e Científico: impasses nas intervenções genitais femininas

    No full text
    O que acontece quando o direito de minorias étnicas e religiosas parece ser incompatível com o direito nacional, os direitos humanos internacionais e os direitos das mulheres? Pensar tal questão é o objetivo deste trabalho, que foca no impasse em torno das Intervenções Genitais Femininas (IGF). Partindo da definição de Mutilação Genital Feminina (MGF), fornecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1997, busca-se analisar a construção do conceito de MGF, assim como o impacto das legislações e das políticas públicas estabelecidas a partir dele. Para tanto, as autoras tomam como caso de estudo a Itália, um dos países com maior índice de MGF. Paralelamente, realizamos uma reflexão acerca das diversas formas de IGF (MGF, Circuncisão Feminina, Cirurgia de Correção de Genitália, Cirurgia ‘Cosmética’ Genital Feminina), com o intuito de compreender o que há (ou não) de violento em cada tipo de IGF
    corecore