6 research outputs found

    Deus

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    A relação entre a arte e a transcendência é imemorial. Uma sociedade interroga-se sobre a vida e a morte, desenvolve rituais e estabelece mediações através da oferta de objetos, de sacrifícios, de representações, de práticas funerárias, de comportamentos que não surgem da necessidade biológica, surgem da necessidade pensada, ou melhor, surgem do espírito. A questão estabelece-se entre o pensamento e as coisas. As coisas, o seu destino, o seu processo, o seu devir, têm regularidades, e irregularidades. Sobre as regularidades, como a quantidade, a permanência, a repetição, podemos estabelecer representações, ou relações de conhecimento. Sobre as irregularidades, percebidas como arbitrárias, que provocam incerteza, vida e morte, destinos indeterminados, podemos pensar uma determinação exterior, que nos transcende na duração e no conhecimento. Ao lançar “Deus” como tema deste número da revista Estúdio teve-se a perceção inteira da sua profundidade. A condição humana faz-se da representação da sua finitude, na mesma medida da grandeza do que a transcende. Assim foi, neste número, o tema do desafio lançado pela Estúdio. Adicionou-se este tema ao escopo que a revista Estúdio sempre tem apresentado, e que a distingue, ao solicitar aos artistas e criadores que apresentem as suas perspetivas sobre as obras de seus companheiros de profissão, colocando um ênfase no estudo de artistas que são menos conhecidos, e dando prioridade aos originários dos países abrangidos pelos idiomas da revista, português e espanhol. Este número 10 da Estúdio, dedicado ao tema Deus, é constituído por 19 artigos, selecionados a partir de 46 submissões, a que se adicionou um dossier editorial, perfazendo assim um total de 21 artigos e 1 entrevista.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Artistas sobre outras obras

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    A pós modernidade encerra a interrogação crítica do homem sobre o homem: a linguagem ameaça o que é significante, o que é corpo. O sujeito é falado, e assim constituído depois da linguagem (Althusser, 1976). O jovem Arthur Rimbaud sintetiza-o, aos dezassete anos, numa carta ao seu professor de retórica Georges Izambard, datada de 13 de maio 1871: «C’est faux de dire: je pense: on devrait dire on me pense. Pardon du jeu de mots. Je est un autre». (Rimbaud, 1999: 237) A identidade resiste à linguagem dos homens. A linguagem é transmitida entre as gerações e com ela transporta os sujeitos, ou, o que é dizer o mesmo, a possível interrogação: quem me fala? É esta também a perplexidade que motivou o tema desta revista Estúdio. Reuniram-se, nesta edição, 22 artigos, provenientes de diferentes autores da Argentina, Brasil, Portugal e Espanha, que se debruçam sobre artistas cuja identidade se mostra e merece ser interrogada: são espaços ‘ex-cêntricos,’ para se descobrir.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    estudos artísticos

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    A revista de estudos artísticos GAMA encontra, neste terceiro número, um caminho mais definido dentro do projeto global da comunicação de artistas sobre as obras de outros artistas. A Revista GAMA percorre tradições, registos, ações e intervenções artísticas, que assinalaram diversos momentos, com diferentes graus de difusão. Visa-se resgatar, recuperar a arte: é voltar a olhar, pelo escopo particular de um artista, a intervenção de um outro artista, com algum tempo de intervalo entre ambos. Este intervalo é um tempo de sedimentação, de filtragem, ou de recuperação de valores quase esquecidos. O tempo pode fornecer um ponto de vista privilegiado que permite novas interpretações, valorizações, interligações. Permite-se a reativação, o restauro: restauro não no sentido material, mas no sentido da reapresentação do conteúdo possibilitando reforçar um “museu imaginário,” livre de fronteiras e de hierarquias estabelecidas (Malraux). Os objetos de arte anteriores podem ter originado, ou vir a originar, novas obras, na sequência imprevisível dos discursos humanos mais significativos, reagrupando-se em termos de “ação” ou de “orientação,” de “imagem” ou de “palavra,” (Warburg) permitindo “restituir ao discurso o caráter de acontecimento” (Foucault). Entre a história e a memória, o arquivo e a deriva, a viagem e a identidade, a permanência e a resistência, a Revista GAMA vem assinalando um percurso de salvaguarda, de marcação de registos, de preservação de uma riqueza, ora material ora conceptual: a arte detém-se e debruça-se sobre as suas marcas, os seus projetos, os seus registos, as suas transições. Debruçamo-nos sobre os homens.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    El dibujo y la ilustración como motores del desarrollo creativo y emocional en el aula de plástica

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    El presente Trabajo de Fin de Grado es una propuesta de intervención didáctica dirigida a la asignatura de Educación Plástica en Educación Primaria, y a través del mismo se pretende utilizar el dibujo y la ilustración como herramientas con las que ampliar la capacidad creativa del alumnado, y a su vez dotarle de una mayor alfabetización emocional. Para cumplir con este propósito se comienza reseñando el trabajo de varios autores que profundizan en el tema de la inteligencia emocional y la creatividad. También se hace una revisión de algunas de las publicaciones más destacadas al respecto. Se ha recurrido a la figura y obra del artista y creador Gabriel Celaya a partir de cuyos dibujos se plantean la mayor parte de las actividades programadas. Por último, se propone una unidad didáctica en la que se especifican los objetivos, contenidos, competencias que se pretenden alcanzar, una temporalización, y el modo en el que se evaluará dicha intervención que se presenta como una alternativa plástica y didáctica

    La utilización del disfraz en los planteamientos artísticos contemporáneos. Desde 1980 hasta la primera década del siglo XXI

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    Los temas básicos de estudio llevados a cabo en esta Tesis doctoral han sido tres: en primer lugar, las raíces antropológicas, históricas y sociales fundamentales de esta temática, que marcan a su vez el segundo y tercer tema de estudio, ambos centrados en el contexto del arte, primero en los antecedentes, para a continuación pasar a comentar la presencia de este elemento transformista, el disfraz, en el arte contemporáneo. Siguiendo el orden de propuestas realizadas en la parte referente a los antecedentes, tanto históricos y sociales como artísticos, en la presente investigación se observa el protagonismo que este elemento asume a lo largo de la historia, tanto en un contexto real como de ficción; un protagonismo que continúa vigente en el momento actual bajo diferentes sentidos: lúdico, de reflexión y búsqueda en torno a la identidad, o entre otros, como reflejo de la tensión existente entre unas identidades inseguras y cambiantes. El disfraz les sirve a los artistas seleccionados para plantear cuestiones en relación a la sociedad, y continuar ahondando en las múltiples posibilidades que éste tiene como modo de transformación que es. Por ejemplo: la estética ciborg ofrece la posibilidad de desarrollar aspectos en torno a la supremacía de las nuevas tecnologías sobre el ser humano; al asumir como disfraz los roles y estereotipos convencionales en torno a la mujer se plantea una reivindicación feminista; el disfraz animal sirve para reflexionar sobre el medio ambiente y su decadencia; la transformación en clown ayuda a reflejar aspectos en torno a la identidad y el rol que juega el artista en la sociedad; y a través de la apropiación de conocidas obras de arte del pasado se plantea un análisis crítico sobre el valor de las mismas, a la vez que se plasma la influencia que estas ejercen sobre el arte posterior. Es decir, que la mayor parte de los artistas aquí incluidos eligen el disfraz como elemento de reflexión de aspectos que forman parte del momento artístico y social actual. Se trata, en cierta forma, de poner en relación el uso del disfraz con la sociedad en la que los artistas se inspiran. Esta investigación incluye un proyecto personal compuesto de dos partes: una centrada en el camuflaje por cripsis o mimetismo y, la otra, por aposematismo, en el sentido de llamar la atención y no ocultarse en el medio. Y un anexo que recoge una serie de entrevistas en las que se ha podido obtener una mayor información de los artistas cuya obra es aquí tratada. El orden seguido en esta Tesis Doctoral permite pues un acercamiento al tema del disfraz a través del análisis de su uso, y del carácter que éste asume en el arte contemporáneo
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