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    O caminho se faz caminhando: o projeto revolucionário dos zapatista

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    O presente artigo tem como objetivo analisar o projeto revolucionário zapatista. Esperamos fornecer um panorama abrangente das principais questões enfrentadas por esse movimento em suas lutas pela transformação social, que servirá tanto aos que querem ter um primeiro contato com o movimento quanto aos que buscam entender suas mais recentes transformações. Adotamos as proposições teórico-metodológicas da análise de discurso para analisar 54 comunicados zapatistas escritos entre 21 de dezembro de 2012 e 25 de maio de 2014. O discurso é entendido como reprodutor e transformador da sociedade, é neste sentido que os comunicados são materiais privilegiados para entender os zapatistas. Como principais resultados da análise, afirmamos que o projeto revolucionário zapatista se exprime através daquilo que eles negam, do que eles afirmam e do que apontam como proposta. Em linhas gerais eles negam o capitalismo e afirmam a existência de “outros mundos possíveis”. A proposta, ou o projeto, é algo extremamente imbricado com o presente, assim a revolução não acontecerá num futuro distante, mas sim no fazer cotidiano. Concluímos assim que o projeto revolucionário zapatista se identifica com as teorias e as práticas autonomistas, ou seja, defende a autonomia e a ideia de que revolução é processual

    Editorial

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    Apresentação do número sobre a pós-colonialidade

    APRESENTAÇÃO por Júlia Figueredo Benzaquen

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    Apresentação da Edição Comemorativa dos 30 anos do Curso de Ciências Sociais da UFRPE

    Uma proposta de matriz metodológica para os estudos descoloniais

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    O pensamento descolonial tem contribuído significativamente para a crítica teórica da colonialidade na medida em que busca descontruir os discursos coloniais. No entanto, é preciso avançar nas formas de qualificar mais claramente os desafios da ação social e histórica. Nesta direção, este artigo busca oferecer alguns elementos para se organizar uma matriz metodológica formada por três categorias (saber, poder e ser) que possa subsidiar o entendimento prático do sujeito histórico e dos movimentos sociais

    A ASSOCIAÇÃO TRAPEIROS DE EMAÚS NO RECIFE: ENFRENTAMENTO AO RACISMO DE MÃOS DADAS COM A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO

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    O artigo trata sobre uma experiência de enfrentamento ao racismo ocorrida num processo formativo da Associação dos Trapeiros de Emaús em Recife-Brasil. O objetivo do texto foi, através dos conceitos de teologia, filosofia e pedagogia da libertação em diálogo com a temática racial, apresentar uma vivência de educação popular que faz parte do Movimento Emaús Internacional vinculado à teologia da libertação. As técnicas de pesquisa utilizadas foram a análise documental e a pesquisa participante. O resultado foi a constatação de que os debates sobre a questão racial junto à juventude negra da periferia do Recife são sementes de processos potentes de libertação

    UMA OFICINA DE SABERES: A EXPERIÊNCIA DA ASSOCIAÇÃO DOS TRAPEIROS DE EMAÚS COM O ENSINO DE SOCIOLOGIA

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    Compreender de que forma o ensino de Sociologia conversa com o senso comum em espaços de educação popular é a principal questão deste artigo. Os conceitos trabalhados foram: Sociologia da educação; Educação não-formal; Educação popular; ensino de Sociologia no Ensino Médio; e ciência e senso comum. As práticas analisadas estão situadas em um espaço de educação popular, a Associação dos Trapeiros de Emaús, uma Organização Não Governamental (ONG) localizada na região metropolitana do Recife, na comunidade de Linha do Tiro - Beberibe. O resultado foi a constatação de que, no empírico, é difícil diferenciar Sociologia e senso comum, o que indica que, no momento do ensino, em uma realidade da educação não-formal e que preza pelos princípios da educação popular, a Sociologia está muito relacionada à realidade e ao cotidiano das pessoas

    PROJETANDO COM A AGROECOLOGIA: UMA FORMA DE REPENSAR A PRÁTICA EXTENSIONISTA

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    O presente trabalho tem como objetivo analisar um projeto de extensão da Universidade Federal Rural de Pernambuco, que tem como foco de ação a agroecologia. O projeto que serviu de estudo de caso se denomina “Grupo de Agroecologia & Permacultura- Txai: Projetando com Agroecologia” e foi aprovado em edital interno da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) para ser executado durante o ano de 2015. Havia um conjunto de ações previstas para serem realizadas, no âmbito desse projeto, tais quais o cultivo dos solos, cuidado com a água, hortas comunitárias, farmácia viva (fitoterapia), oficinas de bioconstrução, cine debate, eventos culturais e confecções de zines e material gráfico. O local que acolheu o projeto foi Nova Morada, comunidade vizinha à UFRPE, localizada no bairro da Várzea, na cidade do Recife. As atividades desenvolvidas durante um ano de projeto se resumiu a reuniões de articulação e consolidação de um grupo de pessoas responsável para construir fisicamente e gerir autonomamente a Escola Comunitária de Artes e Reforço Escolar (ECARE Nova Morada). A ECARE trabalha com os princípios da educação não-formal e já existia antes do projeto de extensão, mas o grupo estava bastante frágil antes dessa intervenção. Durante todo o processo, a agroecologia foi entendida como algo mais que uma simples técnica de produção de alimentos, a agroecologia foi praticada enquanto um programa político e filosófico de práxis holística, que questiona a ideia tradicional de desenvolvimento e de extensão

    As vozes-saberes do musseque do mundo. Ampliar a audição através de uma leitura de Luandino Vieira

    No full text
    Enquanto socióloga, faço, no presente trabalho, uma interpretação sociológica de um texto literário do escritor angolano José Luandino Vieira. A própria estrutura e escrita do trabalho pretende seguir uma lógica de diálogo entre a Sociologia e a Literatura, ao enfatizar uma narrativa pessoal cheia de sentidos e ações na primeira pessoa do singular, levantando alguns problemas sociológicos

    Universidade dos movimentos sociais : apostas em saberes, práticas e sujeitos descoloniais

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    Tese de doutoramento em Sociologia (Pós-colonialismos e Cidadania Global) apresentada à Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, sob a orientação de Boaventura de Sousa Santos e Maria Paula Meneses.A questão principal desta pesquisa é saber se as Universidades dos Movimentos Sociais são experiências descolonizadas e de emergência emancipatória. Para responder a essa pergunta, o texto está embasado nas teorias que trabalham com as perspectivas descoloniais e com a ideia de Boventura de Sousa Santos de Sociologia das Ausências e das Emergências. Essas teorias são utilizadas como forma de apostar em uma concepção de educação que herda os princípios da educação popular de Paulo Freire, acrescentando as ideias de interculturalidade e de tradução intercultural. A tese é uma aposta nas Universidades dos Movimentos Sociais como fomentadoras dessa outra educação. A escolha foi por realizar quatro estudos de casos de Universidades dos Movimentos Sociais bastante distintos, no intuito de verificar as hipóteses de pesquisa. Os instrumentos metodológicos utilizados foram: observação participante, entrevistas semiestruturadas e análises documentais. Os quatro estudos de caso referem-se à Escola de Formação de Educadores(as) Sociais no Recife – Brasil, à Escola Nacional Florestan Fernandes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Brasil, à Universidad de la Tierra, ligada ao Movimento Zapatista do estado de Chiapas no México e à Universidade Popular dos Movimentos Sociais. Para cada caso discorri a respeito do contexto, da história e da estrutura e funcionamento da iniciativa em questão. Após essa contextualização, os casos foram destrinchados a partir de três unidades de análise: saberes, práticas e sujeitos. No final da tese um capítulo é dedicado para a reflexão integrada dos casos. Nessa reflexão, é feita uma comparação entre as experiências estudadas com o intuito de encontrar semelhanças e diferenças e de melhor refletir a respeito do conceito de Universidade dos Movimentos Sociais. A tese concluiu que as Universidades dos Movimentos Sociais são experiências bastante plurais e experimentais, ou seja, são iniciativas que trilham o seu percurso ao longo do seu caminhar
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