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Encenando a diferença em palcos metropolitanos
Este artigo examina os “espetáculos etnológicos” que exibiam pessoas de origem africana em palcos da Europa e dos Estados Unidos, com fins pseudoeducacionais ou para simples entretenimento. Privilegiando uma perspectiva comparativa, observamos as histórias de vida de Sara Baartman, nomeada “a Vênus Hotentote”, e Franz Taibosh, conhecido pelo nome artístico “Clicko, o bosquímano selvagem dançarino”. Suas trajetórias pessoais e suas performances nos palcos revelam processos estruturais de construção da alteridade que estão no coração dos projetos imperialistas. Argumentamos que essa noção de alteridade é composta por um conjunto amplo de marcadores sociais e hierarquias inter-relacionados
Os dois lados da câmera escura : uma etnografia sobre jovens fotógrafos no DF
Trabalho de conclusão de curso (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, 2018.A presente etnografia busca compreender “porque as pessoas fotografam o que
fotografam? Como elas chegam lá?”. O “lá” significa tanto um produto final, a foto,
como o ponto no qual sabem o que querem fazer. A pergunta poderia ser respondida de
diversas formas, com explicações que se voltam para o desejo de registrar o belo ou de
evitar o esquecimento. Contudo, opto por buscar respostas para a questão entre os
fotógrafos, olhando para o lado da câmera escura que produz o registro. As trajetórias
particulares, histórico de relações e conjunto de opiniões dos quatro jovens fotógrafos
urbanos do Distrito Federal permitem a construção de um ciclo da fotografia, desde a
construção do fotógrafo e da fotografia até a circulação das imagens. Cada fotógrafo
mostra o seu caminho para a questão inicial exposta acima
Encenando a diferença em palcos metropolitanos: as trajetórias de Sara Baartman e Franz Taibosh
Este artigo examina os “espetáculos etnológicos” que exibiam pessoas de origem africana em palcos da Europa e dos Estados Unidos, com fins pseudoeducacionais ou para simples entretenimento. Privilegiando uma perspectiva comparativa, observamos as histórias de vida de Sara Baartman, nomeada “a Vênus Hotentote”, e Franz Taibosh, conhecido pelo nome artístico “Clicko, o bosquímano selvagem dançarino”. Suas trajetórias pessoais e suas performances nos palcos revelam processos estruturais de construção da alteridade que estão no coração dos projetos imperialistas. Argumentamos que essa noção de alteridade é composta por um conjunto amplo de marcadores sociais e hierarquias inter-relacionados